Noticiári do Conselho Mundial das Igrejas, 14.03.2009.Representantes da coligação esperam que a 64ª Assembléia Geral das Nações Unidas, que deliberará em setembro próximo, aprove resolução firmando a Década para o período 2011-2020.
A reunião, que teve lugar em Maryknoll, Nova York, de 2 a 4 de março, contou com representantes bahaís, budistas, cristãos, indianos, judeus, muçulmanos, siks e seguidores de tradições indígenas.
O presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, Miguel D'Escoto Brockmann, reiterou apelo para um "novo espírito de solidariedade e uma poderosa injeção de valores morais e éticos em nossa vida empresarial e política".
Ele instou líderes religiosos para que trabalhem junto com as Nações Unidas, pois esses assuntos requerem "um compromisso permanente" e as instituições religiosas têm "tolerância ante esses desafios".
A coligação elegeu um comitê diretor, composto por organizações que representam comunidades religiosas e organizações da sociedade civil inter-religiosas, para promover estrategicamente a idéia da década entre os Estados membros da ONU.
O secretário geral adjunto de Religiões pela Paz, Stein Villumstad, presidirá o comitê diretor. Esta é uma oportunidade única para que as tradições religiosas trabalhem com as Nações Unidas e mobilizem de maneira conjunta suas comunidades e organizações para empreender ações urgentes e convincentes pela paz, afirmou Villumstad.
"O tempo e o espaço criados pela década deveriam marcar a diferença para os povos pobres, marginados e oprimidos do mundo", agregou.
O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), anfitrião da primeira reunião desta coligação que teve lugar em Bossey, Suíça, em janeiro de 2008, continua promovendo esta iniciativa, declarou Shanta Premawardhana, diretor de Diálogo e Cooperação Inter-religiosa.
"Nossas igrejas, através da Comissão das Igrejas para Assuntos Internacionais (CIAI), compartilham uma longa história de trabalho em comum com a ONU e seus organismos em diferentes projetos que contribuem para a paz sustentável", afirmou.
A próxima reunião da coligação será realizada no contexto do Parlamento das Religiões do Mundo, em Melbourne, Austrália, em dezembro de 2009. Dirk Ficca, diretor executivo do Parlamento e membro do comitê diretor, recebeu com alegria a iniciativa.
Os membros da coligação esperam que a década das Nações Unidas seja lançada em 21 de setembro de 2010, Dia Internacional da Paz. Isso daria continuidade à atual Década Internacional de uma Cultura de Paz e Não-Violência para os Meninos do Mundo (2001-2010) e ao Ano Internacional de Aproximação das Culturas (2010).
Nota: Não há dúvidas de que, há muito tempo, representantes de várias religiões ao redor do mundo estão unindo esforços em torno de uma paz teórica. Essa movimentação tem apoio e anuência da Organizações das Nações Unidas (ONU), órgão máximo ("gerenciado" pelos EUA) que determina o que as nações em todo o planeta farão em todas as áreas. Inclusive na área religiosa.
Essa unificação em torno de paz se tornou muito forte e sem chances de acabar. Cristãos que acreditam na Bíblia, porém, não devem se entusiasmar com essa reação religiosa unificada, pois não significa uma adesão aos princípios contidos no livro sagrado (ainda que participem integrantes do cristianismo, islamismo e judaísmo). Em nenhum momento, em todas essas discussões (que eu acompanho através de notícias específicas constantemente), a Bíblia é citada. Somente a palavra paz de uma forma muito mais mística, abstrata e sem qualquer conexão com os ensinamentos de Jesus Cristo.