Ministério da Justiça suspende filme de incentivo à pedofilia

sexta-feira, 29 de julho de 2011 0 comentários

O Globo, 29.07.2011.
Atendendo à Procuradoria da República em Minas Gerais, o Ministério da Justiça (MJ) suspendeu ontem os trâmites para dar ao polêmico longa-metragem "A Serbian film - Terror sem limites", vetado no Rio de Janeiro há uma semana, uma classificação indicativa definitiva. O órgão informou que "o ato declaratório de classificação" dependerá da posição da Consultoria Jurídica do ministério sobre a acusação de incitação à pedofilia feita pelo DEM e sobre a investigação realizada pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais.


Assim, o primeiro filme do diretor sérvio Srdjan Spasojevic - que conta a história de um ator pornô submetido a uma série de atrocidades sexuais como necrofilia, incesto e estupro de menores - fica proibido em todo o Brasil já que, para evitar multas, as salas de cinema são instruídas a exigir das obras suas classificações indicativas.

No inquérito civil público encaminhado ao ministério em 22 de julho, documento a que O GLOBO teve acesso, o procurador Fernando Martins listou 19 razões para o Ministério da Justiça vetar "A Serbian film" em território nacional. Entre eles, diz que a obra trata "da indústria pornográfica e de um dos seus subgêneros mais undergrounds, os 'Snuff Movies'", que "tal sub-gênero compõe-se de filmes extremistas que introduzem o lado mais negro da alma humana, usando fetiches e crimes reais como atrativos", que "o referido filme contém até mesmo cenas em que se simulam atos sexuais com criança e (pasmem!!!) com recém-nascido" e que ele "causou mal-estar onde foi exibido".

Assim, Martins recomenda que a Secretaria Nacional de Justiça proíba "de imediato a exibição/veiculação do filme em todo o território nacional" ou suspenda "de imediato a análise da classificação indicativa" da obra. Para o caso de a análise já estar concluída, propõe a suspensão da veiculação "até que a autoridade competente, seja do Executivo seja do Judiciário, se manifestasse sobre o tema".

Segundo o Ministério da Justiça, a documentação de "A Serbian film" foi recebida em 29 de junho e, por lei, teria uma classificação em até 20 dias úteis. O prazo expirou na quarta-feira, e a estreia da fita em circuito nacional, prevista para o dia 5, precisou ser adiada.

- Estou há semanas ligando para o ministério e pedindo presteza, mas recebendo evasivas - conta o distribuidor Raffaele Petrini. - Acabo de enviar um ofício pedindo explicações. Quero fazer a estreia nacional no dia 26 de agosto.

Em defesa do filme, Petrini divulgará em seu site o making of da polêmica produção.

- Lá vai ficar claro que o diretor usou robôs e que nenhum menor presenciou nenhuma cena pesada - diz.

Na quinta-feira, a Justiça do Rio decidiu, em segunda instância, manter a liminar obtida pelo DEM. O desembargador Gilberto Guarino negou o agravo de instrumento apresentado pelos advogados de Petrini para derrubar a liminar que, na última sexta-feira, levou à suspensão da sessão que aconteceria no sábado no Cine Odeon e ao recolhimento da película para análise judicial.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/07/29/acusado-de-incitar-pedofilia-serbian-film-terror-sem-limites-fica-sem-classificacao-indicativa-esta-suspenso-em-todo-pais-925003826.asp#ixzz1TV6bUdbW
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Nota: Ponto para mentes que ainda possuem algum freio moral/espiritual dentro das instituições brasileiras que regulamentam a veiculação de filmes. Esse tipo de "lixo" cultural não precisa ser veiculado. A questão não é apenas se ali estão atores reais ou robôs como alega o produtor, certamente ávido por lucrar com a deturpação sexual. O que se está em jogo são os podres conceitos apresentados em um filme como esse que nada têm a acrescentar aos jovens, crianças e nem aos adultos. Espero que alguma pressão comercial não altere a decisão do Ministério da Justiça, o que costuma ocorrer com programação de TV aberta ou a cabo.  

Projeto social de jovens nas férias é destaque nacional

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O projeto Missão Calebe, realizado pelos jovens estudantes voluntários adventistas durante o período de férias, reúne evangelização através de estudos da Bíblia e visitas a pessoas e atividades comunitárias. Na minha avaliação, trata-se de um ótimo modelo de trabalho, já que serve à sociedade e ajuda a criar uma consciência cidadã real entre os jovens religiosos.

Vídeocomentário - Etiqueta das igrejas

quarta-feira, 27 de julho de 2011 1 comentários

Estamos investindo agora em vídeocomentários. Mais uma possibilidade de conversar com você. Aceito sugestões de temas da semana que possam ser comentados aqui. Pelo menos dois videocomentários deveremos produzir por semana. Orem por isso.

O que ainda nos impressiona?

segunda-feira, 25 de julho de 2011 0 comentários


Felipe Lemos

“Antigamente”, há poucos anos, uma chacina injustificável da Noruega ou a morte de uma cantora como Amy Winehouse levariam inevitavelmente a duas perguntas: o que está acontecendo nesse mundo e até quando isso vai ocorrer? Talvez essas duas questões ainda encontrem eco na mente de alguns afeitos à capacidade de se sensibilizar, mas rapidamente perdem força a cada ano que passa. E essas indagações não perdem força porque estão sendo respondidas pelas pessoas. Diminuem seu impacto e sua influência simplesmente porque outra pergunta está ganhando espaço: o que ainda nos impressiona?
A voz popular insiste que o grande motivo de fatos antes estarrecedores e hoje considerados banais não causarem um efeito de maior comoção à opinião geral é que a mídia tratou de torná-los corriqueiros. Verdade que TV, rádio, jornais e sites fazem com que a morte prematura de uma jovem de 27 anos como Amy pareça apenas mais um programa interessante na TV a cabo. Ou, quem sabe, no caso da web, mais um tweet candidato ao Trend Topics. Obviamente dezenas de documentários e programas especiais de entrevistas vão abordar os dois temas por muito tempo. A Noruega, antes desconhecida para tantos, será explorada em toda a sua amplidão, principalmente no que diz respeito ao comportamento dos cidadãos que lá vivem. A vida do atirador, seu passado, sua infância, seus parentes, seus amigos, seus contatos, tudo será detalhadamente escrutinado até o ponto máximo possível. E o supra-sumo disso tudo estará patente aos olhos e ouvidos de quem quiser consumir isso por dias, semanas, meses e talvez até anos.
Eu concordo que a mídia contribui para tornar as tragédias menos trágicas e mais palatáveis. É um processo que vem há muito tempo e parece se tornar mais comum anualmente. O nível de velocidade com que os dados e informações chegam ao conhecimento das pessoas, ainda que de forma absolutamente superficial, não deixa dúvidas. Vivemos no tempo do quanto mais melhor, não importa exatamente o que se transmita, retransmita e transmita de novo.
Mas essa explicação a partir da mídia não esclarece completamente a respeito dos últimos assuntos mundiais, Amy Winehouse e o atirador da Noruega. Principalmente não me ajuda muito a responder a nova pergunta da sociedade: o que ainda nos impressiona?
Vamos inverter a pergunta e fazê-la na primeira pessoa do singular. Quem sabe: o que não me impressiona mais? Respostas possíveis: a vida, a família, a honestidade, a pureza, a saúde e talvez Deus. Por esse caminho, talvez fique mais fácil identificar respostas para a pergunta trend topic de agora. Será que a morte banal produzida por absoluta falta de amor à vida ainda nos impressiona? Ou, talvez, o respeito ao outro, ao modo de pensar diferente ainda nos impressiona? O princípio que me faz conseguir dialogar com o outro, ainda que ele pense, creia e aja de uma forma diferente da minha.
Deus na condição de um Ser interessado em manter um relacionamento com Suas criaturas ainda me impressiona? Ou também isso é artigo descartável como o é tanta coisa que temos em nossa casa e para as quais devotamos tempo, dinheiro e esforços passageiros?
As novas tragédias midiáticas vão abalar a sociedade por algum tempo e provavelmente sensibilizarão alguns que se mostrarão consternados até que voltem a se esquecer de tudo o que vai ser condenado ao ostracismo da história em breve.
Por outro lado, não é possível acreditar que tenhamos vindo ao mundo unicamente para vermos esses horrores diante de nós e termos de nos acostumar com isso. Prefiro uma das máximas do apóstolo Paulo, dirigindo-se aos cristãos de Filipos, no capítulo 3 e versículo 20 de sua carta onde deixou registrado que “mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. É uma grande esperança. Morar em uma outra pátria longe dessas desgraças, desse conceito de que nada mais causa uma forte impressão na mente. As vítimas do atirador da Noruega e a cantora Amy Winehouse são apenas símbolos de uma sociedade que não se impressiona praticamente com nada e ninguém. Perde referenciais importantes e começa a se habituar a pensar que a vida também não tem muito valor.

Artigo "Quando a escola é o espaço do inferno"

quinta-feira, 21 de julho de 2011 0 comentários

Artigo de Ruth de Aquino em Época Online, 15.07.2011.

Quase 1.000 alunos são punidos, suspensos ou expulsos por dia nas escolas. Quase 1.000 por dia, alguns com 5 anos de idade! Por abusos verbais e físicos. No ano passado, 44 professores foram internados em hospitais com graves ferimentos. Diante do quadro-negro, o governo decidiu que professores poderão “usar força” para se defender e apartar brigas. E poderão revistar estudantes em busca de pornografia, celulares, câmeras de vídeo, álcool, drogas, material furtado ou armas.

Achou que era no Brasil? É na Grã-Bretanha.

Os dados são de um relatório governamental. “O sistema escolar entrou em colapso”, diz Katharine Birbalsingh, demitida do Departamento de Educação depois de criticar a violência nas escolas públicas inglesas. “Os professores acabam sendo culpados pela indisciplina. A diretoria da escola estimula essa teoria, os alunos a usam como desculpa e até os professores começam a acreditar nisso. Eles não pedem ajuda com medo de parecer incompetentes.”

Os alunos jogam a cadeira no mestre, chutam a perna do mestre, empurram, xingam. Ou furam o mestre com o lápis, fazem comentários obscenos, estupram, ameaçam com facas. Alguns são casos extremos pinçados pela imprensa. Os números na Grã-Bretanha preocupam. Mostram que as escolas precisam restaurar a autoridade perdida. Muitos professores abandonaram a profissão por se sentir impotentes. Educadores mais rigorosos pregam tolerância zero com alunos bagunceiros e que não fazem seu dever de casa.

As reflexões de lá são iguais às de cá. A violência nas escolas seria uma continuação do lado de fora, na rua e nos lares. A hierarquia cai em desuso. Valores e limites, que quer dizer isso mesmo? Crianças e adolescentes não respeitam ninguém. Nem os pais, nem as autoridades, nem os vizinhos, os porteiros, os pedestres, os colegas, as namoradas. Há uma falta de cerimônia, pudor e educação no sentido mais amplo.

E aí a culpa é jogada nos pais. Por não mostrarem o certo e o errado. Não abrirem um tempo de qualidade com os filhos. Esquecê-los em frente a um computador ou televisão. O de sempre. O aluno que peita o professor também xinga os pais. Aric Sigman, da Royal Society of Medicine, em Londres, autor do livro The spoilt generation (A geração mimada) , afirma que, hoje, até criancinhas nas creches jogam objetos e cadeiras umas nas outras. “Há uma inversão da autoridade. Seus impulsos não são controlados em casa. É uma geração mimada que ataca especialmente as mães”, diz ele.

Muitos professores abandonam o ensino por se sentir impotentes diante da violência dos alunos

E o que o governo britânico faz? Manda o professor revidar. Até agora, ele era proibido de tocar no aluno, mesmo ao ensinar um instrumento numa aula de música. A nova cartilha promete superpoderes aos professores. Mestres, usem “força razoável”, vocês agora têm a última palavra para expulsar um aluno agressivo, revistem mochilas suspeitas. Dará certo? Não acredito. Sem diálogo e consenso entre famílias, escolas, educadores e psicólogos, esse pesadelo não tem fim.

No Brasil, a socióloga Miriam Abramovay, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), admite que os professores passaram a ter medo. Numa pesquisa para a Unesco em Brasília, em 2002, um depoimento a chocou: “Um professor me disse que ia armado para a escola. Como se fosse uma selva. Isso mostra total descrença no sistema”. Ela acha que o Brasil está investindo dinheiro demais em bullying, mas esquece todo o resto: “Nossa escola é de dois séculos atrás”. Os ataques aos professores não se limitam à sala de aula. Carros dos mestres são arranhados, pneus são furados. Eles não têm apoio nem ideia de como reagir. Muitos trocam de escola ou abandonam a profissão.

Quando Cristovam Buarque era ministro de Lula, tinha, com Miriam, um projeto nacional de “mediação escolar” para prevenir conflitos, melhorar o ambiente e estimular o aprendizado. “Paulo Freire dizia que a escola era o espaço da alegria, do prazer, mas assim ela se torna o espaço do inferno”, diz Miriam. O projeto não vingou. Cristovam abandonou o barco por sentir que Educação não era prioridade nos investimentos. E continua não sendo. Deveria ser nossa obsessão.

Nota: As estatísticas que abrem o artigo da jornalista dizem respeito a um país considerado mais educado ou com uma política de educação mais consistente. Imagine os números do Brasil em que a educação definitivamente não tem atenção de verdade e onde investimentos em educação significam apenas construção de mais prédios (com e sem superfaturamento) e compra de equipamentos. Como se apenas isso representasse qualidade educacional.
No final do artigo, Ruth comenta que a educação deveria ser a nossa obsessão como país. Acrescento: princípios bíblicos deveriam nortear essa "obsessão". O fato de alunos não respeitarem os próprios pais e consequentemente nem seus professores e, por isso, os educadores passarem a ser motivados a revidar, é sintoma. Sintoma de que normas, regras, princípios e fundamentos para a vida não importam mais e nem são ensinados.
A violência educacional evidencia a carência de temor aos pais como existia em algum tempo no passado distante. Porque o início ainda é na família, só que a própria família está sendo destruída com uma série de expedientes advindos de uma sociedade mais "pensante", "tecnologicamente avançada", "pós-moderna", etc.
A base espiritual está mais do que decadente. Princípios religiosos , que sempre ajudaram a conduzir sociedades no passado dentro de uma linha em que o respeito mútuo se fez presente, hoje estão em total desuso. Considerados anacrônicos, porém ainda são eficazes. A busca por isso se dá na intensa procura por escolas particulares, inclusive confessionais onde ainda se estabelecem regras. Agora, é necessário entender que essas regras não adiantarão muito se não forem vividas dentro dos lares.
Educação calcada em princípios bíblicos deveria ser nossa obsessão.

Católicos e evangélicos propõem documento com regras para evangelização

terça-feira, 19 de julho de 2011 0 comentários

Site Noticias Cristianas, 19.07.2011.
Após cinco anos de discussão entre católicos e protestantes sobre como o cristianismo se espalhou no mundo inteiro, foi lançado o livro de regras para transmitir as boas novas da salvação. A publicação é muito importante especialmente para os missionários, porque diz o que fazer e o que evitar.

Este código de conduta pioneiro, foi lançado pelo Conselho Mundial de Igrejas (WCC), o Vaticano e a Aliança Evangélica Mundial (WEA), que, juntos, representam mais de 90% do cristianismo.

"Hoje é um dia histórico para o testemunho cristão que compartilhamos. É a primeira vez que o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), junto com a Aliança Evangélica Mundial e o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, escrevem um documento conjunto ", disse o cardeal Jean-Louis Tauran. Os três grupos juntos, respondem por cerca de dois bilhões de cristãos.

O texto: Christian Witness in a Multi-Religious World: Recommendations for Conduct ("Testemunho cristão em um mundo multi-religioso: Recomendações para conduta") é o resultado de cinco anos de estudo e de intensas negociações.

Ele reafirma o direito das igrejas para a atividade de conversão, mas também convida a abandonar "métodos inadequados para realizar a missão, utilizando os meios de coerção ou engano", pois tal comportamento "trai o evangelho e pode causar sofrimento aos outros." Missionários cristãos por um longo tempo, foram acusados ​​de oferecer comida, dinheiro ou outros bens para a conversão em países pobres, de outras religiões ou igrejas rivais.

As tensões têm aumentado nas últimas décadas, quando os protestantes evangélicos intensificaram seus esforços para converter os muçulmanos - a conversão é uma ofensa capital em alguns países islâmicos. E isto também leva a represálias contra os cristãos locais que não tentam converter.

"A situação exige que eles considerem as comunidades cristãs, com uma nova perspectiva, a melhor maneira de proclamar a fé cristã", acrescentou o cardeal Jean-Louis Tauran, chefe do departamento do Vaticano para o diálogo inter-religioso.

O Secretário-Geral do WEA, Geoff Tunnicliffe, disse que o código, chamado "Testemunho cristão em um mundo multi-religioso," é um "grande recurso" para os cristãos que se opõem às leis anti-conversão aprovadas em países como a Índia.

Nos últimos anos, aumentaram os ataques a igrejas cristãs locais que tem por atividade essencial a conversão - no Paquistão, Egito, Índia, Indonésia e outros países, ataques em que muitos cristãos morreram.
Nota: Certamente práticas coercitivas ou de imposição ilegal ou assistencialismo barato não são toleráveis no relacionamento entre as pessoas no que diz respeito à religião. Na Bíblia, o exemplo de Jesus Cristo é suficiente para se entender que o amor ao próximo é o que o movia em direção às pessoas. Com simpatia e misericórdia, Cristo atraía as pessoas aos ensinos de Deus e isso ocorria de uma maneira que fazia toda a diferença na vida de quem o ouvia e com Ele interagia. Cristo deu exemplo ao cristianismo para que ninguém utilize qualquer maneira antiética, ilegal ou desonesta para atrair outros para sua religião.
O único temor é que esse tipo de documento não sirva de argumento contra o evangelismo realizado e que tem despertado, no caso do cristianismo, muitos adeptos de outras religiões a conhecer mais sobre a Bíblia e os ensinamentos.

Líderes evangélicos mundiais temem secularismo, diz pesquisa

domingo, 10 de julho de 2011 0 comentários

Revista Época, Semana de 10 de julho de 2011.

Um instituto de pesquisas americano traçou um dos retratos mais completos de que se tem notícia das ideias dos líderes evangélicos. Os investigadores do centro de pesquisas Pew, uma instituição sem fins lucrativos que estuda costumes e tendências da sociedade, aproveitaram que líderes evangélicos do mundo todo se reuniram em um congresso na Cidade do Cabo, na África do Sul, em outubro de 2010, e fizeram aos religiosos uma série de perguntas. O relatório ficou pronto no mês passado. As respostas de 2.196 líderes, vindos de 166 países, revelaram as ideias e os sentimentos dos pastores, que inspiram um grupo de fiéis, cujo número varia de 246 milhões (de acordo com o Pew) a 600 milhões de pessoas (segundo a Aliança Evangélica Mundial). No Brasil, calcula-se que a população evangélica seja de 50 milhões de pessoas. A pesquisa descobriu que a ameaça mais temida pelos líderes entrevistados é a separação entre a fé e a vida moral e intelectual, conhecida como secularismo. Mais de 80% deles acreditam que devem manifestar suas opiniões políticas. Surpreendentemente, 58% dos líderes evangélicos das nações pobres e emergentes acreditam que a Bíblia deveria se tornar a lei de seus países.

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Nota: Interessantes as respostas dadas por esses líderes pesquisados, mas a questão mais importante é o que se faz de prático diante das situações identificadas. Vários dados me chamam a atenção, mas o temor do secularismo é sintomático. O secularismo, ou seja, a dissociação da fé e da vida prática do cristão ou crente, é algo que está impregnado em muitas denominações religiosas há muito tempo. O combate a isso não é nada fácil, até porque muitas igrejas cristãs preferem estar com suas reuniões lotadas por causa de cultos e/ou programas que se preocupam exclusivamente com a forma, ou seja, são verdadeiros shows que servem para "fisgar" gente e não necessariamente ensinar princípios ou doutrinas bíblicas. Não digo aqui que a forma não é importante, mas há religiões que primam somente pela forma (shows, efeitos, manifestações absurdas cujo intuito final é chamar mais a atenção para quem as pratica do que para a Bíblia) e o conteúdo é superficial. Falo do conteúdo essencialmente fundamentado na Bíblia que, segundo a própria pesquisa com os líderes, é a regra de fé para a maioria das crenças evangélicas. É uma dicotomia impressionante. Ao mesmo tempo em que a Bíblia é exaltada nos discursos inflamados dos pregadores, por outro lado os cultos seguem direção contrária e evidenciam muito mais shows televisivos destituídos dos conceitos simples e sólidos encontrados na própria revelação divina. Para mim, trata-se de evidência clara do secularismo nas entranhadas de muitas congregações cristãs.
Ao mesmo tempo, na última pergunta apresentada na reportagem, os líderes responderam acerca da sua expectativa quanto à volta de Jesus Cristo. Ao menos 44% dos ouvidos diz que provavelmente Jesus voltará durante sua vida. Ótima aspiração. Em torno disso, vem, também, a necessidade de preparação espiritual e pessoal sobre isso. Os próprios líderes que responderam a esses questionamentos devem se preocupar em apresentar aos seus liderados o que efetivamente é necessário para uma preparação para o encontro com Jesus. Mas será que isso ocorre nas igrejas hoje?

O que há por trás da conferência sobre lei dominical

quarta-feira, 6 de julho de 2011 3 comentários

Na segunda-feira, dia 20 de junho, a European Sunday Alliance (Aliança Europeia para o domingo - ESA) promoveu em Bruxelas, Bélgica, uma conferência sobre a proteção do domingo como jornada não laborável, sob o título “O valor agregado da sincronização do tempo livre”. A ESA é uma rede de alianças nacionais formadas por sindicatos, organizações da sociedade civil e comunidades religiosas, entre as quais também se encontram a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) e a Conferência das Igrejas Europeias (KEK).
Entre os temas tratados estão a segurança dos trabalhadores, o equilíbrio entre trabalho e vida profissional com a vida familiar, e a importância do fim de semana para a vida comunitária. Os organizadores assinalam que “o encontro procura informar os responsáveis políticos europeus sobre a importância de um tempo de qualidade sincronizado não só no aspecto cultural dentro do patrimônio europeu, mas também como um importante fator de construção da Europa social: uma UE consciente das exigências de seus cidadãos”.

Notícia original em http://www.europeansundayalliance.eu/site/home

Nota: Essa conferência, noticiada em alguns sites religiosos, faz parte de um conjunto de ações que já têm sido desenvolvidas no sentido de fortalecer o domingo como um dia especial em que o trabalho regular deve ser cessado. Não é a primeira e nem será a última movimentação nessa direção. Não apenas o Vaticano, mas entidades, inclusive sindicatos, possuem interesse em que o domingo seja visto como uma dia para o trabalhador estar com sua família. Mas, como se lê na reportagem traduzida e publicada no próprio site da Aliança Europeia do Domingo, o encontro teve, também, o objetivo de consolidar a construção de uma Europa social. É nítido que a União Europeia tem sofrido golpes fortes contra sua unidade nos últimos anos: economia, religião e organização política.
O próprio Vaticano, desde a época do papa João Paulo II, já demonstrava preocupação com o crescente secularismo e desinteresse religioso europeu. Essa ação vai justamente em oposição a essa tendência e tenta convocar várias representações da sociedade civil organizada para fortalecer o domingo em relação a questões comunitárias e familiares.
Por trás disso, falando biblicamente, vejo claramente um esforço conjunto, organizado e sistemático para substituir o domingo pelo sábado como dia de especial dedicação e adoração a Deus. Afinal de contas, valores familiares e comunitários são importantes para qualquer sociedade e são aprovados por Deus. E ao relacionar esses assuntos com o domingo, sutilmente esse grupo trata de pisar o sábado e elevar o papel do domingo.
No livro de Apocalipse, capítulo 13, o profeta João viu que um poder político e religioso, descrito como uma besta, seria responsável por impedir que os verdadeiros seguidores dos princípios divinos comprassem e vendessem em um boicote comercial. E essa proibição tem a ver com a questão do dia de guarda bíblica se associarmos ao capítulo 12 de Apocalipse onde está claro que o dragão, símbolo de Satanás, empreende uma luta contra aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. E os mandamentos divinos, conforme Êxodo 20:8-11, envolvem a guarda do sábado e não do domingo. O dragão (Satanás) e as bestas de Apocalipse 13 (segundo o contexto histórico-profético, a primeira besta é o poder papal e a segunda os Estados Unidos) atuarão em conjunto de maneira harmoniosa para promover o domingo como um dia especial em substituição ao sábado bíblico.

Sikberto Marks ao vivo fala sobre eventos finais

sexta-feira, 1 de julho de 2011 0 comentários

Palestras nesta sexta-feira, dia 1º de julho, às 20 horas sobre O Conflito Milenar. No sábado de manhã, dia 2 de julho, o tema é Eventos em torno do decreto dominical e, à tarde, os temas são: União das igrejas e Estratégias de Satanás contra o povo de Deus. As palestras ocorrem na Igreja Adventista do Guará, no Distrito Federal.

Watch live streaming video from iasdguara at livestream.com

 
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