Revista divulga pesquisa sobre sexualidade entre evangélicos

quinta-feira, 30 de junho de 2011 1 comentários

Revista Cristianismo Hoje, Junho de 2011.

Durante muito tempo, era praticamente proibido falar nele nas igrejas. Assunto restrito às quatro paredes dos gabinetes pastorais e considerado tabu pelos crentes, o sexo tem sido visto como uma espécie de fruto proibido ao longo de séculos. A imagem, aliás, é das mais apropriadas – acostumou-se a associar o pecado original de Adão e Eva à prática do sexo, e não à desobediência explícita ao Criador. Vítima de preconceito, legalismo e uma pseudomoralidade que visava muito mais ao controle social do que à santidade, a sexualidade atravessou as eras como algo sujo, um prazer proibido, algo que afastava as pessoas de Deus. Visão bem diferente do propósito do Senhor, que dotou o ser humano da capacidade de amar e ser amado, ao ponto de a própria Palavra de Deus aconselhar o homem a gozar a vida com sua mulher.

Novos tempos, novos valores. Ultimamente, os crentes em Jesus têm aprendido não só a valorizar o sexo – quando praticado dentro dos limites do casamento, bem entendido – como a, vejam só, falar sobre ele. O resultado disso é que trabalhos inimagináveis há algumas décadas têm sido realizados entre a comunidade evangélica, levando os crentes a mostrar a cara e a falar claramente sobre suas preferências, dificuldades e práticas de alcova. O mais recente deles é a pesquisa de opinião O crente e o sexo, cujos resultados CRISTIANISMO HOJE traz em primeira mão. O estudo constitui um amplo panorama sobre o assunto, em que quase 12 mil crentes – sendo 5,1 mil casados – responderam a perguntas enviadas pelo Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã (Bepec), que está sendo lançado junto com a pesquisa.

Através de uma parceria com a empresa Akna Software, especializada em marketing digital, e o portal e revista cristã Genizah, o Bepec teve acesso a mais de 1,5 milhão de endereços eletrônicos de evangélicos, sendo que o instrumento de coleta foi mandado para cerca de 71,5 mil destinatários. Por questão de metodologia, apenas o grupo-alvo dos evangélicos casados foi totalizado neste primeiro momento. Um universo amplo, representando diferentes regiões do país e classes sociais, bem como oito grandes grupos de confissões, incluindo igrejas tradicionais, pentecostais e neopentecostais e denominações de grande porte, como Batista e Assembleia de Deus. “A pesquisa foi feita com rigor científico”, destaca o profissional de marketing digital e blogueiro Danilo Silvestre Fernandes, idealizador do Bepec. Evangélico, ele conta que suas principais motivações foram o interesse que o assunto desperta e a carência de material do gênero. “Não há quase nada disponível sobre a sexualidade dos evangélicos”, atesta. “Sexo é tabu entre os crentes e as matérias sobre isso são as mais lidas e comentadas. Quisemos produzir conteúdo inédito – incluindo dados primários, como é o caso da pesquisa O crente e o sexo.”

Não se pode negar mesmo que o assunto seja apimentado. E que, a partir da divulgação dos resultados da pesquisa, deve render mais pano para a manga nas igrejas. Como explicar, por exemplo, o espantoso percentual de 25% dos homens crentes casados que já traíram a mulher? Ou que 56% dos pesquisados do sexo masculino tenham praticado sexo com o futuro cônjuge antes do casamento? E isso, mesmo levando em conta que quase a metade dos respondentes têm mais de dez anos de conversão à fé evangélica e que o espectro etário é amplo, compreendendo dos 16 aos 55 anos. Ademais, a metade dos pesquisados informou ter mais de oito anos de casamento – ou seja, é gente que já passou pela famosa “crise dos sete anos”, o que é indicativo de estabilidade na relação. A conclusão, óbvia, é de que o abismo entre o discurso dos púlpitos e a prática dos crentes, que sempre se suspeitou existir, é um fato.

“Chamou-me a atenção o índice de casais crentes que tiveram relações sexuais antes do casamento”, aponta o pastor Gilson Bifano, diretor do Oikos, ministério cristão de apoio à família. Sediado no Rio de Janeiro, a entidade promove aconselhamento, estudos e eventos voltados para casais crentes. Ele diz que muito do que a pesquisa mostrou já é do conhecimento de quem trabalha nesta área. “Creio que os tempos modernos têm influenciado o comportamento dos casais crentes. Sexo é assunto que ficou, por muitos anos, sem ser tratado no âmbito evangélico. Há muito dogmatismo e falta diálogo.”


“SEM SURPRESA”

A pesquisa desce a minúcias como práticas sexuais dos casais crentes, envolvimento com homossexualismo e uso de pornografia – quesito no qual 44,5% dos consultados responderam “sim”. No entender de Danilo, o que chama a atenção é a proximidade relativa dos dados de Os crentes e o sexo e outra pesquisa, esta realizada pelo Ministério da Saúde em 2009 com a população em geral. Ali, o objetivo era bem diferente: balizar políticas públicas de combate à Aids. Mesmo assim, alguns dados são inquietantes – como o índice de traição ao parceiro fixo, que ficou na casa dos 16 por cento em um ano na mostra do governo. “Isso não quer dizer, evidentemente, que o evangélico traia mais”, ressalva. “Apenas que os crentes, em diversos aspectos, não diferem tanto assim das pessoas que a Igreja convencionou chamar como ‘do mundo’.”

“De modo geral, não me surpreendo”, comenta o pastor Geremias do Couto, da Assembleia de Deus. Fiéis de sua denominação, conhecida historicamente pelo rigor nos costumes, constituem um quinto do total de pessoas casadas que entraram na pesquisa. Mesmo assim, ele concorda que a influência de uma prática de vida liberal tem cobrado seu preço da Igreja, sobretudo nesta área: “O percentual naqueles pontos que, de fato, consideramos anomalias, ou mesmo pecado, estaria, a meu ver, dentro de um corte que corresponde ao modo como a prática da fé cristã é vivida, hoje, sem muito comprometimento”.

Geremias, que é vinculado ao projeto My hope (“Minha esperança”), da Associação Evangelística Billy Graham, e dedica parte de seu ministério à orientação cristã para casais, teve acesso aos dados da pesquisa antes de sua divulgação. O ponto que mais chamou sua atenção foi mesmo o da traição entre cônjuges crentes. Exatos 24,68% dos homens admitiram a pulada de cerca, enquanto que 12% das casadas evangélicas caíram em adultério. O detalhe é que, entre os neopentecostais, o índice supera em cerca de 5 pontos o de adeptos de outras denominações – como os anglicanos e presbiterianos, classificados na pesquisa como “reformados”. “Seriam, hipoteticamente, dois a três casos de infidelidade em cada dez casais crentes”, aponta o pastor.


ABERTURA

A pesquisa não deixou de abordar questões como frequência de atos sexuais no casamento e as diferentes modalidades de práticas sexuais. Engana-se quem pensa, por exemplo, que crentes se contentam com as mais convencionais. Quase 38% dos que responderam a pesquisa – lembrando que foram 56% de homens e 44% de mulheres – disseram que “vale tudo” no quarto conjugal, desde que ambos concordem. Aí entram a masturbação mútua, o sexo oral (com grande aceitação para mais de 80%) e até sexo anal, normalmente vetado por líderes e conselheiros por sua associação com práticas promíscuas homossexuais, a chamada sodomia. Mas 21,4% dos casais crentes confessaram praticá-lo.

Tratar de aspectos tão delicados da intimidade conjugal só foi possível, segundo Danilo, pela garantia do anonimato. “Pesquisas onde a coleta dos dados não é presencial, embora exijam mais cuidado na amostragem científica, ganham nos fatores envolvendo a privacidade do objeto do estudo. Isso incentiva a abertura para assuntos difíceis e a honestidade das respostas”, explica. “Tenho certeza de que muitos usaram a pesquisa como uma espécie de confessionário, prática abandonada pelo protestantismo”, opina o bispo Hermes Fernandes, um dos colaboradores de Genizah e líder da Rede Episcopal de Igrejas da Nação Apostólica (Reina). Ele acompanhou a elaboração da pesquisa e diz que o estudo confirma, com riqueza de detalhes e informações, o que todo mundo sabe: “O proibido é mais gostoso”. Para Hermes, a pressão exercida pela religiosidade acaba por acentuar as pulsões sexuais, tornando-as exacerbadas. “Muitos certamente ficaram aliviados por saber que não são os únicos a adotar certos comportamentos considerados tabus.”

Nota: Essa pesquisa evidencia alguns aspectos importantes que ajudam a entender a necessidade de o assunto da sexualidade à luz da Bíblia ser tratado com maior ou talvez com diferente ênfase inclusive dentro dos próprios meios religiosos. Eu não posso falar a respeito da metodologia utilizada pela pesquisa, mas os dados indicam que boa parte das práticas, que os líderes religiosos dizem ser contrárias à Bíblia e que fazem parte do discurso nas igrejas e nos cursos para casais, são praticadas pelos entrevistados. Alto índice de utilização de pornografia, adultério e práticas sexuais não convencionais fazem parte de grande parte das respostas dadas. 
Não se podem tirar conclusões rápidas desse material, mas é possível perceber que algumas práticas, sobre as quais a Bíblia dá orientação clara, simplesmente parecem ser passadas por alto pelos cristãos pesquisados. O adultério, por exemplo, é um deles. Embora legalmente no Brasil não haja qualquer restrição ao adultério ou bigamia, na Bíblia desde os tempos antigos judaicos até as palavras de Jesus o conceito é bem claro. No evangelho de Mateus, capítulo 5 e versículo 32, é dito que "Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério". 
O estupro, chamado de violação em alguns trechos da Bíblia, também não era aceito pelo povo hebreu que vivia sob as orientações divinas. Exemplos podem ser vistos na história de Diná, em Gênesis 34. Em Gênesis 19:5 há uma menção de abuso contra os homens que foram à casa de Ló, na região de Sodoma e Gomorra e ali não há qualquer apoio da parte de Deus para esse tipo de prática. Como se tratavam de homens, fica subentendido que não há recomendação bíblica para atos de relação sexual entre pessoas do mesmo gênero e quaisquer atos que fujam da sexualidade convencional entre homem e mulher. Logicamente é possível enquadrar dentro disso perversidades como pedofilia e sexo com animais ou mesmo utilizando os próprios órgãos do corpo humano de maneira diferente das quais foram criadas. 
O que há realmente é uma falta de sintonia entre o discurso e a prática. Claro que isso traduz o desafio humano constante de lutar contra o pecado, mas a pesquisa me ajuda a compreender que mero conhecimento da Bíblia ou simples anuência dos ensinamentos ali contidos faz cristãos praticantes. Algo mais é necessário. Tem a ver certamente com uma experiência mais profunda do que apenas se considerar crente, evangélico, religioso ou qualquer outro termo que tenha a mesma conotação. Um alerta estatístico importante que nos convida a fazer várias reflexões sobre o que significa carregar o nome de cristão ou evangélico (que difunde as "boas novas", ou seja, o evangelho).  

Resgate: geólogo criacionista debate controvérsia entre criacionismo e evolucionismo na Globo News

sexta-feira, 24 de junho de 2011 0 comentários

É bom retomar entrevista da qual participou o doutor em geologia e criacionista Nahor Neves Jr., em 2009, no programa Entre Aspas, da Globo News, apresentado por Monica Waldvogel. Apesar da nítida visão evolucionista da apresentadora e mediadora, Dr. Nahor deixou claros os conceitos em que os escritos bíblicos e a ciência convergem. É importante que se veja essa entrevista dividida em três vídeos.








http://www.revistaadventista.com.br/cpbreader.cpb?ed=2068&s=304751664 - Artigo completo do Dr. Nahor na Revista Adventista - Dezembro de 2010

Reportagem de TV esclarece controvérsia entre criacionismo e evolucionismo

quinta-feira, 23 de junho de 2011 0 comentários

A controvérsia entre criacionismo e evolucionismo é antiga, mas permanece. O que eu pude perceber, ao realizar a reportagem abaixo juntamente com minha colega Márcia Ebinger, foi que há falta de conhecimento generalizado por parte das pessoas. Por muitos não saberem exatamente qual é o raciocínio criacionista e nem o evolucionista, acabam ou tendo uma argumentação inconsistente ou mesmo uma descrença. Vale a pena ver a reportagem, veiculada há alguns dias no programa NT Repórter, da TV Novo Tempo.

Por trás dos movimentos pró-legalização de drogas

domingo, 19 de junho de 2011 6 comentários

Ampla discussão foi retomada no Brasil por conta da ideia de se aprovar a legalização do consumo e vendas de drogas, especialmente a maconha. Apesar de o assunto já ser alvo de controvérsia desde os anos 90. Meios de comunicação de massa e políticos se manifestaram novamente agora, até porque é o tipo de polêmica que garante visibilidade, audiência e mantém uns e outros em evidência constante. Afora dessa motivação questionável, fica claro que o debate tende a crescer, ainda mais que recentemente o Supremo Tribunal Federal (corte máxima brasileira) se posicionou sobre as recorrentes “marchas da maconha” no país. Em decisão unânime, o STF liberou a realização dos eventos, que reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Quando o assunto é uso para fins medicinais, vários países aderem. O potencial terapêutico da cannabis já é explorado nos EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Itália, Suíça, Israel e Austrália, entre outras nações.
Defensores da descriminalização da erva argumentam que, em tese, o uso permitido da maconha (entenda-se o consumo e a comercialização) ajudaria a reduzir a criminalidade decorrente do comércio ilegal e proibido que hoje ocorre. Contra isso, no entanto, pesam pesquisas médicas amplamente confirmadas sobre os malefícios do uso da droga, especialmente a longo prazo. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), que é uma referência na questão acadêmica, publicou em seu site oficial livretos sobre várias drogas. No caso da maconha, entre outras afirmações, está a de que “os efeitos físicos crônicos da maconha são de maior gravidade. De fato, com o uso continuado, vários órgãos do corpo são afetados. Os pulmões são um exemplo disso. Não é difícil imaginar como ficarão esses órgãos quando passam a receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado com o tabaco comum. Essa irritação constante leva a problemas respiratórios (bronquites)...sabe-se que seu uso prolongado interfere na capacidade de aprendizagem e memorização...”.*
Mas efetivamente o que significam, de uma maneira mais abrangente, esses movimentos pró-legalização de drogas? Há algumas conclusões que se podem tirar a partir dessa mobilização toda e que afetam a sociedade de maneira muito mais profunda do que se pensa ou se imagina.
                O pretenso combate à criminalidade em função da descriminalização de drogas, começando pela maconha como pretendem muitos no Brasil, pode ser uma grande ilusão. O que faz determinados países não apresentarem altos índices de criminalidade associada à venda e disseminação de drogas (quando isso realmente ocorre) é um conjunto de ações que incluem fortalecimento da educação formal, apoio de ONGs sérias e igrejas no processo de reabilitação e recuperação de dependentes e atuação exemplar de forças repressoras. No Brasil, tudo isso ainda é embrionário ou sequer existe em determinadas regiões. Que apoio governamental efetivo e consistente se dá, por exemplo, a igrejas que se propõem a trabalhar para ajudar na reabilitação de jovens viciados e suas famílias? A resposta pode ser vista diariamente através de notícias veiculadas na imprensa.
A Bíblia sugere que a educação é uma das chaves para uma vida livre de alguns dos males modernos. Não significa dizer que todos os “bem educados” estão isentos de qualquer problema (até porque isso não é verdade), mas a educação formal, em colaboração com o trabalho de famílias cujos alicerces estão em princípios sólidos, pode ajudar e muito. O ensino de pais para filhos fazia parte da cultura antiga oriental, mas é praticamente desprezado hoje. É interessante o que Moisés registrou no livro de Deuteronômio, capítulo 6, nos versículos 6 e 7, ao se dirigir ao povo que acabara de receber instruções divinas. “Estas palavras que hoje de ordeno estarão no teu coração. Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, deitando-se e levantando-se” (Almeida Revista e Corrigida – Edição Contemporânea). Soa um pouco estranho, em um primeiro momento, o dever familiar de inculcar algo na mente de outros, mas é bom raciocinar que pior ainda é a perda de vidas por causa de drogas. Entre os sinônimos para esse verbo inculcar estão fixar e gravar. Tenho lido mais um dos excelentes livros do neurocirurgião norte-americano, Ben Carson, em que fica nítido o conceito da importância de princípios na vida para sucesso profissional e pessoal. De origem pobre e certamente dentro do parâmetro que hoje chamamos de vulnerabilidade social, Carson, no entanto, contou com uma mãe religiosa e ciente do seu papel como primeira educadora, a ele foram inculcados alguns conceitos que o fizeram um dos mais respeitados médicos do mundo na atualidade.
Além disso, por trás de movimentos pró-legalização de drogas está uma despreocupação total com a saúde mental e física, principalmente de jovens, adolescentes e crianças. O que se pode esperar de uma sociedade permissiva com respeito ao uso de substâncias comprovadamente prejudiciais, inclusive, à capacidade plena de memorização e apreensão de conhecimento? Quando o apóstolo Paulo pergunta, em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 6 e versículo 19 e 20, que “ou não sabeis que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? Não sois de vós mesmos: fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”.
                Não vejo futuro promissor para uma sociedade que se rende e aceita deixar que jovens usem e sejam vítimas fáceis do comércio indiscriminado de drogas e, por esse uso, lotem clínicas e centros de reabilitação. Se Deus está disposto, como diz a Bíblia, a conceder inteligência para o desenvolvimento pleno do ser, não me parece haver lógica em se aprovar a distribuição de veneno. Algo muito errado se percebe nos direcionamentos que a sociedade está buscando de modo geral, especialmente a brasileira. Alguns líderes estão admitindo que valores não são mais necessários e preferem oferecer o que de pior existe. Talvez pensem que isso vai tornar menos violenta, menos desigual ou menos degradante a nova geração. Triste engano.

Felipe Lemos, jornalista, especialista em marketing – @felipelemos29 

ONU vai votar resolução sobre direitos civis dos gays

quinta-feira, 16 de junho de 2011 0 comentários

Agência Estado, 16.06.2011, às 16h40min.

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) prepara-se para votar amanhã uma histórica resolução em apoio aos direitos dos homossexuais. A resolução é apoiada pelos Estados Unidos, cuja posição sobre o tema mudou drasticamente depois da chegada de Barack Obama à presidência, em 2009.
Em Washington, funcionários do governo norte-americano disseram hoje acreditar que a medida passará com uma estreita maioria dos votos. Caso tenha sucesso, esta será a primeira resolução em apoio aos direitos dos homossexuais a ser aprovada em um órgão da ONU. As discussões sobre o tema nos fóruns da organização costumam ser bastante polarizadas.
A resolução proposta defende direitos iguais às pessoas independentemente da orientação sexual e manifesta preocupação com a violência e a discriminação contra os gays e lésbicas pelo mundo.

Nota: Com a pretensa tônica de respeito aos direitos dos homossexuais, é muito provável que a Organização das Nações Unidas dê não apenas apoio aos direitos dos homossexsuais, mas à prática homossexual também. É fundamental entender que se tratam de objetivos diferentes. Uma coisa é se defender o direito de uma pessoa ter acesso aos mesmos serviços que outros têm indepedente de sua religião, cor ou sexualidade. Esse direito é lícito, bem como se evitar a agressão ou violência contra qualquer pessoa. Outra coisa é haver uma resolução que defenda o homossexualismo. Se tal resolução tiver essa segunda conotação vai se chocar frontalmente com os ensinos bíblicos defendidos por vários cristãos e mesmo pessoas de outras culturas e crenças que também não consideram correta a prática da homossexualidade. E isso inevitavelmente vai criar um constrangimento entre os cristãos, bem como poderá ser entendido como uma tentativa de tolher a liberdade de quem pensa diferente do assunto. É a mesma questão já bastante discutida aqui no Brasil sobre a liberdade que religiosos querem ter de poder se manifestar livremente contra a homossexualidade sem que tal atitude seja interpretada como crime ou afronta aos direitos de homossexuais. Questão séria.

Liberdade de exercer a livre expressão

segunda-feira, 6 de junho de 2011 0 comentários

Felipe Lemos
 
              Atribui-se ao famoso filósofo francês Voltaire a frase “Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Essa máxima tem norteado os defensores da liberdade de expressão por séculos e soa atual diante da percepção de que o conceito de liberdade tem sofrido impressionante modificação e adulteração em nossos dias pós-modernos. Convencionou-se enxergar o mundo sob o prisma da pluralidade de ideias sociais e políticas e mesmo religiosas. Ou seja, intolerante é quem não aceita essa diversificação de opiniões. Pois bem. Até aí, tudo certo.

                O problema é quando muitos esforços são realizados para se estabelecer uma confusão proposital entre liberdade de expressão, respeito às opiniões alheias e aceitação do contraditório. O que Voltaire e tantos outros pensadores condenavam evidentemente era a intolerância ao diferente, ao distinto e obviamente a violência praticada em nome da incapacidade de sequer ouvir e ver o contraditório. Lógico que isso prevalece até hoje e é o princípio da própria liberdade religiosa que permeia os estatutos e constituições de várias nações desse planeta. Não se pode suportar qualquer arbitrariedade praticada em nome de preconceitos, julgamentos ou simplesmente pela vontade de se opor ao que não se quer ou não se admira. É lícito o respeito mútuo e o livro arbítrio preconizados por Deus em Sua revelação aos homens, a Bíblia Sagrada. Desde o lar edênico, Deus concedeu ao casal Adão e Eva o direito de escolher e a liberdade de agir conforme sua consciência. Expôs claramente os resultados da desobediência no caso de se aproximarem da árvore da ciência do bem e do mal, mas não impediu a ação dos dois. Se passarmos pelas páginas do Livro Sagrado perceberemos que esse conceito permeou os demais relatos. No episódio entre Ló e seu tio Abraão, vemos outra vez o direito de escolha que levou Ló a seguir seu caminho em direção às cidades de Sodoma e Gomorra, mais tarde destruídas pelo próprio Deus. Não houve intervenção divina para cercear a decisão do homem que depois deixou, às pressas, a corrompida região após aviso de anjos. Deus, no Antigo Testamento, constantemente aparece pedindo às pessoas que se arrependam, voltem aos caminhos orientados por Ele e sigam os princípios delineados, porém nunca as obriga e nem mesmo atua de maneira forçosa para que não caiam em armadilhas dos inimigos. A liberdade de escolha vem acompanhada certamente das consequências, mas é garantida.

                No Novo Testamento, Jesus também age da mesma maneira. Convida discípulos, não os convoca como que para uma carreira militar obrigatória. Discursa para multidões, mas salienta que o amor e a compreensão constituem a base de Seu ministério. Cura doentes, alimenta famintos, ressuscita mortos, contudo não condiciona seus atos a um alistamento ao Seu grupo e nem condena as pessoas por seus diferentes pontos de vista religiosos. Chama a atenção, sim, para o que considera incoerente nas crenças, mas respeita o direito do pensar divergente.

Liberdade para contradizer – Ao mesmo tempo, os ensinamentos de Jesus deixam a translúcida impressão de que Ele não concordava sempre com as opiniões vigentes. Respeitava o direito, por exemplo, de os líderes judeus à época agirem de maneira cruel com quem não lhes interessava na sociedade. Mas não aceitava e nem apoiava tais atitudes. No momento e na maneira certa, manifestava Seu pensamento acerca dos fatos que afetavam a vida espiritual das pessoas ao Seu redor.

                Se Jesus realizasse Seu ministério hoje dessa forma, seria enquadrado provavelmente como intolerante, preconceituoso e perseguidor de minorias ou algo do gênero. Seu defeito apontado por muitos seria o de não se posicionar como alguém politicamente correto, culto e com a mente aberta para aceitar todas as diversidades possíveis. Jesus não compactuava e, indo além, afirmava que não concordava com certas posturas, costumes e ideologias. Fosse por parábolas, discursos, sermões ou atos, mostrou que vivia segundo ditames mais elevados e conectados com a vontade divina. Apesar de sua fama entre os mais pobres, humildes, desvalidos e marginalizados, alcançou grande impopularidade à medida que o tempo transcorria. Tornou-se objeto de repulsa social.

                O motivo é que se discurso foi considerado eticamente incorreto, que afrontava o pensamento de gente influente. Jesus nos ensina que a liberdade de expressão, posicionamento e pensamento nem sempre agrada, nem sempre resulta em apoio popular. É o que muitos vivem na sociedade pluralista de hoje que já não quer mais aceitar posições diferentes, consideradas obsoletas e ultrapassadas. São visados como extremistas, fanáticos, preconceituosos. No mundo religioso, certamente há muito disso. Porém, muitos cristãos se deixam ser influenciados por sua fé alicerçada na Bíblia Sagrada e a defendem com vigor e convicção. Infelizmente são interpretados como ignorantes e intolerantes. Passam a ser discriminados e viram alvo fácil de crítica e ofensas. Em última instância, a essas pessoas é vedado o direito de expressar sua opinião. Estamos chegando agora ao limite de criminalizar determinadas opiniões. Defender o contraditório, em certas situações, torna-se, portanto, perigoso e o caminho mais seguro será o de se calar.

                Mas onde fica a liberdade de ensinar valores nos quais se acredita, de escrever e publicar o que se pensa e de falar em público sobre determinados conceitos? O dever de escutar e respeitar é tanto de quem aceita a Bíblia e Seus ensinamentos sobre céu, morte, sexo, leis, julgamento, família, saúde, quanto de quem não crê dessa forma. Até mesmo o que alega não crer em nada e ninguém merece a consideração. Não confunda, entretanto, com aceitação. Somos livres, de acordo com Deus e as elaboradas legislações humanas posteriores, para pensar e consolidar nossas crenças. Todos nós!

Mulheres saíram em marcha contra a violência sexual

domingo, 5 de junho de 2011 0 comentários

Site Catraca Livre, 1º.06.2011.

Um movimento que começou em Toronto, Canadá, está ganhando espaço em diversos lugares do mundo. Já passou em mais de 10 cidades dos Estados Unidos e por mais 19 em outros países.
A SlutWalk (foi traduzido como “Marcha da Vadias”) surgiu após um comentário de um policial durante uma palestra em uma universidade canadense: “Disseram-me que eu não deveria dizer isso, mas as mulheres devem evitar se vestir como vagabundas, para não se tornarem vítimas de ataques sexuais”.
A declaração gerou revolta por trazer à tona a ideia de que se uma mulher for violentada é porque ela provocou. Com isso, mulheres se uniram para reivindicar o direito de se vestirem e agirem como quiserem, sem dar o “direito” de ninguém agredi-las por isso.
Manifestantes levavam cartazes com mensagens como: “Não nos digam o que vestir, digam aos homens para não estuprar”, e ganharam espaço na mídia por todo o mundo. Agora, esse movimento chega ao Brasil.
Pelo Facebook, mais de 4.500 pessoas confirmaram presença na manifestação que será na cidade de São Paulo, neste sábado, 4, na praça do Ciclista (avenida Paulista com rua da Consolação), a partir das 14h.
O movimento convida todos a participarem, inclusive homens que também defendam a causa.

Nota: Não sei como foi a mobilização ocorrida neste sábado, mas esse tipo de manifestação evidencia dois grandes problemas. O primeiro é o de que infelizmente o nível moral da sociedade em geral tem caído a um ponto que o estupro e qualquer outro tipo de violência moral ou sexual começa a ser justificado. Ou seja, houve um tempo em que as pessoas se sentiam fortemente reprimidas e a imoralidade era praticada de maneira escondida, velada, por causa de uma forte pressão social. Esse tempo passou e deu lugar a uma época em que a imoralidade passou a ser tolerada, mas ainda socialmente não aceita pela maioria. Vivemos agora, no entanto, um período em que a imoralidade é tolerada, encarada como normal ou comum e, ao meu ver, até apoiada em determinados aspectos. Obviamente a Bíblia Sagrada não dá espaço para a imoralidade ser apoiada ou incentivada. De forma alguma. Basta ler histórias como a do rei Davi, por exemplo, que sofreu amargas e duradouras consequências pelo ato de adulterar com a mulher de um de seus soldados. Deus nunca deu aval a esse tipo de comportamento. Fato é que as cidades históricas de Sodoma e Gomorra foram destruídas por conta de um índice elevado de imoralidade seguido de uma resistência forte ao arrependimento e mudança de vida. 
Por outro lado, outro problema com esse tipo de manifestação é que as mulheres, ao advogarem o direito de se vestirem como bem entendem, seguem a um outro extremo, também de cunho imoral. De forma alguma, há justificativa para estupro ou qualquer tipo de violência ou agressão contra as mulheres. Mas pensar que, por essa razão, não importa qual roupa se usa e nem o comportamento que se adota no cotidiano pode ser um erro estratégico muito grande. A Bíblia também apela para a modéstia cristã, algo que soa absolutamente anacrônico e obsoleto para uma sociedade que não quer mais ouvir falar em restrições e normas. Mas se você ler atentamente textos de I Timóteo 2:9 e outros relacionados perceberá que a vestimenta simples, que não chama a atenção pela extravagância e nem se torna mais importante do que a própria pessoa que a usa é o que Deus aconselha. Há dois problemas bastante claros diante de uma notícia ou um movimento com esse. O parâmetro do bom senso parece não resolver mais a questão, até porque o conceito de bom senso está bem distorcido. Sugiro a Bíblia Sagrada como critério de avaliação.

Especialista tira dúvidas sobre mitos arqueológicos

sexta-feira, 3 de junho de 2011 0 comentários

O teólogo, filósofo e especialista em arqueologia fala sobre alguns mitos e verdades a respeito da historicidade bíblica. Algo interessante porque, embora a fé cristã não necessite ser fundamentada por achados históricos, algumas descobertas ajudam a fortalecer o conceito de que a Bíblia não é uma lenda e nem uma repetição de outras histórias. Para os cristãos conscientes, trata-se da revelação divina para a humanidade.
A entrevista do Dr. Rodrigo Silva está na última edição do boletim de TV de notícias da sede sul-americana adventista, o programa ASN TV. Confira.

Adventistas assinam manifesto em favor da liberdade de consciência

quinta-feira, 2 de junho de 2011 0 comentários

Portal Adventista, 01.06. 

Um Manifesto em Favor da Liberdade de Consciência e de Expressão foi entregue hoje de manhã, dia 1º de junho, ao deputado federal João Campos, que preside a chamada Frente Parlamentar Evangélica. O documento foi preparado a partir de iniciativa da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE) e é subscrito por outras instituições, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia. A entrega ocorreu nas dependências do Senado Federal, em Brasília. Até o fechamento desta reportagem, o documento ainda não havia sido entregue ao senador José Sarney, presidente do Senado, conforme previsto pela ABIEE.
O Manifesto foi redigido em resposta ao Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006 que tramita no Senado Federal e criminaliza manifestações contrárias à homossexualidade. Segundo o documento apresentado, “o referido Projeto de Lei da Câmara 122/2006, ao tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade, incita à discriminação ao promover a censura da consciência e expressão, promove a violência defendendo a liberdade para uns e suprimindo a liberdade para outros, desprezando o que é conhecido no Direito como ‘princípio do contraditório e da ampla defesa”.
Carlos Hassel Mendes da Silva, presidente da ABIEE, disse que a intenção deste Manifesto é o de garantir a liberdade de expressão religiosa e não afrontar quaisquer grupos. O documento declara, inclusive, que “manifestamos nossa posição contrária a qualquer forma de violência e discriminação contra o ser humano, afirmando, por um lado, o respeito devido a todas as pessoas independentemente de suas escolhas sexuais, e, por outro lado, afirmando o direito da livre consciência e expressão de cada pessoa”. Os religiosos presentes ao evento reafirmaram a intenção de poder ter a liberdade de declarar o que acreditam com base na Bíblia Sagrada sobre os valores familiares a partir da união entre homem e mulher.

Leia declaração oficial dos adventistas do sétimo dia sobre o homossexualismo abaixo:

HOMOSSEXUALIDADE

A Igreja Adventista reconhece que cada ser humano é precioso à vista de Deus. Por isso, buscamos ministrar a todos os homens e mulheres no espírito de Jesus. Cremos também que, pela graça de Deus e com o apoio da comunidade da fé, uma pessoa pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.
Os adventistas crêem que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal entre homem e mulher. Esse foi o desígnio estabelecido por Deus na criação. As Escrituras declaram: “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gen. 2:24). Esse padrão heterossexual é confirmado em todas as Escrituras. A Bíblia não faz ajustes para incluir atividades ou relacionamentos homossexuais. Os atos sexuais praticados fora do círculo do casamento heterossexual estão proibidos (Lev. 20:7-21; Rom. 1:24-27; I Cor. 6:9-11). Jesus Cristo reafirmou o propósito da criação divina quando disse: “Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa: deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mat. 19:4-6). Por esse motivo, os adventistas opõem-se às práticas e relacionamentos homossexuais.
Os adventistas empenham-se por seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a todas as pessoas e famílias que sofriam a consequência do pecado. Desenvolveu um ministério solícito e proferiu palavras de conforto às pessoas que enfrentavam dificuldades. Mas fez distinção entre Seu amor pelos pecadores e Seus claros ensinos sobre as práticas pecaminosas.


Esta declaração foi votada em 3 de outubro de 1999, durante o Concílio Anual da Comissão Executiva da Associação Geral realizado em Silver Spring, Maryland.  Declarações da Igreja, Casa Publicadora Brasileira, página 51. http://www.cpb.com.br/produto-131-declaracoes+da+igreja.html

 
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