Escritor diz que atentado contra João Paulo II foi planejado pelo Vaticano

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009 1 comentários

Agência ANSA, 24.02.2009.

O atentado contra o papa João Paulo 2º cometido na Praça São Pedro, em Roma, no dia 13 de maio de 1981 pelo turco Ali Agca, teria sido ordenado de dentro do Vaticano, com a colaboração de expoentes da máfia --é o que afirma a tese do escritor búlgaro Assen Marcevski.

Em entrevista exclusiva à agência de notícias búlgara Blitz, Marcevski antecipa algumas revelações que irá fazer em seu livro sobre o atentado. A obra deve ser lançada no segundo semestre do ano.

Marcevski foi intérprete do processo contra o búlgaro Serghey Antonov, acusado por Agca de ser um dos mentores do ataque. Em 1986 Antonov, que morreu no ano passado em Sófia, foi considerado pela justiça italiana inocente por falta de provas.

Segundo o escritor, João Paulo 2º pretendia "colocar ordem na casa", canalizar a influência de grupos maçons no Vaticano e, principalmente, a do monsenhor Paul Casimir Marcinkus, diretor do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), o banco da Santa Sé, que lavava o dinheiro da máfia ítalo-americana proveniente da venda de drogas.

As intenções de Karol Wojtyla, as mesmas de seu antecessor João Paulo 1º, que morrera de forma inesperada um mês após assumir o Pontificado, fizeram com que determinados círculos do Vaticano, junto à máfia, organizassem o atentado.

Já a escolha por Ali Agca para cometer o crime se deu após ele ter manifestado publicamente sua intenção de assassinar o então papa por razões religiosas.

O atentado contra João Paulo 2º foi cometido durante a audiência geral do Vaticano realizada numa quarta-feira. Wojtyla teve ferimentos no estômago, na mão esquerda e no cotovelo. Desde então, ele sofreu diversos problemas de saúde.

Em 1992, teve um tumor no intestino; um ano depois, deslocou o ombro ao cair de uma escada. Em 1994, após uma nova queda, teve que colocar uma prótese no fêmur. Embora não reconhecido oficialmente pelo Vaticano, o papa sofria também do mal de Parkinson, o que agravou ainda mais seu estado, até sua morte em abril de 2005.


Nota: Particularmente, não creio nessa tese. Segundo o jornalista David Yallop, que escreveu um bom livro investigativo chamado "O poder e a glória", João Paulo II não estava promovendo qualquer mudança de rumo ao contrário do seu antecessor, João Paulo I (assassinado??), que ficou apenas 33 dias no pontificado após ter dado a entender que empreenderia mudanças significativas na administração do Vaticano. Não tem muita lógica pensar que o Vaticano iria querer acabar com João Paulo II se o mesmo continua dando as mãos à maçonaria e Paulo Marcinkus, diretor do banco, mantem-se firme e forte no poder. Essa tese, na minha ótica, é inconsistente e contradiz os atos do papado. Mas quero continuar acompanhando a linha de raciocínio desse escritor para saber se novas informações sobre as ligações sinistras do papado com máfias continua firme.

Membros do Parlamento europeu querem consagrar descanso aos domingos

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009 3 comentários

Agência Ecclesia, 11.02.2009.

O Secretariado da COMECE - Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia, as Igrejas alemãs protestantes e a Igreja de Inglaterra saudou a iniciativa de vários membros do Parlamento Europeu, que solicitam o pronunciamento dos restantes membros sobre a Declaração escrita acerca da “protecção do Domingo livre como pilar essencial do Modelo Social Europeu e como parte da herança cultural da Europa”.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os bispos da UE indicam que tal declaração “pode constituir um importante compromisso para a «Europa social». Seria agora importante encontrar a maioria necessária para esta resolução para além partidos subscritores”.
A Declaração para a protecção do Domingo foi lançada pelos parlamentares europeus Anna Záborská, Martin Kastler, Jean Louis Cottigny, Patrizia Toia, Konrad Szymański, de diferentes partidos políticos, a 2 de Fevereiro.
Os bispos da UE afirma que “a crise económica e financeira tornou-nos mais conscientes de que nem todos os aspectos da vida podem ser sujeitos a forças de mercado” e indicam que “homem e mulher, que trabalham ao Domingo, estão a ser colocados em desvantagem nas suas relações sociais: na família, no desenvolvimento e até a saúde estão comprovadamente afectadas”.
A COMECE sublinha ainda que o Domingo livre “faz parte da herança cultural da Europa e advém de uma longa tradição”.
“O Domingo livre de trabalho é um factor decisivo no equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar. É de fundamental importância para as relações familiares, mas também para a vida social e cultural, salvaguardar uma das poucas ocasiões em que pais e crianças se podem encontrar”.
Segundo a lei da UE, o Domingo é um dia de descanso semanal para crianças e adolescentes. Por isto, segundo os bispos, “o respeito pelo Domingo tem o potencial de se tornar no pilar do modelo social europeu”.
O episcopado da UE alerta para o facto de a protecção do Domingo “estar a ser esquecida em alguns Estados membros, com o objectivo de aumentar a produção e o consumo. Os trabalhadores experimentaram a fragmentação das suas vidas privadas, enquanto que as pequenas e médias empresas, que não permitem horário ininterruptos, perderam terreno no mercado”.
A declaração, agora introduzida no Parlamento Europeu, apela aos Estados membros e às instituições da UE que “protejam o Domingo, como um dia de descanso, nas legislações nacionais e internacional, para reforçar a protecção dos trabalhadores em áreas como a saúde e a conciliação entre a vida profissional e familiar”.
Para que seja adoptada, é necessário que a Declaração seja assinada pela maioria dos membros do Parlamento Europeu, ou seja, 394 membros, antes de 7 de Maio de 2009.
O artigo 116, que se refere às regras de procedimento do Parlamento Europeu, estipula que uma Declaração Escrita seja um texto com no máximo 200 palavras e seja apresentada por no máximo cinco membros parlamentares, submetida a todos os membros durante um período de três meses.
Se a Declaração recolher a maioria das assinaturas, torna-se um acto oficial do Parlamento Europeu, sendo transmitida aos destinatários citados.
O texto original da proposta pode ser consultado no seguinte endereço - http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+WDECL+P6-DCL-2009-0009+0+DOC+WORD+V0//EN&language=EN
Nota: Apesar de o sábado ser biblicamente o dia de descanso, o domingo começar a ser fortemente exaltado na União Europeia. Resta saber como vai se operacionalizar essa proteção do domingo. Hoje o comércio abre livremente nessa data, mas certamente para que essa dita proteção ocorra deverá haver mudanças significativas na legislação de muitos países. E tudo isso certamente terá o aval do Vaticano que já se manifestou favoravelmente a esse destaque do domingo em nítida oposição ao sábado conforme destacado no livro de Gênesis e realçado no Êxodo, bem como em todo o Novo Testamento (evangelhos e cartas paulinas e gerais). A escritora Ellen White assinala, no livro Eventos Finais, que "muitos há, mesmo entre os que se empenham neste movimento em favor da imposição do domingo, que se acham cegos aos resultados que seguirão a essa ação. Não vêem que golpeiam diretamente a liberdade religiosa. Muitos existem que jamais compreenderam as reivindicações do sábado bíblico e o falso fundamento sobre o qual repousa a instituição do domingo". Essa imposição da qual ela fala é parte de um processo que começa lentamente com medidas como essa de proteção do domingo. Pior para os defensores da liberdade religiosa, especialmente aqueles que respeitam o sábado segundo a crença bíblica.

Vaticano quase deixa "design inteligente" fora de debate

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009 0 comentários

Agência Estado, 10.02.2009.

Uma conferência sobre a evolução a ser realizada pelo Vaticano contará com um debate sobre o "design inteligente", mas somente como fenômeno cultural, e não como questão científica ou teológica. Os organizadores da conferência, prevista para ocorrer entre os dias 3 e 7 de março, haviam originalmente excluído os defensores do criacionismo e do "design inteligente" do evento. A conferência tem como objetivo marcar os 150 anos do lançamento de "Origem das Espécies", de Charles Darwin. Hoje, no entanto, o Vaticano informou que haverá debate sobre o "design inteligente", ideia segundo a qual a vida seria complexa demais para ter-se desenvolvido somente por meio da evolução, motivo pelo qual haveria a participação de uma força superior.

Nota: É curioso que o Vaticano, enquanto poder religioso em sua essência, apoia abertamente o evolucionismo a ponto de quase não incluir o "design inteligente" nesta conferência. Vai na contramão da Bíblia que deveria ser a base de sua atuação. É uma atitude contrária à definida pelos apóstolos na igreja cristã primitiva quando, diante de ameaças, conforme o relato bíblico de Atos, disseram aos perseguidores que "antes importa obedecer a Deus do que aos homens".

Conar suspende comerciais infantis

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009 0 comentários

Meio & Mensagem, 03.02.2009

Duas semanas depois de a Nestlé ter encabeçado o movimento de revisão das regras para a veiculação de propagandas que tenham como alvo o público infantil - leia mais sobre isso aqui - o tema da publicidade para os pequenos chegou ao Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária, o Conar.Na terça-feira 27, o órgão enviou uma liminar aos anunciantes Tim, Mattel, à produtora do filme "O Grilo Feliz" e ao canal de TV por assinatura Nickelodeon, determinando a suspensão imediata de cinco comerciais que tinham como alvo o público infanto-juvenil.
Os primeiros alvos do Conar foram os comerciais que divulgavam o serviço promocional de ringtones da Tim. Dirigido ao público infanto-juvenil, a ação, veiculada pela Nickelodeon, estimulava os espectadores do desenho Bob Esponja e da produção High School Musical, da Walt Disney, a fazerem downloads de conteúdos dos programas para os seus celulares.De acordo com as justificativas fornecidas pelo próprio Conselho, a causa da liminar reside no fato de esses comerciais não mostrarem de forma suficientemente clara que essas operações via celular geram custos e que, para executá-las, as crianças necessitariam da autorização dos pais.
A Nickelodeon informou à reportagem de M&M Online que as peças já foram retiradas do ar e que "há anos trabalha de forma a cumprir todos os direcionamentos sugeridos pelo Conar e outros órgãos regulamentadores de publicidade."
MattelOutro alvo da liminar do Conselho de Auto-Regulamentação foi a fabricante de brinquedos Mattel, pelo seu comercial da linha de miniaturas de carros, Hot Wheels. A campanha que anunciava a "Megafeirinha Hot Wheels", que marcou a estréia da agência Age desde a conquista da compra da marca, em dezembro do ano passado, foi proibida de ser levada novamente ao ar - leia matéria sobre a campanha aqui.
Dessa vez, a justificativa foi o tom imperativo utilizado pelo filme, que incitava as próprias crianças a comprarem os brinquedos. A Mattel informou que a propaganda foi suspensa e que "continuará avaliando as recomendações que o Conar fizer às suas propagandas", baseando sua publicidade na "ética, na qualidade e na verdade, respeitando os consumidores em todos os países em que atua."Fechando o cercoA rigor, nenhum dos comerciais punidos poderá ser veiculado até a decisão final do Conselho de Ética do Conar, cuja audiência, provavelmente, deverá acontecer no próximo mês de março. De acordo com as apurações da reportagem de M&M Online, o critério de avaliação da publicidade infanto-juvenil feita pelo Conar começou a ser redesenhado com maior critério em 2006, na tentativa de alinhar-se àquilo que era regulamentado pelas entidades similares nos demais países.
Em sua homepage, o órgão publicou um texto no qual esclarece os seus critérios e as normas éticas nas quais se baseia para avaliar o teor das peças publicitárias destinadas aos pequenos.Apesar do tema ter vindo à tona no noticiário nacional da última semana, não houve uma reavaliação no código do Conar a fim de tornar ainda mais rígidos os critérios para o anúncios de produtos e serviços infantis e nem há previsão dessa revisão acontecer nesse ano de 2009.

Nota: Finalmente o Conar toma alguma providência em relação a esse estímulo desenfreado propagado pelas empresas que têm como público-alvo consumidores infantis. Ninguém mais segura, infelizmente, o consumismo sem limites do mundo em geral, mas que pelo menos as crianças em tenra idade sejam privadas desse assédio motivado unicamente e exclusivamente por interesses financeiros. Fica o alerta para os pais que controlem, também, os canais pagos. Aliás, canais pagos pelos assinantes, mas que, a cada dia, enchem-se de anúncios. É muito mercantilismo...

 
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