Bíblia desmistifica fim do mundo para essa sexta

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012 0 comentários


O frenesi do supostos fim do mundo para essa sexta-feira está levando milhares a se "prepararem" para a data das mais diferentes formas. Já abordei aqui alguns aspectos do que pode estar por trás dessa verdadeira indústria do fatalismo. Felizmente há esperança plausível e razoável na Bíblia Sagrada em torno dessa questão do fim do mundo como conhecemos e do que vem depois.
Convido a que assistam a esse vídeo com o pastor Luís Gonçalves.


O jeito como vemos Deus nos massacres

domingo, 16 de dezembro de 2012 1 comentários

Por Felipe Lemos.


Todas as possíveis discussões serão feitas nos próximos meses em torno da brutal tragédia ocorrida em Connecticut, nos Estados Unidos. Um jovem atirou e matou quase 30 pessoas em um colégio, sendo a maioria crianças com seis ou sete anos de idade apenas. Matou, ainda, a própria mãe, que era professora no estabelecimento de ensino. Comentários e comentaristas repercutirão o tema por muito tempo ainda com diferentes desdobramentos e pontos de vista.
Vai se falar de tudo: do perfil psicológico do atirador, da insegurança em escolas norte-americanas, da facilidade para se adquirir armas nos EUA, da proximidade do fim do mundo e de acontecimentos horríveis como esse, dos motivos que puderam levar a essa tragédia, etc. Tudo será objeto de análise de especialistas e gente de todo o mundo tentando encontrar alguma explicação para o que ocorreu e infelizmente de vez em quando ocorre em outros lugares, inclusive no Brasil.
Quero refletir sobre como percebemos o papel de Deus nesse tipo de massacre. Não estou falando da atuação em si de Deus, mas da maneira como nós vemos o Seu papel. Há pelo menos três conceitos. O primeiro é o defendido pelo descrente em Deus. Daquele que não enxerga uma ação divina sobrenatural no mundo e que, portanto, considera que nesse episódio simplesmente há uma boa argumentação racional que não inclui Deus ou um poder maior do que o dos homens. Deus, para esses pensadores, é um constante ausente na trajetória dos seres vivos e na história do mundo.
O segundo conceito provém dos que creem em Deus e atribuem a Ele os massacres protagonizados pelos seres humanos, as catástrofes climáticas, enfim, tudo o que de ruim acontece. Para esses, a culpa inevitavelmente é de Deus. Ele tem o controle de todas as coisas e, por isso, é responsável, também, por aquilo que não dá certo e causa sofrimento. Na conta de Deus, como entendem os que advogam essa ideia, são creditados todos os infortúnios do planeta. Veem a Deus como causador de problemas e benesses.
E finalmente tem o grupo que defende a terceira via possível para digerir mentalmente os massacres como o de Connecticut. Creem que Deus observa tudo e que, apesar de saber do impacto que uma tragédia dessas acarreta sobre familiares e toda a sociedade, permitiu por alguma razão que isso ocorresse no momento e da maneira como agora sabemos que foi.
Mas eu pergunto: quem está certo? Quem defende a ideia mais apropriada, mais plausível, mais coerente?
Não me atrevo a responder porque respeito o direito de cada um pensar como bem entende. Ainda mais diante de uma situação como essa que é extrema e profundamente dolorosa de perda. Mas eu acredito na terceira tese.
Entendo que Deus existe e vê esse massacre como tantos outros na história de um mundo de incrível. Com um olhar de amor e misericórdia, mas com a capacidade de ver muito mais além do que as lágrimas de familiares agora conseguem expressar. Creio que Deus não ignora a dor e nem o pesar sentidos e é de Sua índole consolar os que choram. A revelação bíblica assegura esse perfil. Ao mesmo tempo, Ele sabe o futuro por ser onisciente. Os tiros disparados, a tentantiva de alguns sobreviverem, as professoras que fizeram o que foi possível para salvar alunos, enfim, a atmosfera que envolveu o episódio, tudo isso Ele acompanhou. Nada escapou de Sua atenção que, imagino, é infalível e total.
Só que creio em um aspecto que talvez seja difícil para quem sofre agora entender. Não estou vivendo isso, portanto, falo com o conforto de quem está de fora como mero analista. Mais um, aliás, para a tarefa. Creio que Deus tem planos mais longínquos do que os nossos mesmo. Enxergamos o pequeno mundo ao nosso redor, que nossos olhos permitem visualizar.
Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor em Isaías capítulo 55 e versículo 8. É duro absorver profundamente o sentido dessas palavras e pensar que nossos pensamentos ou planos ou ideias não são exatamente aquilo que Deus tem em mente. E que os pensamentos Dele são diferentes e, acrescento, melhores do que os nossos pelo simples motivo de que Ele conhece muito mais. Sabe de nossa estrutura física, psicológica e espiritual e dos tempos hoje e no futuro.
Provavelmente isso não consiga atenuar as perdas que todos temos. É, contudo, mais alentador pensar não em um Deus ausente ou tirano, mas em um Deus que – sim, é verdade, deixou que algo de ruim ocorresse – mas que tem consciência plena de que aquilo, por incrível que pareça, não aconteceu sem que Ele soubesse. E o fato de Ele saber e ter um caráter essencialmente de amor pode conforta mais do que a indiferença ou a tirania pura e simples.

A 12 dias do "fim do mundo" especialista explica erro de interpretação no calendário maia

domingo, 9 de dezembro de 2012 0 comentários

Portal Terra, 09.12.2012. 



Para Orlando Casares, arqueólogo do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH), o "fim do mundo" é resultado de um erro histórico de interpretação. Casares que foi curador de uma mostra que tentava mostrar o erro, diz em entrevista de 2011 que os maias não tinham uma concepção de fim do mundo, mas sim de ciclos.
Casares explica o complicado funcionamento do calendário maia - que contava, inclusive, dois anos. Para o especialista, o problema não esta na arqueologia, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação de objetos achados.
O prognóstico maia do fim do mundo foi um erro histórico de interpretação, segundo revela o conteúdo da exposição. O arqueólogo explicou que a base da medição do tempo desta antiga cultura era a observação dos astros.
Eles se baseavam, por exemplo, nos movimentos cíclicos do sol, da lua e de Vênus, e assim mediam suas eras, que tinham um princípio e um final. "Para os maias não existia a concepção do fim do mundo, por sua visão cíclica", explicou Casares, que esclareceu: "A era conta com 5.125 dias, quando esta acaba, começa outra nova, o que não significa que irão acontecer catástrofes; só os fatos cotidianos, que podem ser bons ou maus, voltam a se repetir".
Para não deixar dúvidas, a exposição do Museu do Ouro explica o elaborado sistema de medição temporal desta civilização. "Um ano dos maias se dividia em duas partes: um calendário chamado ''Haab'' que falava das atividades cotidianas, agricultura, práticas cerimoniais e domésticas, de 365 dias; e outro menor, o ''Tzolkin'', de 260 dias, que regia a vida ritualística", acrescentou Casares.
A mistura de ambos os calendários permitia que os cidadãos se organizassem. Desta forma, por exemplo, o agricultor podia semear, mas sabia que tinha que preparar outras festividades de suas deidades, ou seja, "não podiam separar o religioso do cotidiano".
Ambos os calendários formavam a Roda Calendárica, cujo ciclo era de 52 anos, ou seja, o tempo que os dois demoravam a coincidir no mesmo dia.
Para calcular períodos maiores utilizavam a Conta Longa, dividida em várias unidades de tempo, das quais a mais importante é o "baktun" (período de 144 mil dias); na maioria das cidades 13 "baktunes" constituíam uma era e, segundo seus cálculos, em 22 de dezembro de 2012 termina a presente.
Com esta explicação querem demonstrar que o rebuliço espalhado pelo mundo sobre a previsão dos maias não está baseado em descobertas arqueológicas, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação dos objetos achados desta civilização.
De fato, uma das peças-chave da mostra é o hieróglifo 6 de Tortuguero, que faz referência ao fim da quinta era, a atual, neste dezembro, a qual se refere à vinda de Bolon Yocte (deidade maia), mas a imagem está deteriorada e não se sabe com que intenção.
A mostra exibida em Bogotá apresenta 96 peças vindas do Museu Regional Palácio Cantão de Mérida (México), onde se pode ver, além de calendários, vestimentas cerimoniais, animais do zodíaco e explicações sobre a escritura.
Para a diretora do Museu do Ouro de Bogotá, Maria Alicia Uribe, a exibição desta mostra sobre a civilização maia serve para comparar e aprender sobre a vida pré-colombiana no continente. "Interessa-nos de alguma maneira comparar nosso passado com o de outras regiões do mundo", ressaltou Maria sobre esta importante coleção de arte e documentário.

Meu comentário - Interessante que o especialista fala em erros propositais ou não para criar essa atmosfera de fim de mundo. Eu creio que intencionalmente há motivos para se propagar a ideia de o mundo acabar em 2012, por mais absurda que seja para muitos. Meu raciocínio é o seguinte:

- Interessa a grupos místicos, que não baseiam suas crenças nem na história e nem no relato bíblico, fortalecer a ideia de um fim do mundo próximo, especialmente nesse ano, para angariar seguidores de última hora e se firmar no cenário midiático ganhando notoriedade ainda que por algum tempo.

- Interessa a profissionais dedicados a utilizar conceitos fatalistas para vender cada vez mais. Não a venda de um produto específico, mas, ao estabelecer um ambiente de fim do mundo, conseguem chamar a atenção das pessoas para peças publicitárias sensacionalistas e que obviamente vão despertar a atenção de muita gente. E isso pode resultar em maiores vendas de determinadas ofertas oportunistas. 

A Bíblia, regra de fé para grande parte dos cristãos (os que não a relativizam, pelo menos), declara firmemente que o fim desse mundo que conhecemos está associado ao retorno de Jesus Cristo (textos claros são I Tessalonicenses 4:13-16, entre outros). A tônica dos textos bíblicos é a preparação em torno da esperança da volta de Jesus. E não de uma vida com temor ou curiosidade em torno de acontecimentos catastróficos que simplesmente colocarão fim ao estado de coisas que hoje vemos sem quaisquer perspectivas melhores no futuro.
O temor e a curiosidade, que também são criado por esse clima fatalista em torno de uma interpretação errônea do calendário maia, servem a outros interesses (mercantilistas, místicos ou eminentemente especulativos com fins de promoção do sensacionalismo barato menosprezando a religiosidade em geral), mas não aos que a Bíblia se propõe.




 
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