Uma jovem catarinense decidiu se inscrever em um concuso na internet para participar de um documentário e leiloar sua virgindade. A inscrição foi há dois anos e o produtor australiano Justin Sisely logo chamou a menina, então com 18 anos, para fazer um teste em vídeo. Depois, ela foi a escolhida para participar do projeto.
Em entrevista ao G1, hoje com 20 anos, Catarina Migliorini falou que decidiu tudo no impulso. "Eu era novinha e por ser virgem decidi me candidatar. Era uma oportunidade de viajar, conhecer novas culturas, mas não esperava uma resposta. Quando o diretor me escolheu, fiquei super feliz e decidi ir até o fim", diz.
As filmagens do documentário começaram há cerca de um mês, em Bali, na Indonésia. A produção faz parte do projeto. O vídeo vai registrar a história da jovem e os preparativos para o leilão, até o dia em que deve ocorrer sua primeira noite. "Eles filmam meu dia a dia, meu novos amigos aqui, eu falando com a minha mãe, minhas reações", explica Catarina. O documentário ainda não tem previsão de lançamento.
Já o site 'Virgins Wanted', onde os lances são dados, foi publicado no dia 15 de setembro. Até as 12h30 desta terça-feira (25), dez lances já tinham sido dados para comprar a virgindade de Catarina, que é natural de Itapema, no Norte de Santa Catarina. O lance mais alto foi feito no dia 25 de setembro: US$ 155 mil (cerca de R$ 310 mil).
O russo Alexander Stepanov também participa do projeto e o lance mais alto para comprar sua virgindade até o fechamento dessa reportagem era de US$ 1 mil.
A catarinense, que vai receber todo o dinheiro arrecadado no leilão, afirma que não tem nem ideia de qual valor pode chegar. "Não sei mesmo, mas vou usar o dinheiro para interesses pessoais. Não vou ser hipócrita de falar que vou doar 100%, mas quero criar um projeto para construir lares. Eu acho muito importante ajudar o próximo. Tudo também vai depender de quanto eu ganhar", diz Catarina.
Notícia original em http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2012/09/catarinense-leiloa-virgindade-e-lances-ja-chegam-us-150-mil-dolares.html
Meu comentário: É interessante perceber que o discurso é bastante contraditório quando se fala de impulsividade e a questão sexual. Em uma parte da reportagem, a jovem diz que seu objetivo era conhecer outras culturas, mas, ao mesmo tempo, demonstra uma certa preocupação com a questão social. Mas o que realmente parece não valer muito é o respeito próprio e a catarinense acaba dando uma grande contribuição para esse tipo de comportamento ser imitado por outras jovens. Trata-se da evidência de uma sociedade cada vez mais sem compromisso. O "descompromisso" é a palavra de ordem na mente pós-moderna. Não se tem compromisso com o próprio corpo, com a sexualidade e, portanto, é inegável que esse tipo de comportamento leva a uma falta de compromisso com um ser superior, ou seja, com Deus.
O princípio bíblico vai justamente no sentido contrário. Ao entender que Deus é o doador da vida e, portanto, que deve ser o condutor dessa vida e do comportamento, o ser humano cuida do seu próprio corpo e mente e pede forças para não se render aos impulsos, inclusive sexuais. A sexualidade tem seu lugar em um compromisso, primeiramente, com Deus e depois com um cônjuge. Não é um produto à venda, mas esse entendimento só existe quando a compreensão é a de que Deus é o originador da vida e tem interesse em mantê-la. Se Deus está fora desse entendimento, o pensamento será levado a outros caminhos: o do próprio eu.
Péssimo exemplo para uma geração que precisa desesperadamente de valores fundamentados no relacionamento com um Deus pessoal e presente no cotidiano.