Bíblia desmistifica fim do mundo para essa sexta

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012 0 comentários


O frenesi do supostos fim do mundo para essa sexta-feira está levando milhares a se "prepararem" para a data das mais diferentes formas. Já abordei aqui alguns aspectos do que pode estar por trás dessa verdadeira indústria do fatalismo. Felizmente há esperança plausível e razoável na Bíblia Sagrada em torno dessa questão do fim do mundo como conhecemos e do que vem depois.
Convido a que assistam a esse vídeo com o pastor Luís Gonçalves.


O jeito como vemos Deus nos massacres

domingo, 16 de dezembro de 2012 1 comentários

Por Felipe Lemos.


Todas as possíveis discussões serão feitas nos próximos meses em torno da brutal tragédia ocorrida em Connecticut, nos Estados Unidos. Um jovem atirou e matou quase 30 pessoas em um colégio, sendo a maioria crianças com seis ou sete anos de idade apenas. Matou, ainda, a própria mãe, que era professora no estabelecimento de ensino. Comentários e comentaristas repercutirão o tema por muito tempo ainda com diferentes desdobramentos e pontos de vista.
Vai se falar de tudo: do perfil psicológico do atirador, da insegurança em escolas norte-americanas, da facilidade para se adquirir armas nos EUA, da proximidade do fim do mundo e de acontecimentos horríveis como esse, dos motivos que puderam levar a essa tragédia, etc. Tudo será objeto de análise de especialistas e gente de todo o mundo tentando encontrar alguma explicação para o que ocorreu e infelizmente de vez em quando ocorre em outros lugares, inclusive no Brasil.
Quero refletir sobre como percebemos o papel de Deus nesse tipo de massacre. Não estou falando da atuação em si de Deus, mas da maneira como nós vemos o Seu papel. Há pelo menos três conceitos. O primeiro é o defendido pelo descrente em Deus. Daquele que não enxerga uma ação divina sobrenatural no mundo e que, portanto, considera que nesse episódio simplesmente há uma boa argumentação racional que não inclui Deus ou um poder maior do que o dos homens. Deus, para esses pensadores, é um constante ausente na trajetória dos seres vivos e na história do mundo.
O segundo conceito provém dos que creem em Deus e atribuem a Ele os massacres protagonizados pelos seres humanos, as catástrofes climáticas, enfim, tudo o que de ruim acontece. Para esses, a culpa inevitavelmente é de Deus. Ele tem o controle de todas as coisas e, por isso, é responsável, também, por aquilo que não dá certo e causa sofrimento. Na conta de Deus, como entendem os que advogam essa ideia, são creditados todos os infortúnios do planeta. Veem a Deus como causador de problemas e benesses.
E finalmente tem o grupo que defende a terceira via possível para digerir mentalmente os massacres como o de Connecticut. Creem que Deus observa tudo e que, apesar de saber do impacto que uma tragédia dessas acarreta sobre familiares e toda a sociedade, permitiu por alguma razão que isso ocorresse no momento e da maneira como agora sabemos que foi.
Mas eu pergunto: quem está certo? Quem defende a ideia mais apropriada, mais plausível, mais coerente?
Não me atrevo a responder porque respeito o direito de cada um pensar como bem entende. Ainda mais diante de uma situação como essa que é extrema e profundamente dolorosa de perda. Mas eu acredito na terceira tese.
Entendo que Deus existe e vê esse massacre como tantos outros na história de um mundo de incrível. Com um olhar de amor e misericórdia, mas com a capacidade de ver muito mais além do que as lágrimas de familiares agora conseguem expressar. Creio que Deus não ignora a dor e nem o pesar sentidos e é de Sua índole consolar os que choram. A revelação bíblica assegura esse perfil. Ao mesmo tempo, Ele sabe o futuro por ser onisciente. Os tiros disparados, a tentantiva de alguns sobreviverem, as professoras que fizeram o que foi possível para salvar alunos, enfim, a atmosfera que envolveu o episódio, tudo isso Ele acompanhou. Nada escapou de Sua atenção que, imagino, é infalível e total.
Só que creio em um aspecto que talvez seja difícil para quem sofre agora entender. Não estou vivendo isso, portanto, falo com o conforto de quem está de fora como mero analista. Mais um, aliás, para a tarefa. Creio que Deus tem planos mais longínquos do que os nossos mesmo. Enxergamos o pequeno mundo ao nosso redor, que nossos olhos permitem visualizar.
Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor em Isaías capítulo 55 e versículo 8. É duro absorver profundamente o sentido dessas palavras e pensar que nossos pensamentos ou planos ou ideias não são exatamente aquilo que Deus tem em mente. E que os pensamentos Dele são diferentes e, acrescento, melhores do que os nossos pelo simples motivo de que Ele conhece muito mais. Sabe de nossa estrutura física, psicológica e espiritual e dos tempos hoje e no futuro.
Provavelmente isso não consiga atenuar as perdas que todos temos. É, contudo, mais alentador pensar não em um Deus ausente ou tirano, mas em um Deus que – sim, é verdade, deixou que algo de ruim ocorresse – mas que tem consciência plena de que aquilo, por incrível que pareça, não aconteceu sem que Ele soubesse. E o fato de Ele saber e ter um caráter essencialmente de amor pode conforta mais do que a indiferença ou a tirania pura e simples.

A 12 dias do "fim do mundo" especialista explica erro de interpretação no calendário maia

domingo, 9 de dezembro de 2012 0 comentários

Portal Terra, 09.12.2012. 



Para Orlando Casares, arqueólogo do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH), o "fim do mundo" é resultado de um erro histórico de interpretação. Casares que foi curador de uma mostra que tentava mostrar o erro, diz em entrevista de 2011 que os maias não tinham uma concepção de fim do mundo, mas sim de ciclos.
Casares explica o complicado funcionamento do calendário maia - que contava, inclusive, dois anos. Para o especialista, o problema não esta na arqueologia, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação de objetos achados.
O prognóstico maia do fim do mundo foi um erro histórico de interpretação, segundo revela o conteúdo da exposição. O arqueólogo explicou que a base da medição do tempo desta antiga cultura era a observação dos astros.
Eles se baseavam, por exemplo, nos movimentos cíclicos do sol, da lua e de Vênus, e assim mediam suas eras, que tinham um princípio e um final. "Para os maias não existia a concepção do fim do mundo, por sua visão cíclica", explicou Casares, que esclareceu: "A era conta com 5.125 dias, quando esta acaba, começa outra nova, o que não significa que irão acontecer catástrofes; só os fatos cotidianos, que podem ser bons ou maus, voltam a se repetir".
Para não deixar dúvidas, a exposição do Museu do Ouro explica o elaborado sistema de medição temporal desta civilização. "Um ano dos maias se dividia em duas partes: um calendário chamado ''Haab'' que falava das atividades cotidianas, agricultura, práticas cerimoniais e domésticas, de 365 dias; e outro menor, o ''Tzolkin'', de 260 dias, que regia a vida ritualística", acrescentou Casares.
A mistura de ambos os calendários permitia que os cidadãos se organizassem. Desta forma, por exemplo, o agricultor podia semear, mas sabia que tinha que preparar outras festividades de suas deidades, ou seja, "não podiam separar o religioso do cotidiano".
Ambos os calendários formavam a Roda Calendárica, cujo ciclo era de 52 anos, ou seja, o tempo que os dois demoravam a coincidir no mesmo dia.
Para calcular períodos maiores utilizavam a Conta Longa, dividida em várias unidades de tempo, das quais a mais importante é o "baktun" (período de 144 mil dias); na maioria das cidades 13 "baktunes" constituíam uma era e, segundo seus cálculos, em 22 de dezembro de 2012 termina a presente.
Com esta explicação querem demonstrar que o rebuliço espalhado pelo mundo sobre a previsão dos maias não está baseado em descobertas arqueológicas, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação dos objetos achados desta civilização.
De fato, uma das peças-chave da mostra é o hieróglifo 6 de Tortuguero, que faz referência ao fim da quinta era, a atual, neste dezembro, a qual se refere à vinda de Bolon Yocte (deidade maia), mas a imagem está deteriorada e não se sabe com que intenção.
A mostra exibida em Bogotá apresenta 96 peças vindas do Museu Regional Palácio Cantão de Mérida (México), onde se pode ver, além de calendários, vestimentas cerimoniais, animais do zodíaco e explicações sobre a escritura.
Para a diretora do Museu do Ouro de Bogotá, Maria Alicia Uribe, a exibição desta mostra sobre a civilização maia serve para comparar e aprender sobre a vida pré-colombiana no continente. "Interessa-nos de alguma maneira comparar nosso passado com o de outras regiões do mundo", ressaltou Maria sobre esta importante coleção de arte e documentário.

Meu comentário - Interessante que o especialista fala em erros propositais ou não para criar essa atmosfera de fim de mundo. Eu creio que intencionalmente há motivos para se propagar a ideia de o mundo acabar em 2012, por mais absurda que seja para muitos. Meu raciocínio é o seguinte:

- Interessa a grupos místicos, que não baseiam suas crenças nem na história e nem no relato bíblico, fortalecer a ideia de um fim do mundo próximo, especialmente nesse ano, para angariar seguidores de última hora e se firmar no cenário midiático ganhando notoriedade ainda que por algum tempo.

- Interessa a profissionais dedicados a utilizar conceitos fatalistas para vender cada vez mais. Não a venda de um produto específico, mas, ao estabelecer um ambiente de fim do mundo, conseguem chamar a atenção das pessoas para peças publicitárias sensacionalistas e que obviamente vão despertar a atenção de muita gente. E isso pode resultar em maiores vendas de determinadas ofertas oportunistas. 

A Bíblia, regra de fé para grande parte dos cristãos (os que não a relativizam, pelo menos), declara firmemente que o fim desse mundo que conhecemos está associado ao retorno de Jesus Cristo (textos claros são I Tessalonicenses 4:13-16, entre outros). A tônica dos textos bíblicos é a preparação em torno da esperança da volta de Jesus. E não de uma vida com temor ou curiosidade em torno de acontecimentos catastróficos que simplesmente colocarão fim ao estado de coisas que hoje vemos sem quaisquer perspectivas melhores no futuro.
O temor e a curiosidade, que também são criado por esse clima fatalista em torno de uma interpretação errônea do calendário maia, servem a outros interesses (mercantilistas, místicos ou eminentemente especulativos com fins de promoção do sensacionalismo barato menosprezando a religiosidade em geral), mas não aos que a Bíblia se propõe.




Mobilização de oração por cristãos presos no Togo será dia 1º

quinta-feira, 29 de novembro de 2012 0 comentários


No próximo dia 1º de dezembro uma mobilização mundial acontecerá em favor da libertação de dois cristãos presos em Togo, país localizado na costa oeste do continente africano. Os instrumentos usados para esse movimento serão a oração e o jejum.
O apelo do líder mundial adventista, pastor Ted Wilson, feito nesta semana, é no sentido de que os mais de 17 milhões de membros da Igreja da qual os dois fazem parte se unam em oração mesmo distantes da situação. Paralelo a isso, advogados e ativistas de direitos humanos tentam, pelos meios legais, obter a libertação do pastor adventista Antonio dos Anjos Monteiro, natural de Cabo-Verde, e do empresário Bruno Amah, que vivem e trabalham na capital Lomé. “Eles são pessoas inocentes e nós estamos intercedendo ao Senhor por uma intervenção para que voltem a estar reunidos com suas famílias e continuem seu trabalho”, comentou Wilson.
Situação – Monteiro e Amah foram detidos em março de 2012 sob acusação de conspiração para cometer assassinato depois que ambos foram acusados de fazer parte de uma suposta rede de tráfico de sangue naquele país. Conforme apurou a agência adventista internacional de notícias, a ANN, o acusador já havia confessado o assassinato de cerca de 20 jovens, alegando que trabalhava para um esquema criminoso de tráfico de sangue humano.
Monteiro, natural de Cabo Verde, serve como diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal para a sede administrativa conhecida como União Missão do Sahel, com sede em Lomé, Togo, desde 2009. Foi realizada uma busca policial na casa de Monteiro e na sede local da igreja e nenhum tipo de prova foi encontrado.
Oração – Para fortalecer o movimento de oração, foi criada uma hastag para uso no Twitter chamada #pray4togo que ajudará no envolvimento de internautas, bem como ações no Facebook. “Entendemos que podemos contribuir, aqui na América do Sul, pedindo a todos os adventistas e amigos que orem em favor desses dois homens e suas famílias que passam por momentos muito difíceis”, afirma o pastor Almir Marroni, vice-presidente para oito países sul-americanos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Outras informações a respeito dessa mobilização podem ser vistas em www.pray4togo.com.

Meu comentário: Importantíssima essa mobilização para libertação de dois cristãos que, segundo apurei com pessoas da região, realmente não têm qualquer ligação com esse tipo de crime. Jejuar e orar são atitudes nobres diante de uma visível injustiça. O que parece estar um pouco mais claro aí é o desrespeito à liberdade religiosa de certa forma ou até intolerância. Prisão sem justificativa plausível é algo que precisa ser objeto de atenção de organismos que lutam para assegurar os direitos mínimos das pessoas. 
Mas a questão realmente é espiritual. A Bíblia deixa claro que, muitas vezes, cristãos serão perseguidos por causa da sua fidelidade à vontade de Deus. Nesses casos e de alguns outros personagens da história cristã em geral, a perseverança e o apego a Deus são fundamentais. Não existe antídoto específico contra essa intolerância ou perseguição infundada, mas a necessidade de apego a Deus. 

Marca de produtos de beleza convida para festa do "fim do mundo"

domingo, 18 de novembro de 2012 0 comentários

Portal Exame, 13.11.2012
Com o fim do mundo acontecendo ou não no mês que vem, a Axe/Lynx promete aproveitar o tempo que nos resta como se fossem os últimos dias.
No Reino Unido, a marca está organizando uma festa para celebrar e aguardar o apocalipse no dia 21 de dezembro. Uma ação que certamente deve se repetir em outros países.
O comercial promove o sorteio de convites para a festa na página do Facebook. 
Nota: Devido ao mau gosto da publicidade paga, resolvi nem colocar o vídeo para poupar os leitores de meu blog desse material. Embora os especialistas digam que é apenas uma jogada de marketing e o aproveitamento de um temor coletivo para venda de produtos, o que eu destaco nessa notícia é como há tantas interpretações diferentes para esse conceito de fim do mundo.
Para muitos, o ceticismo predomina e a sátira parece ser a melhor maneira de encarar a possibilidade de esse mundo, tal como conhecemos, deixar de existir. O tal convite é uma forma "divertida" de consolidar a marca na mente dos incrédulos quanto ao fim do mundo no dia 21 de dezembro de 2012.
Eu também não acredito que o mundo vai acabar no próximo mês. Mas não tenho esse pensamento porque sou cético ou descrente quanto a uma mudança de coisas nesse mundo. Entendo que o fim do mundo não será dará no final de dezembro, porque sou estudioso da Bíblia e das profecias apocalípticas à luz da Bíblia (que é uma maneira equilibrada de entender esse assunto e até mais lógica). E as profecias indicam que o mundo realmente vai acabar do jeito que conhecemos, mas que isso ocorrerá vinculado à volta de Jesus Cristo e não como um ato isolado fruto do mero acaso ou da ira insana da tal "natureza" como se fosse uma entidade com vida própria.
A piada comercial da marca Axe/Lynx pode ser engraçada hoje. Mas eu prefiro levar a sério o conselho bíblico de me preparar para a volta de Cristo não por temor do evento específico fim do mundo. Mas por amor a Deus, que, convenhamos, tem o controle de tudo, inclusive da época em que Cristo voltará a esse mundo e quando então o mundo aqui deixará de ser da maneira que o vemos. 
Respeito o direito das empresas criarem peças publicitárias com quaisquer conceitos que desejarem. Mas o evento fim do mundo implica uma análise bem mais profunda do que esses vídeos de menos de 1 minuto podem querer sugerir.

Igreja libera uso de redes sociais durante pregação

quarta-feira, 14 de novembro de 2012 4 comentários

Christian Post, 14.11.2012, às 8h52.


No sudoeste da Inglaterra, paroquianos decidiram permitir o acesso a rede sociais durante cerimônia religiosa como forma de atrair féis.

De acordo com pároco Andrew Aldem, “os jovens são cada vez mais raros nas igreja do nosso país, por isso usar redes sociais como Twitter, Facebook e You Tube é uma forma de nos envolvermos com esta nova geração”.

As redes sociais são usadas para que os fiéis interajam com a igreja, postando mensagens de perguntas, comentando sobre o teor da pregação ou sobre a cerimonia do dia anterior. Segundo Andrew, a congregação às vezes também aproveita para escrever algo engraçado como o que os párocos estão vestindo como forma de manter o bom humor entre a congregados.

"Não é um monólogo em que falamos por meia hora e damos informações para as pessoas. É uma conversa, uma da maneiras que Jesus ensinava, Ele fazia perguntas", disse o padre Brian Champness.

A nova abordagem foi adotada pela igreja como forma de modernizar a igreja. As cerimônias com uso de rede social são realizadas na igreja uma vez por mês e parece que a estratégia deu certo. Segundo publicação AFPTV, o número de fiéis dobrou nos últimos cinco anos.

Notícia original em http://portugues.christianpost.com/news/igreja-libera-uso-de-redes-sociais-durante-pregacao-para-atrair-fieis-13434/ 

Nota: A ideia parece ser boa, conceitualmente falando. É verdade que os jovens, crianças e adolescentes, público que domina o uso das redes sociais, precisa ser alcançado com uma linguagem e uma forma apropriados para sua realidade. A mensagem bíblica não deve ser mudada, mas adaptada para ser entendida por esses públicos e isso também passa pela maneira de se difundir. Prova é a popularidade que alcançam projetos como Escolhi Esperar (de fortalecimento da pureza em todos os aspectos, inclusive sexual) no Facebook, ou mesmo no Twitter a iniciativa adventista para tuitar cada dia um comentário relacionado a um capítulo da Bíblia como é o caso do Reavivados por Sua Palavra. A proposta de transformar jovens internautas em evangelistas voluntários no ambiente da web é louvável e está em consonância com a Bíblia.
O que precisa ser melhor pensado, no entanto, é o incentivo ao uso de telefones e aparelhos eletrônicos para troca de mensagens durante o culto. Pode ser interessante em um programa com debate de ideias, mas em cultos regulares pode ser um problema. Em um culto comum, onde adultos e jovens estão presentes, talvez nem todos tenham esse interesse em estar conectados e, assim, pode surgir algum tipo de dissensão entre os fiéis. Além disso, nos cultos o conteúdo precisa ser entendido não apenas como uma informação repassada por um dirigente, mas como parte de um momento especial de adoração coletiva que envolve o louvor através da música, o momento das ofertas e dízimos e as oportunidades de oração. Não se trata de criar um ambiente para discutir cada palavra do orador ou brincar uns com os outros a respeito da roupa usada. Creio que esse precedente aberto é bem ruim, pois dá margem para termos uma igreja preocupada apenas com a interação social e não com a adoração.

Bruxas ou Bíblia?

quarta-feira, 31 de outubro de 2012 0 comentários

Doces ou travessuras? É a pergunta tradicional feita há muitos anos por crianças em várias partes do mundo, inclusive em alguns lugares do Brasil, no tal Halloween ou Dia das Bruxas, que é lembrado no 31 de outubro. Não se sabe bem a origem da data, mas tem a ver com cultos pagãos da antiga Europa e com tradições que conduzem ao Dia dos Mortos. Pessoas, sobretudo os pequenos, saem de casa fantasiadas de bruxas ou bruxos, ou mesmo de monstros, em uma estranha honra ou reconhecimento a algo que talvez nem entendam exatamente do que se trata. 


Enquanto isso, do outro lado da rua, em uma igreja cristã, a amnésia histórica tomou conta dos cristãos que, um dia, de alguma forma, estiveram ligados a um episódio emblemático ocorrido também num 31 de outubro (de 1517), no distante castelo de Wittenberg, na Alemanha. Ali, um monge questionador e sincero temente a Deus, chamado Martinho Lutero, afixou na porta do castelo o que se convencionou chamar de as 95 teses sobre justificação pela fé. Talvez não saibamos de memória o conteúdo do que Lutero escreveu, mas sabemos que ele questionava atitudes, conceitos e ensinamentos contrários à Bíblia. E mais ainda: ele exaltava a Bíblia como regra de fé para os que se dizem seguidores de Cristo. 

Mas a pergunta hoje é outra. Aliás, há outras indagações. O que está sendo mais bem promovido: o Halloween ou a Reforma Protestante? O que é mais lembrado pela sociedade, especialmente a que se autodeclara cristã e conhecedora da Bíblia Sagrada? 

O tempo vai passando, mas o Halloween é visto na TV, nas lojas de brinquedos, nos adereços dos supermercados, dos shoppings, nas escolas e ouso até acreditar que em algumas igrejas. A atmosfera do Dia das Bruxas é sentida em vários ambientes e trata de impregnar a todos quantos for possível. Virou moda. É produto tipo exportação para crianças e adolescentes que sabem o que devem fazer nesse dia se quiserem estar em harmonia com a data, mas não sabem, talvez, quem foi Lutero, desconhecem o que diz na Bíblia e são hesitantes ao falar do próprio Jesus Cristo. 

Não adianta culpar a Europa antiga e nem a atual por seu desprezo à origem protestante. A responsabilidade é minha e é sua também, que está lendo esse texto. O cristianismo bíblico precisa estar na mente da sociedade, especialmente de crianças, adolescentes e jovens. A Bíblia, contudo, será lembrada com amor, carinho e interesse se for realidade para esse grupo. Eles precisam ver exemplos de adultos, pais, professores, líderes, que realmente consideram o livro sagrado do cristianismo como algo sagrado mesmo. Sagrado, não porque seja intocável, mas porque é a Palavra de Deus válida para hoje e para sempre. Palavra que levou um homem solitário como Lutero a escrever cartas ao líder máximo de sua igreja, à época, pedindo que se observassem os ensinos ali contidos. Que o levou a defender a fé inabalável em Jesus Cristo como suficiente para salvação sem necessidade de indulgências, obras de sacrifício físico, misticismos inventados por inescrupulosos aproveitadores do fervor sincero. 

E então? A maior propaganda da Bíblia parece ser uma vida em harmonia com ela. Halloween é forte, principalmente porque o espírito de reformadores, como Lutero, hoje é fraco. Na falta de seguidores fieis e equilibrados da Bíblia, o povo prefere bruxas, doces e travessuras no 31 de outubro. 

Número de protestantes cai nos Estados Unidos, diz estudo

sábado, 20 de outubro de 2012 0 comentários



Portal UOL, 15.10.2012.
Pela primeira vez desde que pesquisadores começaram a estudar a identidade religiosa dos americanos, menos da metade dos pesquisados disseram ser protestantes, uma queda acentuada em comparação a 50 anos atrás, quando as igrejas protestantes reivindicavam a lealdade de mais de dois terços da população.
Um novo estudo, divulgado pelo Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública na terça-feira, 9 de outubro, revelou que não foram apenas protestantes liberais, como metodistas ou episcopais, que abandonaram sua fé, mas também os mais conservadores. As perdas ocorreram entre os protestantes brancos, mas não entre os protestantes afro-americanos ou de outras minorias, segundo o estudo.
Esta é uma mudança significativa em comparação ao cenário de apenas cinco anos atrás, quando os adultos que diziam não ter religião representavam cerca de 15% da população. Além disso, trata-se de uma mudança sísmica em comparação a 50 anos atrás, quando cerca de 7% dos adultos americanos disseram não ter filiação religiosa.Quando eles desistem da religião, ao invés de de mudarem de igreja, eles se juntam às fileiras crescentes que não se identificam com nenhuma religião. Quase 1 em cada 5 americanos, ou 19,6% , disseram que são ateus, agnósticos ou "neutros".
Agora, mais de um terço dos americanos com idades entre 18 e 22 não possuem qualquer filiação religiosa. Estes jovens irão substituir as gerações mais velhas que estiveram muito mais envolvidas com a religião ao longo de suas vidas.
"Nós realmente não havíamos presenciado nada como isso antes", disse Gregory A. Smith, um pesquisador sênior do Fórum Pew. "Mesmo quando os baby boomers envelheceram, no início dos anos 1970, havia metade da probabilidade de terem uma ligação religiosa do que os jovens de hoje."
Os "neutros", como são chamados pelos pesquisadores, hoje compõem o segundo maior agrupamento religioso da nação. O maior grupo é o dos católicos, que compõem cerca de 22% da população. Seus números se mantêm, principalmente porque um afluxo de imigrantes substituiu 14% dos católicos que foram criados na igreja e a abandonaram nos últimos cinco anos, disse Smith.
O relatório Pew oferece várias teorias para explicar o surgimento dos não religiosos. Uma das teorias é a de que os jovens adultos ficaram desiludidos com a religião organizada quando as igrejas protestantes evangélicas e católicas tornaram-se ativas em causas políticas conservadoras, como a oposição ao homossexualismo e ao aborto.O aumento de pessoas que afirmam não pertencer a uma religião é susceptível de ter consequências políticas, disse Phil Zuckerman, professor de sociologia e estudos seculares na Faculdade Pitzer, na região do Sul da Califórnia.
Outra teoria é a de que a mudança reflete uma tendência mais ampla de não participar mais da vida social local e comunitária, o fenômeno apelidado de "Bowling Alone" (jogando boliche sozinho, em tradução literal), de Robert D. Putnam, professor de políticas públicas da Universidade de Harvard.
Outra explicação é que os Estados Unidos estão simplesmente seguindo a tendência de secularização já vista em muitos países economicamente desenvolvidos, como Austrália e Canadá, e alguns na Europa. Esta teoria postula que pessoas que são saudáveis e financeiramente seguras têm menos necessidade existencial para uma religião.
Os Estados Unidos sempre foram a grande exceção desta tendência secularizante, e não está claro se os americanos estão necessariamente tendendo em direção ao modelo europeu.
O relatório Pew descobriu que, mesmo entre os americanos que alegaram não ter religião, poucos se qualificaram como sendo puramente seculares. Dois terços disseram ainda acreditar em Deus, e um quinto disse rezar todos os dias. Apenas 12% do grupo sem filiação religiosa disseram ser ateus e 17% agnósticos.
A Reverenda Eileen W. Lindner, que vem narrando as estatísticas religiosas durante anos como editora do Anuário de Igrejas americanas e canadenses, observou essa complexidade.
Ela disse, "Muitas pessoas irão ler este estudo e dizer: 'Isso é terrível! O que está acontecendo com a nossa cultura?' Eu, como cientista social e pastora, pediria cautela."
"Muitos jovens não participam muito dos cultos, mas se fazemos um projeto de missão, eles normalmente comparecem", disse Lindner. "Eles administram as cozinhas, eles constroem as casas no projeto Habitat para a Humanidade".
Eles podem até não comparecerem nos domingos, disse ela, mas não abandonaram a sua fé.
Meu comentário: esse resultado de pesquisa é bastante significativo e me faz pensar em vários aspectos do que realmente está ocorrendo com a religião cristã de uma maneira geral no mundo. Aqui, falando de EUA, podemos ver que o protestantismo, que sempre foi a marca norte-americana, está perdendo estatisticamente sua força. Isso não é exatamente uma novidade, mas a tendência de secularização, apontada pela reportagem como uma possível razão, é preocupante da mesma maneira. A reverenda, que comentou os dados, disse que é preciso cautela na avaliação, pois as pessoas não estão indo à igreja, mas se envolvem em projetos sociais. 
Bem, essa é, segundo muitos estudiosos sobre igrejas, uma evidência de secularização. Ou seja, a igreja e a própria religião se reduzem unicamente a um espaço de convivência social. Claro que o envolvimento em projetos sociais e de solidariedade são importantes, mas a religião pressupõe um relacionamento com Deus que implica uma mudança completa e total na maneira de ser segundo o que ensina a Bíblia Sagrada. Vai além de apenas se engajar em uma outra ação em favor das pessoas. Tem a ver com relacionamento e comprometimento efetivo com Cristo para salvação espiritual. 
Se os EUA, nação reconhecida como berço do protestantismo desde a época medieval, começa a deixar suas raízes ainda que gradativamente, um novo tipo de orientação espiritual e religiosa deve ocupar esse espaço na vida dos cidadãos porque algum tipo de contato com o sobrenatural se faz necessário na vida humana. E infelizmente não parece ser a religião bíblica, o que realmente me preocupa e que provavelmente será o que veremos em pouco tempo. 
Creio na religião que aponta para os ensinamentos bíblicos tais como estão descritos ali e que essa religião implica necessariamente uma comunhão real com um Deus real e ativo que não está distante e nem envolto em mistérios, sofismas e teorias incompreensíveis, mas que atua para salvar o ser humano. 

"Profeta" anuncia fim do mundo e acaba preso

domingo, 14 de outubro de 2012 0 comentários

Folha de São Paulo, 13.10.



Um homem que se dizia "profeta" e garantia que o mundo acabaria na tarde de ontem foi detido pela Polícia Militar em Teresina (PI) para que não fosse linchado pelos vizinhos do local onde ele reunia seus seguidores.
De acordo com a Polícia Militar, o desempregado Luís Pereira, que vivia da realização de bicos de serviços gerais, reunia cerca de 120 pessoas em duas casas no bairro Parque Universitário, na periferia da capital do Piauí.
Mesmo não correspondendo ao estereótipo de profeta -vestia camisa polo e bermuda e não mantinha barba ou cabelos longos-, Pereira atraiu homens, mulheres e crianças para o que chamava de "arca", duas casas simples cercadas por varas de dois metros de altura.
Muitas dessas pessoas moravam lá com o desempregado desde o ano passado, segundo a polícia.
Pereira começou a chamar a atenção das autoridades por causa da proximidade da data que ele anunciava como o fim do mundo.
Anteontem, a Justiça determinou o recolhimento do local de 28 crianças e adolescentes, incluindo recém-nascidos, que estavam lá.
Eles foram encaminhados a abrigos pelo Conselho Tutelar da cidade.
TEMOR DE SUICÍDIO
Vizinhos informaram à polícia que havia veneno de rato nas casas e que temiam um suicídio coletivo.
A Polícia Militar chegou a apreender veneno no local, mas em quantidade insuficiente para matar todas as pessoas.
Há um ano, quando disse ter conversado com um anjo, Pereira começou a professar o fim do mundo. Na tarde de ontem, cerca de 50 policiais cercaram a casa.
"Começou há um ano dizendo que tinha tido uma visão, que um anjo conversou com ele. Então foi arregimentando pessoas na periferia, que acreditavam que o mundo acabaria hoje [ontem]", afirmou o coordenador de Operações da PM do Piauí, coronel José Fernandes de Albuquerque.
Como o horário previsto passou, moradores da região começaram a atirar pedras e tijolos na "arca". A PM reagiu com spray de pimenta e bombas de efeito moral.
De acordo com Albuquerque, ninguém ficou ferido.
Pereira e mais dois líderes do grupo foram levados à Central de Flagrantes da Polícia Civil, em Teresina.
Até a conclusão desta edição, o delegado responsável pelo caso ainda não sabia que crime seria atribuído a eles.
As cerca de 70 pessoas que ainda aguardavam o fim do mundo no interior da moradia foram levadas para casas de parentes.
De acordo com Albuquerque, policiais ficarão de guarda nos próximos dias para evitar que as casas usadas pelo falso profeta sejam depredadas.

Meu comentário: É evidente que essa notícia entra na lista de muitas maluquices e esquisitices que tantos protagonizam sobre fim do mundo e profecias, especialmente em 2012 para deleite dos produtores de livros e filmes a respeito da temática. Mas quero chamar a atenção para o fato de que realmente as profecias, sobretudo bíblicas, não serem bem compreendidas por grande parte da população. Quem eventualmente dá risada dessa nota de jornal talvez não tenha, também, uma visão bem sólida sobre profecias. Afinal de contas, a Bíblia estipula uma data fixa para que o mundo tenha fim de alguma forma (guerra, pestes, terremoto, choque com meteoro, derretimento pelo Sol, etc)? Se não fala disso, sobre o que então as profecias de Daniel e Apocalipse, por exemplo, tratam?
Triste é constatar que a ignorância das pessoas e a carência de liderança espiritual permitam que oportunistas/malucos/esquizofrênicos ou qualquer outro tipo de pessoa que se levante para dar uma mensagem descabida seja aceita por um grupo significativo. O problema não está apenas na má fé dos "falsos profetas", mas no desinteresse de muitos pela religião bíblica, ou seja, por aquilo que é concreto e que pode dar uma verdadeira esperança. A Bíblia diz, em Deuteronômio 29:29, que "as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei". Há muita revelação sobre profecias em harmonia com o restante da Bíblia, porém é preciso conhecê-las.

Adventistas mostram sua postura sobre eleições

sexta-feira, 5 de outubro de 2012 0 comentários

Do Portal Adventista, 1º. 10.2012


As eleições municipais deste ano no Brasil terão exatamente 138 milhões e 544 mil e 348 pessoas aptas a votar no próximo dia 7 de outubro no primeiro turno. O dado foi divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O número é pelo menos 6% maior do que os 130.604.430 eleitores que votaram na disputa de 2008. No dia da votação, os eleitores poderão comparecer às urnas a partir das 8 horas em seu local de votação para escolher novos prefeitos e vereadores de suas cidades.
A votação acaba às 17 horas e os dados contidos nos cartões de memória contidos nas urnas são gravados e criptografados em uma mídia de resultado (pen drive), que é encaminhada ao local próprio para transmissão até o Tribunal Regional Eleitoral.
Posição adventista – A Igreja Adventista do Sétimo Dia, em todo o mundo, conforme seus regulamentos e normas, não declara apoio oficial a qualquer partido político e nem candidatos. No entanto, a organização não se omite de participar de ações que beneficiem a comunidade e, inclusive, apoia e desenvolve projetos sociais por meio de suas instituições e agências. Membros adventistas, no entanto, podem se candidatar a cargos públicos, porém não podem utilizar a estrutura física da organização para campanhas. Saiba mais sobre como os adventistas veem as eleições e a questão política de maneira geral na entrevista com pastor Edson Rosa, diretor sul-americano de Comunicação e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista.



Meu comentário: A postura adventista é interessante porque, apesar de não ter uma ligação partidária, a Igreja Adventista mantém projetos que colaboram diretamente para a melhoria de vida da população. Exemplo são as ações de combate à violência doméstica, de incentivo à doação sistemática de sangue e medula óssea, entre outros projetos desenvolvidos com crianças, pessoas carentes, de geração de emprego e renda através da agência humanitária adventista. Na Bíblia, como expressou o entrevistado acima, há referências de personagens com profunda fidelidade a Deus e que ocuparam cargos públicos. O mesmo pode ser dar hoje, porém é importante frisar que há uma diferença grande entre a maneira como Daniel e José, por exemplo, chegaram até suas funções e a forma como se dá um processo eleitoral em um país como o Brasil. Já acompanhei de perto processos eleitorais e entendo que realmente é prudente que uma instituição religiosa procure ficar afastada disso e concentre seu foco na sua missão espiritual.
Isso não significa estar alheia ao que ocorre na política de sua nação, mas dar apoio formal a candidatos ou promover nomes perante a comunidade religiosa é algo muito complicado. É uma mistura perigosa entre poder político e autoridade religiosa. Denominações religiosas cristãs podem contribuir fortemente ao orientarem seus fiéis a votarem conscientes e escolherem candidatos que adotem uma postura compatível com as doutrinas bíblicas, mas não forçarem membros a votarem em uma pessoa ou outra. 

Jovem leiloa virgindade em concurso

quinta-feira, 27 de setembro de 2012 1 comentários


Uma jovem catarinense decidiu se inscrever em um concuso na internet para participar de um documentário e leiloar sua virgindade. A inscrição foi há dois anos e o produtor australiano Justin Sisely logo chamou a menina, então com 18 anos, para fazer um teste em vídeo. Depois, ela foi a escolhida para participar do projeto.
Em entrevista ao G1, hoje com 20 anos, Catarina Migliorini falou que decidiu tudo no impulso. "Eu era novinha e por ser virgem decidi me candidatar. Era uma oportunidade de viajar, conhecer novas culturas, mas não esperava uma resposta. Quando o diretor me escolheu, fiquei super feliz e decidi ir até o fim", diz.
As filmagens do documentário começaram há cerca de um mês, em Bali, na Indonésia. A produção faz parte do projeto. O vídeo vai registrar a história da jovem e os preparativos para o leilão, até o dia em que deve ocorrer sua primeira noite. "Eles filmam meu dia a dia, meu novos amigos aqui, eu falando com a minha mãe, minhas reações", explica Catarina. O documentário ainda não tem previsão de lançamento.
Já o site 'Virgins Wanted', onde os lances são dados, foi publicado no dia 15 de setembro. Até as 12h30 desta terça-feira (25), dez lances já tinham sido dados para comprar a virgindade de Catarina, que é natural de Itapema, no Norte de Santa Catarina. O lance mais alto foi feito no dia 25 de setembro: US$ 155 mil (cerca de R$ 310 mil).
O russo Alexander Stepanov também participa do projeto e o lance mais alto para comprar sua virgindade até o fechamento dessa reportagem era de US$ 1 mil.
A catarinense, que vai receber todo o dinheiro arrecadado no leilão, afirma que não tem nem ideia de qual valor pode chegar. "Não sei mesmo, mas vou usar o dinheiro para interesses pessoais. Não vou ser hipócrita de falar que vou doar 100%, mas quero criar um projeto para construir lares. Eu acho muito importante ajudar o próximo. Tudo também vai depender de quanto eu ganhar", diz Catarina.

Notícia original em http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2012/09/catarinense-leiloa-virgindade-e-lances-ja-chegam-us-150-mil-dolares.html

Meu comentário: É interessante perceber que o discurso é bastante contraditório quando se fala de impulsividade e a questão sexual. Em uma parte da reportagem, a jovem diz que seu objetivo era conhecer outras culturas, mas, ao mesmo tempo, demonstra uma certa preocupação com a questão social. Mas o que realmente parece não valer muito é o respeito próprio e a catarinense acaba dando uma grande contribuição para esse tipo de comportamento ser imitado por outras jovens. Trata-se da evidência de uma sociedade cada vez mais sem compromisso. O "descompromisso" é a palavra de ordem na mente pós-moderna. Não se tem compromisso com o próprio corpo, com a sexualidade e, portanto, é inegável que esse tipo de comportamento leva a uma falta de compromisso com um ser superior, ou seja, com Deus. 
O princípio bíblico vai justamente no sentido contrário. Ao entender que Deus é o doador da vida e, portanto, que deve ser o condutor dessa vida e do comportamento, o ser humano cuida do seu próprio corpo e mente e pede forças para não se render aos impulsos, inclusive sexuais. A sexualidade tem seu lugar em um compromisso, primeiramente, com Deus e depois com um cônjuge. Não é um produto à venda, mas esse entendimento só existe quando a compreensão é a de que Deus é o originador da vida e tem interesse em mantê-la. Se Deus está fora desse entendimento, o pensamento será levado a outros caminhos: o do próprio eu.
Péssimo exemplo para uma geração que precisa desesperadamente de valores fundamentados no relacionamento com um Deus pessoal e presente no cotidiano. 

Na ONU, alerta de presidente dos EUA contra os opositores

terça-feira, 25 de setembro de 2012 0 comentários

Agência Reuters, 25.09.2012.
Originalmente publicada em http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE88O0AL20120925


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta terça-feira aos líderes mundiais que acabem com a intolerância e a violência que levaram recentemente à morte do embaixador norte-americano na Líbia, e também alertou o Irã de que fará o que for necessário para impedir que o país desenvolva armas nucleares.

Em 30 minutos de discurso à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Obama novamente defendeu o fim do regime de Bashar al-Assad na Síria, após 18 meses de guerra civil, mas sem dizer como isso poderia acontecer. Tampouco ofereceu novas ideias para solucionar o conflito entre israelenses e palestinos.

O presidente, que disputa um novo mandato dentro de seis semanas, começou e encerrou seu discurso evocando o embaixador Christopher Stevens, morto com três outros funcionários neste mês durante um ataque ao consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia, realizado por uma multidão indignada com um filme anti-islâmico feito nos Estados Unidos.

"Hoje, devemos afirmar que nosso futuro será determinado por gente como Chris Stevens, e não por seus assassinos", disse Obama. "Hoje, devemos declarar que essa violência e essa intolerância não têm lugar entre as nossas Nações Unidas".

O filme semiamador, que mostrava o profeta Maomé como mulherengo, tolo e abusador de crianças, provocou protestos contra o Ocidente em dezenas de países islâmicos. Obama voltou a criticar o vídeo, que chamou de "rude e repugnante", mas defendeu o direito à livre expressão.

"A arma mais forte contra o discurso odioso não é a repressão, é mais discurso --as vozes da tolerância que se mobilizam contra a intolerância e a blasfêmia", disse Obama, que citou a necessidade de "tratar honestamente das tensões entre o Ocidente e o mundo árabe" em seu processo de democratização.

Ele disse que não espera a concordância de todos, mas que é "obrigação de todos os líderes em todos os países se manifestar incisivamente contra a violência e o extremismo. Não há discurso que justifique a violência insensata."

"Como presidente do nosso país, e como comandante-em-chefe das nossas forças militares, aceito que as pessoas me chamem de coisas horríveis todos os dias, e sempre defenderei seu direito de que o façam", acrescentou Obama, sendo respondido com aplausos e alguns risos.

Meu comentário: Em outros jornais,como o The Washington Post, é possível perceber que o discurso do presidente norte-americano é obviamente duro contra a violência que não tem qualquer justificativa mesmo. É importante, porém, analisar que os EUA voltam a falar abertamente contra todos os que de alguma maneira se opõem ao seu modo de agir nas questões mundiais e que se tornam, de certa forma, obstáculos aos intentos estadunidenses. 
Essa postura de Obama, já demonstrada por seus antecessores, pode ser um posicionamento bastante contundente contra os que de alguma maneira contrariam aquilo que os EUA entendem que seja o melhor para o planeta em várias questões. E isso é perigoso, pois se constitui, em certa medida, no caminho para uma intolerância, também, a quem tem uma visão diferente.
Volto a dizer que a violência praticada por extremistas contra autoridades norte-americanas é inadmissível, porém esse caos já instalado entre parte do Oriente e parte do Ocidente dá espaço para uma tentativa dos EUA liderarem os países da ONU em uma cruzada contra todos os que não pensarem ou agirem conforme a orientação norte-americana. A longo prazo, outras imposições poderão vir a partir desse tipo de postura. E darão espaço para que o contraditório não exista e qualquer grupo ou movimento não aprovado pelos ditames norte-americanos seja rechaçado imediatamente. Perigoso à vista com esse tipo de discurso...tão ruim quanto a intolerância religiosa. 

Vídeo finlandês questiona influência de pais alcoólatras para os filhos

domingo, 16 de setembro de 2012 1 comentários

Da coluna de Ricardo Setti, 14.09.2012, em Veja On Line.

Quão assustador você fica quando está bêbado?
Essa é a grande questão levantada pela organização finlandesa Infância Frágil (Lasinen Lapsuus), em uma campanha destinada a alertar pais sobre o uso responsável de álcool na presença de seus filhos.
A campanha destina-se a “ajudar os finlandeses a ser melhores pais”.
O vídeo traz essa mensagem cruamente: como seus filhos te vêem quando você está bêbado. Pode ser na forma assustadora de um assaltante mascarado, de um animal gigante ou um palhaço deformado, tudo encaixando a nova mensagem no imaginário infantil.


Meu comentário: O vídeo é forte e chama a atenção para algo que infelizmente está se tornando comum em várias sociedades: o uso de bebida alcoólica cada vez mais cedo. Fala-se muito sobre os danos de drogas como cocaína e crack, principalmente no Brasil, mas quase nada sobre o álcool, que tem destruído mais vidas proporcionalmente. E quando falo em destruição de vidas, não me refiro apenas às mortes no trânsito, contudo à destruição de lares deixando um péssimo exemplo para as crianças. Cristãos que têm a Bíblia como regra de fé deveriam ser os primeiros a erguer a bandeira contrária à ingestão de álcool em qualquer medida e não procurar argumentos interpretativos na própria Palavra de Deus para justificar o uso de um pouco de álcool.
Há exemplos de Noé, Ló e de outros personagens que desagradaram profundamente a Deus em seu estado alterado por conta do álcool. As consequências, no caso de Ló, foram mais profundas, pois, embriagado, teve relações sexuais com as próprias filhas que deram origem a dois povos que foram dois dos maiores opositores ao povo de Israel posteriormente em sua trajetória à terra prometida.

Animação traz protagonista que fala com zumbis

sexta-feira, 7 de setembro de 2012 0 comentários

Estadão, 06.09.2012.


A famosa frase "I see dead people" (Eu vejo gente morta), de O Sexto Sentido ainda ecoa em ParaNorman, animação stopmotion (com marionetes) que estreia na sexta-feira, somente em cópias dubladas, dirigida por Chris Butler e Sam Fell (de O Corajoso Ratinho Desperaux). A animação tem como protagonista uma figurinha interessante: Norman (voz de Ícaro Amado), garoto vítima de zombaria na escola e incompreensão em casa - tudo porque ele vê gente morta, conversa e, mais do que isso, se diverte com eles.
Esse estranhamento de Norman - especialmente na escola - há um quê de "Carrie", sofrendo na mão dos valentões, mal compreendido e que um dia poderá dar o troco. No caso dessa animação infantil, claro, a vingança não vem num banho de sangue, mas no despertar de um grupo de zumbis que se levantam por conta de uma centenária maldição da qual o garoto tenta livrar sua pequena cidade.
ParaNorman, de forma sutil, é um filme que levanta bandeiras e ataca preconceitos - há uma piada no final, com uma polêmica em potencial, mas, deve se saudar a ousadia dela existir, especialmente num filme infantil. Seu discurso é o da tolerância e aceitação, fazendo uma ponte entre passado - quando mulheres eram acusadas de bruxaria e queimadas ou enforcadas - e o presente, quando minorias sofrem preconceitos.
Na cidade onde Norman mora, uma bruxa foi enforcada e, antes de morrer, lançou uma praga sobre aqueles que a condenaram. Agora, essas pessoas levantam do túmulo e voltam para assombrar os moradores - que, na verdade, nem se assustam tanto, mas tomam as medidas mais drásticas contra os zumbis, instaurando o caos. Apenas Nornam, com seus poderes, é capaz de compreender o que está acontecendo e tentar ajudar vivos e mortos.

Restante da notícia em http://emais.estadao.com.br/noticias/cinema,animacao-paranorman-traz-protagonista-que-fala-com-zumbis-,2898,0.htm

Meu comentário: Vi alguns comentaristas de cinema dizendo que essa animação é permitida a crianças a partir de oito anos de idade. Isso me preocupa, especialmente sob o ponto de vista bíblico. Primeiro, porque conta a história de zumbis e uma guerra contra a maldição de uma bruxa. Enredo que fere frontalmente os ensinos bíblicos de mortos que aguardam a ressurreição e que só há esperança verdadeira no retorno de Jesus Cristo a esse mundo, alguém que mereceria ser mais conhecido da parte dos pequenos.  Outro ponto grave, na perspectiva cristã, é o ensino antibíblico de que as pessoas podem se comunicar com esses mortos livremente e que essa é uma prática normal. 
Crianças e adolescentes têm mais contato com esse tipo de conceito de reencarnação travestido de animação singela e inocente do que com ensinamentos da Bíblia Sagrada, livro escrito há milênios e que contém ensinamentos de grande valor para a vida atualmente. Respeito quem crê no conceito da manutenção da vida após a morte, porém me preocupa o fato de os filmes atualmente somente trazerem um lado dessa explicação e ignorarem completamente o que já foi escrito acerca disso muito tempo antes. A quem interessa incutir na mente infanto-juvenil esse tipo de conceito? 
Tipo de animação para deixar pais e educadores responsáveis e que se dizem crédulos em relação aos ensinos da Bíblia alertas quanto ao que seus filhos veem. 

Líderes religiosos alertam contra pontos de novo Código Penal contrários à família cristã

quarta-feira, 5 de setembro de 2012 0 comentários

Do site Fé em Jesus, 30.08.2012.













Notícia original em http://www.feemjesus.com.br/post/lideres-e-pastores-alertam-relator-do-novo-codigo-penal-sobre-atrocidades-contidas-nele-contra-a-familia-crista-1816

O senador Pedro Taques (PDT-MS) informou nesta quinta que o prazo para a apresentação de emendas ao projeto do novo Código Penal que acabaria no próximo dia 5 foi prorrogado para 5 de outubro. A dilatação desse cronograma foi comemorado pelos deputados e senadores da Frente Parlamentar Evangélica embora a maioria acredite que novas prorrogações, dentro do Regimento do Senado, ainda deverão ocorrer.
A Frente se reuniu em caráter extraordinário com o senador Taques e levou a ele uma série de preocupações com as mudanças propostas no novo Código, além do tempo curto para debatê-las. O senador Magno Malta (PR-ES) listou a descriminalização do aborto e a liberação do consumo da maconha, além da diminuição para o consentimento para relações sexuais de 14 para 12 anos (na prática o que libera a pedofilia) e a criminalização da chamada homofobia como os principais itens do projeto que incomodam o povo cristão brasileiro.
O encontro da Frente Parlamentar Evangélica reuniu mais de 30 líderes e pastores de diversas denominações do país, além de procuradores da República e juristas cristãos. O senador Pedro Taques afirmou que é de seu papel de relator "ouvir mais do que falar" e pediu que os líderes cristãos presentes dissessem a ele o que mais os preocupa. Coube ao senador Magno Malta elencar então os pontos mais danosos do projeto.
Veja o que disse o senador Magno:
Aborto
"Não vamos negociar esse tema. Para mim e alguns senadores, não negociaremos a vida. Não atentaremos contra a natureza de Deus. Não seremos acintosos contra Deus. Se há um ser respirando dentro de um útero, se há sangue no cordão, se esse feto respira, se esse feto tem deficiências, Deus sabe o porque desse feto ter problemas. Falo em nome dessa rede cristã , daqueles que acreditam na vida. A proposta contida no projeto do novo código é horrorosa. Precisa ter sangue no olho para prescrever a morte de um feto. Quando os juristas falaram que isso foi amplamente debatido, foi debatido com quem? Os que debateram pensam o mesmo que eles. Precisamos de um texto que proteja a vida e não que estabeleça uma cultura de morte no Brasil."
Drogas
"A quem interessa a legalização da maconha no Brasil? Sabemos que estamos enfrentando o tabaco. Uma vez legalizada a maconha, os que vendem legalmente o tabaco vão querer vendar a maconha industrializada. A maconha causa dependência do sistema nervoso central, produz câncer de faringe, impotência sexual, desequilibra o individuo. É possível um professor em sala de aula fumar maconha? É possível um piloto de avião usar mamconha? É possível contratar uma babá maconheira?Se a lei como querem passar será possível. A legalização só beneficia o traficante, que vai virar um atravessador de pequenas quantidades da droga. Não se acaba com esse drama do consumo protegendo o consumidor. Se acaba acabando com o consumo"
Homofobia
"Querem criminalizar a sociedade por uma divida que ela não tem. Programas de TV como O Pânico, Zorra Total, eles podem fazer o que quiserem com os gays. Mas vai dizer que é pecado para ver... Se você não aluga uma casa para um homossexual, você irá preso por 5 anos? Se você pede para um casal homossexual parar de se beijar em frente a tua casa, você terá de ir preso?"
Consentimento sexual aos 12 anos.
"O sujeito abusa de uma menina de 11 anos e 11 meses e 20 dias. Até aí é criminoso. Mas depois de 12 anos, tudo bem? Pode fazer o que quiser que não é crime? Com essa proposta vão legalizar a pedofilia no país. Os pedófilos estarão livres para agir com crianças de 12, 13 anos".

Meu comentário: Levando em conta a Bíblia como regra de fé para os cristãos, considero alguns pontos ainda em discussão sobre o novo Código Penal Brasileiro bastante preocupantes. A questão da descriminalização das drogas (que já abordei em outro comentário) realmente não é compatível com a Bíblia e os ensinamentos sobre cuidado do corpo e da mente. Sobre o consentimento sexual, provavelmente o argumento a ser usado é o de que os tempos mudaram e uma menina com 12 anos de idade já "deve" saber o que faz e que, portanto, consente sobre questões sexuais. Mas será que não é um forte estímulo à sexualidade banal, descompromissada e até um apoio para que mais abusos aconteçam sem que os abusadores, nesse caso, sejam responsabilizados desde que mantenham relacionamento com alguém com idade superior a 12 anos de idade? A questão da homofobia também deve gerar muitos problemas para todos os que, de alguma forma, não aceitarem a prática homossexual. Tempos mais difíceis virão para quem se mantém firme ao lado da Palavra de Deus tal como ela está revelada e não com as centenas de distorções que insistem em fazer para a tornarem adaptada ao que se quer e o que se pensa. 

Vídeo mostra testemunho de cineasta adventista a Oprah Winfrey

sábado, 1 de setembro de 2012 1 comentários

Do Portal Adventista, 1º.09.2012.


Está disponível na web, já com legendas, entrevista concedida por um cineasta adventista do sétimo dia sobre a observância do sábado. A entrevista ocorreu há alguns meses em programa apresentado pela famosa Oprah Winfrey chamado Super Soul Sunday. Na conversa, DeVon Franklin, que é vice-presidente da Columbia Pictures, explicou detalhadamente como funciona a guarda do sábado, sua experiência pessoal e fala de sua infância e do aprendizado cristão que recebeu. Ophra se mostra surpresa com o testemunho do jovem e admite que pouco conhecia acerca do ensinamento bíblico sobre o sábado.
 O sábado bíblico é confirmado em vários textos do Antigo e Novo Testamento e, conforme Gênesis 2:1-3, foi separado e abençoado por Deus para o descanso das atividades rotineiras e aproximação maior com Deus e com as pessoas. É observado no mundo inteiro por judeus e por mais de 19 milhões de adventistas.



Meu comentário: Penso que esse tipo de testemunho é muito interessante, pois mostra que, apesar da vida agitada a que a maioria da população se submete, há pessoas que entendem a importância de uma parada semanal. O sábado bíblico representa algo pensado por Deus para benefício do próprio ser humano para que ele consiga parar para ser "recriado" semanalmente sob o ponto de vista físico, mental e espiritual. É a oportunidade dada às pessoas para se aproximarem mais do Criador e das próprias criaturas, ou seja, para que possam tomar tempo para aliviar o sofrimento dos outros. 

A maconha não é tão inocente - Artigo comentado

sexta-feira, 31 de agosto de 2012 0 comentários


Coluna de Jairo Bouer, na revista Época, 28.08.2012.


Numa tentativa de combater o narcotráfico, o governo uruguaio do presidente José Mujica enviou ao Congresso há algumas semanas um projeto de lei para descriminalizar a maconha. Prevê estatizar a produção, a distribuição e a venda da droga. No Uruguai, pesquisas mostram que cerca de 8% da população usou maconha nos últimos 12 meses. E algo entre 130 mil e 150 mil pessoas a consomem com regularidade.
No Brasil, o consumo da droga aumentou entre os jovens nos últimos seis anos. De acordo com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, feito pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo, 7% da população já experimentou maconha pelo menos uma vez na vida. São cerca de 8 milhões de brasileiros. Além disso, o estudo diz que 3% dos adultos e dos adolescentes tiveram contato com a droga nos últimos 12 meses. Metade desses adultos e adolescentes admite usar maconha todos os dias (quase 1,5 milhão de pessoas).
Um terço da população adulta brasileira que fuma maconha pode ser considerada dependente, levando em conta não apenas a quantidade e frequência de uso, mas comportamentos como ansiedade, sensação de perda de controle sobre o consumo, preocupação exagerada com o uso e tentativas seguidas de largar o vício. Um terço deles tentou parar, e quase 30% tiveram sintomas de abstinência (mal-estar, ansiedade, dificuldade de concentração).
Ainda segundo a pesquisa, 60% dos usuários começaram a usar a droga antes dos 18 anos. Quanto mais cedo o primeiro contato, maiores as chances de padrões mais nocivos de uso. Se, em 2006, havia menos de um adolescente usuário de maconha para cada adulto, em 2012, essa proporção saltou para 1,4 para cada adulto. Uma pesquisa com universitários das 27 capitais brasileiras feita em 2010 pela Faculdade de Medicina da USP mostrou que quase 6% dos estudantes com menos de 18 anos já experimentaram maconha e 4,5% consumiram nos 12 meses antes da pesquisa.
Se o Parlamento uruguaio aprovar o projeto de lei, o presidente promete submeter a decisão à opinião da população. No Brasil, pela vontade da maioria, a maconha não seria legalizada. De acordo com a pesquisa da Uniad, 75% dos brasileiros são contra. Essa posição tem respaldo na opinião de muitos especialistas. Algumas variedades atuais de maconha têm maior concentração do princípio ativo THC. Como consequência do consumo surgem quadros de ansiedade, surtos psicóticos e dependência muito mais comuns que há duas ou três décadas. A maconha não é uma droga tão inocente quanto muita gente imagina. 
Meu comentário: É bom que, de vez em quando, alguns artigos científicos e consistentes a respeito de drogas sejam publicados. A análise do psiquiatra Jairo Bouer é muito interessante, pois mostra que, sob o ponto de vista médico e de saúde, não há razões plausíveis para se legalizar o uso da planta com substâncias comprovadamente nocivas à mente e ao corpo. E aí vem duas questões bem importantes.
(1) O tráfico de drogas não será diminuído ou enfraquecido porque a maconha estará liberada para uso. Esse pensamento é bastante utópico na medida em que o tráfico internacional, por exemplo, ocorre com outros tipos de drogas como maconha, ecstasy e outras substâncias ainda ilegais. E é o tráfico internacional que movimenta em grande parte prostituição, homicídios, lavagem de dinheiro, etc. O combate a isso tem de se dar de outras maneiras.
(2) A Bíblia aconselha que os seres humanos cuidem de seu corpo e entendam que se trata do templo de habitação do Espírito Santo. Se a maconha provoca todo esse tipo de alteração, fica mais do óbvio que seu uso não deve ser feito por aqueles que desejam usar seu corpo e sua mente de maneira plena para ter uma relação mais próxima com Deus. E, mesmo quem não crê em Deus, pode ser mais inteligente ao preservar a saúde que tem em vez de destrui-la com substâncias tóxicas e manter um padrão deficiente de saúde.

Evento discute publicidade e consumismo infantil

domingo, 26 de agosto de 2012 0 comentários



Do site Infância Livre de Consumismo - 24.08.2012
O sentimento de estar naquela primeira mesa do 1º Seminário Infância Livre de Consumismo, em Brasília, no último dia 09, foi importante. Não que eu tenha me sentido importante. Senti que estava participando de algo muito, muito importante que tantos outros mães e pais no Brasil gostariam de poder fazer. E foi a primeira vez que o Poder perguntou aos pais: “Mas como vocês se sentem vendo as suas crianças serem bombardeadas pela propaganda por todos os lados?” Tentei falar sobre isso nos miúdos 10 minutos que me foram concedidos. E a melhor parte foi olhar a plateia nos olhos.
 Nos olhos da audiência lotada de pessoas que ainda participariam das outras mesas, congressistas e jornalistas que acompanhavam o evento, enquanto eu falava encontrei muita simpatia. A cada palavra que falava, contando da minha experiência de mãe, podia ver rostos silenciosamente dizendo que “sim, isso realmente acontece.” Toda esta angústia que nos assalta quando vemos que os valores que tentamos passar para nossos filhos com horas de conversa são tão facilmente jogados por terra com 30 segundos de filme publicitário infantil.
Foi muito reconfortante ouvir os especialistas da minha mesa, como a professora Inês Vitorino, da Universidade Federal do Ceará, e perceber como suas pesquisas acadêmicas corroboram o que vivemos em casa. E, quando deixei a mesa, os cumprimentos ao Movimento e manifestações de solidariedade dos presentes foram tantos que aí, sim, finalmente me caiu a ficha por completo e ouvi o click.
Estamos falando sobre algo que tudo mundo sabe que existe: o abuso por parte da publicidade ao dialogar com crianças, seres ainda em formação intelectual e psicológica. Se este tipo de prática ainda é permitido em nossa sociedade é somente por que ela ainda não estava madura para o debate. Isso agora é passado. Nosso pensamento vai ao encontro do sentimento de tantos pais, e o Infância Livre é prova disso.
Meu comentário - Essa temática do consumismo infantil, que é praticamente ignorada pela mídia em geral, pelo poder público e mesmo pela maioria das igrejas, é um problema bastante preocupante. E acredito que seja preocupante principalmente sob o ponto de vista espiritual. 
Em um de seus livros, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman já advertia quanto aos riscos do consumismo de maneira geral.Tratando especialmente do conceito que permeia o consumismo, no livro Vida para Consumoele afirma que "a sociedade de consumo prospera enquanto consegue tornar perpétua a não-satisfação de seus membros (e assim, em seus próprios termos, a infelicidade deles)". 
Nessa sociedade de consumo, os primeiros aprendizes são as crianças que passam a desenvolver essa ideia de que incapacidade de satisfação que os leva a consumir de maneira progressiva e ilimitada. E por que isso afeta a questão espiritual? Obviamente porque contraria princípios bíblicos de uma vida feliz a partir do simples. 
Jesus, ao comentar sobre a ansiedade das pessoas de acordo com relato dos evangelhos, ilustrou com a metáfora dos lírios do campo que não fiam e nem tecem, mas que se vestiam mais esplendidamente do que o próprio poderoso e rico rei Salomão. O conceito aqui é o da simplicidade de vida, que se choca frontalmente com a ideologia da sociedade de consumo e, sendo mais claro, de consumismo. 
Crianças, jovens e adultos precisam entender, na minha opinião, que o consumismo apoiado pela mídia, pelo governo e por muitas igrejas não é bíblico e não conduz à felicidade verdadeira. Se o aspecto for espiritual, então isso fica mais evidente. 

Santidade do domingo é destaque em documento da CNBB

domingo, 19 de agosto de 2012 0 comentários

Da Rádio Vaticano, 18.08.2012.

No penúltimo dia da Semana Nacional da Família, sexta, 17, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou um texto redigido a partir das Catequeses preparatórias ao 7º Encontro Mundial das Famílias. A mensagem trata da família e a festa e aborda a importância da festividade no ambiente familiar, para união e celebração entre seus membros. O objetivo do texto é ser mais um instrumento de reflexão, sobre a família, entre as comunidades da Igreja.

Leia o texto:

Família e a festa

O ser humano moderno criou o tempo livre e perdeu o sentido da festa. É necessário recuperar o sentido da festa, e de modo particular do domingo, como “um tempo para ser humano”, aliás, “um tempo para a família”. Voltar a encontrar o centro da festa é decisivo também para humanizar o trabalho, para lhe atribuir um significado que não o reduza a ser uma resposta às necessidades, mas que o abra ao relacionamento e à partilha: com a comunidade, com o próximo e com Deus.

Atualmente, a festa como “tempo livre” é vivida no contexto do “fim de semana”. Em vez do descanso e da santificação privilegia-se a diversão, a fuga das cidades, e isto influi sobre a família, principalmente se tem filhos adolescentes e jovens. Os membros da família tem dificuldade de encontrar um momento de relacionamento familiar. O domingo perde a sua dimensão de dia do Senhor e é vivido mais como um tempo “individual” do que como um espaço “comum”.

O tempo livre no domingo torna-se com frequência um dia “móvel” e corre o risco de não ser mais um dia “fixo”, dificultando o encontro familiar. As pessoas não descansam somente para voltar ao trabalho, mas para fazer festa. É mais oportuno do que nunca que as famílias voltem a descobrir a festa como lugar do encontro com Deus e da proximidade recíproca, criando a atmosfera familiar sobretudo quando os filhos são pequenos. As realidades vividas nos primeiros anos na família de origem permanece inscrito para sempre na memória do ser humano. Também os gestos da fé, no dia do domingo e nas festividades anuais, marcam a vida da família, sobretudo no encontro com o mistério santo de Deus e contribui para a reforçar os relacionamentos familiares.

O encontro com Deus e com o outro é o âmago da festa. A mesa dominical, em casa e com a comunidade, é diferente daquela de todos os dias: a de cada dia serve para sobreviver, mas a do domingo serve para viver a alegria do escuta e comunhão, disponibilidade para o culto e a caridade.

A celebração e o serviço são as suas formas fundamentais da lei, com as quais se honra a Deus e se recebe a sua dádiva de amor: no culto, Deus comunica-nos gratuitamente a sua caridade; no serviço, o dom recebido torna-se amor compartilhado e vivido com os outros. O dies Domini (dia de Deus) deve tornar se, inclusive, um dies hominis (dia do homem). Se a família se aproximar deste modo da festa, poderá vivê-la como o “dia do Senhor”.

Para experimentar a “presença” do Senhor ressuscitado, a família é exortada aos domingos em especial a deixar-se iluminar pela Eucaristia. A missa torna-se a celebração central, viva e pulsante do dia do Senhor, da sua presença de Ressuscitado aqui e agora. A eucaristia concede-nos a graça de celebrarmos o mistério santo de que vem ao nosso encontro. No domingo, a família encontra o sentido e a razão da semana que se inicia.

Participando na missa, a família dedica espaço e tempo, oferece energias e recursos, aprende que a vida não é feita unicamente de necessidades a atender, mas de relações a construir. A gratuidade da eucaristia dominical exige que a família participe na memória da Páscoa de Jesus. Na missa, a família alimentasse na mesa da palavra e do pão, que dá sabor e sentido às palavras e ao alimento cotidiano compartilhado à mesa da família.

Desde crianças, os filhos têm o direito de serem educados para a escuta da palavra, para descobrir o domingo como “dia do Senhor“. A memória do Crucificado Ressuscitado marca a diferença do domingo em relação ao tempo livre: se não nos encontrarmos com Ele, a festa não se realiza, a comunhão é apenas um sentimento e a caridade se reduz a um gesto de solidariedade, que não constrói a comunidade cristã e não educa para a missão. A eucaristia do domingo enquanto nos introduz no coração de Deus, faz a família, e a família, na comunidade cristã, faz de um certo modo a Eucaristia.

O dia do Senhor faz viver a festa como um tempo para os outros, dia da comunhão e da missão. A Eucaristia é memória do gesto de Jesus: isto é o meu corpo entregue, isto é o meu sangue derramado por vós e por todos. O “por vós e por todos” vincula intimamente a vida fraterna (por vós) e a abertura a todos (por todas as pessoas). Na conjunção “e” encontra-se toda a força da missão evangelizadora da família e da comunidade: é doado a nós, a fim de que venha a ser para todos.

A Diocese e a Paróquia constituem a presença concreta do Evangelho no centro da existência humana. Elas são as figuras mais conhecidas da Igreja, pela sua índole de proximidade e de acolhimento em relação a todos.

Na Paróquia as famílias, “Igreja doméstica”, fazem com que a comunidade paroquial seja uma Igreja no meio das casas das pessoas. A vida quotidiana, com o ritmo de trabalho e de festa, permite ao mundo entrar no seio da família integrando os membros da família ao mundo.

A comunidade cristã é convidada a cuidar das famílias, ajudando-as a evitar à tentação de se fechar no seu “apartamento”, no seu “mundinho” e abrindo-as aos caminhos da fé. O dia do Senhor torna-se dia da Igreja, quando ajuda a experimentar a beleza de um domingo vivido juntos, evitando a banalidade de um fim de semana consumista, para realizar às vezes também experiências de comunhão fraterna entre as famílias.

Na família, os filhos experimentam no dia-a-dia a dedicação gratuita e incansável da parte dos pais e o seu serviço, aprendendo do seu exemplo o segredo do amor. Quando, na comunidade paroquial, os adolescentes e os jovens, tiverem que ampliar o horizonte da caridade às outras pessoas, poderão compartilhar a experiência de amor e de serviço aprendida em casa. O ensino prático da caridade, sobretudo nas famílias com um filho único, deverá abrir-se imediatamente a pequenas ou grandes formas de serviço ao próximo.

Meu comentário: A aparente bem intencionada motivação de preservação da família, que embasa esse e outros tantos documentos já emitidos por órgãos e instituições oficiais católicas a respeito da santidade do domingo, é obviamente vista com bons olhos por todos. Só que o domingo, contrariando a Bíblia Sagrada em toda a sua extensão, não é o dia separado por Deus, mas o sábado. Sem dúvida alguma, preservação da família e combate ao consumismo são bandeiras legítimas do cristianismo, mas sob a ótica da guarda do sábado para termos coerência bíblica. 
Além disso, é evidente que a família não será preservada apenas pela pessoa ser observadora do sábado, mas entender, biblicamente falando, todo o contexto em que o matrimônio é, também, sagrado e que a orientação dos filhos deve seguir essa mesma linha. E isso vai inevitavelmente levar a uma vida mais simples e mais próxima dos ideias divinos em que o consumismo desenfreado (característica de grande parte dos cristãos e não cristãos) perca força.
Deus estabeleceu o sábado e o casamento como instituições sagradas, ou sejam separadas por Ele para honra e glória do Seu nome e benefício dos seres humanos. É preciso observar bem isso, pois é o que efetivamente a Bíblia ensina.

 
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