JUSTIÇA FEDERAL DETERMINA RECOLHIMENTO DE GAMES CONSIDERADOS VIOLENTOS

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 1 comentários


Revista IstoÉ, Semana de 28.01.2008.

A Justiça Federal determinou o recolhimento dos games Counter-Strike (foto) e Everquest sob a alegação de que incitam a violência. Uma versão do Counter-Strike simula a guerra do tráfico em favelas cariocas ao som de um funk proibido. Os adeptos do jogo protestam, explicando que não se sentem nem mais nem menos agressivos por causa de games. A questão é polêmica. Recente estudo dos economistas americanos Gordon Dahl e Stefano Della Vigna aponta no sentido contrário: assistir a filmes violentos ajuda a aliviar psiquicamente as tensões do dia-a-dia, tornando as pessoas menos beligerantes. O outro ponto é o resguardo da individualidade. No caso de crianças e adolescentes, por exemplo, cabe aos pais, e a mais ninguém, dizer qual game seus filhos podem ou não jogar.

Quem tem de realizar esse trabalho não é a Justiça Federal e sim os pais. Eu questiono o resultado dessa pesquisa de economistas norte-americanos (quem são eles para falar sobre comportamento humano, especialmente de jovens??), porque não entendo até que ponto assistir a um filme violento pode significar uma distração sadia. Distração e lazer sadios envolvem, na minha opinião, passeios em meio à natureza, prática de esportes e uma boa conversa com amigos sobre assuntos amenos. Mas filmes, desenhos e games violentos não dão essa contribuição, pelo menos é o que acredito, ainda que sem uma base científica para tanto. Mas volto a dizer, levando em conta a Bíblia, que a responsabilidade de controlar isso não é da justiça, mas de pais que se preocupam com o futuro de sua família.

EM NOME DA FÉ, FIÉIS SE ISOLAM E VENDEM OS BENS

domingo, 27 de janeiro de 2008 0 comentários

Portal Terra, 27.01.2008.

Uma pequena comunidade religiosa vem chamando a atenção dos capixabas. É a seita Tabernáculo Vitória, localizada no bairro Santa Tereza, região da Grande Santo Antônio, em Vitória (ES). O grupo, que se prepara e acredita que o dia do juízo final está próximo, é formado por famílias que vivem isoladas, sem contato com parentes, em uma espécie de condomínio fechado. Para fazer parte da igreja, elas se desfazem de todos os bens pessoais.

Mais de 200 fiéis vivem em 150 quitinetes em um prédio de cinco andares, que foi erguido em regime de mutirão. A instituição é presidida pelo pastor Inereu Vieira Lopes. Uma funcionária da igreja que, com medo de represálias, preferiu não se identificar, disse que os cultos são restritos aos membros da comunidade que moram nas quitinetes. "Todos os cultos são celebrados a portas fechadas", contou.

É assim, à margem da sociedade, que essas pessoas aguardam o retorno de Jesus no chamado Dia da Salvação. Para entrar e sair da comunidade é preciso se identificar pelo primeiro nome e olhar para uma das câmeras que ficam em frente ao portão principal. Quem entra e sai do local não fala com ninguém.

O que preocupa familiares e amigos dessas pessoas é o fato de que os fiés se desfazem de todos os bens pessoais. Tudo precisa ser entregue para a administração da comunidade. Muitos fiéis já venderam todos os bens que possuíam e entregaram o dinheiro para a igreja, em troca da "salvação".

Foi o que aconteceu com o filho do marceneiro João Lopes. Ele conta que o filho, de 31 anos, há cerca de nove meses vendeu tudo que tinha para morar com a mulher e três filhos na comunidade. Segundo Lopes, ele vendeu a casa, um carro e uma placa de táxi e entregou todo o dinheiro, mais de R$ 200 mil, ao pastor Inereu. "Acho que eles sofreram uma lavagem cerebral. Como pode alguém entregar tudo que construiu em uma vida para seguir as promessas desse pastor?", questiona Lopes.

Os parentes dos seguidores afirmam que o pastor Inereu e seu filho andam em carros de luxo. "De onde eles tiraram dinheiro para comprar esses carros, se ninguém pode trabalhar fora da igreja? E por que eles têm carros, se afirmam que só quem abrir mão dos bens materiais vai encontrar a salvação?", questiona Lopes.

O delegado Lauro Coimbra, chefe da Delegacia de Defraudações e Falsificações, disse que só pode intervir na Igreja se algum dos fiéis procurar a polícia. "Para abrir um boletim de ocorrência nós temos que ter uma vítima. A polícia precisa de uma vítima que fale que foi enganada e que se sentiu lesada por ser induzida a se desfazer dos bens. Uma pessoa que fale que doou porque foi iludida, ludibriada e perdeu o dinheiro. Sem a vítima, não há crime", explicou.

De acordo com o delegado, se surgir uma vítima, o pastor pode ser indiciado por vários crimes, como estelionato e falsidade ideológica. "As características são de um golpe. Mas a polícia fica de mãos atadas porque as pessoas estão lá dentro por vontade própria. E cada um faz o que quer com os bens que possui", afirmou.

O pastor Inereu Vieira Lopes, responsável pela instituição, foi procurado para falar sobre a Igreja Tabernáculo Vitória, mas não quis dar entrevista.

SELO CONFIRMARIA BÍBLIA COMO DOCUMENTO HISTÓRICO

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008 2 comentários

Portal Terra, 18.01.2008.
Enviado por Cláudia Regina Sonza Lima.

Em caracteres hebreus arcaicos, o selo estampa o nome da família Tema, que de acordo com o Livro de Neemias estava entre os exilados que retornaram a Judéia no ano 537 a.C. após o fim do cativeiro na Babilônia, atual Iraque.

"É um nexo entre as provas arqueológicas e o relato bíblico, ao evidenciar a existência de uma família mencionada na Bíblia", disse a arqueóloga Eilat Mazar, que dirige as escavações que acharam o selo, de pedra escura, com forma elíptica e dimensões de 2,1 cm por 1,8 cm.

Mazar explicou que, segundo a Bíblia, os Tema viviam em uma região de Jerusalém conhecida como Ophel, designada especialmente aos servidores do Primeiro Templo, construído pelo Rei Salomão no século X a.C.

O relato bíblico conta que, após os israelitas serem deportados à Babilônia por Nabucodonosor, depois de este conquistar Jerusalém em 586 a.C., os Tema estavam entre as primeiras famílias a retornar à Judéia.

A arqueóloga ressaltou a influência mesopotâmica mostrada pelo selo, que em uma de suas faces possui gravada a cena de um ritual em que dois sacerdotes dispostos em ambos os lados de um altar oferecem sacrifícios à deusa babilônica Sin, representada por uma lua crescente.

Seu culto poderia ser considerado herético para qualquer judeu. O especialista disse que o detalhe chamou atenção, e especulou-se a possibilidade de o selo ter sido feito na Babilônia, com um espaço vazio para o nome de um possível cliente, e que pode ter sido comprado por seus proprietários em algum bazar.

Outra característica que vem a confirmar a identidade babilônica do artesão do selo é que a caligrafia está inclinada para a esquerda, talvez pelo costume da escrita cuneiforme da Mesopotâmia, orientada da esquerda para a direita.

No domingo, Mazar apresentará sua descoberta na Conferência de Herzliya, principal fórum de debate interdisciplinar de Israel onde exporá suas conclusões sobre o selo, que se soma a uma longa lista de descobertas arqueológicas protagonizadas pela família do especialista.

A arqueóloga Eilat Mazar, diretora das escavações que levaram à descoberta do selo, é neta do conhecido arqueólogo Benjamín Mazar, falecido em 1995.

Ele escavou nos arredores das muralhas que rodeavam o templo de Jerusalém em uma zona chamada Monte do Templo, pelos judeus, Santuário do Nobre pelos muçulmanos, e comumente conhecida como Esplanada das Mesquitas.

Na Esplanada das Mesquitas se encontra o Muro das Lamentações, junto ao qual Benjamín Mazar deixou à descoberta grandes superfícies de uma jazida arqueológica da época do Segundo Templo (516-70 d.C.) e em cujas cercanias sua neta encontrou o selo.

Eilat Mazar, que concentra grande parte de suas investigações no período mais antigo da história de Israel, é responsável também por outras descobertas importantes como a da base de uma estrutura arquitetônica localizada em Jerusalém e que poderia corresponder ao palácio do mítico rei David.

GRUPOS RELIGIOSOS DOS EUA SE DIZEM EXCLUÍDOS DE ELEIÇÕES PRIMÁRIAS

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 0 comentários

Agência AFP, 15.01.2008.

Alguns grupos religiosos do estado de Nevada, palco das próximas primárias americanas, afirmam que estão sendo excluídos do processo eleitoral por causa da data marcada para a votação, um sábado, dia santo para muitas religiões.

Judeus ortodoxos e membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia reclamaram que seus fiéis não poderão participar das primárias dos partidos Democrata e Republicano, já que estas acontecerão no Shabat, o dia santo.

"Marcar essas primárias sem a menor consideração pelas necessidades daqueles que observam o Shabat inviabiliza de fato a participação de uma parcela crescente do eleitorado", declarou Jeffrey Sinensky, conselheiro do Comitê Judaico Americano.

Sinensky divulgou um comunicado afirmando que, já que não haveria urnas móveis para coletar os votos daqueles que não poderiam se deslocar até os locais de votação, qualquer religioso que observe as regras do Shabat não poderia participar das primárias.

Cerca de 60.000 mil judeus em Nevada podem não participar das primárias partidárias por causa disso.

Os adventistas, por sua vez - que são cerca de 5.000 no estado - levantaram preocupações semelhantes.

"Marcar as primárias na manhã de um Shabat marginaliza tanto a comunidade Cristã Adventista do Sétimo Dia quanto a comunidade judaica ortodoxa", afirmou James Standish, diretor associado da Igreja Adventista.

"Em uma eleição que está sendo decidida por margens pequenas, selecionar uma data que exclui milhares de eleitores pode mesmo influenciar os resultados", acrescentou.

Ironicamente, as reclamações por parte de grupos religiosos que se consideram privados de seus direitos civis aparecem em meio à polêmica causada por planos de instalar pontos de votação próximos a cassinos de Las Vegas, para incentivar a participação de seus funcionários nas primárias.

Analistas afirmam que as "primárias do cassino" beneficiam partidários do democrata Barack Obama, que na última semana recebeu o apoio formal de um influente sindicato de trabalhadores de restaurantes, muitos dos quais trabalham em estabelecimentos dentro dos cassinos de Las Vegas.

O sindicato dos professores do estado, amplamente visto como um aliado da principal rival de Obama, Hillary Clinton, questionou a legalidade dos pontos de votação, e alegam em um processo que a medida violaria regras constitucionais e estaduais.

Lembrando que o sábado é um mandamento bíblico e divinamente ordenado. O apelo é por compreensão dentro do conceito de liberdade religiosa que sempre caracterizou a legislação norte-americana. Será que ainda está caracterizando?

BACTÉRIA ATACA COMUNIDADE GAY NOS EUA

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 1 comentários

Folha de São Paulo, 16.01.2008.

Patógeno, comum em infecção hospitalar, cresce no ambiente exterior; risco para homossexual aumenta 13 vezes, diz pesquisador

Uma linhagem de bactéria potencialmente letal -e resistente a antibióticos- atravessou as fronteiras de hospitais nos EUA e está sendo transmitida entre homens gays pelo sexo, afirma estudo publicado anteontem. Os autores da pesquisa dizem que o patógeno conhecido como Sarm (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), em geral restrito a casos de infecção hospitalar, está começando a aparecer fora dos ambientes clínicos em San Francisco e Boston.
"Uma vez que ela atingir a população geral, será mesmo irrefreável", diz Binh Diep, pesquisador da Universidade da Califórnia em San Francisco que liderou o estudo. "Tentamos divulgar a mensagem de prevenção." O trabalho de Diep, publicado na revista "Annals of Internal Medicine", diz que o risco de infecção para homens gays cresce 13 vezes em relação ao risco para heterossexuais. O estudo foi baseado no rastreamento de uma linhagem de S. aureus surgida por volta de 2000, identificada pela sigla USA300. A bactéria se espalha de forma rápida nas comunidades gays de San Francisco e Boston. "Achamos que ela se dissemina por meio de atividade sexual", afirma Diep.
Ao colher dados para o estudo, cientistas registraram os CEPs dos pacientes infectados, e o trabalho aponta que muitos habitam o bairro de Castro, em San Francisco, que tem uma grande comunidade gay.
Esse supermicróbio pode causar infecções mortais ou deixar cicatrizes profundas. Com freqüência, só um tratamento com antibióticos intravenosos caros é eficaz.
O Sarm matou cerca de 19 mil norte-americanos em 2005, a maioria deles em hospitais, segundo uma estimativa publicada em outubro na revista médica "Jama". O Brasil também tem infecções registradas da bactéria, mas não da linhagem USA300.
Cerca de 30% das pessoas em geral são portadoras de linhagens mais comuns de S. aureus. Elas podem ser transmitidas pelo toque direto ou por meio de objetos. A bactéria pode causar infecções mais grave se penetrar o corpo por feridas.
A maioria das pessoas portadoras de S. aureus leva a bactéria dentro do nariz, mas variedades do patógeno associadas a comunidades de pessoas infectadas podem viver também na região do ânus e serem passadas entre parceiros sexuais.
A incidência de Sarm nos EUA está aumentando ao lado de um ressurgimento de sífilis, gonorréia e novas infecções de HIV, parcialmente por causa de uma descrença sobre a gravidade do HIV e de um aumento dos comportamentos de risco, como o uso de drogas ilícitas e a prática de sexo abrasivo para a pele, escreve Diep.
"A probabilidade de alguém contrair cada uma dessas doenças aumenta com o número de parceiro sexuais", diz o cientista. "Provavelmente, o mesmo pode ser dito para a Sarm." O risco de infecção pela bactéria, porém, "parece ser independente de infecção por HIV", escreveram os cientistas.
Infecções por S. aureus costumam deixar pontos vermelhos nas áreas da pele atingidas. Se não forem tratadas, podem inchar. A melhor maneira de evitar a infeção é lavar mãos e genitália com sabão e água.
Segundo os pesquisadores, apesar de a Sarm encontrada em hospitais ser resistente a várias drogas, no caso da linhagem USA300 alguns antibióticos genéricos de tipos mais antigos ainda são capazes de controlar infecções menos complicadas de pele e mucosas. "Contudo, o crescente uso desses antimicrobianos pode levar ao surgimento de novos subclones [variantes] de Sarm associados a comunidades que são resistentes a muitas drogas", escrevem os cientistas.

IRANIANO FAZ FILME SOBRE A VIDA DE JESUS CRISTO

terça-feira, 15 de janeiro de 2008 1 comentários


Veja On-line, 14,01.2008.


Um diretor de cinema iraniano produziu um longa metragem que conta, de um ponto de vista islâmico, a história de Jesus Cristo. Lançado nos cinemas do Irã no fim de 2007, Jesus, o Espírito de Deus, está prestes a ser adaptado para a televisão, em uma série a ser transmitida pela emissora estatal do país. De acordo com Nader Talebzadeh, o cineasta, o objetivo da obra é expor as "bases comuns entre muçulmanos e cristãos", e "estabelecer um diálogo entre as duas partes".
A história de Jesus, o Espírito de Deus baseia-se nos episódios narrados no Novo Testamento da Bíblia, aceitos e recontados no Corão. De acordo com os preceitos do islamismo, no entanto, Jesus Cristo não é o filho de Deus (sua personificação na Terra), mas sim um mensageiro divino. Uma diferença crucial entre as visões cristã e muçulmana da história aparece no filme de Talebzadeh: para o Islã, Cristo não foi crucificado. Na obra do diretor, Deus salva o profeta da crucificação e o leva para o seu mesmo plano superior.
"Está no Corão: a pessoa que foi crucificada não foi Cristo, e sim Judas", disse à agência France-Presse o cineasta. A crucificação de Judas aparece em Jesus, o Espírito de Deus. O diretor afirma que os cristãos costumam achar "fascinante quando descobrem que o Islã tem tanto conhecimento sobre Jesus". É este tipo de reação que ele espera conseguir com o filme.
Imbuído da missão, Talebzadeh chegou a ir até Malibu, na Califórnia (EUA), para entregar uma cópia do filme ao ator e diretor Mel Gibson, autor de A Paixão de Cristo – um filme "muito bem feito, mas que conta a história de forma errada", segundo o iraniano. Ele foi barrado. "Era um domingo. O segurança no portão recebeu o vídeo e prometeu entregá-lo". O iraniano ainda aguarda uma resposta de Mel Gibson.

VATICANO PREPARA GRANDE REUNIÃO COM MUÇULMANOS

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008 0 comentários

O Vaticano está organizando um grande encontro que vai reunir líderes católicos e muçulmanos em Roma com o objetivo de dar início a um processo de diálogo entre as religiões.
A reunião, ainda sem data marcada, vai ocorrer durante a primavera no hemisfério norte, entre março e junho.
A iniciativa do Vaticano é uma resposta a uma carta enviada por 138 líderes muçulmanos ao papa Bento 16 e a outros líderes cristãos em outubro. Na carta, eles advertiram que “a sobrevivência do mundo estaria em risco se muçulmanos e cristãos não alcançarem a paz”.
“Se mulçumanos e cristãos não estiverem em paz, então o mundo não estará em paz”, disseram os líderes na carta de 29 páginas.
A mensagem também foi considerada um convite aberto para que cristãos e muçulmanos se unissem em torno de aspectos fundamentais de suas fés, como a cresnça em um só Deus.
Nos próximos meses, três representantes do grupo que enviou a carta irão a Roma para um encontro com o presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, o cardeal Jean Louis Tauran.
Na ocasião, os líderes religiosos devem estabelecer as bases para o grande encontro previsto para a primavera. A reunião deve ter três principais: o respeito à dignidade do indivíduo, o entendimento recíproco das religiões e como obter maior tolerância entre os jovens.
A relação entre a Igreja Católica e os muçulmanos foi balançada em 2006 depois que o papa, durante uma palestra numa universidade da Alemanha, questionou a Guerra Santa, ou a prática de espalhar a fé com o uso da violência.
A declaração gerou protestos em todo o mundo muçulmano. Em Nablus, na Cisjordânia, duas igrejas sofreram atentados com bombas.
No Paquistão, o governo chamou o embaixador do Vaticano no país para pedir explicações e o parlamento aprovou uma resolução recriminando o papa. No Catar, Egito e Irã, importantes líderes religiosos condenaram as declarações.
Poucos dias depois, o Vaticano soltou uma nota em que dizia "lamentar profundamente" que trechos da palestra de Bento 16 "pudessem ter soado ofensivos à sensibilidade dos fiéis muçulmanos".

No livro "O Grande Conflito", a escritora Ellen White afirma, à página 444, que "a vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico".
Esse texto, publicado originalmente em inglês no ano de 1888, já tratava de uma certa aproximação entre as igrejas protestantes e a Igreja Católica (mais precisamente, o Vaticano) e a notícia acima amplia essa idéia tratando de uma proximidade incrível e inimaginável há poucos anos entre líderes católicos e muçulmanos. Pense nas históricas cruzadas e nas intermináveis lutas pela posse de Jerusalém e tente ver um diálogo aceitável entre as duas religiões, lembrando que a Igreja Católica Apostólica Romana procura reunificar o cristianismo em ações paralelas (tanto em direção aos protestantes como em relação aos ortodoxos e, também, os judeus).
Acrescento que essa unificação e esse diálogo, exatamente com Ellen White escreveu, não se pautam pelo conteúdo da Bíblia, ou seja, dá a impressão de ser uma aproximação muito mais política e financeira do que ideológica ou filosófica como preferirem os estudiosos. E questões políticas não deveriam preceder a questão espiritual que, se não me engano, é o que, em tese, espera-se que norteie qualquer religião. A Bíblia não está na ordem do dia das discussões de aproximação, tanto entre Vaticano e protestantes, como referente ao diálogo com os muçulmanos. Considero isso, no mínimo, incoerente.

DEUS E A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

terça-feira, 1 de janeiro de 2008 0 comentários

Extraído do blog O Tempo Final (www.otempofinal.blogspot.com), de Filipe Reis.

Por Bill O'Reilly, apresentador do programa “The O'Reilly Factor” no canal Fox News (EUA).

'Deve ser dado crédito aos media de esquerda: eles são implacáveis e fanáticos – muito mais que os ligados à direita que actualmente ocupam as redacções americanas. A última táctica esquerdista é colocar o rótulo de ‘hipócrita’ em qualquer candidato presidencial republicano que ouse mencionar a sua ‘fé’.

Liderando a iniciativa está o ‘The Washington Post’, um jornal densamente povoado por progressistas seculares. O seu líder executor anti-religião é o colunista Harold Meyerson, um auto-proclamado ‘não-crente’, que frequentemente destroça figuras públicas que demonstrem espiritualidade.

Este mês, Meyerson escreveu uma coluna intitulada ‘Linha dura por Jesus’, que foi uma pérola. O parágrafo inicial dizia assim: ‘Como os cristãos ao redor do mundo se preparam para celebrar o nascimento de Jesus, este é um momento oportuno para contemplar a montanha de moral, e mortal, hipocrisia que é o nosso cristianizado Partido Republicano’.

Mas este foi apenas o aquecimento de Meyerson. Mais á frente, ele assassina as figuras do Partido Republicano, incluindo o Presidente: ‘Bush, cujo catecismo é uma mistura fictícia de tortura e piedade…’

Derramando sangue desde o seu teclado, Meyerson finalizou a sua brutal denúncia com: ‘A coisa mais deprimente acerca da corrida presidencial republicana é que a estrutura do partido exige que o seu candidato perca importância a cada semana que passa. E agora, inconvenientemente, sem consideração, aparece o Natal, uma época festiva que não poderia ser melhor para calibrar e expor a fétida hipocrisia da estrutura republicana.

Alegria para o mundo, Harold. Certo?

A estratégia aqui é óbvia. Qualquer republicano que ouse pronunciar Deus ou fé no desenrolar da campanha será difamado como estando cheio de ‘fétida hipocrisia’, caso não tenha ele feito algo de errado durante a sua vida. Usando esta táctica, os seculares media americanos esperam afastar da campanha qualquer assunto relacionado com fé.

Isso seriam, com certeza, boas notícias para os democratas, uma vez que uma pesquisa do Pew Research Center mostrou que apenas 29% dos americanos acreditam que o Partido Democrata é tolerante de religião.Assim, as discussões sobre fé e valores não irão ajudar muito os democratas.

Mas existe um assunto mais importante em jogo para o ‘The Washington Post’, o ‘The New York Times’ e outras publicações comprometidas com a esquerda.

Contra os casamentos homossexuais, a legalização de drogas, o aborto livre e outras causas liberais, estão as pessoas de fé. Elas são a principal oposição à liberal agenda social fervorosamente abraçada pela imprensa esquerdista. Se conseguirmos demonizar (peço desculpa) as pessoas de fé, se as conseguirmos calar jogando a carta da hipocrisia, então podemos dizer bem-vindo ao sistema social sueco.

Ah, Suécia, um país de nove milhões de pessoas desfrutando, talvez, do mais progressivo sistema político do mundo. O governo quase socialista providencia benefícios governamentais desde o berço ate à sepultura; a maioria das pessoas nunca se casa e vale quase tudo do ponto de vista social. A propósito, cerca de 85% dos suecos não acredita em Deus…

Harold Meyerson amaria a Suécia. O ‘The Washigton Post’ deveria ser publicado lá. Que país! Nada destas tretas de Deus, nada desta vil ‘fétida hipocrisia’. Apenas uma enorme taxa de suicídios, enquanto cada um continua a tratar da sua vida.

De volta aos EUA. Nos próximos meses cada um verá e ouvirá comentários jornalísticos acerca da hipocrisia moral do Partido Republicano. Os seculares media esquerdistas irão massacrar Giuliani, Romney, Huckabee, enquanto os Senadores Clinton e Obama serão poupados. A não ser, claro, que eles comecem com estas histórias de Deus. Aí, todas as apostas estarão fechadas.

Uma palavra para os atentos: a próxima eleição presidencial não será apenas sobre assuntos importantes na América. Também será um teste à fé.'

Acredito que precisamos analisar sob dois aspectos esse comentário. Em primeiro lugar, os esquerdistas têm razão ao dizer que existe hipocrisia em relação aos políticos da fé e de todo o tipo de cristão que prega, mas não vive o que prega. Sei que esse comportamento se perpetuará por muitos anos até a volta de Jesus (conforme creio), mas não podemos deixar de admitir que, em nome de Deus, façam-se coisas horríveis e deploráveis (como é o caso da administração Bush) e nem que se use o manto do cristianismo para encobrir corrupções.

Por outro lado, concordo plenamente contigo na medida em que os esquerdistas, apoiados em grande parte pela mídia impressa norte-americana, aproveitam-se dessa real hipocrisia para fazer valer o liberalismo que inclui tudo aquilo que vai ferir os princípios bíblicos. Ou seja, o raciocínio maniqueísta é sutil e diz que se os cristãos são hipócritas, sobretudo os que governam o país (no caso, EUA), devemos nos volver para o oposto, ou seja, liberação do homossexualismo, das drogas, enfim, nada de regras e nem de princípios morais e religiosos. É um caminho absolutamente perigoso, mas que se coloca a nossa frente quando se parte para outro extremo. Sou contra o extremismo religioso e anti-religioso e sim a favor do equilíbrio cristão. A partidarização da religião é um problema nos EUA, pois são adotadas medidas arbitrárias em alguns estados norte-americanos, por exemplo, onde ocorre o ensino obrigatório do criacionismo em detrimento do evolucionismo. Não sou a favor do evolucionismo, mas a liberdade de expressão vale nesse caso também. Os estudantes devem aprender as duas teorias e tomar suas decisões a partir daí, mas que fique claro que criacionismo e evolucionismo devem ter o mesmo espaço e as mesmas oportunidades.

Agora, voltando ao cerne da sua questão, culpar a fé por causa da hipocrisia de grupos políticos ou mesmo por causa de muitos cristãos, e partir para o extremo da liberalidade é periogos realmente. Não faz bem a nenhuma sociedade.

 
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