Felipe Lemos, jornalista e editor deste blog.
Confirmado hoje, na sede da FIFA (Federação Internacional de Futebol) que o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol de 2014, considerado um dos eventos mais populares do mundo juntamente com as olimpíadas. A notícia para alguns parece não ter muita relevância, mas vai repercutir de várias formas. Algumas bem fáceis de se imaginar e outras sobre as quais podemos pensar.
É óbvio que, com esse anúncio, o Brasil terá de investir em infra-estrutura mínima (não apenas construção de estádios de futebol) para que uma grande quantidade de turistas possa ter condições de assistir aos jogos. Isso significará altos investimentos dos governos e das empresas. E quando se fala em investimentos governamentais, devemos entender que haverá grandes possibilidades de superfaturamento em obras e desvios inevitáveis. Ou seja, teremos com grande probabilidade mais uma oportunidade para alguns poucos enriquecerem enquanto serviços públicos de extrema urgência para a população carente continuam sucateados.
Não sei se a realização de uma Copa do Mundo vai necessariamente melhorar as condições de vida dos brasileiros. Pode até ser um lenitivo, uma espécie de remédio contra a dor, mas que não cura a doença propriamente dita. Fala-se muito sobre a movimentação econômica, é bem verdade, mas não nos enganemos em pensar que o Brasil se desenvolverá mais como nação por causa da realização de uma Copa do Mundo. Teremos um incremento sazonal no comércio, indústria, serviços e turismo, mas desenvolvimento integral depende de políticas voltadas à educação, saúde, meio ambiente e assistência social.
O que ninguém explicou ainda é porque, ontem, na comitiva que foi à FIFA estiveram presentes governadores de estados que provavelmente não sediarão nenhum dos jogos da Copa. A imensa delegação com treze governadores, o presidente da República e mais um bocado de gente é outro exemplo de que, quando é para se gastar dinheiro público, não há limites. É salutar a alegria dos brasileiros que apreciam esporte e gostaram da notícia do Brasil como sede de Copa do Mundo de Futebol em 2014, mas os prováveis desperdícios de dinheiro público com toda essa festa é que não causam alegria alguma.
É óbvio que, com esse anúncio, o Brasil terá de investir em infra-estrutura mínima (não apenas construção de estádios de futebol) para que uma grande quantidade de turistas possa ter condições de assistir aos jogos. Isso significará altos investimentos dos governos e das empresas. E quando se fala em investimentos governamentais, devemos entender que haverá grandes possibilidades de superfaturamento em obras e desvios inevitáveis. Ou seja, teremos com grande probabilidade mais uma oportunidade para alguns poucos enriquecerem enquanto serviços públicos de extrema urgência para a população carente continuam sucateados.
Não sei se a realização de uma Copa do Mundo vai necessariamente melhorar as condições de vida dos brasileiros. Pode até ser um lenitivo, uma espécie de remédio contra a dor, mas que não cura a doença propriamente dita. Fala-se muito sobre a movimentação econômica, é bem verdade, mas não nos enganemos em pensar que o Brasil se desenvolverá mais como nação por causa da realização de uma Copa do Mundo. Teremos um incremento sazonal no comércio, indústria, serviços e turismo, mas desenvolvimento integral depende de políticas voltadas à educação, saúde, meio ambiente e assistência social.
O que ninguém explicou ainda é porque, ontem, na comitiva que foi à FIFA estiveram presentes governadores de estados que provavelmente não sediarão nenhum dos jogos da Copa. A imensa delegação com treze governadores, o presidente da República e mais um bocado de gente é outro exemplo de que, quando é para se gastar dinheiro público, não há limites. É salutar a alegria dos brasileiros que apreciam esporte e gostaram da notícia do Brasil como sede de Copa do Mundo de Futebol em 2014, mas os prováveis desperdícios de dinheiro público com toda essa festa é que não causam alegria alguma.