Cristã perde processo para não trabalhar aos domingos

domingo, 8 de dezembro de 2013 0 comentários

Do Site Consultor Jurídico, 05.12.2013.

A Corte de Apelação da Inglaterra decidiu que crenças religiosas não justificam que uma mulher se recuse a trabalhar aos domingos, principalmente num orfanato, que precisa funcionar ininterruptamente. Os juízes negaram pedido de uma cristã, que acabou se demitindo para não ser obrigada a trabalhar num dia que acredita ser destinado ao descanso.
O julgamento da corte foi anunciado nesta quinta-feira (5/11) e mostra a linha jurisprudencial que vem se formando na Inglaterra. A Justiça tem entendido que a liberdade de crença não é um direito absoluto e pode ser restringido quando interferir em direitos dos outros. No caso discutido, os juízes consideraram que a recusa da funcionária prejudicava o bom andamento do trabalho.
A discussão foi levada à Justiça por uma mulher chamada Celestina Mba. Ela é cristã e segue à risca ensinamento que diz que o sétimo dia da semana deve ser dedicado ao descanso. Ainda assim, Celestina escolheu como profissão cuidar de crianças e foi pedir emprego em um orfanato controlado pela prefeitura, no sul de Londres.
Pelo contrato de trabalho assinado, ela poderia ser escalada para trabalhar nos finais de semana e durante feriados. Mas, depois de explicar ao diretor do orfanato sua crença religiosa, conseguiu ser dispensada do plantão aos domingos por dois anos. Depois desse tempo, houve uma reestruturação no orfanato e Celestina passou a ser escalada para trabalhar alguns domingos.
Desde o começo, ela se recusou. Argumentou que outras pessoas, com outras crenças religiosas, poderiam fazer o plantão aos domingos e ela trabalharia outros dias, mas não conseguiu. Diante da ordem da chefia, pediu demissão e deixou o emprego. Logo em seguida, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho inglesa reclamando ter sido vítima de discriminação por conta da sua fé.
Celestina perdeu em todas as instâncias. Na Justiça do Trabalho, os juízes consideraram que o descanso ao domingo não é um ensinamento comum e seguido por todos os cristãos. Por isso, por não ser um mandamento da fé, não haveria discriminação religiosa.
Meu Comentário - Esse precedente aberto na Inglaterra é muito perigoso e uma série e real ameaça à liberdade de expressão religiosa. O entendimento dos juízes envolvidos foi de que a crença religiosa ou convicção de fé da mulher não tem muito valor e que esse direito de expressão religiosa no ambiente de trabalho pode ser limitado. Se outros países adotarem isso e, vamos ampliar a ideia, isso se aplicar aos que observam o sábado (que efetivamente é o sétimo dia de descanso conforme a Bíblia Sagrada e não o domingo), muitos terão problemas em relação à observação do dia que consideram sagrado.
A discussão aqui não é a respeito de domingo ou sábado, mas de respeito à crença religiosa. E principalmente de uma definição judicial para que o direito de crença seja interpretado de maneira diferente em alguns lugares e situações. 
Felizmente o Brasil ainda mantém um respeito e uma tolerância às diversas crenças e costumes religiosos, por isso essa situação ainda não existe por aqui. Mas a tendência é que haja mais restrição nesses aspectos. Gradativamente os poderes políticos ou governamentais ou de autoridade judicial começam a interferir na liberdade religiosa com prejuízos claros para quem crê de uma determinada maneira, principalmente se há conflito com o senso comum. Parte-se do pressuposto de que as crenças são boas enquanto não se chocam com algumas regras comerciais ou empresariais. É a lógica mercantilista que prevalece, ou seja, se sua crença não atrapalha os negócios tudo bem. Se atrapalha, contudo, você precisa deixá-la. 
Na Bíblia, esse conflito sempre existiu. Os discípulos da igreja cristã primitiva, dos primeiros séculos, depararam-se com essa situação. Foram impedidos de pregar, muitas vezes, porque a mensagem apresentada, como em Éfeso, estava criando problemas para quem vivia do comércio em torno das crenças pagãs locais. Mesmo ameaçados, presos e até torturados em alguns casos, continuaram a pregar. A convicção religiosa pode até ser impedida legalmente, mas não há como amarrar a consciência de alguém, principalmente quando o enfoque da vida está em um futuro de eternidade e não aqui.

Black Friday ou Dia de Ações (quase) de Graça

sexta-feira, 29 de novembro de 2013 0 comentários

E viva a sociedade capitalizada, ávida por compras, hipnotizada pelas ofertas, em luta constante para superar seus dois maiores opositores: sua própria cobiça e a cobiça do vizinho. E não é mérito apenas dos estadunidenses, canadenses, europeus e outros pais do consumo. É coisa dos brasileiros, dos latino-americanos, dos amantes do crédito e de tudo o que ele pode representar.
O feriado religioso norte-americano do Dia de Ação de Graças é engraçado porque ele vem inevitavelmente associado ao tal do Black Friday (sexta-feira “negra”). Não é diferente do Natal, da Páscoa, do Dia das Mães, do Dia dos Pais, do Dia dos Namorados, etc.
A promessa nessas datas é que você conseguirá comprar tudo o que sempre cobiçou e desejou com preços menores (quando não maquiados). É a garantia de que tudo vai ficar bem no final do ano. Afinal de contas, você estará com um novo equipamento, um novo eletrodoméstico, novas roupas, novos calçados, novos entretenimentos. Quem sabe, imaginam muitos, serão mais respeitados porque torraram boa parte dos recursos financeiros com uma quantia inimaginável de inutilidades domésticas capazes de anestesiá-los e fazê-los esquecer da dureza do trabalho, dos relacionamentos afetivos, da pressão social. Acima de tudo, exibem seu poder de consumo. Estão munidos com seus incríveis cartões de crédito com limites estratosféricos capazes de lhes fazer pensar que estão blindados contra qualquer tipo de rombo nas finanças da casa.
Vamos tomar o cerne do feriado norte-americano: gratidão. Chega o final de ano e o que menos ocupa espaço na publicidade paga, nos noticiários, nas conversas, nas mídias sociais, é a gratidão. Fala-se de consumo, de consumo, de consumo e...de consumo. É o grande negócio comprar, adquirir e acumular até que sejamos impulsionados pelo estratégico marketing a consumir novamente o que não é essencial, mas que nos é vendido como crucial para sobrevivência no mundo.
O que é crucial mesmo, para falar a verdade, é a gratidão. Cada vez mais aprendo isso. Ser grato por estar vivo (ainda que eu devesse cuidar mais da saúde), por ter um trabalho (ainda que enfrente desafios constantes), por ter uma família e principalmente por ter a certeza de um Deus pessoal que se importa com meus pensamentos equivocados ou não, com minhas pisadas de bola ou meus passos certos.
Se eu fosse mais grato, seria mais feliz. Aliás, todas as pessoas. E quem sabe precisaríamos comprar bem menos do que compramos. Quem sabe precisaríamos nos comparar menos para ver quem tem o que, quem consome mais, quem tem mais poder, mais status, mais visibilidade, mais fama, é mais honrado aqui. Quem sabe nos ajudaríamos mais. Hipóteses em torno de um mundo mais grato.
Nada contra quem aproveitou hoje as promoções do Black Friday no mundo inteiro. Tudo certo. Economizar é importante. Mas que a nossa vida não se resuma a isso. Na Bíblia, há uma expressão muito sábia que é gloriar-se. É fazer consistir sua glória em alguém ou algo. No entendimento bíblico, o único que merece isso é Deus. Em Jeremias 9:24, o texto sagrado afirma que “mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, que faço misericórdia, juízo e justiça  na terra, porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”.

Bem claro, não? Se tem algo que vale a pena ser motivo de glória ou gratidão é o que Deus fez e faz por nós. O restante é periférico, adjacente, supérfluo. Quando eu e você acreditamos nisso, de verdade, nossa vida será radicalmente diferente. Até então, estaremos na média geral.

Os Sem Igreja somam mais de 4 milhões no Brasil

domingo, 10 de novembro de 2013 0 comentários

Reportagem de capa da revista Cristianismo Hoje, do último bimestre (outubro/novembro), trouxe uma realidade desafiadora. Segundos dados do IBGE, o número de evangélicos que se dizem cristãos, mas que não frequentam uma igreja, ultrapassa 4 milhões. Isso representa mais ou menos 10% do total de "crentes" brasileiros. Outros dados chamam ainda mais a atenção. 62% desses "desigrejados" são egressos de denominações neopentecostais e 29% dizem que não pretendem manter vínculo com outra igreja novamente. Vale frisar que aí há dados, também, do Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã (Bepec).
A longa reportagem conversou com especialistas e tentou avaliar as causas disso. Há todo o tipo de explicações. Mas o principal extraído da reportagem (cujo conteúdo integral somente assinantes podem acessar) é que muita gente alega não ter interesse em se vincular mais a uma igreja específica por conta de descontentamento com a forma como as igrejas são administradas ou lideradas, insatisfação com a falta de envolvimento próprio em alguma coisa concreta na igreja (ou seja, se sentem membros inúteis) e alguns se dizem desinteressados pela liturgia tradicional.
A reportagem merece uma análise sob dois ângulos. O primeiro é a constatação de que as igrejas evangélicas, tais como as conhecemos hoje, não estão sendo mais relevantes para muita gente. Algumas igrejas praticamente tiraram o foco da Bíblia e dos ensinamentos de Cristo (essência do cristianismo) e apontam para outros aspectos periféricos. E quem vai em busca de Cristo acaba frustrado. Consequentemente deixa de se congregar. Além disso, pude perceber no relato dos entrevistados que a grande maioria deles, mesmo deixando de assistir regularmente a cultos em igrejas tradicionais, continua orando e estudando a Bíblia porém em grupos menores (poderíamos chamar de pequenos grupos) em casas. É um registro que não pode ser desprezado. Será que mega igrejas lotadas são sinônimo necessariamente de espiritualidade em alta? Nas estatísticas da Igreja Adventista, para dar um outro exemplo, ficou claro que a maioria dos membros ativos e envolvidos em evangelização fazem parte de congregações com até 200 membros.
A função da igreja - Mas o outro aspecto, que considero importantíssimo, é que a Bíblia esclarece que a igreja é o corpo de Cristo formado por membros com distintas funções. Não é uma invenção humana, mas divina. Ir à igreja, estar adorando com outros membros, assistir a uma escola bíblica (no caso, a sabática seria a mais coerente com os ensinamentos das Sagradas Escrituras) e fazer parte desse corpo é se desenvolver espiritualmente de forma harmônica. Estar em casa orando e estudando a Bíblia com sua família (ainda que seja algo essencial) não substitui o papel que há em se congregar em uma igreja. Não foi sem propósito que o autor de Hebreus declarou, no capítulo 10 e versículo 25, que "não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima".
Respeito a opinião dos "sem-igreja", mas essa é uma compreensão incompleta se contrastada com a Palavra de Deus. Estar em pequenos grupos ou células de oração e estudo bíblico e manter um regular culto da família são estratégicos para o crescimento em Cristo. Mas jamais poderão ser práticas que anulam a relevância de se estar em uma igreja e fazer parte ativa do corpo de Cristo e exercer ali dons específicos dados por Deus.
A principal liderança para a qual um cristão deve olhar é a de Cristo. Ele é a razão de existir da igreja. E, se alguém tem dúvida quanto à congregação onde está, que a submeta ao crivo bíblico. Mas deixar de se congregar não é a melhor opção.


Jovens da Geração Milênio estão abertos a novas crenças

domingo, 20 de outubro de 2013 0 comentários

Fui chamado à atenção, por influência de reportagem na Revista IstoÉ, a dados da pesquisa Telefónica Global Millennial Survey feita no início desse ano em 27 países e que envolveu 12.171 entrevistados com idade entre 18 e 30 anos.  Os dados são bastante significativos para se ter uma ideia do que pensa esse grupo chamado tecnicamente de Geração Milênio. Eu, pelo que entendi, sou da geração anterior, a Geração X. Então mais interessado estou em entender estatisticamente qual a cabeça desse grupo. E qualquer empreendedor deveria estar interessado nisso também.
Por questões profissionais, fui logo ver o que a pesquisa revelava no quesito religiosidade. E os dados ali apontados são bem interessantes, embora seja necessário frisar que a pesquisa não foi desenvolvida para avaliar comportamento religioso, mas seu foco foi em tecnologia.
Pelo menos 76% dos que responderam à pesquisa disseram que estão abertos a outras crenças religiosas diferentes das suas. 37% falaram que estão muito abertos e 39% um pouco abertos.  Apenas 10% afirmaram que não estão nem um pouco abertos para abraçar ou aceitar crenças que diferem das suas. Curioso é constatar que o maior percentual de jovens que estariam dispostos a assumir novas crenças religiosas (46%) se deu no grupo entrevistado da América Latina.
Paralelo a isso, globalmente 51% disseram que são menos devotos ou religiosos do que seus pais. Novamente a América Latina apresentou o índice mais expressivo nesse aspecto (55% afirmaram que estão menos ligados à religião ou religiosidade do que seus pais eram ou são).
Logicamente a pesquisa detectou outros comportamentos. 76% disseram que possuem um smartphone, em média esse grupo de pesquisados passa seis horas por dia conectado à Internet, 64% consomem entretenimento midiático por meio da Internet deixando TV, revistas e jornais bem para trás, 42% apontam o conhecimento de tecnologia como fundamental para o sucesso profissional, entre outros dados.
Essas estatísticas me fazem refletir sobre a importância de as igrejas entenderem um pouco mais o perfil dos jovens em todo mundo e considerarem isso em suas estratégias de trabalho e aproximação para ajudar. Na Bíblia, Jesus nunca afirmou que havia grupos ou classes de pessoas que não poderiam ser alcançados pela mensagem de salvação tal como Ele ensinou.
Talvez o acesso a esse público esteja difícil até por se compreender pouco como pensam os representantes da geração dos totalmente conectados que não falam tanto em igrejas, mas apreciam espiritualidade e não têm medo de abraçar crenças religiosas que não são as que tradicionalmente sua família abraçou.
Essa Geração Milênio, no entanto, valoriza muito a educação e o conhecimento tecnológico, portanto é cética quanto ao que não provém dessas fontes. Na minha opinião, precisam, não apenas do ensino de leis, normas e condutas comportamentais, mas da experiência profunda e transformada do relacionamento com Cristo.
Concordo que educação, tecnologia e empreendedorismo são ferramentas importantes para um jovem no mundo atual. Mas sem espiritualidade alicerçada na Bíblia Sagrada, ou seja, sem uma base cristã sólida, esses outros conceitos serão de pouca importância a longo prazo (mais precisamente, na eternidade).


Igreja Adventista não apoia eventos pró-homossexualidade

segunda-feira, 14 de outubro de 2013 0 comentários

Do Portal Adventista

A Igreja Adventista do Sétimo Dia respeita a livre manifestação das pessoas e a liberdade de expressão, mas ressalta sua posição relacionada a eventos e ações que promovem a homossexualidade. Os adventistas respeitam, não discriminam e amam os homossexuais como filhos de Deus, porém, de acordo com a Bíblia Sagrada, não aceitam a prática homossexual e muito menos a promovem. Por essa razão, não são apoiadores de passeatas, fóruns ou ações que incentivem a homossexualidade.

Leia mais


Meu comentário - A posição adventista é a mesma de uma grande parte das igrejas evangélicas, mas o que precisa caracterizar o posicionamento de qualquer religião em relação a esse assunto são três aspectos. O primeiro é a coerência com o registro bíblico. Se uma determinada igreja se diz seguidora dos ensinos bíblicos isso deve nortear suas ações e decisões sempre e não pode haver mudança conforme pressões sociais. O segundo aspecto tem a ver com a necessidade de demonstração de amor pautada no respeito e na capacidade de não discriminar qualquer grupo social que seja. É um desafio enorme para as igrejas, mas é necessário. E, por fim, esse tipo de posicionamento pressupõe respeito a quem pensa diferente e não pode atacar, em nenhum momento, o direito de outro se manifestar. Se isso está garantido, creio que temos uma posição equilibrada de uma igreja acerca do assunto, embora a divergência seja inevitável.

Ensinar ética ainda é válido? A Bíblia diz que sim!

domingo, 6 de outubro de 2013 0 comentários

O colunista da Veja Gustavo Ioschpe e a própria revista, em reportagem desta semana, tratam do assunto. Há pessoas que questionam se ainda vale a pena ensinar ética e conceitos como "não minta", "fale somente a verdade",entre outras premissas que sempre caracterizaram as boas relações entre as pessoas.
Resolvi comentar o assunto e,em minha pesquisa bíblica, vejo que a Palavra de Deus afirma isso também. Até porque o cerne da religiosidade bíblica não é fazer o bem para competir com o outro ou se comparar, mas porque é isso que caracteriza um cristão.

Ouça o que comento sobre o assunto:

Os freios morais estão soltos e só Deus pode contê-los

sexta-feira, 4 de outubro de 2013 0 comentários

Os freios morais e espirituais estão caindo. E caindo cedo na vida das pessoas. O salmista diz, com sabedoria, que somente néscios (ignorantes) podem dizer em seu coração que não há Deus. O Salmo 53 versículo 1 é a referência para isso. Se não houvesse Deus, coisas piores estariam ocorrendo nesse mundo. Falo principalmente do campo moral. Há quem pense que o melhor juiz de valores é o bom senso de cada um. Que cada pessoa, não se sabe bem como, conseguirá respeitar o limite do outro pois apenas por possuir dentro de si algo de bom. Não creio que isso seja verdade.
Basta ler o noticiário para entender minha argumentação. Li que o Ministério Público do Rio pediu à Justiça, nesta sexta-feira, a internação de dois jovens acusados de abusar sexualmente e divulgar imagens de uma adolescente de 12 anos sendo violentada. Os promotores também pedem que a Justiça determine que sites de busca e redes sociais restrinjam as buscas a esse tipo de conteúdo. A medida do MP foi tomada após investigações prévias e diligências para comprovar a denúncia. Os envolvidos são estudantes de uma escola particular de classe média alta da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
O MP recebeu uma cópia da gravação, que, segundo um comunicado da instituição, contem cenas de uma adolescente sendo obrigada “à prática de atos libidinosos, enquanto um outro jovem realizava a filmagem”.
A questão aqui não é o tão batido assunto da influência das redes sociais. Os instrumentos online só amplificam aquilo que está ocorrendo até silenciosamente em muitos lares. E em muitas casas enquanto os adultos dormem. Os freios morais e espirituais estão desabando. Adolescentes de 12 anos se sentem motivados a violentar sexualmente alguém e a filmar. O que está por trás disso?
Dessa vez, não valem as respostas de sempre. Pais irresponsáveis ou ausentes? Alternativa válida, mas que não explica tudo. Falta de leis que punam de maneira severa com prisão perpétua ou até pena de morte os infratores? Não constrói nada essa medida, só destrói os infratores de hoje e torna os do futuro mais precavidos. Falta de controle na Internet? Não sei se algum tipo de "fiscalização" oficial da web coibirá tais delitos, pois o meio apenas amplifica aquilo que já ocorre. Dá visibilidade, mas não é o originador.
Creio que a principal ausência em toda essa história é a do temor de Deus nas famílias. Sem a percepção da presença do Espírito Santo (que, conforme Jesus, nos convence do pecado - João 16:8) na vida dificilmente há algum tipo de freio, de autocontrole, de restrição, de compaixão, de amor pelo outro. Imaginar que o ser humano, por suas próprias forças, leis e poderes interiores será capaz de se dominar e respeitar o semelhante é querer o impossível. Somente uma ação sobrenatural poderá vencer a inclinação natural pecaminosa inata dos seres que se dizem humanos. E, de acordo com a Bíblia, entendo que essa ação sobrenatural não é obra de uma meditação profunda em busca do meu próprio eu. Nem uma viagem por substâncias alucinógenas, nem por êxtase em uma espécie de mantra religioso seja qual for a ramificação, mas simplesmente por meio de um relacionamento racional com um Deus pessoal.
Sim, na minha visão apenas um Deus com desejo legítimo de dialogar comigo pessoalmente vai produzir em mim o desejo de amá-Lo e, por consequência, amar o outro. Na versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje da Bíblia Sagrada há um texto bem interessante onde Deus diz: "Venham cá, vamos discutir este assunto. Os seus pecados os deixaram manchados de vermelho, manchados de vermelho escuro; mas eu os lavarei, e vocês ficarão brancos como a neve, brancos como a lã. (Isaías 1:18).
Deus quer conversar, dialogar, como fez com Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Jó, Elias e tantos outros. Ele quer, lógico, colocar freios em nossa vida para que tenhamos uma vida verdadeiramente feliz. Ou será que alguém imagina que a vida desses jovens violentadores será feliz por alguns momentos de prazer e violência? A felicidade real, na minha avaliação, tem fundamento em se permitir que Deus seja Senhor da vida humana. Se Ele significar para nós uma mera ficção, doador de bênçãos materiais, carrasco, um velhinho distante ou apenas uma boa luz abstrata e etérea vejo poucas chances de sermos transformados por Ele. Precisa ser DEUS real e pessoal.
Mas atenção! As igrejas que dizem seguir a Bíblia e representar os interesses de Deus aqui nesse mundo deveriam ajudar a orientar mais os jovens, crianças e adolescentes sobre sexualidade. Nas igrejas o assunto precisa ser tratado com seriedade, linguagem apropriada e sem preconceitos ou medos. Não escondido, mas debatido. Há livros, profissionais, mas pouca vontade de se falar disso em alguns círculos religiosos. Sobra hipocrisia e falta conversa franca. A mesma conversa que Deus, aliás,quer estabelecer.
Enquanto isso, os freios morais continuarão soltos e a solução continuará sendo Deus. Somente Ele poderá contê-los.


 
Realidade em Foco © 2011 | Template de RumahDijual, adaptado por Elkeane Aragão.