O Globo Online, 21.02.2012.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/alcool-em-filmes-influencia-comportamento-dos-adolescentes-4036463#ixzz1n2mOpmSb
Nota: Os dados dessa pesquisa só confirmam aquilo que, por experiência, certamente pais e filhos comprovam na prática. Esse tipo de análise me leva a pensar que, se está comprovado que o álcool é pernicioso e que sua divulgação é igualmente nociva, por que é uma droga tolerada ainda? As respostas, para quem não é ingênuo a ponto de acreditar em um mundo de desinteressados, são óbvias e passam praticamente todas elas pelo aspecto econômico, ou seja, dos ganhos de alguns com essa indústria. Mais do que enriquecer as empresas e o governo que sobrecarrega as indústrias com altos impostos, a bebida alcoólica se transformou em sinônimo de status e dita o comportamento da sociedade a tal ponto que tentar quebrar isso é extremamente difícil para os humanos; para não dizer impossível. Acreditar no fim disso implica inevitavelmente acreditar em uma atuação divina, sobrenatural.
É interessante constatar, também, o grau de influência dos filmes na vida das pessoas. Apesar de alguns ditos "espertalhões" afirmarem que os filmes, novelas e outros tipos de programa produzidos para unicamente estabelecer e inculcar conceitos na mente humana não têm esse objetivo, as pesquisas mostram exatamente o contrário. É lógico que há outros fatores associados, mas o papel de mídias de alto poder influenciador como os filmes, em casa ou no cinema, é fundamental para estruturar pensamentos, ações e, em última instância, modos de vida. No caso da notícia, um modo de vida baseado no consumo excessivo de álcool.
Saída: quebrar o televisor, queimar DVDs ou explodir notebooks ou tablets? Não creio nisso. Prefiro ficar com a ideia antiga, mas atual do apóstolo Paulo, quando escreveu, em Filipenses 4:8. Leia atentamente a esse e outros textos como I Tessalonicenses 5:21 e mesmo Filipenses 4:5.
Adolescentes que veem muitos filmes em que os personagens consomem álcool têm duas vezes mais chance de começar a beber do que aqueles que assistem a poucas produções com cenas deste tipo, revela uma pesquisa publicada no jornal on-line “BMJ Open”. Pior: estes adolescentes também têm maior tendência (63%) a abusar do álcool, diz o estudo. As constatações levaram os pesquisadores a sugerir que Hollywood adote as mesmas restrições ao álcool que já vem fazendo ao tabaco em seus roteiros.
O grupo trabalhou com uma mostra significativa de 6.500 jovens americanos, com idades entre 10 e 14 anos, que responderam a perguntas sobre seu consumo de álcool durante dois anos. As perguntas levavam em conta também os fatores que os influenciavam, incluindo filmes, publicidade, ambiente doméstico, comportamento dos colegas e vontade de se rebelar. Os jovens foram convidados a apontar, aleatoriamente, filmes que tinham visto nos últimos cinco anos. Os títulos foram escolhidos entre cem blockbusters de cada ano, e mais 32 sucessos de bilheteria do início de 2003, ano da primeira pesquisa.
O tempo de exibição de cenas em que apareciam bebidas alcoólicas ou pessoas tomando drinques foi medido em cada um dos 532 filmes. Ao final, descobriu-se que muitos adolescentes tinham assistido a cerca de quatro horas e meia de imagens relacionadas ao consumo de álcool, e que este índice, em alguns casos, chegava a oito horas.
Além disso, cerca de um em cada dez jovens (11%) disseram ter um produto, como uma camiseta ou um chapéu, em que aparecia uma marca de bebida alcoólica. Quase um em cada quatro (23%) disseram que seus pais bebiam álcool pelo menos uma vez por semana em casa, e 29% afirmaram que as bebidas ficavam ao seu alcance, em casa.
Ao longo dos dois anos de pesquisa, a proporção de adolescentes que haviam começado a beber mais do que dobrou, de 11% para 25%, enquanto a proporção daqueles que começaram a beber em excesso — isto é, bebiam pelo menos cinco drinques em uma única sessão — triplicou de 4% para 13%.
Pais que bebiam em casa e a disponibilidade de álcool em casa foram fatores associados ao hábito de beber, mas não ao de abusar de álcool. Exposição a cenas com álcool nos filmes, ter um produto com a marca de uma bebida, ter amigos que bebem e rebeldia foram relacionados às duas situações.
Constatou-se ainda que a presença de álcool nos filmes respondia por 28% da proporção de adolescentes que começaram a beber entre uma pesquisa e outra, e por 20% dos que passaram a exagerar no consumo de álcool. A associação não estava relacionada apenas a sequências com personagens tomando drinques, mas também à exibição de cenas em que os produtos apareciam.
“Mostrar cigarros em filmes é proibido nos Estados Unidos, mas é legal que em metade dos filmes de Hollywood haja referência a álcool, independentemente de sua classificação”, disseram os pesquisadores.
Eles ressaltaram que o aparecimento de cigarros em filmes caiu desde que o tabagismo virou um assunto de saúde pública, e sugeriram que a política para o álcool na tela fosse a mesma.
Hollywood tem responsabilidades também fora do país, dado que metade da renda dos seus filmes vem do mercado internacional, acrescentaram. “Como uma gripe, as imagens de Hollywood começam numa região e depois se espalham pelo mundo afora, onde também podem afetar o comportamento dos adolescentes com relação à bebida”, escreveram.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/alcool-em-filmes-influencia-comportamento-dos-adolescentes-4036463#ixzz1n2mOpmSb
Nota: Os dados dessa pesquisa só confirmam aquilo que, por experiência, certamente pais e filhos comprovam na prática. Esse tipo de análise me leva a pensar que, se está comprovado que o álcool é pernicioso e que sua divulgação é igualmente nociva, por que é uma droga tolerada ainda? As respostas, para quem não é ingênuo a ponto de acreditar em um mundo de desinteressados, são óbvias e passam praticamente todas elas pelo aspecto econômico, ou seja, dos ganhos de alguns com essa indústria. Mais do que enriquecer as empresas e o governo que sobrecarrega as indústrias com altos impostos, a bebida alcoólica se transformou em sinônimo de status e dita o comportamento da sociedade a tal ponto que tentar quebrar isso é extremamente difícil para os humanos; para não dizer impossível. Acreditar no fim disso implica inevitavelmente acreditar em uma atuação divina, sobrenatural.
É interessante constatar, também, o grau de influência dos filmes na vida das pessoas. Apesar de alguns ditos "espertalhões" afirmarem que os filmes, novelas e outros tipos de programa produzidos para unicamente estabelecer e inculcar conceitos na mente humana não têm esse objetivo, as pesquisas mostram exatamente o contrário. É lógico que há outros fatores associados, mas o papel de mídias de alto poder influenciador como os filmes, em casa ou no cinema, é fundamental para estruturar pensamentos, ações e, em última instância, modos de vida. No caso da notícia, um modo de vida baseado no consumo excessivo de álcool.
Saída: quebrar o televisor, queimar DVDs ou explodir notebooks ou tablets? Não creio nisso. Prefiro ficar com a ideia antiga, mas atual do apóstolo Paulo, quando escreveu, em Filipenses 4:8. Leia atentamente a esse e outros textos como I Tessalonicenses 5:21 e mesmo Filipenses 4:5.