MUSEU DA CRIAÇÃO ABRIU AS PORTAS DIA 28 NOS EUA

terça-feira, 29 de maio de 2007 0 comentários


Terra, 23.05.2007 e
IstoÉ, Semana de 28.05.2007.


Um museu que dá vida às histórias existentes na Bíblia será inaugurado nesta segunda-feira em Petersburg, Estados Unidos. O Museu da Criação foi desenvolvido por um diretor de um estúdio de cinema americano e traz cenários realistas, bonecos animados de pessoas e dinossauros em tamanho real e muitos efeitos especiais.
Segundo os responsáveis pelo local, os visitantes poderão ver uma réplica do que seria a Arca de Noé e até animais que habitariam o mundo quando Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, histórias clássicas da Bíblia. De acordo com a direção, o Museu da Criação é um programa para toda a família e foi planejado com o objetivo de fazer mais pessoas acreditarem que Jesus Cristo existiu e deve ser considerado o criador da vida.

ANÚNCIO POLÊMICO INCENTIVA DIVÓRCIO

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Terra, 28.05.2007.

Um escritório de advocacia de Chigago, nos Estados Unidos, causou polêmica com um novo anúncio em que os corpos seminus de um homem e uma mulher dividem um outdoor e incentivam o divórcio. A firma Fetman, Garland & Associates é especializada em separações e usou a frase "a vida é curta, divorcie-se" para promover a empresa. A idéia da propaganda foi da sócia da firma Corri Fetman. "Os anúncios de firmas de advocacia são chatos. Tudo é sempre o mesmo. São advogados em bibliotecas, vestidos com um terno e livros de direito. Então tentamos algo diferente", afirmou Corri à ABC News.
A reação da população local, no entanto, foi negativa. "É grotesco", disse John Ducanto, ex-presidente da Academia Americana de Advogados Matrimoniais. "É totalmente ofensivo".
Ducanto acionou o Comitê de Disciplina de Advogados de Illinois para punir Corri Fetman. "Não acho que eles deixarão isso passar em branco", disse ele.
Mas Corri defendeu seu outdoor. "Só porque você vê um anúncio com um corpo bonito, não te faz largar sua mulher. Se você já vai se divorciar, a propaganda é para você".
Ainda segundo a ABC News, o outdoor foi retirado pelos donos do estacionamento onde estava colocado.

BRUXAS FARÃO ENCONTRO LATINO-AMERICANO NO BRASIL

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Revista Istoé, Semana de 28.05.2007.

Esqueça as piaçavas. As bruxas de hoje não voam pelos céus montadas em vassouras para encontrar suas companheiras de magia - elas mandam e-mails, enviam mensagens pelo MSN, deixam recados no Orkut. Feiticeiras modernas também não se reúnem às escondidas no breu das florestas. A 3ª Conferência de Wicca & Espiritualidade da Deusa, que pretende atrair de 600 a 800 praticantes e simpatizantes, em junho, acontecerá em um hotel no centro de São Paulo. A escritora inglesa Janet Farrar, autora de A bíblia das bruxas, já confirmou presença e será o grande destaque entre os palestrantes. "É o maior evento da wicca na América Latina", garante Claudiney Prieto, idealizador do encontro e autor de oito livros sobre o tema, entre eles Wicca - a religião da deusa, que está na 12a edição e já vendeu mais de 30 mil exemplares.
Fundada nos preceitos do antigo paganismo, a wicca, também chamada de bruxaria moderna, é considerada por seus adeptos uma religião. Ela se baseia no culto à natureza e à deusa-mãe, uma divindade feminina que seria a responsável pela criação de tudo na Terra. Livres da ameaça de arderem em fogueiras (leia quadro), as feiticeiras da atualidade podem ostentar sem medo seus pentagramas, o símbolo dos bruxos. Uma pesquisa da Universidade da Cidade de Nova York, de 2001, apontou que a wicca, com 134 mil adeptos, era a religião que crescia mais rapidamente nos Estados Unidos. No site de relacionamentos Orkut existem 875 comunidades em português relacionadas à wicca. A maior delas, denominada Sociedade Wicca/ Bruxaria, tem mais de 25 mil integrantes. Adepta há dez anos, a gerente de revendas Claudia Issa, 30 anos, começou como uma bruxa solitária. "Há uns cinco anos conheci outros praticantes pela internet e passei a fazer parte de um grupo", diz ela.
Como todo fenômeno pop que se preze, a bruxaria faz sucesso também no cinema (Harry Potter e o cálice de fogo, o quarto filme da saga, arrecadou mais de US$ 600 milhões no mundo) e na televisão (em séries como Charmed, que durou oito anos, e na nova novela das seis da Globo, Eterna magia, que tem como protagonistas duas irmãs praticantes de wicca). Mas as bruxas parecem não estar muito empolgadas com o súbito interesse global pelo assunto. "A novela deve aumentar o número de pessoas que querem ser bruxas pelo modismo", afirma a bailarina Gleice Lemos Frioli, 28 anos, praticante de wicca há 13.
"Assisti ao primeiro capítulo mais por curiosidade. Não tenho tempo para televisão. Uma bruxa moderna tem de estudar muito e trabalhar mais ainda", explica a secretária e professora de dança do ventre Rose Terra, 41 anos, wiccaniana há 12. Os adeptos se dedicam aos rituais, que não mudaram tanto assim: eles ainda envolvem caldeirões e poções, porém registram esses momentos com suas câmeras digitais. Os principais celebram as luas cheias do ano (os esbats) e as mudanças de estação (os sabbats). Os seguidores podem praticar os ritos sozinhos ou se reunir em covens, os grupos de bruxos que se socializam e fazem encontros coletivos. Para isso, basta uma chamada pelo celular.

Apesar da roupagem moderna, não deixa de ser a velha bruxaria de sempre, calcada em misticismo, ocultismo e, o mais grave, sem lugar para Deus agir. O culto é à natureza e não ao Criador de tudo o que existe. Lembrei do que Paulo registrou em Romanos 1:25, ao afirmar que "mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém".

LIVRETO DIZ QUE JUDAS TRAIU JESUS POR QUESTÕES IDEOLÓGICAS

domingo, 13 de maio de 2007 2 comentários

Revista IstoÉ, Semana de 14.05.2007.

Um livro com apenas 100 páginas, capa que imita textura de couro, folhas com as bordas douradas e marcador em tecido suave irá provocar polêmica no Brasil depois de o papa deixar o País. Trata-se de The Gospel according to Judas (O Evangelho Segundo Judas). A obra já circula pela Europa e mostra uma outra versão para a traição de Judas. O apóstolo não teria entregue Jesus em troca de dinheiro, mas sim por razões políticas e ideológicas. De acordo com os autores, Judas entrou em rota de colisão com Jesus. Não questionava sua liderança, mas estava decepcionado porque, mesmo atraindo multidões, o líder se recusara a expulsar os romanos do poder. Apesar de não ser uma obra oficialmente reconhecida pela Igreja, o Vaticano ainda não se manifestou contra ela, muito embora em Roma haja quem assegure que seu conteúdo já é conhecido pelo papa Bento XVI, que teria lido uma versão alemã do livro. A favor do texto é de se considerar o prestígio que um de seus autores, o acadêmico Frank J. Moloney, tem junto ao Vaticano. Na cúpula católica, Moloney é considerado um dos grandes especialistas em estudo bíblico e praticamente toda a obra se baseia em evangelhos canônicos por ele analisados, todos aceitos pelo Vaticano. O outro autor do “quinto evangelho”, como vem sendo tratado o livro, é o escritor de best sellers Jeffrey Archer, um dos mais lidos na Inglaterra.
“Esse novo evangelho é interessante e plausível”, admite o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, amigo de Archer, que teria sido um dos responsáveis por levar o novo texto para dentro do Vaticano. Mas, nem tudo no Evangelho Segundo Judas requer interpretação científica. Para dar fluidez à leitura, os autores optaram por usar um narrador fictício e criaram um certo Benjamin Iscariotes, que seria o filho primogênito de Judas. Na releitura da história feita agora pela ótica de Judas, Jesus não é tratado como o Messias, mas como um profeta a serviço da libertação.
A obra certamente provocará polêmica em todo o mundo, principalmente no Brasil, o maior país católico do planeta, onde as crianças costumam malhar bonecos do Judas. Mas não é a primeira vez que se faz uma outra leitura sobre o papel de Judas. No ano passado, a National Geographic Society apresentou um papiro encontrado na década de 1970 em uma caverna no Egito. O documento também ficou conhecido como o “evangelho segundo Judas” e questiona a versão oficial de que o apóstolo teria traído Jesus em troca de 30 moedas de prata. Na história do papiro, Judas e Jesus teriam acertado previamente a traição, pois era necessário que o Messias fosse crucificado para depois ressuscitar. Assim, Judas não seria, como estabelece a versão oficial, um traidor, e sim um dos mais fiéis dos apóstolos, que teria concordado em marcar definitivamente sua biografia de forma negativa.
Além dos motivos para a traição de Judas, o livro de Archer e Moloney também polemizará por negar dois milagres atribuídos a Jesus: o de transformar a água em vinho e o de caminhar sobre a água. Segundo declarações de Moloney à imprensa, essa versão permite aos cristãos praticantes que reconsiderem alguns mitos que parecem pouco precisos. Apesar de tudo isso, os autores não tratam o livro como um revisionismo.

Na minha opinião, o objetivo de livretos como esse é o de chamar a atenção para seus autores e torná-los populares através da polêmica religiosa. Aliás, isso não é novidade alguma. É evidente que, muitas vezes, algumas idéias coerentes são misturadas com outras absuradas ou improváveis e o resultado é uma lista de temas controvertidos que aguçam a leitura de pessoas ávidas por curiosidade. Pena que pouca atenção é dada para os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João que apresentam narrativas ricas que, se estudadas em profundidade, poderiam revelar bastante também. Tem muita gente que está afoita para ler esse tipo de literatura, mas nunca parou um minuto para ler detalhadamente alguns dos relatos bíblicos da vida de Cristo.

PESQUISADORES ENCONTRAM EM ISRAEL TUMBA DO REI HERODES

terça-feira, 8 de maio de 2007 0 comentários

Folha de São Paulo, 08.05.2007.



Arqueólogos israelenses anunciaram ter encontrado a tumba do rei Herodes, monarca judeu retratado pelo Antigo Testamento como construtor da antiga cidade de Jerusalém, em Israel.O anúncio, feito pela Universidade Hebraica ontem à noite, mostrou que a tumba estava na região conhecida como Herodium, no Deserto da Judéia.A tumba, localizada perto das ruínas dos palácios de Herodes, fica alguns quilômetros ao sul de Jerusalém.A universidade planejava divulgar a notícia da descoberta da tumba apenas hoje, mas resolveu antecipar a informação depois que o jornal israelense "Haaretz" publicou a notícia na internet.Herodes governou a região da Judéia, quando ela estava sob o domínio dos romanos, a partir de 40 a.C. O "Rei dos Judeus" morreu em 4 a.C., na cidade de Jericó.

VEJA EXALTA EXPOSIÇÃO SOBRE DARWIN E A EVOLUÇÃO

domingo, 6 de maio de 2007 2 comentários

Revista Veja, Semana de 06.05.2007.

A história da viagem dele é quase tão conhecida e reverenciada quanto a de Cristóvão Colombo. O naturalista inglês Charles Darwin iniciou em 1831 uma viagem pelo mundo a bordo do Beagle, um pequeno navio de exploração científica. Quando voltou à Inglaterra, cinco anos depois, ele trazia na bagagem um conjunto de idéias revolucionárias que mudariam para sempre a geografia da alma humana tanto quanto Colombo mudou a geografia terrestre. Darwin, como se sabe, é o autor da teoria da evolução. A histórica viagem de Darwin é o tema central de uma imponente exposição que leva o seu nome, inaugurada na semana passada no Museu de Arte de São Paulo (Masp), e que permanecerá em cartaz até 15 de julho. A mostra, montada pela primeira vez em 2005, no Museu Americano de História Natural, em Nova York, reúne reproduções de mais de 400 itens relacionados ao naturalista e à sua viagem no Beagle, entre animais, plantas, fósseis e paisagens. A exposição atrai sobre Darwin a atenção que ele merece como um herói da razão e um inimigo da superstição e da ignorância.
Tamanha foi a força das revelações de Darwin sobre a origem e a transformação do mundo animal, das plantas e, em especial, da humanidade, que quase ninguém consegue ter uma visão muito clara hoje em dia de como se pensavam essas coisas antes dele. Poucas revoluções tiveram esse poder. A prova de que a Terra é redonda é uma delas. Parece natural hoje em dia nos vermos habitando uma esfera que gira sobre o próprio eixo e em torno do Sol. Mas por milênios se acreditou em uma Terra plana como um campo de futebol sustentada pelos ombros fortes de um titã que se apóia sobre os cascos de tartarugas. A evolução lenta das espécies ao longo das eras formando linhagens que desembocam nos atuais seres vivos. Isso é o Darwin. Antes dele? Acreditava-se na versão religiosa segundo a qual por volta do ano 4004 a.C., de uma só tacada, Deus criou o homem, a mulher e os demais seres vivos exatamente como eles são agora. Essa visão pré-darwinista, que só sobrevive dentro dos círculos religiosos, tem conseguido ultimamente uma projeção assustadora. À luz desse retrocesso, relembrar as conquistas de Darwin torna-se um imperativo.
Quando Darwin lançou A Origem das Espécies, em 1859, o primeiro de seus livros que explicam a teoria da evolução, cientistas e intelectuais de todos os matizes foram obrigados a se posicionar diante dos argumentos do naturalista. Apesar do rigor científico das pesquisas que conduzira, suas conclusões ofendiam a todos. Conceitos arraigados havia séculos na biologia, como o de que as espécies não mudam ao longo do tempo, caíram por terra diante dos argumentos de Darwin. A criação do mundo como descrita na Bíblia foi desmontada. Entre todas as suas propostas, a mais difícil de engolir por seus contemporâneos foi a de que o homem não é um animal superior a todos os outros e tem ancestrais em comum com os macacos. "A publicação de A Origem das Espécies destituiu a vida humana de qualquer superioridade em relação aos animais, enterrou o conceito de divindade e pôs fim a milhares de anos de irracionalidade na comunidade científica e em parte da sociedade", disse a VEJA o filósofo Philip Kitcher, da Universidade Columbia e autor do livro Living with Darwin (Vivendo com Darwin). Os ataques às idéias de Darwin prosseguiram por todo o século XX. O naturalista foi acusado de solapar os valores tradicionais da sociedade e de defender o determinismo genético. Os sociólogos o criticavam por reduzir a complexidade social ao resultado de ações individuais, instintivas e egoístas.
Depois de quase 150 anos da publicação de A Origem das Espécies, a vitória das idéias de Darwin é inequívoca. Entre os grandes nomes que revolucionaram a maneira de pensar, como Karl Marx e Sigmund Freud, Darwin é o único cujas idéias ainda servem de base sólida para avanços extraordinários do conhecimento. Até a teoria geral da relatividade, de Albert Einstein, tem de travar uma queda-de-braço constante com seus adversários, os teóricos da física quântica. Darwin só tem inimigos fora da ciência.
O desenvolvimento da genética, a partir do início do século XX, ajudou a explicar como funciona a transmissão das características hereditárias. O que Darwin tem a ver com isso? Muita coisa. A possibilidade de transmissão de características genéticas de uma geração à seguinte foi intuída por Darwin, mas ele não viveu o suficiente para ver esse mecanismo ser demonstrado. "Foi necessário um século de descobertas para que a teoria da evolução de Darwin se comprovasse plenamente, em todos os seus aspectos", disse a VEJA o biólogo David Mindell, da Universidade de Michigan.
O caminho de Darwin até completar suas teorias foi o do estudioso aplicado. Já a trajetória do homem por trás do cientista foi acidentada. Embora tivesse começado a escrever A Origem das Espécies em 1838, ele demorou 21 anos para publicar o volume. O naturalista sabia que suas idéias cairiam como uma bomba sobre uma sociedade habituada a buscar a verdade nas páginas da Bíblia. Em 1844, ele escreveu a um amigo dizendo que divulgar suas idéias seria "como confessar um assassinato". Em sua consciência, Darwin – que era religioso – debatia-se com questões morais aflitivas. Na juventude, pretendia tornar-se sacerdote. Foi com espanto que viu os geólogos de seu tempo concluir: que a Terra surgiu há milhões de anos (hoje se sabe que são 4,5 bilhões), e não há 6.000 anos, como querem os religiosos. À medida que seus próprios estudos sobre a evolução das espécies se desenvolviam, entravam em choque com todos os dogmas religiosos. Diante das idéias de Darwin, sua mulher, Emma, com quem teve dez filhos, temia que o casal fosse separado na eternidade – ela subiria aos céus e ele desceria ao inferno. O naturalista debateu-se com as questões da fé durante toda a vida. Por fim, declarou-se agnóstico.
As idéias de Darwin, aperfeiçoadas por seus discípulos ao longo de 150 anos, são hoje um consenso entre os biólogos. Mas continuam a incomodar o pensamento religioso. Muitas descobertas da ciência no último século, como o surgimento do universo através da explosão primordial, o Big Bang, de alguma maneira se acomodaram em meio aos dogmas da fé. No caso da gênese humana, é diferente. A teoria de que todas as formas de vida nasceram da "sopa primeva" e evoluíram ao longo dos milênios se choca frontalmente com o maior dos dogmas, o que reza que o homem é a criação suprema de Deus e foi feito à sua semelhança. Neste início do século XXI, em que se observa uma busca intensa pela espiritualidade e pelo misticismo como antídoto às atribulações da vida moderna, a ira das religiões contra Darwin tem se acirrado. Nos Estados Unidos, onde 54% dos adultos dizem descender de Adão e Eva, segundo um levantamento recente do Instituto Harris Poll, menos da metade das pessoas crêem na teoria da evolução de Darwin. Muitas escolas americanas, nas aulas de ciências, decidiram substituir os ensinamentos de Darwin por uma variante do criacionismo batizada de "design inteligente". Segundo essa teoria, há elementos na natureza, como o olho humano, que têm uma estrutura tão engenhosa que só podem ter sido criados por um projetista, ou seja, um ser superior.
As escolas infantis russas também vêm sendo palco de campanhas contra o darwinismo. Há poucos meses, manifestando seu apoio a um grupo de pais de alunos que processou uma escola por manter apenas a teoria da evolução das espécies no currículo, o patriarca da Igreja Ortodoxa russa declarou que a teoria de Darwin é "baseada em argumentos deturpados" e que "não há provas concretas de que uma espécie possa se transformar em outra". O episódio que melhor simboliza a resistência das religiões a Darwin ocorre atualmente no Quênia e envolve o mais completo esqueleto humano pré-histórico já descoberto, desenterrado em 1984 e batizado de Turkana Boy. Um dos principais líderes evangélicos do Quênia, o bispo Boniface Adoyo, recusa-se a expor o achado arqueológico. Ele alega que não descende do Turkana Boy nem de algo que se pareça com ele.
Há um mês, o papa Bento XVI entrou na discussão ao lançar um livro no qual reflete sobre o surgimento do universo e do homem. O pontífice afirma que a teoria da evolução não pode ser provada de modo conclusivo. O papa escreve também que a forma como a vida se desenvolveu indica uma "razão divina" que não pode ser explicada apenas por métodos científicos. Alguns cientistas buscam conciliar Darwin e a fé. O biólogo americano Francis Collins, um dos responsáveis pelo mapeamento do DNA humano, é o mais proeminente entre os devotos de Darwin que assumem também sua fé religiosa. "Se Deus escolheu usar o mecanismo da evolução para criar a diversidade de vida que existe no planeta, quem somos nós para dizer que ele não deveria ter criado o mundo dessa forma?", argumenta Collins. É provável que o embate entre Darwin e as religiões nunca arrefeça. A fé humana já se provou resistente a todos os argumentos da lógica. Por outro lado, o edifício científico construído por Darwin, como se pode observar na exposição montada no Masp, é grande demais para ser renegado.

Harmonizar o criacionismo com o evolucionismo é um feito que alguns líderes religiosos e científicos tentam realizar para, como diz o ditado, "agradar a gregos e troianos". O fato é que se dá amplo e irrestrito espaço à discussão sobre a teoria da evolução, embora pouco se fale sobre os equívocos já encontrados quanto a alguns pontos por ela defendida. Por outro lado, o criacionismo é tratado como crendice, superstição e fanatismo religioso. Sobre criacionismo versus evolucionismo, sugiro a leitura do livro "A História da Vida", do jornalista Michelson Borges (blog http://www.michelsonborges.blogspot.com. Uma sugestão: leia bons livros e artigos sobre o que efetivamente é o criacionismo antes de condená-lo e exaltar o evolucionismo como única e infalível explicação para a existência dos seres vivos.

MOMENTO ARQUEOLÓGICO - ESTELA DE MESHA

quarta-feira, 2 de maio de 2007 1 comentários


Sou realmente um apreciador da arqueologia e da história, por isso vamos trazer alguns fatos interessantes sobre a relação dessas ciências e a Bíblia. Hoje quero destacar um importante achado chamado de estela de Mesha. Com tamanho aproximado de 1 metro e 10 cm, essa estela (é estela mesmo e não estrela) foi encontrada em 1868 por um missionário alemão, mas quase foi totalmente perdida por ter ficado em mãos de beduínos que desconfiados pelo interesse que os europeus tinham por ela acabaram destruindo a pedra na tentativa de encontrar algo precioso dentro dela. A estela é uma espécie de monumento em pedra, só para esclarecer. A estela de Mesh foi recuperada por Clermont-Ganneau está exposta no Museu do Louvre, na França.

O interessante é que as palavras contidas nela confirmam um relato bíblico sobre os moabitas. Percebam a confirmação:


BÍBLIA : II REIS 3, 26 - "Vendo o rei dos moabitas que a peleja prevalecia contra ele, tomou consigo setecentos homens que arrancavam da espada, para romperem contra o rei de Edom; porém não puderam. 27 Então tomou a seu filho primogênito, que havia de reinar em seu lugar, e o ofereceu em holocausto sobre o muro, pelo que houve grande indignação em Israel; por isso retiraram-se dele, e voltaram para a sua terra".
ESTELA MOABITA : 1- " Eu sou Mesha, filho de Chemosh[-yatti], rei de Moabe, o dibonita.(...) 5- o rei de Israel, humilhou a Moabe durante muitos dias, pois Chemosh estava irritado contra seu povo; 6- e seu filho o sucedeu e também ele disse : “Eu humilharei a Moabe” Em meus dias falou desse modo, 7- porém eu triunfei sobre ele e sobre toda sua casa enquanto Israel perecia e para sempre. Omri tomou posse do país de Medeba, 8- e morou ali em seus dias e durante a metade dos dias de seu filho (Acabe) :quarenta anos, 9 porém Chemosh o restaurou em meus dias.(...)18-vassalos de Yahweh e os levei ante Chemosh.

ORDEM DOS ADVOGADOS CONDENADA POR NÃO RESPEITAR LIBERDADE RELIGIOSA EM PORTUGAL

terça-feira, 1 de maio de 2007 0 comentários


Jornal de Notícia, 30.04.2007
De Portugal.

Colaboração de Filipe Reis.


Vera Ganhão diz que o Ministério dos Negócios Estrangeiros também não lhe alterou a data de um exameNuno Miguel MaiaUma advogada estagiária derrotou, em tribunal, a própria Ordem dos Advogados por não lhe ter alterado a data de realização do exame final de estágio para acesso pleno à profissão.A decisão judicial, proferida num processo judicial administrativo, considerou que a Ordem dos Advogados "violou o conteúdo essencial da liberdade religiosa" da causídica, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Apesar de discordar, a Ordem cumpriu "escrupulosamente" o decidido. A candidata acabou por fazer o exame, tendo ficado aprovada com a nota de 19 valores. Em causa estava o facto de aquela confissão religiosa ter o sábado como dia santo e a circunstância de o exame de agregação à Ordem dos Advogados ter sido marcado precisamente para um sábado, a 8 de Julho do ano passado. Vera Ganhão, 25 anos, requereu ao responsável do Centro de Estágio, seis meses antes, que lhe fosse marcada uma "data alternativa", para o exame, explicando que a sua religião não lhe permite trabalhar ou efectuar provas aos sábados.Pedido indeferido"O pedido foi indeferido, embora me tivessem dito que poderia vir a efectuar o exame posteriormente se a Igreja fizesse prova de que enviou ao membro competente do Governo a declaração a que se refere a Lei de Liberdade Religiosa. Ou seja que tenha expresso oficialmente quais os dias santos e feriados", explica, ao JN, a advogada-estagiária, licenciada pela Universidade do Porto, com 15 valores.O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto deu razão à Ordem dos Advogados, mas esta decisão foi agora anulada por um tribunal superior.

Considerou o Tribunal Central Administrativo do Norte que a Ordem, ao ter conhecimento , seis meses antes, da impossibilidade, por parte da estagiária, de realizar o exame a um sábado, deveria ter marcado outra data, anterior ou posterior. Argumentou, por outro lado, não ser necessário, neste caso específico, fazer prova de que foi por aquela Igreja enviada ao Governo a relação dos dias santos.A Ordem dos Advogados acatou a decisão do tribunal de segunda instância e marcou o exame para 2 de Março. Aparentemente inédito em Portugal, este processo pode constituir um "exemplo para outras pessoas". Advogada em causa própriaA causídica não encontrou qualquer caso semelhante na jurisprudência portuguesa mas não teve dúvidas em ser advogada em causa própria. "Hoje talvez não o fizesse porque, ao ser-se advogado em causa própria, perde-se distanciamento", frisa, garantindo que, ao longo do seu percurso académico, teve sempre a compreensão por parte das instituições de ensino. "Na faculdade, quando os exames eram ao sábado, marcaram sempre uma data diferente para mim", conta.O mesmo já não aconteceu num concurso recente para adido de embaixada. O Ministério dos Negócios Estrangeiros não alterou a data do teste e Vera Ganhão não compareceu. "Não tenho o objectivo de abraçar a diplomacia, por isso não recorri a tribunal". Actualmente, está a preparar-se para o exame do Centro de Estudos Judiciários. Pretende ser juíza.

 
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