Famosa rede de fast food se retira da Bolívia

domingo, 25 de dezembro de 2011 2 comentários

Meio&Mensagem, 22.12.2011.

O McDonald’s bem que tentou, por mais de dez anos, mas não conseguiu fazer sucesso entre a população boliviana. Depois de 14 anos de presença no país, a rede de fast food mais famosa do mundo está fechando todas as suas unidades no país latinoamericano. As suas oito unidades estão sendo fechadas nas três principais cidades do país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.

A Bolívia será o primeiro país latinoamericano a não ter mais a presença do McDonald’s e foi o único em que a rede está fechando as portas por ter ficado com os números no vermelho por mais de uma década.

Segundo veículos de imprensa bolivianos, a questão é simplesmente falta de interesse do público. Um deles chega a dizer que “o fast food é, literalmente, a antítese da concepção que um boliviano tem de como se deve preparar uma refeição”.

Mesmo assim, as pessoas que gostavam do cardápio fizeram fila nas unidades no início deste mês para aproveitar os últimos instantes da presença do McDonald’s por lá. Mas como a maioria é quem manda, as lojas foram realmente fechadas e 334 funcionários ficaram sem emprego.
Nota: Independente da questão ideológica que também pode estar por trás dessa quebra de uma das maiores redes de fast food do mundo no país sul-americano, considero interessante esse tipo de notícia. Entendo que se trata de uma vitória da alimentação mais simples e menos contaminada que faz parte de um povo com tradições simples como é o caso dos bolivianos de um modo geral. 
A alimentação fast food, que comprovadamente é prejudicial à saúde, leva um golpe forte em um país com pouca expressão no cenário mundial, mas que dá uma lição de que nem sempre a alimentação "moderna" é a preferida. 

Analistas preveem ameaças à unidade norte-coreana

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011 0 comentários

Veja Online, 21.12.2011.


A ascensão ao poder do ditador norte-coreano Kim Jong-Il, que morreu de ataque cardíaco na noite da última sexta-feira, foi precedida de um longo período de preparação - que teve início em 1961, quando ingressou no Partido Trabalhista da Coreia do Norte. Ele tinha apenas 19 anos. Progressivamente, ao longo de 30 anos, ocupou diversos cargos no departamento do Comitê Central até que foi nomeado comandante supremo do Exército Popular da Coreia. E só com a morte do pai, Kim Il-sung, também por problemas no coração em 1994, ele pode assumir o poder com o apoio da população. Já a trajetória de Kim Jong-un, seu filho caçula, é bem mais curta: seu nome começou a ser cogitado para ser o sucessor do pai há pouco mais de um ano apenas, quando em um prazo de dois dias ele foi promovido a general do exército e eleito para dois cargos estratégicos na direção do partido único.
"Isso explica por que Kim Jong-un não tem o mesmo carisma do pai. E a sociedade norte-coreana não se unirá em torno dele", diz ao site de VEJA Henrique Altemani, professor de Relações Internacionais da PUC e coordenador do Grupo de Estudos Ásia Pacífico. Segundo ele, é provável que, com a morte de Kim Jong-Il, acentue-se o embate de poderes entre a família dele, o Partido Trabalhista e o Exército norte-coreano. "Essa disputa teve início em 2008, logo que Kim Jong-Il começou a ter problemas de saúde. O reflexo dela é instabilidade, principalmente regional", destaca. Há quem aposte que Kim Jong-un deve seguir a lógica de mão de ferro do pai, e que sua inexperiência possa tornar o regime ainda mais fechado. Mas o professor Gilberto Masiero, da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA) e membro do Grupo de Estudos de Ásia-Pacífico da PUC-SP, discorda: "Com a crise internacional americana e a desordem europeia, a Ásia está muito mais integrada, econômica e politicamente. Com isso, há uma pressão para que a Coreia do Norte passe por transições de governança, a exemplo do Vietnã e da China".
A dificuldade de consenso em torno de Kim Jong-un se deve, principalmente, à falta de informações mais básicas a seu respeito. "Se nem sua idade sabemos ao certo, quanto mais o grau de preparação que ele tem para governar. Ele pode ou não estar intimamente envolvido nas questões políticas do país, tanto ao lado dos apoiadores do pai, quanto dos países amigos. É tudo pura especulação", afirma Masieiro. "Não temos qualquer conhecimento sobre os pensamentos de Kim Jong-un. Mas, aparentemente, ele não está preparado para assumir o poder: além de não ter carisma, parece não ter liderança política", completa Altemani. Por isso, o mais provável é que o jovem - que, até onde se sabe, tem menos de 30 anos - precise do respaldo de algum político para conseguir governar. Um dos mais cotados para ser seu "conselheiro" é Jang Song-Thaek, cunhado de Kim Jong-Il e vice-presidente da poderosa Comissão de Defesa Nacional. "Ele já vem coordenando a política norte-coreana através dos laços de amizade que mantinha com Kim Jong-Il. No entanto, o Exército também deve ter grande influência no mandato do sucessor", ressalva Masieiro.
Desde aquela época, dois fatores atrapalham o avanço da Coreia do Norte. Um deles é a falta de vontade do próprio regime em flexibilizar o sistema politico interno. Em 2002, um passo foi dado para a abertura econômica: a Coreia do Norte se mostrou disposta a adaptar seu sistema nos moldes das reformas chinesas de modernização. Porém, o sistema político continuou intacto. Com a morte de Kim Jong-Il, esse quadro pode mudar, mas vai depender das disputas políticas pelo poder. "A família do ditador, o Partido Trabalhista ou as Forças Armadas não deram qualquer sinalização de que pretendem mudar algo", aponta Altemani. Outro entrave é a ausência de vontade política internacional em cooperar com o país. "Com a crise financeira internacional, essa atitude dos países estrangeiros deve permanecer. O alto custo que envolve essa ajuda não lhes interessa", avalia o especialista.Instabilidade - Com experiência ou não, a tarefa que Kim Jong-un tem pela frente não é nada fácil. A Coreia do Norte enfrenta problemas de fome contínua e crise econômica desde o início na década de 1990, quando a China e a União Soviética estabeleceram relações com a Coreia do Sul e assumiram o compromisso de cessar o apoio a Pyongyang. "O regime norte-coreano não respondeu com transformações, mas isolamento. E usou o seu secreto programa nuclear como moeda de chantagem e negociação", lembra Henrique Altemani. E depois da Guerra Fria, o quadro só piorou, com a perda de todo o mercado. "Até a década de 1970, a economia do país era mais desenvolvida do que a da Coreia do Sul", salienta o professor.
Programa nuclear - A cooperação econômica internacional com a Coreia do Norte está quase sempre condicionada à promessa de abandono das relações nucleares, em troca da importação de grãos, por exemplo. Mas, desde que Lee Myung-Bak assumiu a Presidência do Sul, em 2008,as relações entre as Coreias estão cada vez mais tensas. Neste ano, Pyongyang se mostrou disposta a retomar o diálogo em troca de ajuda externa, mas agora, com a troca de poder no país, abriram-se novas incertezas sobre a "desnuclearização" do regime. "O único trunfo politico da Coreia do Norte é sua possível 'ameaça nuclear'. Se o programa for descontinuado, a Coreia do Norte perde uma grande ferramenta de negociação. O interesse continuará em transformar ameaças em cooperação", explica Altemani.
"É uma poderosa ferramenta de barganha, garantida pelo sigilo do programa nuclear do país e usada para acertos de contas históricos", acrescenta Gilberto Masiero, destacando que, mesmo que o novo líder tente chegar a uma solução, as negociações de paz das quais participam seis países - Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, China, Estados Unidos e Rússia - dificilmente chegarão a um acordo rapidamente. "Esta é uma questão que deve ser resolvida internacionalmente e depende de interesses muito diversos. Por mais que a Coreia do Norte dê sinais de que quer dialogar, qualquer decisão que beneficie EUA e Coreia do Sul complicaria suas relações com China e Rússia. Quase 60 anos de tentativa de acordo não serão resolvidos em 5", enfatiza.
Nota: Tenho lido algumas análises internacionais a respeito do futuro da Coreia do Norte e alguns fatos me chamam a atenção. 
(1) O jovem filho do ditador Kim II-sung não reúne em si apoio incondicional de todas as forças que mandam na nação fechada comunista asiática, portanto sua escolha certamente será motivo de silenciosas brigas internas por poder;
(2) Alguns acreditam que há, também, uma ameaça ainda maior sob o ponto de vista militar especialmente em retaliação às interferências norte-americanas;
(3) Por fim, outro ponto que me chama a atenção é a crescente pobreza de boa parte da população e o possível acesso dessa grande massa a meios de divulgação e consequente repercussão mundial dessa insatisfação tal qual tem ocorrido no fenômeno chamado de Primavera Árabe.
Caso esse cenário se consolide, a Coreia do Norte certamente perderia sua unidade em torno de uma ditadura militar ou, ao menos, haveria um enfraquecimento desse poderio a ponto de tornar o regime mais vulnerável. Essa abertura permite muitas mudanças, inclusive de ordem religiosa. Hoje o país é fechado, também, à evangelização cristã e, se a Bíblia estiver correta (e creio que está), o evangelho do reino será pregado a toda a criatura (Mateus 24:14), portanto isso inclui o povo norte-coreano. É necessário, portanto, profeticamente que a Coreia do Norte permita algum tipo de abertura a exemplo da China, Cuba e outras nações que já começaram a flexibilizar sua relação com a cultura ocidental. Para mim, o enfraquecimento da unidade em torno de um ditador norte-coreano é evidência de cumprimento de profecia bíblica. 

Há preparação para a morte?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 0 comentários

Falar sobre preparação para a morte pode soar de maneira pretensiosa ou até utópica. Mas quando convivemos de perto com o assunto, torna-se quase inevitável pensar mais demoradamente nessa que, segundo a Bíblia Sagrada, é chamada de uma das últimas inimigas a serem vencidas nesse mundo. Por vários anos, trabalhei como repórter policial e me habituei a ver de perto pessoas mortas em acidentes e crimes e suas trágicas consequências.
A perda da vida humana, em um noticiário comum, é encarada quase sempre de maneira meramente estatística, burocrática e rotineira. Praticamente poucas reportagens se aprofundam em trazer à tona detalhes da vítima, de sua família e do contexto que a cercava. A morte literalmente se transforma em produto jornalístico vendável em todas as mídias e que alimenta a curiosidade alheia. Mais recentemente, com o falecimento em menos de um mês de meus avós maternos, o assunto da morte me fez raciocinar de uma maneira diferente. Não pensei mais em algo distante, banal, que ocorria na família dos outros ou que afetava apenas pessoas talvez nem tão próximas do meu círculo de amizades. As formais expressões “meus pêsames” ou “meus sentimentos” ecoaram com distinto som em meus ouvidos. A morte e suas implicações nos mais variados aspectos possíveis se acercavam da minha realidade. Popularmente, ouço dizer que ninguém consegue estar preparado para morrer. Pode ser verdadeiro se levarmos em conta o efeito muitas vezes surpreendente da vida interrompida abruptamente. Mas há coisas que me fazem pensar quando o assunto é morte.
Nossa maior preocupação deve ser a vida e não a morte – Algumas declarações de Jesus Cristo, registradas nos evangelhos, são bastante emblemáticas quanto à morte. Em Mateus 8:22, por exemplo, a afirmação de que os Seus discípulos deveriam “deixar os mortos a sepultar seus próprios mortos” evidencia a preocupação do Mestre com as implicações de se viver segundo Seus ensinos. Aqui Jesus está falando do custo do discipulado, mas é compreensível nas entrelinhas Sua orientação para que o foco dos seres humanos seja uma vida espiritualmente qualificada e não o desespero para com a morte. Isso indica que, em vez de devotar tempo e medos relativos à morte, as pessoas deveriam estar mais concentradas em passar pela experiência da santificação durante sua vida. Inclusive, no conceito ampliado pelo apóstolo Paulo, viver uma vida escondida em Cristo é preparação para a morte.
Nossa esperança está na ressurreição através de Cristo – Em muitas lápides de jazigos é comum se encontrar a célebre frase de Jesus registrada em João 11:25 onde Ele mesmo diz, acerca de si, que “eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. Essa frase diz muito. O que gera e produz verdadeira esperança para um cristão não é apenas a promessa de ressurreição do corpo um dia, ou seja, retorno à vida. Muitos talvez vibrem pela possibilidade de não terem mais uma pele enrugada, dores nas costas, uma mente vacilante ou algo do gênero por ocasião da transformação predita por Paulo em textos em suas cartas aos coríntios. Avalio que o fato de que a grande esperança está por trás da ressurreição, isto é, na pessoa de Jesus Cristo. Ressuscitar para viver eternamente com Ele é o que efetivamente alimenta uma crença sólida. Quando leio os relatos dos primeiros capítulos de livros dos profetas Isaías, Ezequiel ou mesmo alguns capítulos da revelação dada a João no Apocalipse percebo que o grande prazer dos seres celestiais está em ter a oportunidade de adorar permanentemente a Deus em Sua perfeição. E isso justamente vem após a ressurreição, quando a morte é vencida.
A experiência de ouvir os ensinamentos amoráveis de Cristo pelos séculos dos séculos é o ápice da vitória sobre a morte. Respondendo a minha própria pergunta do título, é possível acreditar em preparação para a morte. Não estou falando de uma atitude passiva ou apática como se a morte não representasse uma grande perda. Estou falando de viver a vida com a intensidade com que Deus ensina. Algo tão profundo que nem a morte consegue travar; apenas interromper um pouquinho antes da ressurreição.

Oração é a chave - 10 dias de oração

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011 1 comentários

Em tempos difíceis como hoje, a oração é mais do que um ritual como alguns podem pensar e até viver. A oração é o principal recurso para quem se sente pequeno diante das grandes tragédias e desafios da vida. Ao abrir o coração a Deus, somos verdadeiramente confortados e entendemos o que significa dependência de Alguém maior do que nós.
Vou publicar até o final do ano alguns vídeos com mensagens sobre um projeto especial de 10 dias de oração em janeiro. Participe como faz o jornalista e pastor Amilton Menezes, diretor da Rede Novo Tempo de Rádio.


Show de talentos evangélicos polemiza na Argentina

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011 1 comentários

Terra Magazine, 07.12.2011.

Na avenida Corrientes, entre letreiros em neon, fotos de mulheres semi-nuas nas propagandas dos musicais em cartaz, bares e livrarias que viram a noite, está o teatro Moulin Bleu. A entrada é uma pequena porta na esquina da rua Rodriguez Peña onde um senhor anuncia que é de graça a entrada nas segundas-feiras à noite. É um teatro? Não, é um culto evangélico. Ou melhor: um show de talentos evangélico.
O teatro fica no segundo andar do prédio. A meia luz, famílias inteiras, prostitutas e travestis aguardam enquanto crianças e garçons circulam pelos corredores. Durante toda a noite é possível comprar vinho, cerveja e whisky e pedir uma pizza. Uma ajudante passa distribuindo folhetos entre as mesas com as informações sobre o culto, que é chamado "Predicando entre Plumas y Strass".
O culto no Moulin Bleu começou há seis anos com o pastor Diego Gebel. Ele morreu em maio do ano passado, aos 47 anos, depois de ter uma parada respiratória enquanto se recuperava de um cateterismo. Quem assumiu a condução do culto foi a viúva dele, Mabel.
É Mabel Gebel, cabelos loiríssimos, vestido preto e capa cintilante, quem abre o culto, às 22h. Ela explica o conceito da noite para os estreantes: Deus ama a todos sem distinção e por isso ela discorda dos evangélicos que têm preconceito contra travestis, prostitutas e homossexuais. No "Predicando entre Plumas y Strass", entra quem quer, se apresenta quem quer.
Mariana A, uma travesti de vestido longo, entra em seguida para fazer um show caribenho acompanhada de dois dançarinos de short curto e sem camisa. Ao longo da apresentação, o vestido é arrancado e ela fica com a bunda à mostra. Os seios em algum momento também vem à público.

Uma senhora ao meu lado, chamada Juana, contou que assiste ao culto toda semana há seis meses, desde que precisou fazer uma cirurgia no joelho e veio morar em Buenos Aires com o filho mais novo. Ele trabalha como ator, visita hospitais infantis da cidade fazendo apresentações circenses e nas segundas-feiras se apresenta no Moulin Bleu.
A noite segue com uma das filhas da pastora cantando uma música evangélica e outra filha fazendo um esquete de humor com um homem que, na verdade, era o porteiro do começo da noite. Mariana A. e outra travesti mais velha, loira, são as que mais fazem apresentações, quase sempre começando deslumbrantes e terminando semi-nuas. Entre um e outro, entra a pastora Mabel para pregar. No discurso mais longo da noite ela contou a história de Davi e Golias. Depois anunciou que mais tarde iria levar a palavra do senhor a um cabaré.
Duas horas depois, o show chegando ao final, chega a vez do filho da Juana. Ele entra no palco fantasiado de Evita Perón, vestido longo, maquiagem pesada e peruca loira. Com caras e bocas, cantou "Don't cry for me, Argentina". Juana não chorou, mas ficou emocionada.

Nota: O conceito de que Deus ama a todos sem distinção é verdadeiro, porém eu tenho sérias dúvidas a respeito do contexto em que essa afirmação é colocada, especialmente no discurso de igrejas e religiões que se propõem a atraírem fieis a qualquer custo e se tornarem populares. Digo isso porque, de acordo com a Bíblia (que deveria ser levada mais a sério, pois, afinal de contas, é a Palavra de Deus), Deus ama as pessoas tais como são, mas demonstra profundamente o desejo de transformá-las e torná-las pessoas diferentes. Caso contrário, qual seria a razão de o apóstolo Paulo enfatizar, em textos como Gálatas 2:20, que "já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim". E essa atuação de Deus na vida humana é responsável por uma mudança de foco e conduta. A Bíblia apresenta expressões como a graça transformadora. Ora, não é uma graça apenas teórica, etérea, mas que efetivamente produz algum tipo de mudança de paradigmas na vida humana e alteração de rota. 
É verdade que cristãos e qualquer ser humano, independente de religião, precisam saber respeitar as pessoas não importa quais seus hábitos. Mas isso não significa que Deus aprova práticas e comportamentos que contraria os próprios princípios que Ele determinou e que refletem Seu caráter puro, santo e imaculado. 
Recomendo cuidado para quem quer tornar o cristianismo um produto popular capaz de agradar a todos em conceitos e pensamentos, inclusive os mais baixos possíveis. 

Aumenta o número de meninas que engravidam no País

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011 0 comentários


Revista IstoÉ, Semana de 05.12.2011

Crédito: Revista IstoÉ
Era feriado da Proclamação da República, 15 de novembro. Em vez de sair com os amigos, Victoria Pereira Rocha, 14 anos, aproveitou o dia de folga para ir até a farmácia sem levantar suspeitas e esclarecer uma dúvida que a atormentava havia um mês, desde que sua menstruação atrasou. Com o teste de gravidez em mãos, fez o exame em casa, escondido da mãe. Quase caiu para trás quando viu surgir os dois tracinhos vermelhos no bastão branco: como temia, estava grávida. “Eu sempre falava que não queria ter filhos”, diz Victoria. Nove meses depois, nascia Pedro Henrique. Victoria e seu filho fazem parte de uma triste estatística revelada pelo relatório Situação da Infância Brasileira 2011, divulgado na semana passada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em cinco anos, contrariando a queda da taxa de natalidade (21,9% em dez anos no País), subiu em 6% o número de filhos de meninas com menos de 15 anos. A cada hora, são mais de três partos de grávidas nessa faixa etária no Brasil. “Isso nos preocupa”, disse à ISTOÉ a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier. “Temos uma lei no País que fala que toda relação sexual até os 14 anos tem presunção de estupro. Nem era para essa relação sexual ter acontecido.” 

Esse crescimento apontado pelo relatório foi detectado apenas nas menores de 15 anos. Entre as adolescentes mais velhas, com 16 anos ou mais, a tendência é inversa – diminuiu 14% no mesmo período. “Isso mostra que falta uma atuação específica junto a esse público mais novo”, afirma Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan. “Existe um descompasso, pois as meninas têm acesso ao sexo cada vez mais cedo, mas ninguém conversa com elas sobre o assunto.” Para os pais, elas ainda são muito crianças, e, nas escolas, o assunto só é pauta a partir do ensino médio. O resultado são casos como o de Victoria: na primeira vez em que ela pisou num consultório de ginecologista, já estava grávida. “Minha mãe nem sabia que eu tinha perdido a virgindade”, conta. Mesmo sem ter ido ao médico, ela já fazia uso de uma pílula anticoncepcional por recomendação de amigas. Ficou grávida porque se esqueceu de tomar o comprimido todos os dias.

Na equação da gravidez na adolescência, falta assistência justamente no período em que mais surgem dúvidas. Não que essas meninas não saibam como evitar filhos. Assim como Victoria, grande parte delas conhece os principais métodos contraceptivos e até sabe onde consegui-los. Acabam, porém, cedendo ao companheiro, que pede que elas não usem nenhuma proteção. “O início da adolescência é um período de muita insegurança, o que gera uma dificuldade imensa de negociação com o parceiro, especialmente porque ele geralmente é mais velho”, diz Albertina Duarte, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Contrariando a tendência nacional, o Estado reduziu os casos de gravidez entre garotas com menos de 15 anos. O segredo, segundo Albertina, tem sido trabalhar a autoestima das adolescentes.
A descoberta da gravidez é só a primeira situação difícil para essas meninas que irão se tornar mães. O bebê em desenvolvimento dentro de um corpo recém-entrado na puberdade está suscetível a uma série de problemas. “Há mais casos de baixo peso ao nascer e de partos prematuros, também aumentam-se as chances de infecção e diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia”, enumera o ginecologista e obstetra Marco Aurélio Galletta, responsável pelo setor de gravidez na adolescência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). 
Superada a gestação, começam as complicações sociais. “Essas meninas perdem a oportunidade de vivenciar as relações próprias da adolescência por ter de assumir a maternidade”, diz Maria do Rosario Figueiroa, do Programa de Atenção à Saúde da Gestante Adolescente do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Sobem também as chances de um segundo filho ainda na tenra juventude. Quase metade dessas garotas volta a ser mãe de dois a três anos depois da primeira gestação. “Já tivemos uma paciente de 17 anos com três filhos”, conta a ginecologista Ezaltina Monteiro, do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre. Outra dificuldade é conciliar a maternidade com os estudos. Das mães com idade entre 10 e 17 anos, 76% estão fora da escola. Entre as adolescentes nessa faixa etária, mas sem filhos, o índice é de apenas 6%. Algumas, como Victoria, conseguem seguir aos trancos e barrancos. Outras, como Letícia Manta, hoje com 16 anos, abandonam os estudos e se tornam donas de casa. A garota, que engravidou aos 15, mora com a filha, Anna Clara, de seis meses, e o namorado, de 22 anos. “Quero voltar a estudar e fazer pedagogia”, diz. Por hora, porém, a vida de Letícia é amamentar, lavar fraldas e cozinhar. 
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Nota: Um dos indicadores apontados para esses números preocupantes sobre a situação dos jovens brasileiros é citado de uma maneira um pouco solta apenas como "família precoce". Mas o que significa família precoce? É evidente que se trata de uma falta de entendimento correta do que implica formar uma nova família. O desmembramento da família tem ocorrido gradativamente através de várias ações. Uma delas vem por meio de uma doutrina da liberalidade sexual ou do incentivo à sexualidade sem compromisso desde que com cuidados e muito "prazer". 
Segundo as estatísticas nos mostram, as jovens nem cuidado estão tendo e muito menos prazer. Uma criança não planejada, fruto de uma mãe com menos de 17 anos e praticamente nenhuma experiência e um pai ausente, certamente vai sofrer as consequências desse tipo de família que inicia. O futuro de uma casa como essa é incerto e inseguro. É por essas e outras razões que a Bíblia Sagrada recomenda que a família inicie através do verdadeiro amor de homem e mulher e que, como consequência disso, venham filhos que se sintam amados por eles. O fundamento desse amor, todo, conforme I João 4:8, é o amor de Deus. 

Documento do Vaticano sobre crise econômica comentado em detalhes

sexta-feira, 25 de novembro de 2011 0 comentários

Falei hoje na Rádio Novo Tempo (www.novotempo.com/radio) sobre as implicações do documento produzido recentemente pelo Vaticano sobre a crise econômica e global. O documento se chama Nota do Pontifício Conselho Justiça e Paz - Para uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional
na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal.
Documento original publicado em:


Esse Conselho é um órgão da Cúria Romana responsável por ações de promoção da justiça e da paz presidido atualmente por um bispo de Gana chamado Peter Turkson.

Quero destacar três pontos principais em relação a esse documento:

1. Para o Vaticano, a origem do problema é o liberalismo econômico sem regras e incontrolado que conduz à desigualdade social. Se relacionarmos com outros documentos anteriormente promulgados a respeito de questões morais, é possível entender que, na ótica da Santa Sé, o problema da "bolha econômica" que deu origem à crise que hoje assola os países europeus é fruto da exploração do capital especulativo e, em última instância, do liberalismo econômico desregrado.
Engraçado é que o Vaticano, através de seus bancos, também participa desse tipo de capital especulativo. Quem quiser entender melhor como o Vaticano age administrativa e sob a ótica geopolítica mundial, sugiro a leitura da obra O Poder e a glória, do jornalista inglês David Yallop.
Abaixo, a citação do documento que reforça o que estou dizendo:

"Antes de tudo, um liberalismo económico sem regras e incontrolado. Trata-se de uma ideologia, de uma forma de «apriorismo económico», que pretende tirar da teoria as leis de funcionamento do mercado e as chamadas leis do desenvolvimento capitalista, exasperando alguns dos seus aspectos. Uma ideologia económica que estabeleça a priori as leis de funcionamento do mercado e do desenvolvimento económico, sem se confrontar com a realidade, corre o risco de se tornar um instrumento subordinado aos interesses dos países que gozam efectivamente de uma posição de vantagem económica e financeira".

2.  O Vaticano entende que é preciso estabelecer uma Autoridade Política Mundial. O termo é significativo, porque faz alusão à necessidade de uma espécie de organismo/entidade/instituição que tome para si a responsabilidade de organizar-se acima dos poderes terrenos, governamentais. É fundamental compreender que a solução, conforme o documento, não está em Deus, como se poderia deduzir partindo de uma organização religiosa, mas nessa Autoridade Política Mundial. E não é difícil concluir que, pelas características apresentadas, somente o próprio Vaticano se encaixa nesse perfil. Ou seja, aí nesse ponto legislam em causa própria.

"A constituição de uma Autoridade política mundial deveria ser precedida de uma fase preliminar de concertação, da qual emergirá uma instituição legitimada, capaz de oferecer uma guia eficaz e, ao mesmo tempo, de permitir que cada país expresse e persiga o próprio bem particular. O exercício de uma Autoridade como esta, colocada ao serviço do bem de todos e de cada um, será necessariamente super partes, isto é, acima de qualquer visão parcial e de qualquer bem particular, em vista da realização do bem comum. As suas decisões não deverão ser o resultado do pré-poder dos países mais desenvolvidos sobre os países mais débeis. Ao contrário, deverão ser assumidas no interesse de todos, não só em benefício de alguns grupos, quer eles sejam formados por lobby privadas ou por Governos nacionais".

3. O documento declara, no final, que a autoridade mundial é o único horizonte que pode fazer frente a toda essa dificuldade relacionada à crise econômica global. Ou seja, apesar de a Bíblia declarar que a volta de Cristo Jesus (inclusive bem declarado isso em profecias históricas como as da estátua de Nabucodonosor, com registro em Daniel capítulo 2, o Vaticano assegura que a saída definitiva está nesse modelo de autoridade política mundial.

"Num mundo em vias de rápida globalização, a referência a uma Autoridade mundial torna-se o único horizonte compatível com as novas realidades do nosso tempo e com as necessidades da espécie humana. Mas não se deve esquecer, contudo, que esta passagem, considerando a natureza ferida dos homens, não se realiza sem angústias e sem sofrimentos".

Resultados do evangelismo A Grande Esperança

quarta-feira, 23 de novembro de 2011 1 comentários

Não posso deixar de mencionar hoje uma história interessante sobre os resultados do evangelismo A Grande Esperança, ao vivo diariamente, até dia 26, pela TV, web e rádio. Leia comentário feito pelo jornalista Michelson Borges, em seu blog.

Os três amigos Edson, Wilson e Luiz
Wilson Fonseca terminou o curso de Teologia no ano de 1990 (no mesmo ano, o então Instituto Adventista de Ensino [hoje Unasp] publicou um livro dele, intitulado Daniel nos Escritos de Ellen G. White). Sua primeira igreja como pastor foi a do Parque Aliança, em Ribeirão Pires, SP. Lá ele conheceu o ancião (líder da igreja) Luiz Gonzaga de Oliveira, seu braço direito na época. Em 1992, Wilson foi transferido para São Vicente e, desde então, Luiz nunca mais o viu.

Edson Honorato serviu o Exército juntamente com Wilson. Ambos deram baixa do 2º Batalhão de Infantaria (2ª Companhia) em 1981. Em 1986, eles se reencontraram na Casa Publicadora Brasileira, onde Edson trabalhava. Na ocasião, Wilson estava cursando o primeiro ano de Teologia. Aquela foi a última vez que os dois ex-colegas de caserna se viram.

Sábado passado, dia 19, dois anciãos da Igreja Adventista de Nova Tatuí, Álvaro Cândido e João Carlos Pereira, estavam almoçando e planejavam visitar um irmão na fé. Foi quando ficaram sabendo da história de um ex-pastor adventista que havia se mudado para Tatuí fazia alguns meses. Conseguiram o endereço dele, mas não o encontraram em casa. No local, receberam a informação de que Wilson havia trabalhado numa fecularia próxima dali. Foram até lá, mas ninguém conhecia o homem. Quando voltavam para o carro, João Carlos reconheceu a dona do estabelecimento e resolveu perguntar pelo Wilson. Álvaro e João ficaram, então, sabendo que, na verdade, Wilson trabalhava com o irmão da dona da fecularia, proprietário de uma fábrica de carrocerias.

De posse do endereço da fábrica, os dois anciãos foram até lá e encontraram Wilson embaixo de um caminhão, fazendo reparos na carroceria. João o cumprimentou, deu-lhe um exemplar do livro A Grande Esperança, de Ellen G. White, e o convidou para assistir à primeira noite de pregações da semana evangelística dirigida pelo pastor Luís Gonçalves, via satélite, diretamente de Belo Horizonte, MG. Poucas horas depois, pontualmente às 19h30, lá estava Wilson (que não perdeu uma noite até agora).

Mas tem mais (e os detalhes revelam Deus agindo nos bastidores para salvar esse filho querido): anteontem pela manhã, o Álvaro comentou os detalhes dessa história comigo e sugeri que ele fizesse uma busca no cadastro de assinantes da Casa Publicadora Brasileira, para obter mais detalhes. Quando ele comentou isso lá no SAC, a atendente Rosana se manifestou: “Wilson Fonseca foi meu pastor e eu morei com a filha dele, a Rúbia Shalheb Fonseca, no internato adventista!” Logo em seguida, Rosana avisou o pai, guarda interno da CPB, que se chama Luiz Gonzaga de Oliveira. O primeiro reencontro estava sendo preparado.

Quando Edson Honorato ficou sabendo pela esposa que um ex-pastor chamado Wilson estava assistindo à série A Grande Esperança na Igreja de Nova Tatuí, pensou: “Será o Fonseca, meu colega de batalhão?” E o segundo reencontro também estava prestes a ocorrer.

Hoje à noite, poucas horas atrás, pudemos assistir a três reencontros carregados de emoção e lágrimas: do Wilson com Jesus e dele com os dois amigos a quem não via fazia muitos anos. Depois de 17 anos afastado da igreja, Wilson atendeu ao apelo do pastor Luís Gonçalves e pediu para ser batizado. Foi um culto realmente emocionante.

No fim da reunião, à porta da igreja, Wilson me disse: “Não tenho explicação para tudo o que está acontecendo nesta semana. Quero voltar e ser batizado.”

Amém!

Publicação original em http://www.criacionismo.com.br/2011/11/grande-esperanca-alcanca-ex-pastor.html

Igreja evangélica nos EUA cultua deusa pagã Ísis

segunda-feira, 7 de novembro de 2011 0 comentários

Notícias Gospel, 07.11.2011.
Original em http://www.wnd.com/?pageId=360365


Uma igreja luterana da Califórnia está sendo duramente criticada depois de organizar uma conferência que irá apresentar “meditações dirigidas”, uma prática associada à Nova Era . O maior problema para os cristãos é saber que isso será dirigido por uma “sacerdotisa” da deusa da fertilidade egípcia Ísis.
A Conferência Anual de Fé e Feminismo será realizada pela quinta vez entre os dias 11 e 13 de novembro. A responsável pelo evento, Igreja Luterana Ebenézer, da cidade de São Francisco, carrega um curioso apelido: herchurch [igreja dela]. O motivo é que ela expressa a identidade feminina de deus, a deusa-mãe.
Loreon Vigne, autointitulada alta-sacerdotisa do Oásis de Isis, um templo pagão fundado por ela 1978 na cidade de Geyserville, Califórnia.
Em entrevista recente, Vigne explica sua fé assim: “Para mim, Isis é a Mãe Natureza, que abrange tudo com suas asas. É uma deusa alada, que abrange todos os outros deuses, de todas as culturas do mundo”.
Falando sobre sua participação num evento realizado em uma igreja cristã, ela ressalta: “A meditação dirigida é aquele momento em que todos os participantes fecham os olhos e você os conduz em uma jornada espiritual. Já levei pessoas a rever suas vidas passadas no Egito, cultura que dominava todos os segredos. Seu principal conceito era conheça a si mesmo, seu coração, sua alma e seu propósito divino”. Ela defende um sistema de crenças baseado no conceito egípcio de equilíbrio, formado por 42 leis ou 42 ideais. “É como se fossem os 10 Mandamentos, mas com um conceito mais positivo. “Não matarás”, por exemplo, é substituído por “Considere todas as vidas como sagradas”.
Vigne planeja levar outras sacerdotisas à conferência para ajudá-la a fazer as invocações, cânticos e meditações. Segundo o site do Oásis de Ísis, além de louvar a antiga deusa pagã, a equipe também faz massagens terapêuticas, leituras de tarô e astrologia.
Vigne explica que hoje há milhares de seguidores de Isis em todo o mundo. “Acredito que as pessoas se cansem dessas igrejas normais, que estabelecem um tipo de religião organizada. Eu sempre brinco que a minha religião é desorganizada”.
Contudo, o evento da igreja luterana não agradou a muitos membros da denominação. O pastor Dan Skogen, de Marion, Iowa, é um dos mais indignados com essa invocação de divindades pagãs em um templo cristão.
“Não se pode inventar esse tipo de coisa!”, protestou ele, que se descreve como um luterano cansado de ver a “constante zombaria contra a Palavra de Deus” por parte da Igreja Evangélica Luterana da América (ELCA), que hoje reúne perto de 4,2 milhões de membros, em 10 mil igrejas.
Skogen não aceita o fato de que a liderança da ELCA “aceita e promove a falsa ideia de que a salvação é assegurada a essas pessoas que não têm fé em Cristo. É aceitável que eles tragam adoradores de Isis para uma conferência. É um grande afastamento do ensinamento da igreja cristã. Deus deixou claro em Êxodo 20:3: ‘Não terás outros deuses diante de mim’. Mesmo assim, essa igreja traz seguidores de outros deuses para falar e ensinar do púlpito!”
Outra palestrante do evento é Megan Rohrer, primeira pastora luterana assumidamente transgênero. “Acredito que o mundo está muito mais interessado na conexão entre as religiões do que na exclusividade”, afirma Rohrer. “Não é algo assim tão incomum. O cristianismo foi fundado durante um período que viu o nascimento de muitas coisas”.
Embora admita que seja normal a preocupação de alguns com essa mistura de paganismo e cristianismo, ela afirma: “Os cristãos que reclamam disso provavelmente não sabem o que é o paganismo. Qualquer coisa que seja diferente do que sua igreja ensine é contra os caminhos de Deus. Isso é algo muito limitado”, acrescenta.
Não é a primeira vez que essa igreja luterana de São Francisco, é criticada por divulgar ensinamentos que contrariam a teologia cristã.
No site da igreja é possível ler: “Somos uma comunidade diversificada, alicerçada na tradição cristã, com o propósito de recriar a imagem do divino como mulher. Nossas orações e nossa liturgia feminista remontam à tradição de invocar nomes como Mãe, Shaddai, Sophia, Ventre, Geradora, Aquela Que É. Isso só é possível por nossa uma visão renovada da natureza do Evangelho, guiados pela elevada sabedoria de Jesus”.
A pastora Rohrer afirma que sua igreja está “criando uma economia caridosa para um mundo onde a identidade de todos possa ser sustentada em sua integridade, oferecendo espaços de atuação para todos os seres humanos”.

Nota: Essa ação de sincretismo religioso, promovida por essas congregações luteranas, pode até chocar alguns em uma primeira leitura, mas estão dentro de um contexto que já se desenvolve há mais tempo. Não é tão recente a conversação de igrejas cristãs tradicionais com outros credos e, além dessa conversação, a fusão de pensamentos a caminho de uma adoração única.
Biblicamente, é possível perceber que Deus sempre orientou Seu povo (inicialmente Israel em termos políticos e depois Israel espiritual que envolve todo aquele que aceita a salvação através de Jesus Cristo) a não estabelecer um sincretismo com outras crenças, especialmente politeístas. O motivo é lógico e simples: Deus é único e merecedor exclusivo da adoração por parte dos seres que Ele criou.
A idolatria, tão condenada na Bíblia e especificada na síntese dos dez mandamentos escritos pelo dedo do próprio Deus, recrudesce gradualmente e deve comprometer a verdadeira adoração da qual falam, entre outros livros, o próprio Apocalipse (a revelação dos tempos finais dada através de visões ao profeta João). E não fico admirado de ver que, mesmo entre igrejas consideradas de orientação cristã, essa distorção comece a se tornar mais visível e concreta. O objetivo final não é o de se manter naquilo que a Bíblia já determinou há milhares de anos e que sempre norteou a caminhada do povo de Deus. A intenção com ações como essa é a de criar um culto popular capaz de agradar aos gostos e vontades das pessoas e não necessariamente apresentar a elas princípios imutáveis preconizados pelo próprio Deus e que não se alteram justamente porque o caráter de Deus não se altera.
A busca por popularidade e fama no segmento religioso é o que caracteriza esse sincretismo religioso descompromissado com a lei divina e aliado do secularismo idólatra, pagão e desvirtuador do próprio conceito de Deus. Caminho aberto para que outras conexões do gênero se consolidem e desfigurem o cristianismo a ponto de não ser mais possível encontrar a Cristo e Seus ensinos em determinadas igrejas.

Cinismo, ceticismo ou falta de Deus? Reflexão sobre artigo de Cristóvão Buarque

domingo, 6 de novembro de 2011 0 comentários

Artigo de Cristóvão Buarque no jornal O Globo, 05.11.2011 publicado originalmente sob o título "Cinismo ou ceticismo".

Diversos repórteres descreveram a rebelião em Canudos. Mas foi Euclides da Cunha quem ficou na história, porque no lugar de apenas descrever as aparências entre o que parecia um Conselheiro insensato e Generais sensatos, mostrou o que havia por baixo das aparências: a disputa entre Cidade e Campo, Império e República, Moderno e Arcaico.
Cem anos depois, estamos repetindo a mesma forma superficial de fazer reportagens sem descrições mais profundas da sociologia da corrupção. As notícias giram em torno de denúncia dos fatos visíveis: vídeos, contratos, fotos e propinas. Ainda não surgiu o Euclides da Cunha da corrupção. Estamos vendo e descrevendo o superficial.
Por trás dos fatos de políticos roubando dinheiro público, está a realidade de uma sociedade acostumada a desprezar o que é público. A indignação contra a corrupção é um bom sinal de que o interesse público começa a nascer, mesmo assim muito discretamente, porque as causas mais profundas não são denunciadas. Como Canudos, há uma barreira protegendo a percepção das causas mais profundas.
Depois de séculos em que até o trabalhador era propriedade privada e de décadas de uma democracia servindo aos interesses de minorias, o interesse privado ainda prevalece sobre o público. Fica explicado - não justificado, obviamente - porque tantos se sentem no direito de vandalizar os bens públicos, como se destruir bens públicos não fosse uma forma de corrupção. Fica explicada também a aceitação de expressões como “isto não é roubo”, ou “rouba, mas faz”, ou "mas, e daí, se todos roubam", ou a mais moderna e cínica “rouba, mas é um dos nossos”, ou ainda "rouba, mas não é para si, é para a campanha".
Até há pouco tempo, pelo menos existiam partidos e militantes que repudiavam essas afirmações. A democracia cooptou-os, absorveu-os e os fez tolerantes, criando uma geração de céticos e cínicos, porque a realidade da primazia do privado é mais forte do que as idéias, os sonhos e a vontade dos que querem defender o público. Isso faz com que os jovens que há poucos meses estavam sendo pisoteados pelas patas de cavalos da polícia, ao manifestarem-se contra a corrupção, não compareçam e até repudiem as recentes manifestações pela ética. Pode ser por ingenuidade ou por convicção de que os fins justificam os meios, ou pode ser por cinismo até porque as ações não mostram fins diferentes do ponto de vista dos interesses do público e do longo prazo.
Esse desprezo pelo interesse público induz e permite uma tolerância com o roubo dos recursos públicos a ponto de, eufemisticamente, chamá-lo de corrupção, no lugar de roubo. A sociedade aceita como natural o uso do dinheiro público para obras desnecessárias ou que beneficiam apenas uma minoria. Felizmente, cobrar propina na construção de prédio público já começa a provocar indignação, mas fazer obra faraônica ou estádios ao lado de casas sem esgoto não escandaliza. A primazia do privado sobre o público, do indivíduo sobre a Nação, leva à "corrupção pelo vandalismo", à "corrupção nas prioridades" e à "corrupção do imediatismo", provoc ando o consumo de recursos que pertencem também às gerações futuras, como acontecerá com os royalties do petróleo, como se isto não fosse também uma corrupção.
É por isso que, nas palavras do professor Kurt Weyland, citado pelo jornalista Rudolfo Lago, no site Congresso em Foco: “O Brasil tem uma democracia estável, mas de baixa qualidade”. Porque a política não está comprometida com a causa pública. Felizmente, enquanto não surge um Euclides da Cunha, temos repórteres atuantes, desvendando segredos e descrevendo a realidade apenas nas aparências. Como os repórteres que foram a Canudos, os de hoje talvez tenham interesses e visão das minorias privilegiadas, viciadas no interesse particular da renda e do consumo privado, que impedem a visão das causas da corrupção que vão muito além do comportamento dos p olíticos imorais. A corrupção está na estrutura social, na qual o Estado pertence e existe para poucos.
Euclides da Cunha, além da genialidade literária, possuía uma habilidade sociológica que não dá para exigir de todos nós, nem dos nossos leitores que, provavelmente, não gostariam de tomar conhecimento de toda a verdade.
Mas dá para exigir que os militantes não sejam cínicos no presente, para que não sejam todos céticos quanto ao futuro.

Nota: Relevante a reflexão apresentada por Cristóvão Buarque, apesar de o mesmo ser um político e, como integrante da classe política, co-responsável por parte do que ele mesmo critica. Mas tudo bem. Quero me ater mais ao conteúdo e não ao autor em questão.
Entendo que um dos grandes problemas do Brasil (e de outros países também) não é apenas a baixa qualidade da sua democracia.
É o fato de se usar a democracia para justificar a corrupção. Explico: em nome de um governo "do povo"ou "para o povo" ou ainda "com o povo", atendem-se interesses de grupos específicos sempre que os mesmos exercem uma pressão financeira sobre os representantes da área legislativa, judiciária e executiva. Só que isso não é necessariamente governar em prol do povo. É governar para os poucos que pressionam financeiramente e não têm qualquer compromisso ou comprometimento com o bem-estar da grande maioria.
Faltam aos governantes em todas as instâncias a preocupação com a qualidade de vida da maioria das pessoas. E esses governantes são muito parecidos com as pessoas que neles votam ou depositam algum tipo de confiança para que liderem o País, os estados e as cidades. Um reflete, de certa forma, o comportamento do outro. E mais do que comportamento, o próprio caráter.
E quando falamos de índole ou caráter, embora haja diferenças técnicas entre os dois conceitos, estamos falando de conceitos de não são efeito, mas a causa. O cinismo e/ou ceticismo apontado por Buarque em seu artigo é consequência direta da inexistência de um caráter caracterizado pelo interesse verdadeiro pelo bem-estar dos outros. Isso ajudaria, inclusive, a se desenvolver uma percepção concreta do que é interesse público. É mais do que oferecer benefícios às pessoas, mas levá-las a compreender suas responsabilidades como integrantes de um todo que precisa ser preservado.
Falta mesmo é a presença de Deus na vida de administradores públicos e privados, bem como de todos nós (o povo que vota). Creio, segundo a Bíblia, que Deus é quem pode influenciar em nosso caráter de maneira que tenhamos aspirações, desejos, sonhos e pensamentos dirigidos realmente à coletividade e não apenas a nossos interesses egoístas.
Não que necessariamente Deus esteja distante ou tenha saído enquanto deixou o mundo girar sozinho com suas corrupções. Possivelmente nós é que tenhamos O alijado de nossa vida para cuidarmos de nossos próprios interesses ou daqueles a quem devemos favores, sobretudo financeiros.

Líder religioso no Oriente Médio convoca missionários

quarta-feira, 2 de novembro de 2011 2 comentários

Portal Adventista, 1º.11.2011;

Um chamado à missão deu a tônica da mensagem apresentada, na manhã desta terça-feira (1º), em Brasília, durante a Comissão Diretiva Plenária da Divisão Sul-Americana, pelo pastor Homer Trecartin, recém-nomeado como presidente da uma união responsável pela administração adventista no Oriente Médio. A Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia (AG) decidiu estabelecer uma região que pudesse atender com uma estratégia diferenciada 21 países com uma população de 500 milhões de pessoas onde há apenas dois mil adventistas (proporção de 1 adventista para cada 250 mil habitantes).
Trecartin relembrou a experiência missionária de Paulo, Silas e Lucas e do pioneiro adventista sul-americano Jorge Riffel e destacou que todos eles não tiveram medo de enfrentar desafios e perigos para levar avante a mensagem a quem precisa em diferentes lugares e culturas. “Há muita gente hoje que nos diz que é perigoso e até ilegal ir para onde estamos indo. Mas precisamos fazer o trabalho de Deus”, comentou o líder.
O plano da AG é que na região do Oriente Médio sejam estabelecidos inicialmente 25 centros de influência em vários países estratégicos. Até o final de 2013, a meta é mais ambiciosa e prevê a criação de 100 centros de influência. Conforme o pastor Trecartin, esses centros poderão ser lugares de saúde, escolas de inglês, programas de alfabetização, apoio a estudos, restaurantes e até casas.
O conceito de centros de influência é interessante, porque a ideia não é apenas criar meios de envolvimento religioso, mas social. Uma das metas parece ser a de criar uma visão diferenciada do cristianismo de modo a quebrar preconceitos, principalmente em relação aos muçulmanos. “No Egito, por exemplo, há policiais posicionados na frente de igrejas cristãs. Fazem isso para proteção, mas, também, para assegurar que os muçulmanos não entrem em um templo cristão”, explicou.
No final do sermão, Trecartin fez um apelo aos líderes sul-americanos para que ajudem a reforçar a ideia de enviar mais missionários às regiões principalmente da chamada Janela 10/40, onde o cristianismo é quase inexpressivo frente a outras crenças religiosas. “Orem mais, no entanto façam ainda mais por nós no Oriente Médio”, suplicou o líder.

Nota: A Bíblia comenta, nos evangelhos, sobretudo em Mateus, que o fim do mundo não virá antes sem uma extensa e abrangente pregação do evangelho da salvação a todas as pessoas. Muito se discute acerca de como isso se dará, mas algo é certo: o evangelho tal como revelado pela Bíblia Sagrada deverá se tornar conhecido a milhares de pessoas, inclusive de outras crenças. Esse tipo de trabalho, explanado pelo pastor Trecartin, é muito interessante e inteligente.
Uma das maiores necessidades hoje não é apenas de o cristianismo apresentar doutrinas e ensinamentos teológicos, porém mostrar simpatia para com as pessoas de todas as orientações religiosas. E esses centros de influência no Oriente Médio certamente serão criados nesse contexto e nesse sentido. Importante constatar isso em tempos de cumprimento profético.

Vaticano quer autoridade financeira 'com competência universal'

segunda-feira, 24 de outubro de 2011 0 comentários

Veja Online, 19.10.2011.

O Vaticano anunciou nesta quarta-feira ter preparado um documento para a reforma do sistema financeiro internacional no qual convoca a criação de uma "autoridade pública com competência universal".
O documento será apresentado na segunda-feira à imprensa e foi elaborado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, liderado pelo cardeal africano Peter Kodwo Appiah Turkson.
"A reforma do sistema financeiro internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal" é o título do documento, que ainda não teve seu conteúdo divulgado.
O Vaticano apresenta assim propostas concretas perante a crise econômica e social que afeta o mundo desde 2008.
Bento XVI se pronunciou em diversas ocasiões a favor de uma "intervenção pública" e denunciou o sistema econômico atual e suas consequências sobre os setores mais pobres da população, em particular os camponeses.
"A crise financeira mundial demonstrou a fragilidade do sistema econômico atual e das instituições a elas conectadas", declarou o Papa em abril.
Para o chefe da igreja, é "um erro considerar que o mercado é capaz de se autorregular, sem a necessidade de uma intervenção pública e sem referências morais internacionais", escreveu.
Na segunda-feira, em uma mensagem enviada à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pelo Dia Mundial da Alimentação, Bento XVI fez um pedido a favor dos agricultores de todo o mundo.
"É preciso investir no setor agrícola", disse.
Em julho, o Papa condenou firmemente a "especulação financeira" com alimentos.
"O quadro internacional e as frequentes preocupações causadas pela instabilidade, junto com o aumento dos preços dos alimentos, requerem propostas concretas e necessariamente unitárias para obter os resultados que os Estados não podem garantir individualmente", ressaltou então.

Nota: Essa intervenção pública, como fez questão de chamar o Vaticano, tem relação direta com as profecias bíblicas, sobretudo em Apocalipse 13, onde está declarado que as bestas juntas (a que emerge do mar e a da terra) iriam se unir para coibir a compra e venda de todos aqueles que não se submetessem à sua adoração. Ou seja, a Bíblia é enfática, nas revelações dadas ao profeta João, de que a questão econômica está no cerne da questão da perseguição religiosa empreendida nos últimos dias nesse mundo a um grupo que é denominado de verdadeiros adoradores de Deus.
Um estudo do livro de Apocalipse juntamente com Daniel 7,8 e 9 deixa claro que esse poder de influência político-econômica e religiosa vai agir de maneira veemente e contundente. O fator econômico está totalmente presente e essa declaração da Santa Sé vai nesse sentido. E o Vaticano, segundo estudiosos da Bíblia há muitos anos, possui características que se encaixam perfeitamente na descrição de uma das bestas apocalípticas.
Para quem não crê muito no poderio econômico e na ação permanente do Vaticano ao longo dos anos no que diz respeito ao seu próprio avanço econômico, sugiro ler bons livros de história geral. Esse interesse se estende até o presente papado. Detalhes a respeito do pontificado de João Paulo II, nesse e em outros aspectos, podem ser lidos na excelente pesquisa jornalística de David Yallop na obra O Poder e a Glória.
Já sobre a questão das bestas e a relação com o papado, uma leitura necessária e imediata é o livro Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse, de Maxwell.

Manifestações contra crise econômica alcançam 82 países

domingo, 16 de outubro de 2011 0 comentários

Folha de São Paulo, 16.10.2011.

De Wall Street para as ruas de 950 cidades de 82 países em todos os continentes.
Dezenas de milhares de manifestantes, inspirados pelo movimento que há quase um mês protesta contra a crise econômica mundial em Nova York, espalharam-se ontem pelo mundo ao pedir "união por uma mudança global".
A maioria das manifestações foi pacífica, com exceção da Itália, onde 200 mil pessoas foram às ruas de Roma estimuladas também pela decisão do Parlamento, anteontem, de manter o premiê Silvio Berlusconi no poder.
Em Roma, vários carros foram incendiados e manifestantes encapuzados destruíram agências de bancos. A polícia tentou conter os protestos com gás lacrimogêneo. Cerca de 70 pessoas ficaram feridas, três com seriedade. Todos os museus da capital foram fechados.
Berlusconi disse que os autores da violência serão "identificados e punidos". Em Nova York, onde tudo começou, 5.000 pessoas marcharam pelo distrito financeiro de Manhattan e ocuparam a Times Square. Ao menos 20 delas foram presas em um banco quando fechavam suas contas para protestar.
Sem agenda específica, a não ser uma crítica difusa ao grande capital, os manifestantes pelo mundo se organizam em grande medida por redes sociais como Facebook.
Além dos jovens dos EUA, tomam como modelo a Primavera Árabe e os "indignados" europeus. Ontem, Barcelona, na Espanha, um dos berços dos "indignados", foi a segunda cidade que registrou mais manifestantes, 60 mil. Em Madri, a Porta do Sol recebeu mais de 40 mil pessoas.
Em Portugal, os manifestantes de Lisboa e Porto também somaram 40 mil. As alemãs Berlim e Frankfurt registraram passeatas com 5.000 participantes.

ASSANGE
Em Londres, os protestos reuniram 2.000 pessoas em frente à Catedral de St. Paul. Nas escadarias da igreja, um manifestante chamou especial atenção: Julian Assange, do site WikiLeaks.
Ovacionado pelo público, ele foi depois abordado por policiais que o obrigaram a tirar uma máscara que usava. Os protestos se espalharam ainda por Ásia, Austrália e África, mas em menor escala.
Em Tóquio, 200 manifestantes se reuniram em frente à Tokyo Electric Power, operadora da central atômica de Fukushima, epicentro da catástrofe nuclear de março.
No Brasil, São Paulo, Rio, Porto Alegre e Curitiba tiveram manifestações. Na capital paulista, 200 jovens armaram barracas no Vale do Anhangabaú para passar uma semana, mas o acampamento foi desmontado a pedido de guardas civis.
No Rio, 150 pessoas se reuniram na Cinelândia, exibindo faixas contra a corrupção.

Nota: Realmente algo singular está ocorrendo no mundo. Pela primeira vez, vê-se um clamor popular pedindo urgentes reformas políticas e econômicas sob o lema de uma união por uma mudança global. Até o Brasil, costumeiro avesso a iniciativas mundiais de grande porte e conhecido até hoje pela indiferença aos problemas de âmbito planetário, ensaia os primeiros passos dentro desse movimento maior.
Alguns analistas mais apressados dirão que se trata de uma nova moda passageira que logo irá se dissipar. Pode até ser, mas não crei por algumas razões. Éinegável que os problemas econômicos que estão afetando desde os EUA até boa parte da "rica" Europa afetou a mente de muita gente. Até agora, problemas sociais, morais, catástrofes naturais, escândalos e corrupções no sistema político e até notórios problemas advindos dos maus tratos ao meio ambiente pouco abalaram a sociedade e os governos de muitas nações. Mas agora a crise chegou ao "bolso" das pessoas. Menos empregos, menos perspectiva de rentabilidade financeira de negócios a curto prazo, alguma alteração no poder de compra, etc, são fatores até o presente momento que não faziam parte da rotina de europeus e norte-americanos. Isso está mexendo com o inconsciente coletivo. E a reação começou.
Já disse isso aqui, mas vou repetir a ideia. A necessidade de uma grande mudança na ordem das coisas,  ou seja, o estabelecimento de uma nova ordem mundial em torno de uma união por mudança global - como afirma a reportagem acima bem no seu início - houve no passado e tinha como pano de fundo um panorama econômico fragilizado. O ditador alemão Hitler se ergueu, cresceu e se consolidou em meio a uma Alemanha imersa em crises social, mas sobretudo financeira. Mas se quiser ir mais ao passado, vamos ao Império Romano do Ocidente, oficialmente destituído em 476 d.C.
Muitos historiadores conceituados concordam que, quando imperadores começaram a esbanjar dinheiro com orgias, festas e prazeres específicos apenas para a corte, deixando de investir em proteção e estratégia militar eficaz, as fronteiras do gigantesco Império Romano começaram a ruir. É evidente que as investidas dos chamados bárbaros não começaram de uma hora para a outra, mas se fortaleceram com a crise financeira pela qual passou o antigo império dos césares.
Eu entendo que novamente vamos assistir a um movimento mundial para tentar conter os efeitos desastrosos de uma crise financeira de proporções globais como parece se avizinhar. Preocupo-me com a maneira como isso será feito. O que será essa união por uma mudança global? União em torno de quais princípios ou bases?
No passado, também é bom lembrar, o profeta hebreu Daniel acudiu o monarca do antigo Império Babilônico, Nabucodonosor II, quando esse teve um sonho estranho, mas significativo. No livro bíblico com o nome do profeta, capítulo 2, é possível ler o relato da interpretação do sonho acerca de uma estátua que mostra a sequência dos reinos dali em diante com predominância no mundo então conhecido até que todos foram destruídos por uma pedra não cortada por mãos. A solução para um mundo mergulhado em crises, inclusive a financeira que está tirando o sono de muitos, não é uma união humana de esforços, mas um apego a Deus.
Não creio que os líderes mundiais olharão para o Céu em busca de respostas. Mas se o fizessem, encontrariam sabedoria verdadeira para saber como agir.

Para pré-candidato às eleições norte-americanas Deus quer que EUA comandem o mundo

sexta-feira, 7 de outubro de 2011 0 comentários

Folha On Line, 07.10.2011.

O pré-candidato republicano à eleição presidencial de 2012 nos Estados Unidos Mitt Romney declarou nesta sexta-feira que Deus criou os Estados Unidos para que o país liderasse o mundo e acusou o presidente democrata Barack Obama de enfraquecer voluntariamente o país.
Romney buscou fortalecer suas credenciais como potencial comandante-em-chefe das Forças Armadas, no momento em que as pesquisas o colocam em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pré-candidatos republicanos e em forte disputa com Obama para a eleição de novembro de 2012.
"Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio", disse Romney em seu discurso de campanha mais importante sobre política externa.
"Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão", acrescentou, afirmando que o planeta seria mais perigoso se Washington não tivesse um papel de liderança. O pré-candidato republicano pronunciou este discurso no aniversário de dez anos do início da intervenção americana no Afeganistão.
"Deixem-me ser claro: como presidente dos Estados Unidos, eu me dedicarei a um século americano", afirmou.
"Nunca, jamais, pedirei perdão em nome dos Estados Unidos", afirmou Romney rodeado por cadetes do Citadel, um colégio militar da Carolina do Sul.
Os republicanos classificam os esforços de Obama para melhorar a imagem dos Estados Unidos fora do país como um "tour de desculpas" e acusam seu governo de enfraquecer o papel do país.

Nota: O discurso de qualquer político em época pré-eleitoral sempre merece consideração reduzida, já que inúmeras afirmações são proferidas tão somente para que se torne notícia. Mas as palavras de Mitt Romney, pré-candidato republicano, soam fortes. Pode ser apenas força de uma retórica contundente para tentar reforçar um conceito de que com ele os EUA não vai enterrar a cabeça, mas atuar de cabeça erguida por causa de sua força.
Mas também pode ser a retomada de um conceito muito forte na América do Norte e que consiste em se intensificar algo que o atual presidente Barack Obama parece ter deixado em segundo plano: a prepotência norte-americana a qualquer preço em relação à geopolítica mundial. Profeticamente, segundo os livros bíblicos de Daniel e principalmente Apocalipse, além de obras baseadas nesses escritos bíblicos como O Grande Conflito, de Ellen White, os EUA exercerão um papel importante nos tempos finais desse mundo ao lado do sistema religioso predominante sob o comando do Vaticano e seus aliados no cerceamento de liberdades individuais, inclusive a respeito de religião (Apocalipse 13 é a leitura recomendada para esse assunto em comparação com Daniel capítulos 7,8 e 9).
Para quem imagina que isso seja loucura ou teoria conspiratória, basta observar o discurso de gente como Mitt Romney e de outros tantos adeptos da ideia de que os Estados Unidos, como nação, possuem uma missão quase messiânica no planeta e que as demais nações devem seguir sua liderança. Nada mais coerente com a inspiração bíblica e com livros que ajudem nisso. Sugiro, também, a excelente obra em inglês de Marvin Moore intitulado Could It Really Happen?.

'Só dieta à base de vegetais reverte doenças cardíacas', afirma médico

quarta-feira, 5 de outubro de 2011 0 comentários

Folha OnLine, 26.09.2011.

Diga adeus a bifes, peixes, arroz branco e açúcar. Farinha e grãos, só integrais. Azeite de oliva, nem pensar. Para o cirurgião americano Caldwell Esselstyn, 77, uma alimentação baseada em folhas, frutas, legumes e grãos integrais é o único jeito de evitar, deter e reverter doenças cardiovasculares. Especial da Semana do Coração Seu método, que vem sendo aperfeiçoado nos últimos 30 anos, é o tema do documentário "Forks over Knives" (trocadilho que quer dizer tanto "garfos sobre facas" quanto "garfos no lugar de bisturis"), lançado nos EUA e ainda inédito no Brasil.
O filme conta a história de pacientes de Esselstyn, médico da Cleveland Clinic (Ohio). Eles venceram problemas cardíacos e evitaram cirurgias ao adotar a dieta. Para o cirurgião, que falou à Folha por telefone, a dieta extrema não é a que ele propõe, e sim a adotada pela maioria dos ocidentais. "Ela garante que milhões de pessoas serão submetidas a cirurgias de peito aberto. Vamos comer vegetais. É para isso que fomos criados."

* Folha - O sr. diz que os problemas cardíacos se devem à alimentação. Não há outros fatores de risco envolvidos, como genética?
Caldwell Esselstyn - Se você come a dieta típica ocidental, cheia de carne, óleo e laticínios, você vai ver que, entre mil pessoas, algumas terão infarto aos 40, outras aos 50, outras aos 60, 70 ou 80. Você pode dizer que, geneticamente, quem tem o infarto só aos 80 é mais forte para resistir a essa dieta extrema. Por outro lado, se todo mundo comer uma dieta baseada em vegetais, todos são poupados.

Controlar os níveis de colesterol não é suficiente? Ao pensar só em números, prestamos atenção à coisa errada. As pessoas tomam remédios para o colesterol mas ainda querem comer frango frito. O que funciona é o que entra pela sua boca. Toda vez que você come azeite, óleo, leite, manteiga, queijo, sorvete, iogurte e carne, você machuca o delicado revestimento das artérias, o endotélio. Ele é um tapete mágico que produz uma molécula incrível chamada óxido nítrico, que é vasodilatadora e protege a parede dos vasos sanguíneos. Autópsias de soldados que morreram na Guerra da Coreia e no Vietnã, dos anos 50 a 70, revelaram que 80% dos jovens de 20 anos já tinham problemas coronários visíveis. As obstruções não eram suficientes para causar um infarto, mas estavam lá. Hoje, todos os jovens têm isso.

Sua dieta exclui o azeite de oliva, base da dieta mediterrânea. Ela está toda errada?
Está errada em recomendar azeite. Em Creta, há 60 anos, as pessoas eram magras, comiam muitos legumes e frutas e um pouco de azeite. As desvantagens do azeite eram compensadas pela quantidade de vegetais. Quando você estuda o efeito do azeite com um teste de ultrassom da artéria braquial (no braço), que mede os danos ao endotélio, vemos que o óleo machuca os vasos.

Você chama as cirurgias e angioplastias de soluções mecânicas para um problema biológico. Esses procedimentos não adiantam nada?
Eles não chegam a ser soluções. A medicina tem evoluído no sentido de criar uma lista cara de remédios e de procedimentos perigosos, como a colocação de stents ["molas" inseridas em vasos obstruídos] e pontes de safena. Com o tempo, é preciso colocar outro stent, fazer outra ponte, tomar mais remédios, e, no fim, a pessoa morre do coração assim mesmo. Os médicos, não sei o porquê, passaram a acreditar que as pessoas não são capazes de mudar seu estilo de vida. Mas o problema é que eles não sabem como transmitir essa mensagem. Quando trato alguém com doença cardíaca, fazemos um curso de cinco horas. O paciente vai entender o que causou a doença e o que ele deve fazer para revertê-la. No fim, oferecemos uma refeição à base de vegetais e uma apresentação de 1h15 sobre como comprar e preparar alimentos, ler rótulos e lidar com restaurantes e viagens. A revolução da saúde nunca vai acontecer por causa da descoberta de um remédio. Nunca vai ser por causa de um novo procedimento cirúrgico. A revolução vai acontecer quando as pessoas estiverem informadas do ponto de vista nutricional, para evitar as comidas que vão fazê-las perecer por uma doença.

Qual percentual dos seus pacientes tem melhora?
Quase todos. Quando começamos o programa, e as pessoas ainda não sabiam se ia funcionar, 70% se recuperavam. Agora estamos em 90%. O que torna esse tratamento tão poderoso é que posso mostrar raios-X de artérias do nosso primeiro grupo. Os pacientes percebem que, se os outros conseguiram, eles também vão.

O sr. diz que moderação mata. Por que não dá para comer carne com moderação?
Moderação é dizer: qual a quantidade de um alimento que sei que vai me prejudicar eu posso comer e conseguir escapar das doenças? Isso é loucura. Quantos bifes posso comer? Quantas batatas fritas engorduradas? Como assim? É a mensagem errada.

O sr. acredita que sua dieta pode ser adotada globalmente?
O Brasil está destruindo a atmosfera e o mundo ao queimar as florestas que são ótimas para capturar o CO2. Por quê? Para produzir carne, que vai fazer as pessoas morrerem cedo e ter vidas miseráveis e infelizes. Se toda essa área for substituída por vegetais, é possível produzir muito mais. Vamos comer plantas, é para isso que fomos criados.

Nota: não sou a favor de dietas radicais e nem a Bíblia Sagrada aconselha um estilo de vida desequilibrado em qualquer sentido. Mas a palavra de um profissional médico a respeito da importância de uma dieta à base de vegetais me parece bastante coerente. A frase que ele colocou a respeito de que fomos criado para consumir vegetais é bastante lógica, especialmente se lermos o relato de Gênesis antes do dilúvio. É óbvio que depois do dilúvio, como também está registrado, Deus permitiu que o homem se alimentasse de animais. Mas se falarmos em um plano ideal, sem dúvidas a ingestão de alimentos mais naturais possíveis está dentro de uma proposta mais alinhada com estilo de vida saudável.
Algumas colocações do médico valem a pena ser levadas em conta. Escritos de gente como Ellen White, Elisa Biazzi, Silmar Cristo, Sang Lee e outros ajudam a pensar de uma maneira diferente a questão da saúde como um bem integral a ser preservado. Recomendo, ainda, um ótimo filme sobre a questão da saúde e os adventistas. Veja trecho abaixo.

 
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