O AVANÇO DOS DIREITOS GAYS

domingo, 25 de novembro de 2007 3 comentários

Revista Istoé, Semana de 26.11.2007.

Um polêmico projeto da então deputada Marta Suplicy trouxe à tona, em 1995, a luta de pessoas do mesmo sexo para oficializar seus relacionamentos e ter garantidos por lei direitos de casais heterossexuais – como herança, adoção e pensão. O projeto nunca foi adiante. Aliás, não há na legislação federal qualquer menção aos homossexuais. Enquanto os poderes federais caminham morosamente para vencer seus preconceitos, a sociedade tomou as rédeas do processo de reconhecimento dos direitos homoafetivos. As conquistas dos gays foram tantas que, hoje, o pioneiro projeto de Marta está defasado.
Nesses 12 anos, gradualmente, uma transformação social ganhou corpo baseada em casos isolados que, agrupados, compõem uma obra contundente. No campo da adoção, parceiros do mesmo sexo têm conseguido registrar seus filhos com dupla paternidade ou maternidade. O INSS regulou a concessão de auxílio reclusão e pensão por morte ao companheiro homossexual. Empresas como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, IBM e os bancos HSBC e Real/ABN Amro conferem aos funcionários gays a possibilidade de incluir seus parceiros como dependentes em planos médicos. Em agosto passado, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, concedeu as quatro primeiras pensões a parceiros de servidores públicos homossexuais.
Existem 13 leis estaduais e mais de 100 municipais que proíbem a discriminação sexual. “Nosso desafio é ampliar a fiscalização para que elas sejam de fato cumpridas”, diz Claudio Nascimento, superintendente estadual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Ação Social do Rio de Janeiro, e integrante do Grupo Arco-Íris. Ao todo, 25 projetos de lei que tratam de direitos dos homossexuais tramitam no Parlamento. Um deles, já aprovado pelos deputados e aguardando apreciação dos senadores, enquadra a homofobia como crime. “Das minorias, os homossexuais são os mais excluídos, pois, em geral, não têm nem mesmo o apoio familiar”, diz a desembargadora Maria Berenice Dias, autora do livro União homossexual: o preconceito e a justiça. “E a família é um ponto de segurança, onde as pessoas excluídas se fortalecem para enfrentar a discriminação nas ruas, no trabalho.”
Embora a sociedade tenha avançado nos direitos dos homossexuais, histórias de preconceito ainda são comuns. No final de abril, Carmem Geraldo, 52 anos, e Noir Marques, 38, duas professoras da rede pública de Campo Grande, foram demitidas da Escola Professora Onira Rosa dos Santos por serem homossexuais. Elas se conheceram em uma escola rural quando passaram a dividir um alojamento. Apaixonaram- se e resolveram ficar juntas. Um dia contaram sobre o relacionamento para uma colega e a história se espalhou. Na semana seguinte, foram chamadas à sala da diretora da escola e dispensadas. Carmem não pôde nem se despedir dos alunos. O argumento da diretora era que, se o caso chegasse “ao conhecimento da comunidade, as conseqüências seriam desastrosas”, conforme justificado na ata de reunião da escola. O prefeito da cidade, Nelson Trad Filho, defende a decisão. Em entrevista à Rede Globo, disse que aquilo “é inadmissível, porque a escola é feita para ensinar e para aprender”. O casal entrou com um pedido de indenização contra a prefeitura.

Na primeira vez em que a Justiça concedeu a uma mulher a guarda, ainda que provisória, do filho de sua companheira falecida, o País acompanhou o caso como uma novela. Em janeiro de 2002, o juiz Leonardo Castro Gomes, da 1ª Vara da Infância e Juventude, do Rio, decidiu que Maria Eugênia Vieira Martins seria a tutora de Francisco Ribeiro Eller, filho biológico da cantora Cássia Eller. A sentença refletiu os apelos de diversos setores da sociedade, que reconheceram a importância de Maria Eugênia na vida da criança: era ela que cuidava da educação de Chicão enquanto Cássia se apresentava com sua banda pelo Brasil.
Outros tribunais e instituições municipais e estaduais andam a passos largos à frente dos legisladores federais. Em fevereiro de 2004, a Justiça gaúcha garantiu o direito de casais homossexuais ratificarem seu relacionamento em cartório. Em junho de 2006, o Tribunal de Justiça de Goiás declarou ser da competência da Vara de Família e Sucessões o julgamento de questões que envolvam relacionamentos homossexuais. Neste ano, na Bahia, foi concedido à ex-parceira o direito de visita ao filho gerado pela então companheira. A grande vitória é fazer com que as ações sejam julgadas na Vara de Família e Sucessões e não na Cível, reconhecendo o vínculo de familiaridade. Dessa forma, as relações passam a ser consideradas como afetivas e não comerciais.

Na vanguarda dos avanços, estão os registros de dupla maternidade e paternidade. Os cabeleireiros Dorival de Carvalho Junior e Vasco da Gama, de Catanduva (SP), foram os primeiros a ser contemplados ao adotarem Theodora Rafaela Carvalho da Gama, seis anos. A criança vive com eles há dois anos. Em 1998, Gama teve um pedido de adoção negado sob a alegação de viver um relacionamento anormal. Hoje, eles pensam em aumentar a família. “Theodora sempre pede uma irmãzinha. Estamos fazendo planos”, diz Junior. Em junho passado, a 2ª Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre deferiu a maternidade de um garoto à companheira da mãe biológica dele. A criança passou a ter duas mães, inclusive em sua certidão de nascimento. Em setembro, foi a vez de um casal de lésbicas do Rio de Janeiro conseguir a adoção nas mesmas condições.
A empresária Hedi Costa de Oliveira perdeu sua companheira, Sandra Maria Siqueira, em um acidente de carro há três anos. Sócias em uma editora, elas tiveram um relacionamento de duas décadas e adotaram três crianças, duas em nome de Sandra. Um documento registrado em cartório garantiu a tutela delas a Hedi, após a tragédia. Para garantir que tenham direito à sua herança, a empresária vai entrar com o pedido de adoção. “As pessoas costumam associar a homossexualidade ao sexo, e o que constitui a família é o afeto. Nossa experiência é afetiva”, diz Hedi, sobre a convivência com Rafael, 18 anos, Débora, 17, e José Marcos, 17.

A valorização da diversidade também está em voga nas empresas. “Elas estão saindo do armário e não só no ponto de conceder benefícios, mas de respeito ao próximo no ambiente de trabalho”, diz Reinaldo Bulgarelli, da Txai Consultoria, com experiência de 20 anos na área de diversidade. Na IBM, a inclusão de benefícios para casais do mesmo sexo existe desde 2003 e há um conselho de GLBT (sigla para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros). “A produtividade aumenta quando existe respeito e as pessoas não precisam esconder o que realmente são”, afirma Fabiana Galetol, gerente da IBM.
Na Caixa Econômica, 160 funcionários têm seus parceiros do mesmo sexo reconhecidos como dependentes no plano médico. No Banco do Brasil, são aproximadamente 150. O primeiro deles foi Augusto Andrade, 52 anos, analista sênior da Ouvidoria Interna. Entre vitórias burocráticas e até tecnológicas – para conseguir incluir dois homens como um casal na base de dados – o processo de inclusão durou dois anos e foi aprovado em outubro de 2005. “Tive que fazer uma declaração em cartório de que vivíamos juntos”, diz Andrade, sobre seu companheiro, um professor de 30 anos, que também é seu dependente no plano de previdência do BB. Maior fundo de pensão da América Latina, a Previ conta com 90 inscrições de pessoas do mesmo sexo. A primeira concessão de pensão a um parceiro homossexual saiu neste ano.

NOS EUA A Câmara acaba de aprovar lei que proíbe discriminação no ambiente de trabalhoACâmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou no início do mês a primeira lei federal que proíbe a discriminação contra homossexuais no trabalho. O projeto segue agora para análise do Senado. Ativistas vêm classificando a decisão como a mais importante em defesa de direitos civis desde a década de 90. Há outros países com legislação também avançada. A Holanda foi a primeira a admitir a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, em 2002. Na Espanha, após quase dois anos de vigência da lei que permite o casamento homossexual, mais de 4.500 uniões foram realizadas – houve três divórcios. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a reconhecer a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A lei vale para a Província de Buenos Aires.

A reportagem procura mostrar que empresas e a própria justiça estão dado cada vez mais ganho de causa a casais homossexuais, enquanto os legisladores brasileiros demoram para aprovar o que, na prática, já está ocorrendo. A necessidade de respeito às pessoas, seja qual for sua religião, partido político, opção sexual, é fundamental. Como religioso, também quero ser respeitado. Isso não significa, no entanto, que todas as pessoas tenham de aceitar o homossexualismo como uma opção para sua vida. É esse tipo de entendimento que precisa ficar bem claro. Assim como não se pode admitir fundamentalismo religioso em que as pessoas são obrigadas a aceitar determinada crença, o mesmo não pode ocorrer com o homossexualismo. Para cristãos que seguem os preceitos bíblicos, fica incompatível a prática homossexual, o que não significa que as pessoas homossexuais não são filhas de Deus. Pelo contrário, creio que o são, mas biblicamente não encontramos amparo para essa prática. Cada um, contudo, deve julgar suas próprias ações e não cabe a nós agirmos de maneira preconceituosa e discriminatória. Isso é igualmente inaceitável.

FACULDADE VAI FORMAR PRIMEIRA TURMA DE TEÓLOGOS UMBANDISTAS

domingo, 18 de novembro de 2007 2 comentários

Revista IstoÉ, Semana de 19.11.2007.

Não fosse pelo nome – Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) –, a fachada da instituição de ensino, localizada em São Paulo, não seria motivo de estranheza. Do lado de dentro da portaria de entrada, o pátio arborizado, a biblioteca com três mil volumes e a lanchonete com café expresso – e do bom – também não fogem do padrão tradicional. É nas salas, porém, que a coisa começa a ganhar outros ares. Os cerca de 150 alunos assistem às aulas descalços – sapatos, tênis, mocassins e sandálias ficam enfileirados do lado de fora da porta. Entrar lá é como pisar em um terreiro, o ambiente sagrado da umbanda, a primeira religião surgida no Brasil, há 99 anos. Perto do quadro negro, um incenso queima enquanto o professor, de túnica, ensina ao lado de um atabaque encostado na parede. Há ainda, entre os corredores da faculdade, três altares e uma imagem de um caboclo, a entidade mais representativa da religião.
É desta faculdade que, no final do ano, sairão os primeiros cinqüenta teólogos umbandistas do País. O curso, com duração de quatro anos, é autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) desde 2003. E a FTU, a única entre as 21 faculdades de teologia credenciadas pelo órgão federal fora da tradição judaico-cristã. Com caderno sobre a carteira e caneta em mãos, os alunos aprendem tudo sobre o processo ritualístico da religião, tanto no aspecto prático quanto no simbólico. Tocam agogô – a faculdade tem um acervo de quatro mil discos de músicas de umbanda, candomblé, capoeira e outras práticas – e preparam ervas para defumação, mas não só isso.
Há aulas de filosofia, antropologia, arte, lógica, entre outras disciplinas. Ou seja, a grade curricular da FTU não visa à formação de pais e mães-de-santo, apesar de capacitar os universitários também para a função. Isso fica claro no vestibular, que segue o padrão de universidades tradicionais. Existem questões de conhecimento geral, matemática, química e física. E não há perguntas específicas sobre orixás ou entidades da religião. O MEC, para conceder a licença à FTU, avaliou a proposta pedagógica, as instalações e o currículo dos professores. “Não queremos que o profissional viva da umbanda, mas para a umbanda”, conta Roger Soares, um neurologista do Hospital Beneficência Portuguesa, mestre em educação pela USP e professor da FTU. “Queremos formar gente para aprender a umbanda, juntar os conhecimentos que estão dispersos e divulgá-la.”
É com esse intuito que Maurício Caldeira, formado em ciências contábeis, freqüentava a aula de hermenêutica (interpretação de livros sagrados) do quarto ano, na segunda-feira 12. “Não faço o curso com o objetivo profissional de ganhar dinheiro com o canudo nas mãos”, diz ele, de terno e gravata – e descalço. Com 30 anos, Maurício freqüenta um centro há dez e diz que compartilha no terreiro os ensinamentos da faculdade: “Quero dar sustentação ao que eu acredito. Não só praticar, mas entender os porquês.” No escritório de contabilidade onde ele trabalha, as pessoas, depois de um estranhamento inicial, já sabem que o colega não freqüenta a faculdade para se formar pai-de-santo profissional.
PÉ NO CHÃO Ao lado de um altar, alunos aprendem filosofia, antropologia e também a tocar instrumentos e preparar ervas para defumação
Ao todo, a FTU possui 150 alunos matriculados em quatro turmas. A mensalidade custa R$ 340. Todos os 15 professores possuem graduação em alguma faculdade convencional. Há, por exemplo, um livre-docente em engenharia de alimentos pela Unicamp e um professor de psiquiatria da USP lecionando na FTU – todos com ligações com a umbanda. Dos alunos, 99% são adeptos da religião. Criada no catolicismo e ex-seguidora do hinduísmo, Silvia Garrubo, 46 anos, é umbandista há dez anos. Formada em letras pela USP e coordenadora de um departamento no Instituto do Coração, em São Paulo, ela pensa, com o canudo em mãos, discutir políticas públicas e dar palestras.
Aprendo as várias linguagens desse grande guarda-chuva com várias hastes que é a umbada”, diz ela sobre a religião, que foi influenciada pelo espiritismo, catolicismo e por tradições africanas. Na semana passada, Silvia deu um grande passo para se tornar uma das primeiras teólogas umbandistas do País. Saiu-se muito bem no trabalho de análise crítica de livros umbandistas, apresentado por ela em uma sala, ao lado de um altar – e descalça.

ARTIGO EM JORNAL CANADENSE DIFICULTA AINDA MAIS TESE DO FILME O SEPULCRO ESQUECIDO DE JESUS

quinta-feira, 15 de novembro de 2007 0 comentários

Do Blog Observatório Bíblico do professor Airton José da Silva.
Referente à reportagem publicada dia 12.11.2007 no jornal Toronto Star, do Canadá.

Esta notícia também é muito interessante. Quem disse que O Sepulcro Esquecido de Jesus está esquecido? Veja no Toronto Star, canadense, a posição crítica de Martin Himel sobre o filme de Jacobovici, que em seu próprio documentário questiona as conclusões de O Sepulcro Esquecido de Jesus. O mais interessante: em seu trabalho, Himel encontrou dois ossuários com a inscrição "Jesus, filho de José", além do que os 10 ossuários da Tumba de Talpiot devem ter guardado algo em torno de 35 ossadas e não apenas os ossos de uma só pessoa em cada um... o que detona o exame de DNA!

Reportagem original abaixo:

TheStar.com: Toronto - Canada - Nov 12, 2007 04:30 AMBy Stuart Laidlaw - Faith and Ethics ReporterNew film tackles the Jesus tomb controversy
Martin Himel wants to first stress that he and Simcha Jacobovici are friends. In fact, when Jacobovici's controversial film The Lost Tomb of Jesus was released last March, Himel was invited to the premiere. That's when the trouble started. "It was a point-of-view documentary," the Canadian-born filmmaker says in an interview from Tel Aviv, where he is based. "I felt the picture was quite limited." So the maker of such documentaries as End of Days and Confrontation at Concordia, who himself has been accused in the past of taking a strong point of view, set about to take a more balanced look at the tomb around which Jacobovici based his film. Archaeological Minefields airs tonight on Vision TV at 11, following a rebroadcast of Jacobovici's film at 9 p.m. A third film, Unearthed: The Talpiot Tomb, airs at 2 a.m. All three repeat later in the week. The Lost Tomb was released last winter to immediate controversy. Evangelical Christian groups attacked its contention that Jesus may have married Mary Magdalene and had a son, based on a series of bone boxes found in a Jerusalem tomb bearing Holy Family names (...) Himel says extra sensitivity must be shown with such stories, calling archaeology a "flimsy yardstick" on which to base such a contentious theory. Archaeologists also attacked Jacobovici's film, saying he overstated his case. The names found in the tomb – Jesus, Mary, Joseph and others – were very common at the time. In his work, Himel found two ossuaries with the inscription "Jesus, son of Joseph," even though the impression in Jacobovici's film was that the inscription was unique. Perhaps the most damning of Himel's findings is that ossuaries were routinely reused over several generations, and that the 10 ossuaries in the Jesus tomb may have held up to 35 separate sets of bones.
In the film, archaeologist Joe Zias calls it "intellectually dishonest" to suggest each box held one set of bones. That means the inscriptions found on the ossuaries do not necessarily represent a nuclear family, as implied in Jacobovici's film. It also indicates that results of DNA tests on bone fragments in the boxes labelled "Jesus" and "Mary Magdalene" are largely meaningless. The results had suggested the people were married, since they weren't related. "This obviously becomes an issue with DNA," says Himel, who says in the film that Jacobovici is criticized by experts for trying to prove a "pre-existing conclusion." Himel says his friend Jacobovici, who is featured in Archaeological Minefields defending his work, may have got caught up in the excitement of "hitting the archaeological jackpot" and the drive to make headlines. Jacobovici should have shown more of the caution and humility typical of archaeological work, which limits how far professionals go with their claims, he says...

O documentário O Sepulcro Esquecido de Jesus, apresentado em março no canal Discovery, é o alvo da reportagem aqui. Fica claro, por esses artigos, que não há coerência no discurso acerca de o fato de essa tumba ter sido realmente de Jesus Cristo e conter seus ossos. Além de estar em completo desacordo com a cronologia dos evangelhos. Até no meio científico, não há consenso quanto ao "achado" que, diga-se de passagem, é dos anos 80, mas que virou filmes nos tempos atuais quando o assunto religião se tornou um filão interessante para cineastas ávidos por polêmica e lucratividade.

Para saber mais sobre a polêmica, sugiro ler:
http://www.airtonjo.com/blog/2007/03/o-sepulcro-esquecido-de-jesus-o-filme.html

MULHER OBRIGA FAMÍLIA A JEJUAR E MORRE

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Folha On Line, 15.11.2007.


Cristã fervorosa, a missionária Cláudia Simião da Silva, 35, levou sua fé ao extremo ao jejuar por cerca de um mês --esperando um "enviado divino"-- e obrigar duas sobrinhas, a irmã e a sogra a acompanharem o retiro. Ela foi encontrada morta, segundo a polícia, por inanição dentro da própria casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ).
As cinco pessoas ficaram confinadas por quase dois meses em casa. As irmãs Adrielle, 9, e Grazielle Souza Santos Simião, 11, foram internadas na sexta-feira apresentando quadro de desnutrição e de confusão mental e devem ficar hospitalizadas por quase um mês. Na mesma situação estão Cátia Simião da Silva (irmã), 31, e Lúcia Maria Simião da Silva (sogra).
Cláudia teria obrigado a família a permanecer dentro de casa. Em depoimento à polícia, o pai das duas garotas, o desenhista técnico Uendes Simião da Silva, 33, afirmou que Grazielle lhe contou que "Cláudia havia dito que o jejum duraria até que recebessem uma resposta de Deus no sentido de enviar uma pessoa que os tirassem daquela vida e os levassem para uma casa na zona sul [área nobre do Rio de Janeiro]".
Não se sabe a qual denominação religiosa Cláudia pertencia. Ela freqüentava a Igreja Batista de um bairro próximo, mas havia abandonado os cultos cerca de dez anos atrás. Depois disso, viajou para Argentina, Uruguai e Angola. Segundo Uendes, ela era formada em teologia e cursava direito.
A clausura começou em meados de setembro. Confinados, os moradores da casa inicialmente só podiam comer o que havia dentro da residência. No início de outubro, a luz foi cortada, pois a família completara três meses sem pagar a Light --distribuidora de energia elétrica. A comida, estragada, não pôde mais ser consumida. Foi quando o jejum começou.
Cursos bíblicos
Durante todo o tempo, as crianças tiveram "cursos bíblicos", segundo a conselheira tutelar Elaine Galvão, que ouviu Grazielle no Hospital Estadual Carlos Chagas.
Além dos portões trancados e da ausência total de eletricidade, Cláudia tampou as janelas com cortinas pretas. Segundo Galvão, ninguém foi agredido durante o confinamento.
Na sexta-feira, por volta das 17h, as duas crianças conseguiram sair de casa. Cláudia já estava morta há cerca de cinco dias, e seu corpo havia entrado em estado de decomposição.
Cátia e Lúcia desmaiavam e vomitavam sobre os próprios corpos regularmente. A avó, então, mandou as meninas procurarem ajuda.
"Elas pareciam aquelas crianças da Etiópia. Era só pele e osso", afirmou José Carlos Lima, 36, vizinho da família. As duas procuraram ajuda no bar de Milton André, 64. Ele lhes ofereceu macarrão, leite, bala e refrigerante, mas elas não conseguiam comer.
Segundo o delegado Flávio de Brito, a avó e os pais das meninas podem responder por crime de abandono de incapaz, mas a conclusão do inquérito ainda está indefinida.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontando a causa da morte de Cláudia ainda não foi concluído.

A Bíblia fala claramente sobre a importância do jejum ser algo racional com objetivo específico e que agrade a Deus. Não se trata de um auto-sacrifício com a intenção de de tentar aplacar a ira divina ou conseguir o favor, mas uma demonstração de contrição e dependência. Tem seu lugar, sim, mas nunca desta maneira equivocada e desumana conforme a reportagem acima. No livro de Isaías, capítulo 58, versículo 6, o profeta, inspirado por Deus, afirma que "não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados e despedaces todo o jugo?". Jesus afirmou aos discípulos que deveriam jejuar e orar para não cair em tentação, mas nunca falou em fanatismo e sacrifícios desumanos. O jejum bíblico está associado a um ato de aproximação de Deus e não uma loucura como a descrita na matéria jornalística.

OVERDOSE DE CAFÉ LEVA GAROTA INGLESA AO HOSPITAL

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BBC Brasil, 13.11.2007.
Sugestão de Marily Sales dos Reis.

Uma adolescente de 17 anos foi levada ao hospital na Grã-Bretanha depois de ter tido uma 'overdose' de café. Jasmine Willis passou mal depois de beber sete cafés expressos duplos durante o seu turno de trabalho na lanchonete da família. Inicialmente, ela teve acessos de riso e choro enquanto servia os clientes na lanchonete. Os sintomas pioraram quando o pai a mandou para casa. A adolescente começou a ter febre e a hiperventilar e foi levada a um hospital local, onde os médicos confirmaram que ela havia tido uma overdose de cafeína.Jasmine, de Durham, no norte da Inglaterra, já se recuperou, mas a experiência traumática a levou a sair a público para fazer um alerta às pessoas sobre os perigos de beber café em excesso."Eu não tinha me dado conta de que isso podia acontecer. Só espero que as pessoas aprendam com o meu erro", disse a adolescente. "Tive palpitações, o meu coração batia muito rápido e eu achei que ia entrar em estado de choque." A adolescente, que recebeu alta depois de ficar algumas horas em observação, sofreu efeitos colaterais por dias. "Eu me senti exausta durante dias", disse Jasmine, acrescentando que agora não consegue sequer ver café na sua frente. O pai de Jasmine, Gary, disse que a filha não havia percebido que estava tomando doses duplas de café.

E ainda dizem que tomar café pode não ser prejudicial....

ALIMENTOS NA MIRA

quarta-feira, 14 de novembro de 2007 2 comentários

Revista IstoÉ - Semana de 12.11.2007.

Foi a gota de leite que faltava para transbordar a paciência do consumidor. Na quinta-feira 8, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, determinou a abertura de processos administrativos contra seis empresas por apresentarem informações incorretas nas embalagens de leite integral longa vida e leite em pó. Uma análise da composição dos produtos mostrou níveis de gorduras, proteínas, carboidratos e acidez em desacordo com o rótulo e em proporções acima das toleradas. Cinco dias antes, uma pesquisa do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) revelou que, de oito marcas de pães analisadas, nenhuma poderia ser considerada light ou diet, como informado na embalagem. Os episódios foram os mais recentes de uma longa série de notícias desairosas para o consumidor sobre irregularidades de vários quilates nos alimentos. O brasileiro ainda está atônito, por exemplo, com a divulgação de que cooperativas mineiras adicionaram soda cáustica e água oxigenada ao leite. Mas também já foram apontados problemas em cereais matinais, azeites, sopas prontas, cachaças e muitos outros produtos. Diferentemente do caso do leite com soda cáustica, descoberto pela Polícia Federal, a maioria das irregularidades é levantada por entidades independentes de defesa do consumidor, como o Idec e a Associação Pró-Teste. É dessa última organização uma análise que acaba de ser feita com sete marcas de barras de cereais, totalizando 12 produtos. Entre os problemas encontrados, há teor calórico acima do descrito na embalagem e quantidade de fibras menor do que o anunciado. No rótulo da Nutry banana, por exemplo, constava que o produto tinha 1 grama de fibra por porção (25 g), mas foi encontrado apenas 0,62 grama de fibra em cada barra. A Nutrimental, fabricante do produto, questiona a metodologia usada nos testes e argumenta que a rotulagem está de acordo com a lei.
O fato é que, em matéria de controle de qualidade dos alimentos, o Brasil está em desvantagem. Um índice criado pelo Idec revelou que 33% dos 1.990 produtos alimentícios examinados em 81 testes realizados nos últimos 17 anos não atendiam às normas mínimas. Na história da Pró-Teste, o quadro não muda. Nos últimos cinco anos, a organização testou mais de 200 produtos. “A metade não tinha qualidade adequada para consumo”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pró-Teste. O mesmo cenário emerge dos testes feitos na Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo, em um laboratório criado para desenvolvimento de tecnologias de análises de alimentos. “Avaliamos mais de 50 categorias de produtos. Em todas havia variações em relação ao rótulo e, em diversos casos, adulteração do alimento”, diz o farmacêutico Rodrigo Catharino. Na opinião de Marilena Lazzarini, dirigente do Idec, a situação é preocupante. “Em países como Holanda e Estados Unidos, é raro encontrar essas inconformidades em análises de rotina”, diz.
O pior é notar que essas alterações aparecem em produtos de marcas internacionais. “Como a nossa legislação mostra mais liberalidade, as indústrias se comportam de modo diverso. Um exemplo é a gordura trans, já banida de outros países, mas ainda presente em diversos produtos”, diz Marilena. É exatamente nessa adequação entre regulamentos daqui e de fora que repousa outro ponto de atrito constante. “Muitos dos corantes e conservantes aqui usados estão proibidos em outros países porque existem estudos científicos demonstrando efeitos nocivos”, diz Sezifredo Paz, presidente do Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor. Uma das vitórias mais comemoradas nesse campo foi a suspensão do carbadox, em 2005, depois de sete anos de batalha. A substância antibiótica era utilizada nas rações de suínos. No entanto, tem efeitos carcinogênicos em humanos. A União Européia já havia proibido o composto em 1998.
Nesse pantanoso terreno, porém, há situações que não se caracterizam como fraudes explícitas, como o caso do leite, mas são tão delicadas quanto. Um exemplo é o caso das manteigas. Uma donade- casa que compra um tablete pensando tratar-se de manteiga, se não prestar atenção pode comprar gato por lebre. Há marcas que imprimem na embalagem o nome “manteiga”, mas oferecem uma mistura de leite com gordura de origem vegetal. “Não pode. Manteiga deve ser feita puramente de leite”, informa Nelmon da Costa, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura.
Se não pode, por que acontece? Onde estão as falhas que permitem a venda dos produtos adulterados ou enganosos? As respostas são bem complexas. Há, é claro, a engenhosidade dos fraudadores. Tome-se como exemplo a soda cáustica no leite. “Primeiro, eles cometeram uma fraude ao colocar soro no leite para fazê-lo render mais. Depois, fizeram outra ao adicionar soda para corrigir a acidez provocada pelo soro”, afirma Jorge Rubez, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite. Mas, neste caso, há outros obstáculos possíveis à qualidade. “Qualquer problema durante a obtenção, armazenamento e transporte pode resultar no comprometimento do leite”, explica Leorges Moraes da Fonseca, do Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo o especialista, entre os principais problemas dessa cadeia estão a falta de higiene durante a ordenha, deficiências no transporte da fazenda à usina por causa da precariedade das estradas e limitações no fornecimento de energia elétrica para propriedades leiteiras em diversas regiões do País. “A refrigeração é essencial para a qualidade”, diz Fonseca. Um dos agravantes na contenda do leite é que sua contaminação por soda cáustica, por exemplo, pode deteriorar vários outros produtos dos quais ele é a matéria-prima.

Sobre o leite, mencionado nesta reportagem, compartilho com os internautas texto da escritora cristã Ellen White, publicado originalmente há muitas décadas em inglês, no livro chamado Conselhos sobre regime alimentar, p. 204, que diz o seguinte: "tenho esperança de que levareis a sério as palavras que vos tenho dirigido. Foi-me apresentado que não podereis exercer influência de maior êxito na reforma de saúde a menos que em algumas coisas vos torneis mais liberais para com vós mesmos e com outros. Virá o tempo em que o leite não poderá mais ser usado tão livremente como o é agora; mas o momento presente não é tempo para descartá-lo. E os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais para combater venenos".

CÂMARAS CRIMINAIS SÓ PARA PREFEITOS, JÁ!

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Felipe Lemos, jornalista, articulista, editor do blog Realidade em Foco e comentarista diário da Rádio Novo Tempo (www.novotempo.org.br/rnt)

A corrupção em prefeituras é tanta que o Tribunal de Justiça de São Paulo criou a câmara especializada para julgar prefeitos. A decisão foi tomada em setembro pelo Órgão Especial — colegiado de cúpula do Judiciário paulista, mas agora começou a ser amplamente divulgada. A 15ª Câmara Criminal terá atribuição para julgar delitos de prefeitos e ex-prefeitos e crimes contra a administração pública, abuso de autoridade e licitações públicas. A nova turma julgadora será formada por cinco membros, que só se dedicarão aos casos que chegarem à câmara.
As normas que disciplinam a conduta de prefeitos estão no Decreto-lei 201/67. De acordo com a legislação, todos os crimes cometidos durante o exercício do cargo serão julgados pelo Tribunal de Justiça. No caso de serem considerados culpados, os réus estarão sujeitos à perda do mandato, a ficar inelegível por cinco anos ou ser obrigado a devolver aos cofres públicos todo o valor do desvio, acrescido de juros e correção monetária. As penas variam de dois a 12 anos de reclusão (para os casos de apropriação ou desvio de recursos) e de três meses a três anos de detenção para os demais crimes.
É profundamente lamentável, mas necessário, que se tenha de criar uma câmara criminal especialmente para apurar delitos dos larápios eleitos pelo voto popular e que tomam posse para desviar dinheiro e enriquecer de maneira ilícita. Não são, portanto, poucos os casos em que uma determinada cidade deixa de ter infra-estrutura rodoviária, de água, esgoto em virtude do inescrupuloso desvio de verbas. Creches e escolas, muitas vezes, funcionam em situação precária porque dinheiro, até vindo das esferas federais e estaduais, não chega no destino correto. Vai para caixas particulares criados para bancar as campanhas de reeleição ou de eleição dos padrinhos políticos de prefeitos safados.
Mais do que criar uma câmara criminal, é importante que a instância tenha a independência necessária para atuar e que não sejam possíveis mil e quinhentos recursos para os acusados. Porque o que hoje se vê no Brasil é o interesse de algumas autoridades que até tentam processar políticos corruptos, mas a legislação permite tantos recursos que os casos se estendem por anos e não se tem uma conclusão rápida. Abaixo a quantidade incrível de chances para recorrer, abaixo os foros privilegiados, os julgamentos especiais, as regalias para quem, repito, recebeu o voto popular para administrar de maneira decente uma cidade. Se não o fez, merece, sim, punição exemplar com agilidade. Nem que seja cadeia. Tanto para ele, como para o vice e quem mais estiver diretamente envolvido.

ADVENTISTAS DÃO PROVA DE FÉ NO PARANÁ

domingo, 4 de novembro de 2007 0 comentários

Gazeta do Povo On Line, 04.11.2007.

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) realizou neste domingo (4) o segundo e último dia da primeira fase do vestibular de verão. São 14 mil candidatos que concorreram a 8.810 vagas em 62 cursos de graduação. Os portões abriramm às 13h45 e foram fechados às 14h20.Neste segundo dia, o candidato teve três horas e meia para resolver o teste. Os exames foram distribuídos às 14h30 e tiveram 10 questões de Língua Portuguesa, cinco de Literatura Brasileira, oito de Língua Estrangeira, 10 de Física e sete de Geografia.
O gabarito foi divulgado no domingo. No sábado o gabarito só foi divulgado depois das 23h30. O atraso, segundo a assessoria de imprensa da instituição, ocorreu porque quatro vestibulandos da Igreja Adventista do Sétimo Dia - que no sábado só podem realizar atividades depois do pôr-do-sol - iniciaram as provas às 19h30 e tinham até as 23h30 para finalizá-las. Somente após o último vestibulando deixar a sala, é que a PUCPR liberou o gabarito no site da instituição (http://www.vestibular.pucpr.br/).

Eis uma prova do que é a fé e de respeito à expressão religiosa. Os jovens se mantiveram fiéis ao princípio bíblico que entendem ser o correto quanto à guarda do sábado. E a universidade demonstrou respeito à crença deles.

IGREJA NORTE-AMERICANA LEVA MULTA POR PROTESTO ANTIGAY

quinta-feira, 1 de novembro de 2007 2 comentários

BBC Brasil, 1°.11.2007.
Sugestão do internauta Luciano Almeida.

Uma igreja que realizou um piquete no funeral de um fuzileiro naval americano, dizendo que as mortes de soldados no Iraque seriam uma "punição divina" pela tolerância a homossexuais nos Estados Unidos, foi condenada a pagar US$ 10,9 milhões (R$ 27 milhões) em danos morais.
A Igreja Batista de Westboro, do Estado do Kansas, foi processada pelo pai do fuzileiro, Matthew Synder, depois que seguidores da igreja compareceram ao enterro de seu filho carregando cartazes com os dizeres: "Graças a Deus pelos soldados mortos", "Você está indo para o inferno" e "Deus odeia bichas".
Segundo o jornal Kansas City Star, esta foi a primeira sentença contra a igreja batista, que já repetiu as manifestações em outros funerais.
A igreja fundamentalista acredita que a guerra no Iraque e a morte dos soldados são uma punição de Deus pela tolerância nos EUA ao homossexualismo e escolheu o Exército americano com alvo de seus protestos.
Em pronunciamento num tribunal em Baltimore, no Estado de Maryland, o promotor Craig Trebilcock pediu aos jurados que a punição fosse forte o suficiente para desencorajar a igreja a repetir os protestos e para que ela “não traga seu circo de ódio a Maryland nunca mais”.
O advogado de defesa alegou que a multa milionária levaria a igreja à falência, mas o argumento não foi levado em conta pelos jurados.
Os familiares e amigos do soldado morto comemoraram a decisão do juiz.
“Eu espero que isto seja o suficiente para impedi-los de fazer o mesmo com outras pessoas”, disse o Albert Snyder, pai do soldado, que também afirmou que seu filho não era gay.
O líder da igreja, reverendo Fred Phelps, disse que vai apelar da decisão e acredita que a sentença será revertida “em cinco minutos”.
A Igreja Batista de Westboro conta com apenas 70 membros, a grande maioria da família de Phelps. As filhas do reverendo, Shirley Phelps-Roper e Rebeca Phelps-Davis, participaram da defesa e disseram que a igreja vai continuar organizando as manifestações.

É lamentável esse tipo de comportamento de pessoas que se dizem cristãs. É esse tipo de postura que torna a religião cristã motivo de pedra de tropeço e não caminho seguro. Ser contrário ao homossexualismo por motivos bíblicos ou quaisquer que forem é uma coisa: desrespeitar as pessoas e promover piquetes é outra completamente diferente que realmente merece ser condenada.

 
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