Game permite a jogador recriar massacres em escolas

quarta-feira, 27 de abril de 2011 2 comentários

IDG Now, 20.04.2011.

A Checkboarded Studios, estúdio independente produção de games “especializada em modificações satíricas” anunciou um projeto que não parece tão engraçado assim: retratar os massacres de estudantes em Columbine e na Virginia Tech, ocorridos em 1999 e 2007, que mataram 12 e 32 estudantes, respectivamente.
School Shooter: North American Tour 2012 é, na verdade, um mod de Half-Life 2, no qual os jogadores tem a oportunidade de controlar os autores das chacinas na “melhor experiência de tiroteio escolar” já feita, como escrito no site do titulo, de acordo com informações da Time. Além disso, o gamer pode escolher empunhar o mesmo armamento utilizado por Eric Harris, Dylan Kebold (de Columbine) ou Seung-Hui Cho, ex-aluno do Virginia Tech.
O game, que permite ao usuário fazer “tudo o que quiser, desde que envolva atirar em pessoas em escolas”, possui um sistema de pontuação que envolve acertar a cabeça (conhecidos como “headshots") de professores e alunos indefesos, seis mapas diferenciados e ainda a possibilidade do jogador cometer suicídio ao final de cada level, situação ocorrida em ambos os atentados.
Apesar de não possuir uma data específica de lançamento, o SSNAT tem recebido fortes críticas, de acordo com a reportagem da Time, principalmente de setores de educação, incluindo um projeto de lei no estado da Pensilvânia que pretende barrar o lançamento do game, em respeito aos familiares das vitimas dos assassinatos em massa.
Games e Violência
A discussão a respeito da influência de games violentos no comportamento dos jovens foi levantada novamente quando o jornal O Globo publicou uma notícia na qual o assassino da escola no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, que matou 12 crianças na manhã do dia 7/4, foi associado com jogos como Counter-Strike e GTA, o que gerou uma reação negativa dos gamers no Twitter e nos comentários no texto, que acabou sendo alterado sem qualquer aviso.

Nota: Já existe boa comprovação, em pesquisas, que mostra a influência nefasta que alguns tipos de jogos exercem sobre a mente humana, especialmente de jovens, crianças e adolescentes. E a temática, apesar do que se fala oficialmente, parece ser sempre a mais violenta e de estímulo direto à crueldade. As pessoas já estão amplamente expostas à violência desenfreada, à agressividade gratuita através dos noticiários da mídia em geral, programas de entretenimento comuns da televisão, web e rádio, leituras e o reforço chega com os games. Com um diferencial importante: ali o usuário não é apenas espectador e, no máximo, participa com perguntas ou interage esporadicamente; ele é autor, faz parte da ação de atirar, golpear, matar, destruir determinada coisa ou pessoas. O jogo em questão é mais do que apologia à violência, é um incentivo à criminalidade dentro de escolas. 
Pais e educadores têm o dever de colocar algum filtro e aqueles que comercializam produtos com este conteúdo deveriam sofrer algum tipo de fiscalização ou avaliação por parte de quem permite o comércio disso livremente, ou seja, as autoridades governamentais. A Bíblia nos fala da necessidade de fecharmos nossos olhos diante da maldade. Não significa que nunca vamos ver algo ruim, mas podemos evitar ao máximo essa exposição. E mais do que exposição, quem professa crença na Bíblia Sagrada deve refletir sobre a necessidade de não fazer parte, de ser um ator em jogos que simulam ou incentivam crimes, ainda que no ambiente aparentemente virtual ou fictício. Lembro sempre do texto bíblico em Isaías 33:15 que diz que "O que anda em justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de opressão; o que, com um gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal".

Livro trata do consumismo e do evangelho

segunda-feira, 25 de abril de 2011 0 comentários

Site Notícias Gospel

Luiz Alexandre Solano Rossi acaba de relançar o livro “Jesus vai ao McDonald’s: teologia e sociedade de consumo” que fala sobre as transformações que o evangelho sofreu com influências da sociedade consumista que transformou Jesus em um produto.
O autor, que é professor do mestrado em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, comparou alguns tipos de teologia praticadas nas igrejas, tanto protestantes quanto católicas e chegou a conclusão de que a vivência cristã acaba se equiparando a uma loja de fast-food, na qual o cliente “escolhe” o que bem entende, nos moldes da chamada Teologia da Prosperidade.
Rossi explica que esse novo pensamento tem impactos fortes na Igreja, primeiro negando a coletividade virando um instrumento individual. E em segundo lugar o consumismo faz como que o fiel pense mais no seu sucesso e bem estar do que nos outros e se não conseguir o que deseja muda de comunidade, como se as igrejas fossem lanchonetes de fast-food.
“Se a pessoa percebe que igreja tal tem uma certa eficiência, se ouve que lá dá resultado, então se muda. Desaparece o compromisso com uma doutrina, uma história, uma tradição”, diz o autor em uma entrevista ao jornal Gazeta do Povo.
Outro aspecto que o teólogo relata diz respeito ás consequências negativas que essa inversão de valores traz, tornando a fé uma coisa superficial. “A superficialidade gera mediocridade. Diria que muitos pregadores jogam para suas plateias, dominicalmente, pílulas religiosas revestidas de Prozac, alienando o povo do mundo real. Isso é antiteologia.”
A solução para impedir que esse evangelho individualista e comercial se espalhe seria voltar aos pontos essenciais do cristianismo que é seguir a Cristo. Outra forma, de acordo com Rossi, seria superar a promessa da Teologia da Prosperidade com a “Teologia do Suficiente”. “A religião pode nos ajudar a pensar o que é o bastante, o necessário para que possamos viver com dignidade, sem explorar de forma ilimitada o nosso planeta,” diz.
Original: http://noticias.gospelprime.com.br/jesus-vai-ao-mcdonald%E2%80%99s-livro-faz-critica-ao-evangelho-fast-food/

Nota: Interessante este tipo de análise feita em torno da transformação de Jesus Cristo em um produto à venda e disponível para todos os gostos e bolsos. Fica claro, quando se analisa um pouco o que difundem muitas igrejas, seja qual for a orientação, e fica visível que a intenção é oferecer ajuda rápida e imediata para que o número de fiéis aumente, a arrecadação também, mas sem preocupação com  princípios consistentes e duradouros. O individualismo e o desejo de bem-estar pessoal apenas em alguma das igrejas estão se tornando regra e não exceção. O consumismo não é amparado na Bíblia como alguns podem imaginar. Como disse o autor da pesquisa, a solução é seguir a Cristo. E o que significa seguir a Cristo? É, no mínimo, considerar Seus ensinamentos e Seu modo de falar e agir. 
Jesus teve todas as oportunidades possíveis de praticar a autopromoção e se tornar um líder forte de oposição ao poder romano vigente e à influência dos líderes farisaicos junto à população. Mas, em vez de agir pensando em si e em Seu potencial, resolveu abrir mão e trabalhou para que, de maneira silenciosa, o reino de Deus, eterno e não perecível, fosse algo verdadeiro nos corações. Hoje o consumismo é muito forte, inclusive a comercialização da fé. O apóstolo Pedro deixou uma mensagem muito interessante sobre esta comercialização espiritual que hoje dá a tônica em muitas denominações religiosas. Referindo-se aos espertalhões que adotam esta prática, o texto bíblico afirma que "também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" II Pedro 2:3. 

Solidariedade prática - jovens em ação doando o seu melhor

domingo, 17 de abril de 2011 1 comentários

Uma das metas de qualquer religião é ser relevante à sociedade que está ao seu redor. Aliás, esta era a tônica da vida de Jesus Cristo quando aqui neste mundo esteve. Mais do que pregar, Ele foi relevante para os que o rodeavam, não apenas por dizer coisas interessantes, mas por agir de maneira prática curando, fortalecendo os corações e mostrando o que significava obedecer a Deus fazendo o bem ao próximo. Ponto para os jovens adventistas que realizam, há vários anos, o projeto Vida por Vidas de estímulo à doação de sangue e medula óssea. Reportagem do Jornal Nacional deste sábado, mostrou como funciona o projeto e seus resultados. Vale a pena ver e difundir essa ideia.

Estudo mostra que brasileiro é o mais desconfiado na América Latina

quarta-feira, 6 de abril de 2011 0 comentários

Portal Terra, 06.04.2011.

Um levantamento realizado em 18 países de América Latina apontou que o Brasil é o que tem o povo mais desconfiado da região. A informação foi divulgada nesta quarta-feira em Lima, no Peru, pela diretora do estudo, chamado Latinobarômetro, Marta Lagos. Segundo a pesquisa, a média de confiança interpessoal na América Latina em 2010 foi de 20%, e a população brasileira aparece com um índice de 10%.
Em seguida aparecem Peru e Paraguai, com 14%, enquanto os países com maior confiança interpessoal são República Dominicana (31%), Uruguai (30%), México (26%), El Salvador (26%) e Argentina (24%).
Ao se referir às instituições, o Latinobarômetro estabelece que a média de confiança em toda a América Latina no governo e nas Forças Armadas são as mais altas, com 45%, enquanto as menos credíveis são os partidos políticos (23%) e o Poder Judiciário (32%).
Ao se referir à imagem de progresso do país e à satisfação com a vida, o Latinobarômetro assinala que a América Latina alcança 39% na média regional, sendo que o povo brasileiro aparece como o mais satisfeito, 68%; seguido do Panamá, com 67%; sendo Honduras o último colocado, com 10%. No entanto, Marta opina que o índice não tem relação com o progresso de cada país. "Não temos uma correlação entre a satisfação de vida e o progresso; isto quer dizer que a felicidade não depende do progresso. Essa é minha interpretação", disse a especialista.
O Latinobarômetro também assinalou que a satisfação com a economia chega a 30% na América Latina, enquanto o apoio à democracia é de 61%.

Nota: Curioso este tipo de dado. Não há uma explicação detalhada nesta e em outras reportagens sobre o mesmo assunto a respeito da metodologia utilizada para se chegar a estes números, mas o resultado é sintomático. O fato de um povo apresentar alto índice de desconfiança interpessoal pode ser atribuído a vários fatores. Um deles, talvez, seja o clima de corrupção e desonestidade que permeia a sociedade brasileira. Não significa dizer que a maioria das pessoas são corruptas, mas que a sensação de corrupção é tão grande a ponto de criar entre as pessoas um medo quanto ao outro, ao próximo. 
A Bíblia Sagrada, há muito tempo, ensina que o cristianismo genuíno está ligado a uma vida sem mentira e voltada verdadeiramente a se estar ao lado de Jesus Cristo e Seus ensinamentos. Desconfiança tem muito a ver com a atitude de quem desconfia. Portanto, desconfie de quem desconfia muito. E feliz o homem que tem confiança, especialmente em Deus que nunca falha.

 
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