METODISTAS SE UNEM A CATÓLICOS E LUTERANOS EM DECLARAÇÃO CONJUNTA DA DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO

domingo, 30 de julho de 2006 0 comentários

Da Agência Zenit, 28.07.2006

A Conferência Metodista Mundial, celebrada na Coréia do Sul, de 20 a 24 de julho, aderiu à Declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação Justificação, assinada em 1999 pela Igreja católica e a Federação Luterana Mundial. O cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, que participou da Conferência, declarou que este gesto constitui «um dom de Deus» e «um dos principais êxitos do diálogo ecumênico», segundo a «Radio Vaticana». Com esta declaração se supera um dos motivos teológicos de divisão que deram origem ao movimento da Reforma, promovido por Martinho Lutero. Segundo o reverendo George H. Freeman, secretario do Conselho Metodista Mundial, o acordo «abre as portas à novas relações ecumênicas». A Federação Luterana Mundial também manifestou seu apreço. Seu secretário geral, o doutor Ishmael Noko, desejou que outras comunidades cristãs, como as Igrejas reformadas, a Igreja anglicana ou a própria Igreja ortodoxa, possam chegar a esta posição comum. No final do ano passado, ao receber uma delegação do Conselho Metodista Mundial –encabeçada por seu presidente, o bispo Sunday Mbang da Nigéria–, Bento XVI afirmou: «No Caso do Conselho Metodista Mundial expressar sua intenção de associar-se à Declaração Conjunta, contribuiria à reconciliação que desejamos ardentemente e seria um passo significativo à meta da plena e visível unidade na fé», apontou Bento XVI ao encontrar-se com a delegação do Conselho Metodista Mundial (Zenit, 9 de dezembro de 2005). O movimento metodista, de caráter evangélico, herdeiro da Reforma protestante do século XVI se originou na Inglaterra do século XVIII como um movimento de renovação espiritual, missionário e social. Hoje está presente em cerca de cem países.

Sem dúvida, trata-se de um passo importante para uma "harmonização" entre os pensamentos metodista, luterano e católico. Lendo a Declaração Conjunta, é possível perceber que se procurou unir pensamentos diferentes. Um exemplo é que, enquanto os luteranos afirmam que o ser humano depende inteiramente da graça salvadora de Jesus Cristo os católicos afirmam, conforme o item 20 da questão 4.1 intitulada "Incapacidade e pecado humanos face à justificação" que "quando católicos dizem que o ser humano 'coopera' no preparo e na aceitação da justificação por assentir à ação justificadora de Deus, eles vêem mesmo nesse assentimento pessoal um efeito da graça, e não uma ação humana a partir de forças próprias". Para mim, ficam claras algumas contradições entre o pensamento das duas religiões e uma tentativa política de se unificar as interpretações teológicas distintas.

DEUS É O VILÃO EM DOIS LANÇAMENTOS DE QUADRINHOS

sábado, 29 de julho de 2006 0 comentários

Da Folha On Line
Extraído do blog de Michelson Borges


Nada de Lex Luthor, Coringa ou Doutor Silvana. O vilão de dois álbuns de histórias em quadrinhos lançados pela editora Devir é Deus, o próprio. Com os poderes da onipotência, onipresença e onisciência, o Todo-Poderoso enfrenta uma espécie versão barra-pesada e politizada da Liga da Justiça em The Authority - Sob Nova Direção (182 págs.) e um pastor renegado em Preacher-A Caminho do Texas (200 págs.).Em The Authority, Deus surge num contexto de ficção científica, como um gigantesco alienígena em formato de pirâmide responsável pela criação do Sistema Solar. Já nas histórias de Preacher, o vilão é mesmo o Deus cristão tradicional [sic], aquele barbudo, cheio de luz e palavras de amor e perdão. ** SUPER-HERÓIS DIFERENTESCriado em 1999 pela dupla britânica Warren Ellis e Bryan Hitch para a editora Wildstorm, The Authority causou sensação ao mostrar uma história de super-heróis que carregava nas tintas da violência e da política. Cínicos e brutais, os sete super-heróis do grupo Authority seguem uma cartilha bem diferente da correção política dos seus colegas de Liga da Justiça, X-Men & Cia. Além de praguejar, usar drogas e fazer sexo, os protagonistas não se limitam a enfrentar cientistas loucos ou ETs assassinos. Os heróis preferem combater vilões muito mais próximos, como ditadores do Sudeste Asiático ou o governo norte-americano. Em vez de proteger a Terra, eles querem modificá-la. A revista também causou polêmica ao trazer o primeiro casal assumido de super-heróis gays: Apolo e Meia-Noite, espécie de versão cor-de-rosa de Super-Homem e Batman. Outro personagem, o Doutor, é um mago que usa as drogas para entrar em contato com os espíritos de xamãs, que incluem Einstein, Buda e Cristo.O Authority joga pesado. Numa queda-de-braço com o governo americano, ameaça "pôr no ar a agenda de telefones de todas as prostitutas de Washington". Quando Apolo é violentado por um vilão, Meia-Noite se vinga sodomizando o maníaco sexual com uma britadeira. ...No arco de despedida dos seus criadores, o Authority enfrenta uma antiga criatura alienígena que é "a coisa mais próxima do conceito de Deus que este universo já viu". Bilhões de anos atrás, explica o Doutor, Deus criou a Terra como seu retiro de férias, mas descobriu, ao voltar de um passeio pelo Universo, que o planetinha agora estava coberto pela humanidade, "essa irritante infecção de seis bilhões de organismos". Para livrar a Terra de ser desinfetada, o Authority precisa "achar um jeito de matar Deus", invadindo as próprias entranhas da divindade. ...Observados por garçonetes melancólicas e pelos vidros sujos com catchup de um café perdido no interior dos Estados Unidos, três pessoas conversam. Não vemos direito seus rostos, mas percebemos que estão falando de Deus e sobre como encontrá-lo. Uma mulher diz: "Pelo que eu sei, tem dois locais perfeitos para se procurar Deus: na igreja ou no fundo de uma garrafa". O homem diante dela responde: "Então, talvez eu deva procurar uma loja de bebidas... pois uma coisa eu digo: numa igreja é que Ele não está" - no final da frase, um close, e percebemos que a fala vem de um pastor.O pastor é Jesse Custer, e a seqüência é a primeira página de Precher, uma saga fechada - com começo, meio e fim, algo incomum nos quadrinhos americanos - de 75 números que conta a história da busca de Custer em sua busca por Deus. Literalmente.Após se fundir a uma criatura super-poderosa, nascida do cruzamento entre um anjo e um demônio, o pastor Custer confronta os paus-mandados do Paraíso [sic] a respeito do Criador e descobre que Ele desistiu. Deus abandonou sua criação e se escondeu em algum lugar dos Estados Unidos.A partir daí, a história segue em clima de road movie, quando Custer passa a percorrer os EUA atrás do Todo-Poderoso. "Eu estou à procura de Deus porque concluí que Ele abandonou sua criação. (...) Quero confrontá-Lo e ouvir o que tem a dizer sobre essa acusação", afirma Custer. ...Desde que foi lançado, Preacher despertou interesse para adaptações cinematográficas. O ator James Marsden (o herói mauricinho Ciclope, da trilogia "X-Men") tentou emplacar na HBO um projeto para encarnar Jesse Custer em um filme ou numa série de TV, mas a idéia nunca saiu do gibi. Não deve ser fácil convencer os produtores a adaptar uma história que mostra Deus como o maior dos vilões.

Deus infelizmente é transformado em um personagem que abandona a criação e deixa o homem entregue a própria sorte. E esse tipo de ensinamento aparece em histórias em quadrinhos altamente sofisticadas e que, desde cedo, influenciam a mente de jovens, adolescentes e dos adultos também em última instância. Lamentável constatar isso quando a Bíblia diz, nos evangelhos, que Deus é amor e que somos Seus filhos amados.

FALSA ESPIRITUALIDADE

sexta-feira, 28 de julho de 2006 1 comentários

Felipe Lemos

“Não vos deixes envolver por doutrinas várias e estranhas. Bom é que o coração se fortifique com a graça e não com alimentos que não trouxeram proveito nenhum aos que com eles se preocuparam”. (Hebreus 13:9).

Nunca se falou tanto em religião e crenças espirituais na mídia em geral. Entre as principais pautas de jornais, revistas, emissoras de TV e de rádio e portais de notícias da Internet estão as notícias relativas à religiosidade, igrejas, crenças e manifestações sobrenaturais. A figura de Jesus Cristo e de Sua vida e da Bíblia e a polêmica entre criacionismo e evolucionismo, sobretudo, são as mais comentadas, pesquisadas e objeto de análises nos artigos e reportagens. Mas será que tudo isso significa necessariamente um reavivamento de fé?
Só para termos uma idéia. Um levantamento rápido demonstra o interesse da mídia nacional pelo tema da religiosidade e Jesus Cristo especialmente. É muito raro em alguma edição de uma das três maiores revistas de circulação nacional (Veja, IstoÉ e Época) não aparecer reportagem acerca dessa temática. E não são apenas em épocas próximas à Páscoa ou Natal quando é mais comum a abordagem. Durante todo o ano praticamente o assunto é recorrente seja através de notas ou matérias maiores.
A revista Veja, no ano passado, trouxe pelo menos quatro reportagens alusivas a assuntos de religião, sendo uma delas relacionada ao Vaticano (especialmente por conta da escolha do novo papa – 28/09), outra sobre a cantora Baby do Brasil (26/10) que se diz convertida por Jesus, uma relativa a evangélicos e bailes funk (14/12) e também reportagem sobre supostos mistérios e incoerências do Novo Testamento (21/12). Em todas elas, percebe-se o sarcasmo ou o ceticismo predominante no texto dos jornalistas.
Já a revista Época teve um interesse bem maior por religiosidade em suas páginas no ano de 2005. Contabilizei pelo menos nove reportagens que trataram sobre: crítica ao criacionismo (19/01), fundamentalismo religioso (07/02), cientologia (espécie de “igreja científica” que existe especialmente nos EUA e reúne famosos do meio artístico – 28/02), comentários sobre o novo papa (02/05), catolicismo (20/06), Opus Dei (ordem católica – 31/10), além de uma reportagem sobre Jesus Cristo (19/12) e outra referente à ciência versus a religião (mesma edição – 19/12). Na IstoÉ, as reportagens encontradas, no ano passado, sobre religiosidade e religião, foram apenas duas: uma a respeito da pedofilia de padres (26/11) e outra referente à razões da fé com crítica ao criacionismo (28/12). Evidente que alguma nota ou comentário em outras reportagens podem ter passado sem minha percepção e a rápida pesquisa se limitou à revistas nacionais (nem mencionei TV, rádio, jornais e Internet).

EXALTAÇÃO DO CETICISMO
Mesmo assim, dentro desse panorama já podemos observar o interesse dos meios de comunicação pela temática da religiosidade e de tudo o que está associado a isso. Editores, repórteres e comentaristas parecem ávidos por discutir e debater, na maioria das vezes, os aspectos da religiosidade (especificamente de Cristo, da Bíblia e dos princípios bíblicos) através de uma leitura crítica que chega à ridicularização. O que se vê, por trás de boa parte dessas reportagens e artigos, é um desejo de dizer ao leitor que tudo é uma mentira, falácia, invenção humana, sonho ou algo prejudicial para as mentes sãs e desenvolvidas. Eles estão afirmando, nas entrelinhas, que Jesus não é esse em quem os fiéis cristãos acreditam e que a Bíblia necessariamente não pode ser levada a sério e muito menos os princípios nela contidos.
O alerta, portanto, é que ao ler essas reportagens não imaginemos que está ocorrendo um despertamento religioso, mas uma curiosidade motivada pelos que esperam destruir os alicerces da fé genuína. Jesus está na capa de muitas revistas dessas, mas como um mito questionável e não como o suficiente salvador e mediador da raça humana tal como é apresentado nas escrituras (Atos 4:12, I Timóteo 2:5 e Hebreus 4:15). A religião cristã ganha destaque nas páginas dessas revistas, mas como algo excêntrico, que leva à busca do “eu” ou como uma opção de vida sem princípios e não como a religião pura e de obediência a Deus conforme a Bíblia assevera (João 14:15, Atos 5:29 e Tiago 1:27). A criação divina, conforme estabelecida no livro de Gênesis e confirmada nas demais partes da Bíblia é ridicularizada diante de afirmações ceticistas, preconceituosas e equivocadas biblicamente nas publicações.
A raiz do problema está no enfoque das reportagens. A maioria não se propõe a levar pessoas a um maior conhecimento de Deus. Pelo contrário, são reportagens voltadas a colocar mais dúvidas e incertezas na mente dos leitores. Paulo afirmou algo interessante em sua segunda carta aos coríntios, ao dizer que “derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo o pensamento à obediência de Cristo”. (II Coríntios 10:5). O ser humano precisa destruir seu egoísmo, prepotência e orgulho próprio e levar os pensamentos cativos a Deus para entendê-Lo e assim amá-Lo. É óbvio que nem tudo saberemos acerca da natureza divina e nem é necessário isso para nos sentirmos amados por Ele como Seus legítimos filhos. Moisés deixou isso muito claro isso, ao colocar que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”. (Deuteronômio 29:29).
É por isso que, em resposta à pergunta inicial, podemos afirmar que toda essa movimentação em torno da religiosidade na mídia eletrônica ou impressa representa um obstáculo à fé sincera desenvolvida por Deus na vida dos que desejam crescer em relacionamento com Ele. Não se enganem! A intenção é suscitar indagações desnecessárias e não exaltar a Cristo, Sua lei e a Bíblia. A advertência de Pedro é válida para nossos dias hoje, especialmente porque dentro das próprias igrejas isso pode ser uma realidade: “mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”. (II Pedro 2:1).

EDUCAÇÃO EM ROTA DE COLISÃO

terça-feira, 25 de julho de 2006 0 comentários

Por Ruben Holdorf, jornalista, educador, professor universitário e pesquisador de comunicação e educação.

Uma frase continua ecoando de uma homilia do professor Valdecir Lima, ano passado: “Se você acha caro investir em educação, experimente a ignorância.” No 12.º episódio da série norte-americana Prison Break, um dos detentos acredita que o perfil de Darwin sempre supera o de Einstein. Ou seja, a força coagindo o intelecto. Assim, a educação não se revela aos olhos daqueles que dominam as instituições como uma solução, mas uma arma revolucionária nas mãos da massa, um trampolim para a concorrência ao poder. Por isso alguns imaginam que poucos devem ter livre acesso à fonte do saber. Com o surgimento da imprensa, o renascer das artes e a reforma religiosa do século XVI, emergiram novos horizontes e se abriram lúcidas perspectivas de crescimento econômico, social, político e intelectual. A mentira começou a ser desmascarada, a opressão de séculos se encaminhou ao patíbulo e o homem se libertou das servis amarras da consciência. Atalho criado para o ressurgir e o desenvolvimento da educação.
Século XXI, Brasil. Menos de 5% da população chega ao ensino superior. Ensino médio, falido. Fundamental, na contramão da razão. Governo despreocupado. Os interesses são de outra natureza. Por enquanto, em Terra Papagalli , Darwin vence Einstein. Por quê? Porque os educadores filosofam demais, não observam aspectos práticos necessários às transformações e preferem o empirismo das falsas divagações à realidade experimentada na carne por alunos, pais, professores e administradores. Aliás, nem todos - senão a maioria - já estagiaram em sala de aula, a não ser como discentes. Às vezes, relapsos demais para assumirem tamanha incumbência. Apesar dos aparentes avanços pedagógicos, a distância entre os que sabem e os que nada ou pouco conhecem se alarga cada vez mais, aprofundando o abismo entre Darwin e Einstein. Questionada quanto ao uso inacessível de uma linguagem dita científica nos trabalhos acadêmicos, uma doutora em Educação justificou este fato com a necessidade de se perpetuar o abismo entre “educados” e “ignaros”. Como explicar isso às massas? Usando de artifícios paliativos, como programas de combate à fome, à pobreza, de estímulo à prática de esportes e de artes marciais em comunidades carentes, do uso adequado de preservativos, etc. e tal? Eis um superprojeto de seleção natural. Todavia, o único caminho para se libertar da lama, o caminho da educação, continua relegado ao esquecimento, à omissão.
Enquanto a educação receber o impacto de forças interesseiras, seja de partidos políticos, correntes filosóficas ou instituições empresariais, o sentido da reflexão quanto aos destinos da sociedade permanecerá revestido sob o lúgubre véu da ignorância. Ou a sociedade se liberta desses poderes ou realiza seu percurso de volta aos tempos de escuridão.

ESCRITOR INGLÊS DIZ QUE RELIGIÃO PIORA AS PESSOAS

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Revista Veja, Semana de 24 de julho.

Conhecido por seus artigos políticos em publicações como Vanity Fair e pela coluna que mantém na revista da internet Slate, o polemista Christopher Hitchens, de 57 anos, foi certa vez abordado por senhoras idosas que lhe perguntavam: "O senhor não gosta de ninguém?". O jornalista inglês costuma responder que já escreveu livros sobre figuras de sua admiração, como Thomas Jefferson. Sua coletânea de ensaios mais recente, Amor, Pobreza e Guerra – que chega às livrarias brasileiras nesta sexta-feira, pela Ediouro –, inclui uma seção devotada ao seus escritores favoritos, como Marcel Proust e Jorge Luis Borges. Mas não adianta: Hitchens não tem como se desfazer da fama de franco-atirador. Com ironia e rigor argumentativo, ele já desmontou personalidades públicas de todos os lados do espectro político. Hitchens, que foi contrário à Guerra do Vietnã nos anos 1960, hoje apóia a invasão do Iraque. "Perdi alguns amigos por isso, mas os novos amigos que ganhei são bem melhores", diz o autor, que em agosto estará no Brasil para participar da Festa Literária Internacional de Parati. A seguir, trechos da entrevista em que Hitchens fala da questão religiosa:

Veja – Então o seu ideal ou utopia hoje é uma sociedade plenamente secular?

Hitchens – Sim. Meu próximo livro, que já concluí mas ainda não foi editado, vai se chamar God Is Not Great (Deus Não É Grande). O título contraria abertamente um princípio conhecido da fé muçulmana, mas o livro não é apenas uma crítica ao Islã. É contra a crença em Deus. Acredito que hoje quem se declara radical deve defender e divulgar as descobertas científicas em áreas como a cosmologia e a genética, por duas razões. A primeira é o combate ao racismo. Já tínhamos uma abolição moral do racismo, e as descobertas da genética trouxeram a sua abolição científica. A segunda razão é que essas descobertas minam o poder da Igreja.

Veja – Há quem argumente que a humanidade não pode viver sem algum tipo de fé – que a educação moral das pessoas não se sustenta em uma base puramente secular.

Hitchens – A utilidade de uma ilusão é irrelevante para avaliar seu conteúdo moral. E há milhões de pessoas em todo o mundo que conduzem sua vida de forma ética sem acreditar em Deus. De outro lado, não creio que alguém possa indicar um só país em que as pessoas se comportem melhor por acreditar em Deus. Podemos, ao contrário, apontar países em que as pessoas se comportam de forma pior por causa da fé.

Veja – E o senhor incluiria os Estados Unidos entre os países onde a religião piora o comportamento das pessoas?

Hitchens – Sem dúvida. Posso dar exemplos. As pessoas que hoje desejam impedir as crianças de aprender sobre as novas descobertas da biologia evolutiva – o que tornará essas crianças incapazes de funcionar no mundo moderno – são cristãs. E em todas as igrejas encontramos quem afirme que a aids é ruim, mas não tão ruim quanto os métodos contraceptivos. Os programas americanos contra a aids na África são baseados nessas idéias – e vão levar milhões de pessoas a uma morte horrível.

Hitchens certamente não leva em conta que, em primeiro lugar, nenhum país do mundo segue a Deus de maneira equilibrada e coerente e que o Senhor não é colocado como prioridade em nenhuma nação. A religião é maléfica quando encarada de maneira distorcida e fanática. Mas estão fartamento comprovados os benefícios que a religiosidade tem para a vida do ser humano. O secularismo está aí para tentar desqualificar a importância da ação de Deus na vida humana.

BRADESCO TESTA SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO ATRAVÉS DA PALMA DA MÃO

domingo, 23 de julho de 2006 4 comentários



Quem for aos caixas eletrônicos de algumas agências do Bradesco, no final deste ano, encontrará em fase de teste a mais nova e revolucionária tecnologia no campo da segurança de operações bancárias. Trata-se do sistema PalmSecure, que funciona como uma assinatura biométrica – sensores quadrados, de 35mm por 35mm, identificam rigorosamente o indivíduo pelo desenho de suas veias nas palmas das mãos, valendo-se para isso de feixes de raios infravermelhos. Basta aproximar a mão do tal sensor. Para desenvolver esse novo método, pesquisadores da empresa japonesa Fujitsu colheram, em todo o mundo, amostras de 150 mil padrões de veias de palmas de mão de 75 mil pessoas. Deu certo. Cada um de nós tem uma estrutura única de veias, mesmo no caso de irmãos gêmeos. Assim, bastará a um banco, por exemplo, cadastrar em seu sistema as mãos de seus clientes. Se o sensor conseguir “lê-las” é porque a pessoa checada é de fato um correntista habilitado a fazer a operação no caixa eletrônico.
Se comparados aos padrões das veias dos dedosou das costas da mão, os vasos da palma são mais complexos, dificultando trambicagens – além de ser menos afetados por temperaturas e outros impactos ambientais que poderiam comprometer a exatidãodo reconhecimento. Na via contrária dos recursos utilizados na autentificação de impressões digitais, prejudicados por exemplo quando o indivíduo estácom a pele machucada, o PalmSecure opera independentemente de fatores externos e sem contato com a epiderme, realizando uma “radiografia completa” do que se passa sob ela. Sucesso no Japão desde 2004, essa tecnologia já foi implementada naquele país em cerca de dez mil agências bancárias. No Brasil, o Bradesco irá inicialmente instalar o sensor em 50 caixas eletrônicos em São Paulo. “O índice de acerto é incomparavelmente maior se cotejado com os sistemas usados atualmente”, diz Laércio Albino Cezar, vice-presidente executivo do Bradesco. Além dos caixas eletrônicos, o PalmSecure também poderá ser utilizado na inviolabilidade de computadores pessoais.


Tecnologias como essas abrem um precedente incrível para o controle eletrônico das pessoas. É importante lembrar que, nos Estados Unidos, principalmente depois dos ataques de 11 de setembro, passaram a ser desenvolvidos equipamentos e instrumentos para maior monitoramento das pessoas, controle com a justificativa da segurança. Esse sistema do Bradesco, maior banco privado brasileiro, vem com a mesma idéia. Mas será que, por outro lado, não fica mais fácil o controle do cidadão, inclusive o honesto? Até que ponto é tranqüilizador saber que determinados órgãos ou empresas detêm sistemas capazes de nos identificar somente pela palma da mão e, no futuro, quem sabe localizar as pessoas dessa forma? As tecnologias, é importante que se diga, podem servir para o bem das pessoas ou para o mal. Depende da utilização.

CIÊNCIA E MÉDIUNS APRIMORAM TECNOLOGIA PARA CONTATO ENTRE MORTOS

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Isto É, Semana de 24 de julho


A morte, para o católico São Paulo, era a “passagem para a vida definitiva”. O poeta grego Eurípedes escreveu que “morrer deve ser como não haver nascido”, enquanto o português Fernando Pessoa a considerava o grande “enigma”. Filósofos, pensadores, mestres como Goethe, Platão, Rimbaud, Byron, Mário Quintana, todos deixaram registrado algum tipo de entendimento sobre a única travessia supostamente sem volta. Mas e se pudéssemos mandar mensagens do lado de lá para cá? Muita gente acredita que falar com os mortos é possível – e alguns afirmam fazer isso cotidianamente. São os médiuns, os intermediários entre os espíritos e os homens. Há estudiosos, como a paulista Sonia Rinaldi, que empregam física, fonética, biometria e tecnologia digital para asfaltar a estrada que parecia interditada entre esses dois planos, o dos vivos e o dos mortos. A ferramenta, nesse caso, é a ciência e não a fé. Uma das maiores especialistas em Transcomunicação Instrumental (TCI), nome dado à gravação de vozes e até filmagem de pessoas que já morreram, Sonia comemora um marco em sua cruzada: o primeiro caso autenticado por um laboratório internacional de um contato com um espírito. O fato mais positivo de tudo isso é que, pelo caminho da ciência ou da espiritualidade, essas comunicações geram um conforto imensurável nas pessoas que buscam contato com os seus entes queridos. E dão respostas para muitas de suas inquietações.
O caso estudado cientificamente por Sonia éo de Cleusa Julio, uma mãe como outra qualquer:não suportava a dor pela perda da filha adolescente, Edna, que morreu há três anos, atropelada por um carro enquanto andava de bicicleta. Dilacerada, procurou a Associação Nacional de Transcomunicadores, presidida por Sonia, econseguiu estabelecer comunicação com a menina. Uma das conversas gravadas entre mãe e filha foi enviada há seis meses a um centro de pesquisas em Bolonha, na Itália, o Laboratório Interdisciplinar de Biopsicocibernética, único na Europa totalmente dedicado ao exame e análise científicos de fenômenos paranormais. Junto, foi encaminhada outra fita com um recado deixado por Edna, antes de morrer, numa secretária eletrônica. O resultado, que acaba de chegar, é um surpreendente laudo técnico de 52 páginas, cuja conclusão diz: a voz gravada por meio da transcomunicação é a mesma guardada na secretária eletrônica.
O chamado Caso Edna, revelado com exclusividade a ISTOÉ, tem o aval do físico Claudio Brasil, mestre pela Universidade de São Paulo que se dedicou nos últimos anos a analisar centenas de vozes paranormais. “Temos que abrir a mente e aceitar que a ciência não tem explicação para tudo”, diz ele. “É um trabalho puramente matemático, à prova de fraudes”, afirma Sonia, autora de sete livros, entre eles Gravando vozes do além, que detalha técnicas para contatos em outras dimensões. Em 18 anos de pesquisas, ela guarda 50 mil gravações em áudio com mortos. No início, usava um gravador. Hoje, as conversas são gravadas por telefone ou microfone conectados ao computador e, no caso de gravação e filmagem simultâneas, com o auxílio de uma câmera digital. Acostumada a trazer conforto aos outros, Sonia perdeu seu marido, Fernando, há um ano, vítima de câncer. Segundo ela, Fernando continua sendo seu mais ativo colaborador, agora do outro lado. “A dor se transforma em esperança”, emociona-se.
Sem a intervenção de médiuns ou videntes, mas apenas de tecnologia, a transcomunicação está, segundo seus praticantes, ao alcance de todos que queiram falar com algum familiar ou amigo que se foi. Em comum com o espiritismo, a certeza de que mortos podem se comunicar com vivos. A diferença está no meio para chegar ao outro mundo. Foi através do médium mais conhecido do País, Chico Xavier (1910-2002), que a família do ortopedista David Muszkat, 70 anos, encontrou conforto para sobreviver à perda do primogênito, Roberto. O jovem, então com 19 anos, foi vítima de uma fatalidade: sofria de bronquite asmática e teve um choque anafilático após pingar um remédio no nariz. Morreu em 1979. Desde então, foram 63 mensagens psicografadas por Chico. Judeu praticante, David só procurou o médium aconselhado pela amiga, a atriz Nair Bello, por causa de sua mulher, que sofria muito. Quando encontrou-se com Chico, ouviu: “David, a morte não existe, seu filho está bem.” Foi o começo de uma longa amizade entre o judeu cético e uma das figuras mais importantes do espiritismo. A primeira mensagem, em 1979, chegou na véspera do Dia dos Pais. A assinatura era muito semelhante à de Roberto. “Se foi uma mentira, foi a mais gostosa que ouvi. Se foi um teatro, foi o mais bonito que assisti. Ninguém trará meu filho de volta, mas as mensagens mudaram nossa vida”, diz David, que a partir das cartas do filho morto lançou um livro, Quando se pretende falar da vida, traduzido até para o italiano.
O banqueiro e médium carioca Luiz Augusto Queiroz, 49 anos, conta ter feito contato com vários espíritos. Mas um foi especial: seu próprio pai, Wellman, assassinado num assalto em 1989 no Rio de Janeiro. “Meu pai surgiu na minha frente e falou comigo”, afirma. O reencontro aconteceu três anos após a morte. Wellman foi o fundador do banco BRJ, hoje presidido por Luiz Augusto. Desde sua morte a família se angustiava. Ao vê-lo, o filho perguntou quem o matou. “Meu pai disse que isso não era importante. Era um carma se cumprindo.” Para os familiares, a mensagem foi um alívio. “Um dos mais significativos pontos dessa comunicação com o mundo espiritual é a confirmação da continuidade da vida”, explica Luiz Augusto, que preside o centro espírita Associação Padre Pio, no Rio de Janeiro.
O depoimento de Luiz Augusto confronta um mundo invisível, habitado por espíritos, à exatidão da ciência com suas idéias cartesianas. Esses dois universos sempre mantiveram uma enorme e irreversível distância. Mashoje o que parecia inconciliável semostra complementar. “Cientistas de renome, como Stephen Hawking, reconhecem que é pouco inteligente supor que a nossa realidade é a única expressão do universo”, diz a antropóloga Nara de Oliveira, professora e pesquisadora do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, em Foz do Iguaçu, Paraná. “A ciência física que conhecemos, dentro do paradigma materialista, não tem instrumental para estudar mecanismos subjetivos, como o espírito. Como trabalhar fenômenos extrafísicos com parâmetros físicos?” Nara trabalha na Enciclopédia da Conscienciologia, sob a coordenação do médico Waldo Vieira. “Temos no Centro a maior biblioteca do mundo sobre experiências fora do corpo.” O médico Sérgio Felipe de Oliveira, neurocientista com mestrado em ciências pela USP (Universidade de São Paulo) é idealizador do Projeto Uniespírito (Universidade Internacional de Ciências do Espírito) e estuda a mediunidade e os estados de transe. Defende em suas pesquisas que a glândula pineal – localizada no cérebro e que regula o ciclo do sono – seria o órgão sensorial da mediunidade. Segundo Sérgio, a pineal captaria informações do mundo espiritual por ondas eletromagnéticas, como “um telefone celular”, e as transformaria em estímulos neuroquímicos.
O ambiente social hoje é mais favorável à diversidade em todos os sentidos. Nesse contexto, declarar que “qualquer pessoa pode sair do corpo físico e interagir com alguém que já morreu” não choca pelo inusitado. Ex-marxista, Ronie Lima, 48 anos, reviu suas convicções a partir das experiências que viveu no centro espírita Lar de Frei Luiz e tornou-se um pesquisador da espiritualidade. Nos livros Médicos do espaço e A vida além da vida, relata os fenômenos que testemunhou. “Presenciei mortos falando de três formas: através de incorporação em médiuns, de materialização ou de vozes.” Segundo o estudioso, a pessoa materializada volta “com o mesmo corpo, rosto e voz que tinha quando era vivo.”
Para a estilista carioca e médium Alessandra Wagner, viúva do jornalista Tim Lopes, executado e queimado por traficantes quando trabalhava numa reportagem na favela da Vila Cruzeiro, em 2002, para a Rede Globo, não há necessidade de prova científica para que tenha certeza do reencontro com o marido. Ela estava com o filho Diogo, então com 15 anos, quando, segundo conta, o espírito de Tim se incorporou num médium. “Era ele que estava ali. Tive uma sensação real, física. Senti a presença dele”, afirma Alessandra, que começou a freqüentar o Lar de Frei Luiz um ano antes da tragédia. “A doutrina espírita me deu capacidade de entender. A dor aprimora a gente. Foi nesse pior momento da minha vida que eu mais senti a presença de Deus.” Ela afirma desconhecer a revolta ou desejo de vingança. O encontro pós-morte que diz ter tido com o marido fortaleceu seus sentimentos. “Me senti amparada. E mostra que a gente está aqui de passagem”, reflete.
Talvez a última frase de Alessandra resuma o crescente interesse pela doutrina espírita: afinal, a vida não acaba aqui? A dúvida aflige mais as pessoas que têm maior escolaridade e renda, segundo os dados do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000. Esse é o extrato predominante dos três milhões de espíritas registrados pelo censo no País. Mas, para além dos números oficiais, outros milhões de adeptos de outras religiões, no Brasil e no mundo, buscam caminhos científicos ou espíritas de comunicação com os mortos e sustentam um mercado literário próspero. São quase 200 milhões de livros vendidos sobre as possibilidades de vida e a interligação entre elas. O jornalista carioca Marcel Souto Maior escreveu três livros sobre Chico Xavier, que venderam 350 mil exemplares. Na última obra, As lições de Chico Xavier, conta histórias e questiona até que ponto é possível provar os fenômenos. “São muitas as suspeitas de fraude e de charlatanismo. É necessário checar tudo. A ciência é empírica, mas pode ser contaminada pela fé”, alerta. As dúvidas começam quando a atividade vira uma caixa registradora. Não é o caso de Chico, que psicografou 412 livros, vendeu mais de 20 milhões de exemplares e reverteu tudo para instituições de caridade.
Com 81 anos e quase cega, a carioca conhecida apenas por Dona Célia também poderia estar rica se cobrasse um real de cada pessoa que faz fila para participar das sessões trimestrais nas quais transmite as mensagens que recebe de pessoas mortas. Ela não cobra nada. Dona Célia reúne ciência e espiritualismo: é uma sensitiva que fundamenta o fenômeno de sua comunicação com pessoas “desencarnadas” através da física e da mecânica quânticas. Ao ser perguntada como seria isso, respondeu com novas perguntas: “Desejo ocupa lugar? Tempo ocupa lugar?” Diante da resposta negativa para as duas questões, afirmou que “desejo e tempo são campos quânticos” que os médiuns conseguem captar. Ela recebe pedaços de papel com nomes de pessoas. Leva-os para a casa e, à noite, vai para um quartinho escuro. À medida que toca os papéis, se conecta com o espírito que quer mandar uma mensagem. É apontada com uma possível sucessora de Chico Xavier. Assim como o médium Celso de Almeida Afonso, 66 anos, que atua em Uberaba, mesma cidade mineira onde nasceu Xavier. Ao psicografar recados do “além”, Afonso diz sentir cansaço físico. “Receber seis cartas de filhos mortos é como parir seis filhos.” Ele diz ter psicografado cerca de 15 mil cartas, 90% delas de filhos para pais. “O espírito escreve com alegria, emoção. Serve para apaziguar o coração da mãe, do pai”, diz ele. E assim os mortos confortam os vivos.

Infelizmente, apesar da Bíblia ser clara quanto ao estado dos mortos e de falar da atuação de Satanás como o grande falsificador e capaz de se transformar "até em anjo de luz", o espiritismo continua ganhando força e ganhando espaço na mídia em geral. É fundamental ler mais o que a Palavra de Deus fala acerca disso. A reportagem acima evidencia os tempos em que vivemos quando o engano passa a assumir destaque em contraste com os claros ensinos bíblicos.

DEPOIMENTOS COMPROVAM "BAIXARIA" EM NOVELA DA REDE GLOBO

terça-feira, 18 de julho de 2006 0 comentários

Agência Estado, 18.07.2006.

Os depoimentos reais que encerram os capítulos da novela Páginas da Vida passam a sofrer censura interna na Globo. Em razão do relato exibido no último sábado, em que uma senhora contou como descobriu o orgasmo, a direção da casa resolveu que todos os episódios serão submetidos à Central Globo de Qualidade, ou seja, a uma instância acima do autor Manoel Carlos e do diretor Jayme Monjardim. “A TV Globo reconhece que houve um excesso”, informou a Central Globo de Comunicação ao Estado, após consultar o diretor-geral da Rede Globo, Octávio Florisbal. Também procurado pelo Estado, o autor Manoel Carlos pediu desculpas aos telespectadores que se incomodaram com o depoimento. Na cena, que já está disponível no portal youtube.com, uma senhora de 68 anos conta que só soube o que era gozar aos 45 anos. “Pra mim era tudo normal, o homem terminava e eu também”, disse. Fala que dormiu ao som de Côncavo e Convexo, de Roberto Carlos, e, ao acordar estava com “as pernas suspensas, a calcinha na mão e toda babada”. “Homem pra mim não faz falta, eu mesma dou um jeito”, conclui.
Manoel Carlos explica que “os depoimentos atendem a um desejo nosso (meu e do Jayme Monjardim) de aproximar a voz das ruas da novela”. “São feitos espontaneamente, as pessoas autorizando a divulgação, como é de praxe. Temos vários gravados e nem sequer sabemos se vamos continuar com eles até o fim da novela. É uma experiência que estamos fazendo.”
E continua: “O de sábado deveria ter sido editado, com cortes em algumas palavras, mas acabou passando sem que fizéssemos esses cortes. Lamento muito que algumas pessoas tenham se chocado e ficado constrangidas. Entendo perfeitamente as razões que elas apresentam.” Sobre a repercussão, o autor fala que ouviu opiniões contrárias. “Mas muitas manifestações de aprovação também me chegaram, de pessoas que admiraram a coragem de uma mulher do povo, dona de casa humilde, dar aquele testemunho. Afinal, não era uma mocinha jogando charme, e sim uma mulher de quase 70 anos.” E conclui: “Os que protestaram merecem, neste momento, mais atenção do que aqueles que eventualmente gostaram. E a eles, portanto, peço desculpas pela falta involuntária.”

ESTUDO DEMONSTRA INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO PARA AFASTAR JOVENS DAS DROGAS

segunda-feira, 17 de julho de 2006 0 comentários

Do site da Unifesp
Colaboração do Blog de Michelson Borges

Pregação sobre valores morais e preservação da vida pesam entre as razões que levam integrantes de comunidades carentes a evitar substâncias psicotrópicas; trabalho aponta novos rumos para programas de prevenção

São Mateus, na periferia da Zona Leste de São Paulo, é mais um ambiente onde o consumo de drogas se banalizou entre os jovens. Nas ruas, dentro dos conjuntos habitacionais e até mesmo nas quadras de esportes dos colégios, substâncias ilegais como a maconha já são parte da rotina. É o que acontece na escola onde a operadora de marketing Simone Grigorio, moradora do bairro, trabalha nos fins de semana. Mas o mundo dela é outro: gira em torno do trabalho, dos estudos e da religião. “Minha família me deu uma boa educação”, conta. “Acredito em Deus. Não ia fazer algo para prejudicar outras pessoas e principalmente a mim mesma”, diz, assumindo a postura de não-usuária convicta.Aos 23 anos, Simone faz parte de um grupo que intrigou pesquisadores do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), ligado ao Departamento de Psicobiologia da Unifesp. Um estudo realizado pelo órgão para desvendar por que jovens cercados pelo tráfico e pela violência repudiam as drogas apontou a religiosidade como uma das principais razões. A maioria dos não-usuários avaliados na pesquisa praticam alguma religião.“Os resultados me surpreenderam. Incluí religião como um dado sociodemográfico, mas não esperava que fosse tão importante para manter os jovens afastados das drogas”, afirma a farmacêutica-bioquímica Zila van der Meer Sanchez, autora da dissertação de mestrado sobre o tema. O trabalho deu origem também a um artigo sobre a importância da religiosidade na prevenção, publicado na edição de abril da revista Ciência e Saúde Coletiva. Para Zila, a religiosidade auxilia na construção da personalidade do indivíduo e incute valores morais que pregam o respeito e a preservação da vida.Na pesquisa, foram ouvidos 62 jovens moradores de 12 favelas da cidade de São Paulo – 30 deles eram dependentes de drogas e 32 nunca haviam consumido essas substâncias. Eles também apontaram o que impediria pessoas da mesma faixa etária e classe social de usar drogas, ou seja, quais aspectos devem ser considerados por especialistas ao elaborar um programa de prevenção. Uma família bem-estruturada e harmoniosa, além da religiosidade, foram os fatores de proteção mais citados.Dos 30 dependentes de drogas participantes do estudo, 21 mencionam que uma família bem-resolvida poderia impedir jovens como eles de se envolver com drogas psicotrópicas. Eles consideram a família como fator protetor, o que mostra seu papel na imposição de regras de conduta e também no apoio diante de dificuldades. “A maioria pertencia a famílias mal-estruturadas, negligentes com relação à educação e atenção aos filhos”, afirma a pesquisadora.

GOVERNO LANÇA DICAS DE SAÚDE PARA LÉSBICAS E BISSEXUAIS

sexta-feira, 14 de julho de 2006 0 comentários

Do site da UOL, 13.07.2006.

O Ministério da Saúde lançou um livreto com dicas de saúde para lésbicas e mulheres bissexuais durante as atividades da 10ª Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo. O livreto, "Chegou a Hora de Cuidar da Saúde", traz informações sobre sexualidade, gravidez, menopausa, alimentação, uso de drogas, legislação e violência, específicas para mulheres lésbicas e bissexuais.A iniciativa foi motivada pela baixa procura dessa parcela da população por consultas ginecológicas e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). A idéia da criação do material foi uma demanda do próprio movimento social. Foram representantes de organizações não governamentais que apontaram quais eram as solicitações do segmento sobre a temática saúde.Dez mil exemplares da publicação serão distribuídos por organizações não governamentais, vinculadas à Liga Brasileira de Lésbicas, à Articulação Brasileira de Lésbicas e a outras entidades.

CORTE JULGA EM FAVOR DE FUNCIONÁRIO GUARDADOR DO SÁBADO

quarta-feira, 12 de julho de 2006 0 comentários

Agência Adventista Sul-Americana de Notícias, 10.07.2006

O Tribunal Federal de Justiça do distrito de Fayetteville, Arkansas, EUA, julgou a favor de um adventista do sétimo dia que procurou a justiça por causa de suas convicções quanto à guarda do Sábado. O trabalhador recebeu US$ 311,166,75 por perdas e danos. Crê-se ser este um dos poucos casos em que recompensa por perdas e danos com o fim de “emendar ou deter o acusado”, como foi definido, tenha sido concedida a um guardador do Sábado. Todd Sturgill, 41, e residente em Springdale, Arkansas, era há 19 anos motorista da “United Parcel Service” quando se uniu à Igreja Adventista do Sétimo dia em maio de 2004. Em julho daquele ano, Sturgill pediu ao empregador uma acomodação no seu tempo de trabalho no final das tarde de sextas-feiras, durante o próximo período de entregas. Depois de três meses, disseram a Sturgill que não haveria nenhum acerto. Embora Sturgill estivesse feliz em realizar seu trabalho, sua convicção a respeito da observância do Sábado bíblico no sétimo dia da semana – que começa com o pôr-do-sol de sexta-feira e termina no pôr-d—sol de Sábado – não lhe permitia que ele trabalhasse nesse período. Tentou fazer arranjos com colegas de trabalho para poder guardar o Sábado até a sexta-feira 17 de dezembro de 2005. Nesse dia, apesar de repetidos pedidos de acordo, os administradores não fizeram nada para que Sturgill terminasse seu trabalho antes do pôr-do-sol e ele retornou à firma com 35 encomendas por entregar. Na segunda-feira, ele foi despedido por “abandono ao trabalho”. As dificuldades resultantes atingiram Sturgill, sua esposa e dois filhos diretamente. Encontrou um trabalho como corretor de hipotecas, mas seu salário foi reduzido em dois terços do que ganhava antes. No entanto, ele acrescentou, os acontecimentos não diminuíram suas convicções de obedecer a Deus. “Mesmo com tudo isso, minha fé cresceu... Ainda que não tivesse ganhado no julgamento de hoje, eu estaria agradecido pelo que fiz, ficando firme no que acredito”, disse à ANN em entrevista telefônica. “Estamos gratos pelos acontecimentos de hoje, mas algo fica muito claro”, disse um dos associados do departamento jurídico da Igreja Adventista mundial, Todd McFarland: “os Estados Unidos precisam legalizar o documento de Liberdade Religiosa no Local de Trabalho para salvaguardar os direitos de trabalho das pessoas”. Desde que foi fundada em 1863, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem procurado defender vigorosamente a liberdade religiosa para todas as pessoas, inclusive para os guardadores do Sábado. Hoje, a Igreja trabalha em âmbito global para proteger esses direitos.

PROFECIAS BÍBLICAS

segunda-feira, 10 de julho de 2006 0 comentários


Muitos não gostam de estudar as profecias bíblicas por temerem o que elas revelam, por não entenderem ou porque simplesmente parece tudo muito complexo e distante de nossa realidade. Não é assim em relação à profecia da sucessão dos reinos dominantes do mundo, descrita no capítulo 2 do livro do profeta Daniel. Depois de orar a Deus e pedir sabedoria e entendimento, Daniel revelou ao rei babilônico Nabucodonosor o sonho da estátua que ele teve e sua fiel interpretação. O resultado é que, comparando a explicação de Daniel, com a história, é possível perceber um claro cumprimento profético exatamente da forma como Deus havia esclarecido ao temente homem de Deus.

"Tu, ó rei, estavas olhando e viste uma grande estátua. Esta estátua, que era grande e cujo resplendor era excelente, estava em pé diante de ti e a sua aparência era terrível. A cabeça da estatátua era de ouro fino, o seu peito e seus braços de prata, o seu ventre e as suas coxas de bronze, as suas pernas de ferro, os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou". Daniel 2:32-34. Bíblia Sagrada - Edição Contemporânea.

CABEÇA DE OURO (BABILÔNIA) - O chamado I Império Babilônico (que segundo historiadores unificou a região da Mesopotâmia - hoje Iraque e redondezas) teve início em 1792 a.C. sob o comando de Hamurabi e durou até 1513 a.C. com a destruição de Babilônia empreendida pelos hititas. A partir de 614 a.C., é restaurado o poderio babilônico através do II Império comandado por Nabucodonosor II que finda em 539 a.C. com a derrota para os medo-persas.
PEITO DE PRATA (IMPÉRIO MEDO-PERSA) - Em 539 a.C. conquistou os babilônicos sob comando de Ciro, chegaram a incorporar o Egito, mas sua força não foi como a de Babilônia. Ou seja, a prata é valiosa mas não tanto quanto o ouro. O Império Medo-Persa entrou em declínio no ano de 331 a.C.
VENTRE DE BRONZE (GRÉCIA) - A partir desta data a liderança de Alexandre, o Grande, o Império Grego-Macedônico se consolidou e, conforme historiadores, durante os dezesseis em que esteve no poder Alexandre conseguiu estender seu império desde a Ásia Menor até o Indo (Índia) e do Egito a Mesopotâmia.
PERNAS DE FERRO (ROMA) - Por volta de 168 a.C., o Império Romano começou a dominar a região do Mediterrâneo e se tornou a quarta superpotência de acordo com a profecia bíblica. Segundo alguns historiadores, a população sob o domínio de Roma aumentou de 4 milhões em 250 a.C. para 60 milhões em 30 a.C., o que ilustra como Roma teve o seu poder ampliado nesse período, de 1.5% da população mundial, para 25%.

O Império Romano posteriormente se dividiu, esfacelou-se e acabou dividido em várias tribos chamadas bárbaras que depois deram origem aos atuais países da Europa. E o mais interessante: conforme a Bíblia, esses países, assim como o ferro e o barro, nunca mais se ligariam. "Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de oleiro, misturar-se-ão pelo casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro". Daniel 2:43.

Leia mais em Daniel 2 e bons livros cristãos sobre profecias bíblicas como "Uma nova era segundo as profecias de Daniel", escrito por C.Mervyn Maxwell.



EX-FIÉIS VÃO À JUSTIÇA E PEDEM INDENIZAÇÃO DE IGREJAS

quarta-feira, 5 de julho de 2006 0 comentários

Terra, 05.07.2006 (colaboração de Luciano Almeida)

Cansados de depositar fé e recursos e esperar a providência divina, ex-fiéis desapontados cobram na Justiça indenizações por danos morais e materiais. Os casos estão nas estantes de fóruns e do Tribunal de Justiça de São Paulo esperando da lei dos homens uma sentença. Conforme o jornal Folha de S.Paulo, um fiel da Igreja Universal do Reino de Deus ouviu do pastor que, se tivesse fé, não cairia do telhado que consertaria no templo da igreja. Caiu, teve politraumatismo e requereu R$ 356,2 mil de indenização. O pedido foi julgado procedente. Outro casal de ex-freqüentadores da Universal reclama na Justiça de terem vendido bens, como apartamentos e carros, em troca de prosperidade financeira que não foi alcançada. Já um católico cobra a devolução de R$ 1,5 mil pagos para o casamento. Ele pediu o cancelamento dizendo que o padre interferia nos preparativos. O pároco se negou a devolver o dinheiro, e o caso foi à Justiça. Ele quer R$ 5 mil por danos. O pedido foi considerado procedente, mas a igreja apelou. "É muito difícil provar que o fiel é ingênuo e foi induzido. Fé não pode ser mensurada", disse ao jornal Adriano Ferriani, professor da PUC-SP e especialista em responsabilidade civil.

LÍDERES RELIGIOSOS BUSCAM CAMINHOS PARA GARANTIR DIÁLOGO ENTRE CIVILIZAÇÕES

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Da agência Zenit (colaboração de Sikberto Marks)

Em um encontro sem precedentes, pouco mais de 200 líderes de todas as religiões do mundo e de 40 países diferentes reuniram-se durante três dias na capital russa para discutir suas posições sobre problemas que afetam a sociedade contemporânea. O objetivo: influenciar de forma favorável as decisões dos políticos e propiciar uma mudança geral no papel que a religião desempenha em tempos de globalização. Segundo o metropolita Kirill de Smolensk e Kaliningrad, presidente do Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou, em um mundo globalizado onde todos nós vivemos sob um «mesmo teto», é de suma importância trabalhar não por uma «unificação» que acabe com as tradições e culturas dos povos, mas por uma «união global» onde existam e se respeitem tais tradições, entre elas, as religiosas. Inaugurada com a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em um dos hotéis da zona central da cidade, a «Reunião Mundial de Líderes Religiosos» era verdadeiramente um mosaico multicultural e pluri-religioso.Nos salões e vestíbulos podiam ser vistas monjas budistas, rabinos, metropolitas, cardeais e muftis convivendo «lado a lado», em um ambiente onde as diferenças existentes pareciam ter ficado de lado para tentar encontrar soluções a problemas tão atuais como o terrorismo, o extremismo, a xenofobia e a intolerância. Da mesma forma, enfrentam-se os desafios do diálogo entre civilizações, o narcotráfico, a venda de armamentos, o papel dos meios de comunicação, a defesa e promoção da família e da vida humana, a responsabilidade ecológica e o respeito pelos sentimentos religiosos. «Os ideólogos do terror construíram suas especulações baseados não só nos problemas sociais mais importantes, mas também no “analfabetismo” religioso e nos sentimentos separatistas e nacionalistas», disse em seu discurso Vladimir Putin. «O desconhecimento das bases culturais das religiões torna as pessoas, sobretudo as mais jovens, vulneráveis aos movimentos extremistas. A degradação dos princípios morais nas sociedades é em grande parte responsável pela xenofobia e pelo ódio racial», expressou o presidente russo. «Cada comunidade religiosa tem experiência própria no diálogo entre civilizações e é de grande importância que a utilizem para continuar este diálogo pelo bem de nossos países e nações», agregou. Reconhecendo a qualidade humana e a preparação dos líderes presentes, o presidente Putim surpreendeu fora de protocolo com a promessa de levar as propostas do encontro à reunião do Grupo dos Oito países mais industrializados (G-8), que acontecerá em São Petersburgo de 15 a 17 de julho.«Todas as suas idéias serão não somente escutadas pelos líderes do G-8, mas recebidas para serem levadas a cabo», prometeu Putin.Por sua parte, o Patriarca de Moscou e de todas as Rússias, Sua Beatitude Alexis II, anfitrião principal da Reunião, expressou sua esperança de que os líderes religiosos sejam capazes de formular uma aproximação em comum para enfrentar os problemas tratados no encontro. A Reunião, segundo o patriarca, busca «prevenir que conflitos étnicos se convertam em religiosos e deter a proliferação de movimentos destrutivos pseudo-religiosos», afirmou o Patriarca. Em representação do islã, o aiatolá Ali-Tashiri, pediu que a missão da Reunião se orientasse «à sinceridade e ao respeito de todos os líderes religiosos, para que as diferenças fossem resolvidas e se atuasse em favor do mundo, do homem e de Deus [Alá]». Afirmou que os líderes religiosos do mundo «estão chamados a encontrar denominadores comuns e a cooperar no que os une, ao invés de centralizar sua atenção no que os separa». Agregou que o Islã chama o povo para trabalhar pelo bem comum, pelo que se devia lutar contra o terrorismo. «Se elevamos os valores morais, poderemos livrar-nos então desta enfermidade», mencionou Ali-Tashiri. Por sua parte, o rabino chefe de Israel, Yonah Metzger, em nome da religião judaica, convidou os líderes presentes a formar uma organização internacional, do tipo Nações Unidas, para as comunidades religiosas. «As religiões devem dialogar entre elas. Ainda e quando entre os países não existam relações diplomáticas», declarou Metzger. Em sua opinião, uma organização desse tipo deveria reunir-se constantemente para ajudar na solução dos problemas mais urgentes e no fortalecimento da espiritualidade. E o objetivo principal deveria ser: pregar o mandamento de «não matar», disse o rabino. «Nunca podemos permitir matar em nome de Deus, em nome da religião», sublinhou. Ressaltando também o papel dos líderes religiosos no combate dos problemas contemporâneos, o patriarca principal dos budistas em Camboja, Tep Vong, assegurou que os monges budistas «vão lutar contra o terrorismo e o extremismo, assim como favorecer o diálogo». «A solução dos problemas atuais deve ser buscada nos estudos religiosos, porque a religião implica solidariedade e irmandade», assinalou o patriarca budista. Na conversa entre Zenit e o cardeal Theodore Edgar McCarrick, arcebispo emérito de Washington, sobre o que era a seu parecer o mais relevante do encontro, sem titubear respondeu: «o mais importante é que o evento tenha acontecido e que seja na Rússia, em Moscou, onde 15 anos atrás teria sido simplesmente impensável». Os jornalistas perguntaram ao metropolita Kirill de Smolensk e Kaliningrad por que o Papa Bento XVI não foi convidado para a reunião. O representante do patriarcado respondeu: «O encontro entre o Papa e o Patriarca Alexis II deve ser um evento diferente da reunião. Caso se dêem as circunstâncias, por suas características e importância, deve ser em outro momento e lugar. Não na reunião. E o Vaticano entende bem isso. Por isso nos mandaram uma delegação de muito alto nível». «Parece-me que é mais uma percepção dos jornalistas esse tentar encontrar algo nisso», comenta. Entre os ausentes também está o Dalai Lama. Segundo o metropolita Kirill, o fato se deve a uma série de negociações delicadas com o governo chinês. Para não interferir nas relações diplomáticas, os organizadores tiveram de abster-se de sua presença.

Em nome de uma união global, sem intolerância, estão aproximando as religiões sem, contudo, levar em conta suas diferentes crenças e sua visão acerca de Deus. É uma união puramente de cunho político e não religioso, portanto sugiro acompanhar com cautela esses movimentos significativos no mundo.

NOVO ESPIRITISMO SE MODERNIZA PARA ATRAIR JOVENS

domingo, 2 de julho de 2006 6 comentários


Revista Época, Semana de 02 de julho de 2006
A matéria abaixo é apenas parte da reportagem completa que só pode ser lida na edição impressa da revista Época.


A top model Raica Oliveira, de 22 anos, foi criada na religião espírita. Nascida em Niterói, a namorada do craque Ronaldo mora hoje a maior parte do ano em Nova York por conta de compromissos profissionais. Quando está nos Estados Unidos, Raica vai ao centro Casa São José, na cidade vizinha de New Jersey, freqüentado por brasileiros como Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira - considerados médiuns pelos adeptos da doutrina. "Do que mais gosto na minha religião é a idéia de que podemos sempre voltar à Terra de novo e aperfeiçoar nosso espírito", diz Raica, o rosto do espiritismo jovem. "Sempre temos uma segunda chance."
Raica, Raul e Divaldo são, segundo uma reportagem publicada recentemente no jornal americano The New York Times, as faces visíveis de um novo fenômeno: a abertura de centros espíritas nos Estados Unidos dirigidos por brasileiros, freqüentados pela comunidade latina e também por americanos. O Brasil não é apenas o maior país católico do mundo. É também a nação com maior número de espíritas, cerca de 20 milhões de pessoas, segundo os números oficiais. E, agora, tornou-se também o principal pólo difusor da religião fundada e sistematizada pelo francês Allan Kardec. Quais as características desse espiritismo que o Brasil professa e exporta? Pode-se dizer que o rosto de Raica, uma das mulheres mais bonitas do país, é a face-símbolo de uma nova fase na religião. Esqueça os copos que se movimentam sozinhos sobre a mesa branca, as operações com canivete e sem anestesia do médium Zé Arigó e as sessões de exorcismo coletivo transmitidas pelo rádio. Isso tudo ainda existe, mas o crescimento e a exportação da doutrina se devem principalmente a seu lado menos místico e mais racional. Esse "novo espiritismo" preserva os pilares básicos da religião: a imortalidade do espírito, sua reencarnação e evolução, além da possibilidade de comunicação entre vivos e mortos. Mas se baseia muito mais em leituras e na introspecção que em rituais ou sessões que invocam supostas forças do além. São incentivadas também as duas práticas mais fortes da doutrina: a caridade e a tolerância religiosa. O espiritismo vem crescendo no Brasil, principalmente entre jovens de classe média. No site de relacionamentos Orkut, já existem 366 comunidades sobre "espiritismo" e outras 808 quando se busca a palavra-chave "espírita".

Essa modernização do espiritismo tem o objetivo nítido de atrair mais jovens e, portanto, garantir um crescimento da religião. Nas palavras da modelo, se podemos voltar várias vezes a essa vida (depois de mortos obviamente) e aperfeiçoar nosso espírito não precisamos de um Salvador que morreu por nós na cruz. Comparando com a Bíblia, a doutrina espírita não tem lugar para Jesus Cristo que foi morto para nos dar salvação e é o único e suficiente salvador da raça humana. A modelo entrevistada pela revista Época faz menção, também, de uma segunda chance no sentido de que, conforme a doutrina espírita, se não vivermos uma vida com Deus aqui depois poderemos ter uma outra chance ao reencarnarmos. Mas a Bíblia afirma expressamente que "hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hebreus 3:8). E, em Eclesiastes 9:6, há um texto muito claro sobre o estado dos mortos em que diz que "os mortos não sabem coisa alguma, não têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento".

 
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