AUTORIZADA TRANSFUSÃO DE SANGUE EM TESTEMUNHA DE JEOVÁ

terça-feira, 31 de julho de 2007 6 comentários

Consultor Jurídico, 30.07.2007.

Ninguém pode ser privado de seus direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. Com esse entendimento, a juíza Luciana Monteiro Amaral autorizou os médicos Hospital São Salvador a fazer transfusão de sangue no idoso José Paz da Silva sem necessidade de autorização de qualquer pessoa da família.
A medida foi solicitada pela filha do paciente, professora Regina Célia Paz da Silva Ramos, com o argumento de que seu pai, sua mãe e parte dos irmãos são adeptos da religião Testemunhas de Jeová e assinaram um documento no hospital desautorizando a transfusão. Por razões religiosas, testemunhas de Jeová não aprovam a transfusão de sangue,
De acordo com atestado emitido pelo médico Glaydson Jeronimo da Silva e juntado aos autos, José Paz está internado na Unidade de Terapia Intensiva do hospital com quadro de hemorragia digestiva e vem desenvolvendo instabilidade hemodinâmica com risco iminente de morte.
A juíza lembrou que a religião da qual José Paz é adepto considera o sangue como sendo de natureza sagrada e não permite que seus seguidores submetam-se à transfusão. Admitindo que o artigo 5º da Constituição Federal estabelece como inviolável a liberdade de consciência e de crença, Luciana Monteiro salientou que o mesmo dispositivo legal dispõe, no entanto, que ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política.
“Malgrado haja previsão constitucional acerca do direito à crença, insta salientar que nenhum direito é absoluto, porquanto encontra limites nos demais direitos igualmente consagrados na Constituição Federal. Assim, havendo conflito entre dois ou mais direitos ou garantias fundamentais, deve ser utilizado o princípio da harmonização. No presente caso, resta evidente o conflito acima referido, haja vista que a CF também garante o direito à vida”, comentou a juíza, entendendo que, entre o direito à vida e o direito de crença, deve prevalecer o primeiro.

OFENSA À VIRGEM MARIA NÃO É CRIME PARA PROMOTOR ITALIANO

domingo, 29 de julho de 2007 2 comentários

Agência EFE, 29.07.2007.

Um promotor italiano pediu o arquivamento de uma denúncia sobre desrespeito à religião, uma vez que, segundo seu argumento, Nossa Senhora não se enquadra na categoria de santidade ou divindade, informa hoje o jornal Corriere della Sera.
Enrico di Nicola examinou uma denúncia por desrespeito à religião apresentada por um deputado do partido conservador Forza Itália. A queixa foi contra um espetáculo chamado "Nossa Senhora chora esperma", levado por um grupo homossexual à cidade de Bolonha (norte), mas que acabou não sendo montado.
Di Nicola argumentou que, para o Código Penal, "só há blasfêmia quando esta se dirige a uma santidade ou a uma divindade, e Nossa Senhora, para os teólogos, não está incluída em nenhuma destas categorias". O arquivamento foi decidido pelo promotor "após longas reflexões" e semanas de estudo.
Depois de tomar sua resolução, o promotor enviou uma carta ao juiz de investigação preliminar de Bolonha pedindo o arquivamento da denúncia, sob o argumento de que o crime desrespeito à religião não existia naquele caso.

FREQÜÊNCIA DE FURACÕES DUPLICOU EM CEM ANOS

0 comentários


Agência EFE, 29.07.2007.


O número de furacões que nascem no Atlântico duplicou em comparação com o século passado, devido ao aumento da temperatura marítima e à mudança climática, segundo pesquisa realizada por cientistas americanos.
O estudo, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR, em inglês) e no Instituto Tecnológico da Geórgia, também considerou a mudança nos padrões do vento das últimas décadas.
Como exemplo, os cientistas afirmam que o ano de 2006, menos ativo que os dois anteriores pela presença do fenômeno El Niño no Pacífico, há um século teria sido considerado uma temporada de tempestades muito acima da média.
A análise se baseia nos furacões e nas tempestades tropicais que nascem nos litorais ocidentais da África durante o segundo semestre. Os ciclones adquirem força e massa à medida que avançam em direção ao oeste e geralmente entram no Golfo do México ou causam impacto sobre as costas da América Central e dos Estados Unidos.
O documento identifica três períodos desde 1900, durante os quais a média de furacões e tempestades tropicais aumentou de maneira considerável. O primeiro período, entre 1900 e 1930, registrou uma média de seis tempestades tropicais, das quais quatro foram furacões.
Entre 1930 e 1940, a média anual foi de 10 ciclones, incluindo cinco tempestades tropicais e cinco furacões. Já entre 1995 a 2005 a média chegou a 15: oito furacões e sete tempestades tropicais.
– Os números são um indício concreto de que a mudança climática é um fator influente no número de furacões do Atlântico – disse Greg Holland, cientista do NCAR e um dos autores do estudo publicado pelo portal Philosophical Transactions of the Royal Society of London.
Por outro lado, "com os padrões atuais, um ano de pouca atividade de furacões teria sido considerado normal e até ativo na primeira parte do século passado".
Jesus menciona, nos evangelhos, que nos tempos finais deste mundo teríamos catástrofes em maior escala. E é inegável, sob o ponto de vista técnico mesmo, que desastres naturais como os furacões estão se intensificando nos últimos tempos. Para o estudioso atento de livros bíblicos como Daniel, Apocalipse, I e II Tessalonicenses, Mateus (sobretudo o capítulo 24) e Joel, não fica difícil fazer essa ligação.

REFRIGERANTE PODE AUMENTAR RISCO DE DOENÇAS CARDÍACAS

quarta-feira, 25 de julho de 2007 0 comentários

Jornal do Site Odonto, julho de 2007.

O hábito de beber mais de um refrigerante por dia, mesmo que o diet, pode estar associado a um aumento dos fatores de risco para doenças cardíacas, segundo pesquisa realizada por uma equipe do Instituto Framingham, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado na revista Circulation, da Associação Norte-Americana do Coração. “Entre os que bebem um ou mais refrigerantes diariamente há uma associação com maior risco de desenvolver a síndrome metabólica”, disse o principal autor do estudo, Ramachandran Vasan.
A síndrome metabólica é um aglomerado de fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes, incluindo excesso do abdome, alta pressão sangüínea, triglicerídeos elevados, baixos níveis de lipoproteína de alta densidade (o “colesterol bom”) e altos níveis de glicose em jejum. A presença de três ou mais desses fatores aumenta o risco do aparecimento de diabetes ou doença cardiovascular. “O mais impressionante foi o risco aumentar tanto para quem consome refrigerantes diet quanto para os que tomam a versão normal”, disse Vasan.
O estudo teve como base observações feitas com 9 mil pessoas de meia-idade (40 a 60 anos) durante quatro anos em três ocasiões diferentes. Os pesquisadores concluíram que os indivíduos que consumiam um ou mais refrigerantes por dia apresentavam um aumento de 48% na prevalência da síndrome metabólica em comparação aos que consomem menos.
Uma explicação possível para o fenômeno é que o xarope de frutose de milho nos refrigerantes causaria ganho de peso e poderia levar ao diabetes. “Mas, nesse caso, fica difícil explicar por que as versões ‘diet’ não apresentaram diferença”, disse Vasan. Outra hipótese é que o maior consumo de líquidos estaria associado com um grau mais baixo de compensação alimentar. Normalmente, quem come muito em uma refeição tende a comer menos na próxima, mas quem ingere muito líquido tende a beber tanto quanto depois.
Outra tese é que os refrigerantes são altamente adocicados e podem fazer com que a pessoa fique mais propensa a consumir doces. Ou, ainda, que o caramelo da bebida poderia promover o desenvolvimento de complexos de açúcares. “São teorias que precisam ser estudadas. Embora tenhamos demonstrado a associação, ainda não provamos que há uma relação de causa e efeito”, disse Vasan.

ENTRA EM VIGOR LEI SOBRE UNIÃO GAY EM WASHINGTON

0 comentários

Consultor Jurídico, 24.07.2007.

Cartórios de todo o Estado de Washington estão lotados desde segunda-feira (23/7), quando entrou em vigor a lei que reconhece as uniões gays de casais que moram juntos. As informações são do site Findlaw.
A lei prevê novos direitos civis para os homossexuais daquele estado como: visitação hospitalar, poder para autorizar autópsias e doação dos órgãos do parceiro morto, e direito de herança na ausência de um testamento juramentado. Apesar desse avanço, os casais homossexuais de Washington não terão a mesma amplitude de direitos dos casais tradicionais.
A norma abarca homossexuais que dividam o mesmo teto, que não sejam casados no papel com outra pessoa e que tenham pelo menos 18 anos de idade. A Suprema Corte manteve um veto, ano passado, ao casamento gay, lembrando que em 1998 o Estado de Washington aprovara a Lei de Defesa do Casamento, que restringia a definição legal de casamento a uniões entre sexos opostos. No início de 2007, o Legislativo daquele estado resolveu reconhecer as parcerias domésticas homossexuais.

ADOLESCENTE ESQUARTEJA MENINO DE 12 ANOS EM BLUMENAU

terça-feira, 24 de julho de 2007 11 comentários

Click RBS, 23.07.2007.

O assassinato de um menino de 12 anos, ocorrido nesta segunda-feira, no Bairro da Velha Central, chocou Blumenau, no Médio Vale. Gabriel Kuhn foi encontrado morto e com as pernas separadas do corpo, por volta do meio-dia, na casa de um vizinho. O suspeito é um rapaz de 16 anos que convivia com a família de Gabriel e com as outras crianças da rua. O crime teria sido motivado por uma discussão durante um jogo de computador.
O suspeito chegou às 12h30min à Central de Polícia. Conduzido por policiais militares, aparentava estar transtornado. À tarde, o adolescente, que prestou depoimento acompanhado do pai e do advogado da família, teria confessado o crime à delegada Rosi Serafim, responsável pelo caso. Segundo a delegada, o adolescente contou que uma discussão, durante um jogo computador, seria o motivo do crime. Na segunda, a cada cinco minutos, chegava um familiar na casa de Gabriel, cheio de lágrimas e dúvidas sobre o crime. Ninguém compreendia como o amigo de 16 anos podia ter a coragem de matá-lo. – Eles sempre brincavam juntos. Ele (o suspeito) estava sempre aqui em casa, brincando no computador com os meus filhos. A gente fica até na dúvida se é ele mesmo – inconforma-se o pai da vítima, Adelar Kuhn, 42 anos. – O Gabriel sempre foi um menino bom. Eles só brincavam. Não dá para entender – lamenta a avó Dori Kuhn.
Os vizinhos também se recordam das brincadeiras dos meninos na rua. Costumavam jogar bola, ficar sentados juntos no meio-fio. A vizinha Dolores Gonçalves, 61 anos, que ficou sabendo do crime pela TV, não acreditou que pudesse ser o rapaz de 16 anos. – Alguma coisa errada aconteceu. Ele sempre ajudou os pais, era educado, quieto. Só fico pensando na dor das mães dessas crianças – conta. A mãe de Gabriel estava sendo amparada na casa de familiares, a poucos metros da cena do crime. A mãe do suspeito foi trazida a Blumenau por familiares, ela estava na casa de amigos e mantinha-se à base de calmantes. Durante a discussão, o suspeito, de 16 anos, teria estrangulado a vítima. Ao ver o menino de 12 anos desacordado, o suspeito decidiu escondê-lo no sótão que fica a 1,80 metro do chão. Com o auxílio de uma escada, ele teria amarrado o corpo a um fio na tentativa de suspendê-lo. – Como tava muito pesado, ele não conseguiu levantar. Foi aí que ele teria cortado as pernas para facilitar a remoção. Ele cortou as duas pernas com um faca e quando chegou na parte óssea, pegou uma serrinha – relatou a delegada Rosi Serafim. De acordo com a delegada, foi coletado material para investigar se houve abuso sexual. A previsão é que o laudo seja divulgado nos próximos 15 dias. Depois de prestar declarações, o adolescente foi conduzido ao IML e em seguida apresentado ao Ministério Público. Após ouvir o suspeito, a promotora substituta da infância e juventude, Mônica Papst, solicitou a internação provisória do jovem. A Justiça acatou o pedido.

A motivação, além de fútil, causa preocupação. Por causa de um jogo de computador, um amigo tira a vida do outro de maneira cruel. Colocar os jogos de computador simplesmente no banco dos réus não resolverá a situação e, sim, analisar posteriormente como se dá a relação familiar em um caso como esse. É difícil falar ainda com poucas informações sobre a vida do acusado, o rapaz de 16 anos, mas é possível entender que a explicação vai muito além da simples desavença em virtude do jogo eletrônico. Quanto tempo se tem passado em casa na frente do computador, quanto tempo o diálogo entre pais e filhos tem ocorrido? São todas perguntas para as famílias em geral de nossa sociedade.

AÇÚCAR É PORTEIRO DA NICOTINA, DIZ PESQUISA

segunda-feira, 23 de julho de 2007 0 comentários

Agência Fapesp, 23.07.2007.

Quando a nicotina se liga a um neurônio, como a célula consegue enviar o sinal que anuncia a presença da substância e dispara a sensação de prazer? Graças ao açúcar, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos. O grupo, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), propõe que o açúcar seria o responsável por abrir a passagem na membrana da célula e por anunciar a chegada da nicotina. Os resultados da pesquisa serão publicados na edição on-line da revista Nature Neuroscience.
Para o biólogo estrutural Raymond Stevens, do Instituto de Pesquisa Scripps, o estudo é “um marco nos campos de biologia estrutural e comunicação neural”. Além da dependência de nicotina, Stevens destaca que a pesquisa pode indicar alvos para o desenvolvimento de fármacos relacionados ao tratamento de epilepsia, esquizofrenia e depressão.
Utilizando camundongos como modelo, o estudo fornece o primeiro olhar detalhado sobre parte do receptor de acetilcolina nicotínica (nAChR): uma das moléculas de um grande e importante grupo conhecido como proteínas de canal iônico, que permite a passagem de sinais entre neurônios.
Os resultados revelam que as moléculas de açúcar têm um papel importante na atividade dessas proteínas. “Nossos estudos preenchem uma lacuna importante na área e estabelecem um novo paradigma”, disse Lin Chen, professor associado de biologia molecular e computacional da USC.
“Várias teorias correntes, que não consideram o papel do açúcar, estão provavelmente incompletas”, disse Chen. O debate sobre como os sinais passam do exterior de uma célula para seu interior se estende há tempos, sem solução. De acordo com Chen, alguns pesquisadores sugeriam que quando um composto químico, como a nicotina, liga-se a uma proteína de canal iônico na superfície de uma célula, a proteína inicia uma “onda conformacional” que propaga um sinal pelo corpo da proteína em direção à membrana celular.
Mas a base molecular de tal onda, em um nAChR ou em qualquer outra proteína, não foi claramente estabelecida. Em vez disso, o estudo feito pelo grupo de Chen sobre a estrutura cristalina sugere que as moléculas de açúcar que aderem à superfície do receptor têm um papel mecânico.
“Elas servem como ligação entre o local de adesão do neurotransmissor e a região da membrana em que está a abertura de entrada”, disse Chen. “O açúcar funciona como se fosse um ‘porteiro’, que deixa a passagem aberta ou fechada.”
Ao cortar as cadeias de açúcar, a operação do portão cessou, de acordo com Chen. “O açúcar é fundamental”, afirmou. Os pesquisadores também encontraram uma molécula de água no interior do receptor – o que é significativo, porque as proteínas normalmente são preenchidas com matéria hidrofóbica (repelente da água), que ajuda a estrutura a manter sua forma.
Segundo Chen, a molécula de água pode ativar o receptor para alterar seu formato e contrabalançar a deformação ocasionada pela abertura e fechamento da entrada na membrana.
Estudos anteriores sobre homólogos do nAChR – proteínas que compartilham sua estrutura, mas não sua função de comunicação – mostram que eles são completamente hidrofóbicos. De acordo com Chen, isso apóia a teoria de que a molécula de água tem um papel funcional.

EROTISMO NA MÍDIA GERA POLÊMICA NA ITÁLIA

domingo, 22 de julho de 2007 0 comentários

Site da BBC Brasil, 20.07.2007.

A exploração do corpo feminino em peças publicitárias e nos mais variados programas de televisão se transformou em um debate nacional na Itália, onde críticos vêem no fenômeno um sinal da derrota das conquistas feministas das últimas décadas.
"A Itália é o país das mulheres nuas" e "Onde as mulheres são apenas objetos" foram os títulos que estamparam os dois principais jornais italianos nesta semana, numa referência às jovens bonitas, com pouco ou nenhum talento, que aparecem vestindo biquínis, sutiãs minúsculos ou microssaias em quase todos os programas televisivos e peças publicitárias no país.
De acordo com as publicações, passadas três décadas da aprovação das leis que legalizaram o divórcio e o aborto, consideradas marcos das conquistas femininas, as italianas parecem não se importar com o fato de que estão sendo exploradas e tratadas como simples objetos.
O assunto veio à tona depois que o jornal inglês Financial Times publicou um artigo de quatro páginas criticando duramente o tratamento reservado às mulheres na Itália: “o uso de bailarinas em todos os gêneros de programas televisivos, as peças publicitárias dominadas por alusões sexuais, o prevalecimento da mulher como objeto, destinada a excitar os órgãos genitais dos homens em vez do cérebro”.
Adrian Michaels, autor do texto, diz que o mais surpreendente é a ausência de protestos. De acordo com ele, “aparentemente, as mulheres não vêem nada de mal em terem seus corpos descobertos inutilmente para divulgar qualquer produto”. No centro da polêmica, está a campanha publicitária da companhia de telefonia celular TIM, com cartazes e outdoors espalhados por todos os cantos do país utilizando a imagem de uma famosa ex-bailarina de programa televisivo, vestindo um reduzido biquíni vermelho numa pose para lá de sensual.
Na foto, o que mais se vê são as pernas em pose sexy e os fartos seios da modelo. É preciso se esforçar para entender que o produto da venda é um celular.
Um representante da TIM, que não quis se identificar, disse à BBC Brasil que o nível de erotismo na publicidade e na televisão italiana reflete a cultura do país. De acordo com ele, quem inventa as campanhas são os publicitários. "Eles fazem pesquisas de mercado e detectam o que pode melhorar as vendas. Se o retorno é positivo, quer dizer que a maioria dos italianos está satisfeita."
"Não acredito que a televisão e a publicidade na Itália sejam melhores ou piores do que é no Brasil, na Inglaterra, ou nos Estados Unidos. Apenas mostra como é a realidade cultural italiana."
Emma Bonino, ministra para o Comércio Internacional e para a Política Européia e protagonista de muitas lutas feministas nos anos 70, diz ter a sensação de que o feminismo não existe mais no país. A ministra lembra que em 1976, 11% do parlamento eram formados por mulheres. Após três décadas, o percentual é o mesmo.

A afirmação de que o que importa é vender sem interessar de que jeito é antiga. Ou seja, banaliza-se o que for necessário em nome de uma comercialização satisfatória dos produtos. Com a anuência das próprias mulheres ou pouca crítica em relação a isso. Concordo realmente que não se trata de um problema italiano e sim mundial.

O PREÇO DA DIGNIDADE

0 comentários

Felipe Lemos, editor deste blog. Este comentário também foi ao ar na semana de 23 a 27 de julho na Rádio Novo Tempo dentro do programa Conexão Novo Tempo.

Considerei bem interessante reportagem da revista IstoÉ desse semana sobre a empresária Wilma Guimarães, que está cumprindo pena por causa daquele episódio de corrupção conhecido como o caso dos Anões do Orçamento, em 1994. Para quem não se lembra, vários deputados e outros políticos estavam envolvidos com fraudes no Orçamento da União e se responsabilizaram por milhões de Reais roubados dos cofres públicos. Só para variar, a maioria não foi punida. Mas, no caso de Wilma, foi diferente. Segundo a reportagem, na época ela comia filé mignon com pó de ouro. Em um de seus aniversários, chegou a servir 720 garrafas de champanhe Möet & Chandon. Comprou uma bolsa Louis Vuitton original só para carregar a cadelinha Babi e tinha nada menos que 160 pares de sapatos. Wilma transformou-se em símbolo dos “emergentes”. Mas agora, aos 45 anos, a ex-dama da noite brasiliense tem novo endereço: a Penitenciária Feminina de Brasília. A empresária foi condenada pelo Tribunal Regional Federal a seis anos de prisão por ter se utilizado de “laranjas” para criar contas bancárias e legalizar a propina do principal “anão” do Orçamento, o ex deputado João Alves, morto em 2004. Em vez de comer comida sofisticada, ela se contenta com a “quentinha” do presídio.
Como podem ser dramáticas as conseqüências de um erro. Durante muito tempo, essa empresária viveu com regalias que nem meio por cento da população brasileira tem acesso. Hoje tem de aprender a viver com quase nada e ainda aceitar que está pagando por um crime que ela admite que e cometeu. Mas o pior não é apenas a perda do dinheiro, da fama, da popularidade e das amizades interesseiras que para muitos é o mais importante. A empresária brasiliense perdeu a dignidade porque queria ter mais do que já tinha. Porque seu maior desejo talvez fosse sustentar um padrão de vida sem ter de trabalhar honestamente. E a dignidade não se compra. É conquistada com princípios e valores.
É por isso que, quando uma pessoa envolvida em corrupção ou quaisquer crimes, é punida por seu ato fica uma lição para a sociedade. Ganhar dinheiro de maneira ilícita, em todos os âmbitos, é fácil. Basta estar envolvido em algum conluio, em alguma trama ou esquema ilegal grande ou pequeno. Mas o desaparecimento da dignidade tem um preço muito mais alto. E alguns têm dificuldade em reconquistar essa característica, uma vez perdida. Olho aberto para quem pensa que o fim justifica os meios sempre...

CONHEÇA MAIS SOBRE A BÍBLIA

quinta-feira, 19 de julho de 2007 0 comentários

Amigo que visita esse blog!


Você tem percebido que esse é um espaço democrático de discussão de assuntos do cotidiano sob uma ótica bíblica. Coloco-me à disposição daqueles que desejem conversar e discutir mais acerca da Bíblia e do que esse livro sagrado contém. Os ensinamentos são vastos e sempre aprendemos mais ao relermos a Palavra de Deus. Existem excelentes sites que ajudam a conhecer mais a Bíblia, porém através do e-mail realidadeemfoco@gmail.com coloco-me à disposição para quem desejar quiser trocar idéias e estudar mais os ensinamentos bíblicos.


Que Deus nos abençoe e nos ajude a compreender mais acerca desse livro sagrado!


Felipe Lemos, editor desse blog.

PAI NÃO PAGA FIANÇA E DEIXA FILHO VICIADO NA CADEIA

segunda-feira, 16 de julho de 2007 1 comentários


Revista Época, Semana de 16.07.2007.

Juraci Martins, de 54 anos, vive da venda de embreagens remanufaturadas. Mora em Londrina, no Paraná, com a mulher, Lourdes, em um apartamento financiado de três dormitórios. O patrimônio do casal se resume a esse imóvel e a uma caminhonete Silverado. Os três filhos, duas mulheres e um homem, já saíram de casa. O caçula, Rodolfo, de 21 anos, tem problemas com álcool e drogas desde os 12. Juraci também foi dependente de álcool desde a adolescência. Diz ter se livrado do vício nove anos atrás.
Seria uma descrição trivial de uma família brasileira comum do século XXI, se um episódio raro não tivesse levado os Martins às manchetes de jornais de todo o país. No domingo 8, Rodolfo pegou escondido o carro do pai. Horas depois, dividia com outros 11 detentos uma cela no 2º distrito policial de Londrina. Fora preso em flagrante por dirigir alcoolizado e com a habilitação vencida, e por ter provocado um acidente (sem vítimas). Num país onde o álcool é apontado como responsável por metade das 35 mil mortes anuais no trânsito, sem que isso se reflita em punições severas para os infratores, o roteiro-padrão prevê que o pai pague a fiança e tudo seja esquecido.
No caso de Rodolfo, o valor dessa fiança era R$ 500, nada pesado para o orçamento da família. Mas Juraci decidiu deixar o filho preso, e a história foi parar no noticiário nacional. “Fiz isso por amor”, diz. O pai conta que, numa briga anterior com o filho, já o havia advertido de que, se ele fizesse algo errado e a polícia o pegasse, não pagaria a fiança. “Disse até que, se precisasse, pagava mais R$ 200 para ele continuar preso.”
Depois de ter dado algumas declarações à imprensa sobre o caso, Lourdes, a mãe, passou a evitar falar sobre o assunto. Abalada, até o final da semana passada não visitara o filho na detenção. Juraci diz que a decisão de não pagar a fiança foi tomada em comum pelo casal. “Não queria chamar a atenção para mim. Se o que eu fiz foi certo, também não quero confete. É muito triste você perder um filho para um traficante.”
A notícia, poucos dias depois do episódio em que um grupo de jovens cariocas agrediu uma doméstica e foi defendido pelos pais, revela que, em meio a uma suposta crise de valores na sociedade brasileira, nem todo pai está disposto a tolerar o crime dos filhos. Alguns afirmam que, se a situação dos Martins chegou a esse ponto, é porque faltou orientação paterna antes. Juraci afirma reconhecer sua parcela de responsabilidade, mas diz não se arrepender. “Errar, eu errei. Poderia ter passado mais tempo com ele. Mas nossos filhos sempre tiveram casa para dormir, comida, roupa e escola para estudar. Disso, nunca vão poder falar de mim e de minha mulher. Meu pai morreu cedo, quando eu tinha 11 anos, mas me ensinou o valor do trabalho e da honestidade.”
Não que Juraci não tenha tentado nada antes. Segundo o pai, Rodolfo foi internado duas vezes em clínicas. A primeira por nove meses e a segunda por cinco. Tudo isso teria custado R$ 20 mil à família. “Rodolfo tentava me agredir. Nos últimos tempos, eu chegava a correr para evitar briga. A pessoa que é viciada fala coisas que nem dá para descrever”, afirma Juraci. Antes de ser preso, o jovem morava na casa da família da namorada e não tinha emprego fixo.
“Eu poderia ter passado mais tempo com meu filho. Mas dei casa, comida, roupa e escola. Disso nunca vão poder falar”
Bebê nascido prematuro, sempre muito franzino, Rodolfo largou os estudos assim que completou o ensino fundamental. “Ele achava que não precisava estudar para ganhar dinheiro”, diz o pai. “Cansei de falar: ‘Rapaz, se você usasse essa sua inteligência para o trabalho, para as coisas boas...’”. Aos 16 anos, o filho confessou, diz o pai, que fumava maconha desde os 12. “Depois, vieram a cocaína e o crack. Este último é maldito, porque acaba com a pessoa.”
Rodolfo pode ser solto na quarta-feira 18, desde que a fiança seja paga. Juraci diz que não imagina qual será a reação do filho no primeiro encontro, mas que já sabe o que dirá a ele: “E então, Rodolfo? Vamos procurar um tratamento para curar isso de uma vez? Estamos aqui, somos sua família e queremos ajudá-lo”. Está à procura de uma clínica “que tenha também espiritualidade, que ensine as coisas de Deus para ele”. O motivo tem a ver com seu próprio passado. Foi em encontros da Igreja Católica que Juraci diz ter se livrado do vício do álcool.

A NOVA (E NOCIVA) LIBERAÇÃO SEXUAL

0 comentários

Revista IstoÉ, Semana de 16 de julho de 2007.
Com grifos acrescentados por Felipe Lemos. Preferi não colocar fotos, pois as imagens de capa da revista foram de mau gosto.

Então chega o momento em que a alma se aquece e as contrações involuntárias se alongam por compassados segundos. Ah, o relaxamento profundo, o faiscante brilho no olhar e o incontornável sorriso no rosto. A deliciosa sensação do tempo que pára e problemas que somem. Pois a desejada oportunidade de retornar sempre ao prazer, sem culpas nem traumas, está agora ao alcance de uma geração inteira de brasileiros. Pela primeira vez, o reconforto do sexo é algo igualmente acessível a homens e mulheres, finalmente libertados da moral católica, das convenções sociais e de uma repressão histórica. Antes encarado como um prêmio da relação amorosa, a realização do desejo passou a ser direito de uma juventude que se inicia mais cedo, tem mais parceiros e se casa mais tarde.
“A grande revolução é feminina”, diz a psiquiatra da Universidade de São Paulo (USP), Carmita Abdo. “Elas fazem sexo sem estar apaixonadas.” Coordenadora do Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, o primeiro trabalho completo sobre o tema, que ouviu cerca de sete mil pessoas em 20 capitais, em 2004, Carmita antecipou a ISTOÉ os novos resultados da atualização dessa pesquisa. E eles mostram que uma revolução está em curso. Veja o caso das meninas: em 2004, a moça que tinha entre 18 e 25 anos havia perdido a virgindade aos 17. Atualmente, ela se inicia sexualmente aos 15 anos, a mesma idade dos rapazes. Foi a mudança acelerada no comportamento delas que ajudou a modificar um costume deles. No caso dos homens, virou coisa de antigamente começar a vida sexual com garotas de programa. Consolidou-se a tendência de que a primeira relação aconteça entre colegas de escola, vizinhos ou amigos.
Paralelamente, o brasileiro vem adiando cada vez mais o casamento. Dados do IBGE mostram que a troca de alianças acontece, em média, aos 28,5 anos – eles, aos 30,2 anos e elas, com 26,8. Há apenas uma década, a geração anterior se casava, em média, com 26,1 anos. Nesta nova perspectiva de vida, em que o jovem transa pela primeira vez mais cedo e se casa mais tarde, é natural uma multiplicidade de parceiros. Mudou, portanto, a acepção do que antes se chamava “ficar”.
"Ficar virou sinônimo de fazer sexo”, explica Carmita Abdo. “O jovem, hoje, fica com alguém e não estabelece nenhum tipo de compromisso ou vínculo. O sexo virou um prazer que ele vê como um direito e não como um prêmio de uma história afetiva construída.” Esse é o mais novo traço da liberação sexual que ocorre entre os jovens.
O paulista Ricardo Gazarra Pizone é um exemplo dessa geração. Solteiro, ele mora com os pais e sai à noite quatro vezes por semana. Diz que nunca voltou para casa sem “beijo na boca”. “Num domingo do mês passado, beijei 19 mulheres e transei com três em uma festa”, garante Ricardo, comerciante de 25 anos, que já freqüentou um motel com três garotas. Em 2005, em um carnaval fora de época, ele afirma ter beijado 53 meninas em cinco horas – uma a cada dez minutos, em média. “Não sinto nenhuma culpa por agir assim, porque jogo aberto. Digo antes que não quero nada sério.”
De acordo com o Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, os homens entre 18 e 25 anos afirmam ter 4,2 parceiras sexuais durante um ano. Parceira sexual é mais do que uma transa de apenas uma noite, é alguém com quem o encontro teve alguma seqüência. Já as mulheres dizem ter 1,6 parceiro sexual anualmente. Se imaginarmos que essa garota começa a vida sexual aos 15 anos e se casa aos 27, ela poderá ter 19 parceiros até trocar alianças. Um quadro bem diferente do passado. Quarenta anos atrás, a moça transava pela primeira vez aos 22 anos com o namorado com quem se casaria ou, no máximo, com alguém que imaginasse ser o príncipe encantado que a levaria ao altar. Segundo os especialistas, nunca em nenhuma época da era contemporânea o sexo esteve tão desvinculado do casamento.
Ricardo diz ter beijado 19 meninas e transado com três numa única festa
O curioso é que essa geração nasceu e/ou cresceu diante da propagação da Aids, mas a doença não pôs um freio na multiplicidade de parceiros, como se imaginava. O jovem domina plenamente os meios contraceptivos – embora nem sempre os utilize corretamente – e a liberdade sexual cresce de forma avassaladora. “Foi mal veiculada e mal captada a mensagem sobre a Aids. Enquanto se divulgava “não transe sem camisinha”, a garotada entendia “use o preservativo e faça sexo”. Foi um convite para o sexo sem preocupação”, opina Carmita, da USP.
O ambiente erotizado da juventude de hoje favorece essa ebulição sexual. No fim dos anos 80, a nudez nas novelas e a genitália exposta no Carnaval arrepiavam muitas famílias e geravam polêmica. Hoje, ambos ganham closes cada vez mais ousados na tevê. Na internet, o jovem encontra sexo protegido, de fácil acesso e, por meio dela, também agenda encontros. Mais: para dar o toque de fantasia, uma conotação festiva, a esse encontro, pode recorrer aos sex shops, que deixaram o submundo e estão cada vez mais visíveis nas esquinas das grandes cidades.
Com tantas possibilidades, não passa pela cabeça dessa juventude unir-se a outra pessoa para ter atividade sexual ou se libertar dos pais, como ocorria antes. Com isso, o casamento deixou de ser a espinha dorsal em torno da qual se desenha uma trajetória. A jornalista paulista Denise Molinaro, 31 anos, recebeu cinco pedidos de casamento (aos 19, 22, 26, 27 e 30 anos) e recusou todos. “Quero casar somente depois dos 32”, afirma ela. “Minha mãe fica horrorizada, mas sempre pensei assim. Tenho de crescer profissionalmente, viajar, conhecer lugares e pessoas antes.”

Resumo: sexo livre, sem compromissos, não atrelado ao casamento e a nenhuma relação estável. Realmente nesse caso o que importa é quantidade e não qualidade de relacionamento. O ambiente erotizado evidentemente estimula esse tipo de comportamento. Mas culpar apenas televisão e Internet é fácil. E quem considera legal observar tudo isso e apóia filhos e filhas a terem essa atitude de encarar o sexo dessa maneira? É simplesmente hipócrita atribuir aos meios de comunicação a responsabilidade de tudo. É evidente que só se divulga porcaria em geral na programação televisiva e na web, mas quem consome isso por livre e espontânea vontade é totalmente responsável por seus atos. E quem bate palmas e facilita o acesso para crianças, adolescentes e jovens tem grande parcela de participação nisso tudo. É fundamental abandonar o cinismo nesse assunto.

MAIOR CRUZ DO MUNDO SERÁ CONSTRUÍDA EM NAZARÉ

0 comentários

Click RBS, 16.07.07.

Um grupo de cristãos lidera um projeto para a construção, no centro de uma igreja em Nazaré, em Israel, de uma cruz de 60 metros de altura decorada com 7,2 milhões de azulejos. De acordo com o jornal Maariv, será a maior do mundo diz hoje o jornal . Segundo fontes cristãs citadas pela publicação, a iniciativa foi apresentada pela Fundação Cruz de Nazaré, formada por cristãos da região e de outros países, e que tem trabalhado para obter doações internacionais e as permissões necessárias.
Os nomes dos contribuintes serão escritos nos azulejos que decorarão a cruz e, ao redor dela, será construído um centro de estudos e um museu onde se mostrará a vida de Jesus e os mais de dois mil anos da história cristã.
Segundo o jornal, a idéia de construir a cruz surgiu na cidade da Anunciação e o projeto foi elaborado discretamente para evitar a oposição dos muçulmanos.
Há cinco anos, as comunidades se enfrentaram pelos planos dos muçulmanos de construir uma grande mesquita junto à Basílica da Anunciação. Estima-se que 30% dos 70 mil moradores da cidade sejam cristãos, e outros 65% muçulmanos.
Foi em Nazaré, segundo a tradição cristã, que o anjo Gabriel anunciou à Virgem Maria que ela seria a mãe de Jesus. Apesar da existência de outras cruzes grandes no mundo, como a de Effingham, nos Estados Unidos, e a do Vale dos Caídos, na Espanha, quando terminarem as obras, a cruz de Nazaré será a maior por seu tamanho. O projeto foi apresentado à Prefeitura de Nazaré, que ainda não se pronunciou.

O grande objetivo dos seres humanos parece ser o de criar monumentos a sua fé. Mas o significado da cruz vai muito além de um emblema, de uma obra, de uma representação. Biblicamente significa a salvação concedida a cada um através da morte de Jesus Cristo. Achei curioso que o nome dos colaboradores estará inscrito na cruz. Será que o nome de cada pessoa, pela qual Jesus morreu, já não está inscrito ali espiritualmente falando?

PROMOTORES DESISTEM DE PROCESSO CONTRA DEUS

quinta-feira, 12 de julho de 2007 0 comentários

Portal Terra, 12.07.2007.
Sugestão de Jonas Cordazzo.

Uma ação legal contra Deus foi arquivada na Romênia porque os promotores não conseguiram encontrar o endereço do acusado, desistindo do caso. Pavel Mircea, da cidade de Timisoara, que cumpre sentença de 20 anos de prisão por assassinato, inicou processo contra Deus há dois anos. "Deus e eu fechamos um contrato quando eu fui batizado e Deus não respeitou sua parte no acordo", diz o texto do processo, segundo o site Ananova. "Ele deveria ter me protegido do mal em vez de dar-me a Satã, que me encorajou a matar".
Mircea ainda pede compensação financeira por todo dinheiro que gastou em velas e serviços da Igreja, que também não o ajudaram. Mas os promoters decidiram largar o caso depois de dois anos. "Não conseguimos encontrar o endereço de Deus. Ele não tem casa", disse um porta-voz.

Ah! Se Deus fosse cobrar tanta incredulidade, presunção e egoísmo, quem conseguiria pagar uma dívida dessas??? Essa notícia só não é mais absurda, porque infelizmente muitas pessoas consideram Deus como um sócio do tipo banco que paga todas as contas. Esse tipo de pensamento permeia a mente de muitos que consideram que, não importa o que façam na vida, Deus deve livrá-los de todas as conseqüências de possíveis e reais erros cometidos.

VATICANO DIZ QUE A IGREJA CATÓLICA É A ÚNICA

terça-feira, 10 de julho de 2007 14 comentários


Portal Terra, 10.07.2007 (original Agência Reuters)


O Vaticano disse na terça-feira que outras denominações cristãs além da Igreja Católica Apostólica Romana não representam plenamente Jesus Cristo. Um documento de 16 páginas escrito pela Congregação para a Doutrina da Fé, órgão doutrinário que já foi dirigido pelo papa Bento 16, descreve as Igrejas Ortodoxas como igrejas verdadeiras, mas que estariam sofrendo de uma "ferida" por não reconheceram o primado do papa.
O documento diz que "a ferida é ainda mais profunda" no caso das denominações protestantes.
O documento reforça o polêmico texto "Dominus Iesus", emitido em 2000 pelo então cardeal Joseph Ratzinger (o atual papa desde abril de 2005), propondo-se a esclarecê-lo devido a supostos mal-entendidos por parte de alguns teólogos católicos. Este é o segundo documento em quatro dias no qual Bento 16 reafirma a tradição católica. No sábado, ele havia assinado um decreto readmitindo a missa em latim ao lado da liturgia moderna em idiomas locais.
O novo documento salienta que o diálogo com os outros cristãos continua sendo "uma das prioridades da Igreja Católica".
O texto foi emitido pelo cardeal William Levada, sucessor de Ratzinger como chefe de questões doutrinárias. Ele complementa o decreto sobre a missa em latim no seu objetivo de corrigir interpretações "errôneas ou ambíguas" do Concílio Vaticano 2o (1962-65).
O documento disse que a abertura do Concílio a outros credos reconhecia haver "muitos elementos de santificação e verdade" em outras denominações cristãs, mas salientava que só o Catolicismo tinha todos os elementos para ser a Igreja plena de Cristo.
O padre Augustine di Noia, subsecretário da Congregação para a Doutrina da Fé, disse que o documento não altera o compromisso com o diálogo ecumênico, mas visa a afirmar a identidade católica nessas conversas.
"A Igreja não está recuando no compromisso ecumênico", disse Di Noia à rádio do Vaticano. "Mas, como vocês sabem, é fundamental em qualquer tipo de diálogo que os participantes sejam claros sobre sua identidade. Ou seja, o diálogo não pode ser uma ocasião para acomodar ou abrandar aquilo pelo que você realmente se entende."




Na minha opinião, aberta oficialmente a temporada da intolerância religiosa por parte da Igreja Católica ao considerar todas as demais denominações como incapazes de representar a Cristo. Se contrastarmos várias doutrinas católicas com a Bíblia veremos uma discrepância clara. Em nome de uma tradição humana, foram criadas superstições que perduram até hoje e são apresentadas como verdades bíblicas. O mais grave nessa declaração oficial e documentada é que a Igreja Católica espera que as demais denominações se curvem diante da autoridade papal e abdiquem de suas considerações bíblicas em favor dos dogmas instituídos e defendidos pelo Vaticano. Trata-se de uma incoerência absurda, tanto que o próprio Vaticano se mostrava interessado em avanços no processo do ecumenismo. Além disso, o Vaticano é um estado independente, ou seja, uma nação reconhecida com assento na ONU, portanto não poderia efetuar essa mistura nefesta de religião com poder político, mas está fazendo isso, há décadas, e intensificando nos últimos anos. Como um país administrado sob o aspecto religioso-político pode querer pretender ser a única representação fiel do cristianismo em um mundo onde a liberdade religiosa é uma das principais conquistas? Seria essa uma atitude ética cristã ou profundamente arrogante e pretensiosa? Questões para a análise dos prezados internautas, católicos, evangélicos, ateus, ou de outras religiões.

ALIENADOS TALVEZ SIM, MAS HUMANOS

segunda-feira, 9 de julho de 2007 0 comentários

Felipe Lemos, editor desse blog.

Na China, recentemente um jovem com menos de 16 anos assassinou a mãe porque a mulher não permitiu que ele fosse a um cybercafé. Pouco tempo atrás, também na China, tão celebrada como nação em franco desenvolvimento, um rapaz de 15 anos foi encontrado morto em um local escuro desses onde as únicas luzes são as que brilham nos monitores dos PCs. A propósito, era em um cybercafé também. O motivo alegado dessas tragédias, nos dois casos, foi o vício em Internet.
É... realmente vivemos na geração em que Internet se transformou em dependência tão nociva quanto a drogadição convencional causada por substâncias químicas. Temos os adictos high-tech, os drogados do mundo virtual, enfim, chame como quiser. O problema é deles! Ou melhor...o problema é de todos nós. Sim, inclui eu e você que talvez nem façamos tanto uso do computador, mas que convivemos todos em um grande espaço chamado sociedade.
É engraçado porque na China das proibições, das repressões e das opressões a juventude talvez tente fugir pelo mundo encantado da Internet. Mas, no Brasil da democracia e da liberdade de expressão, o tempo médio de conexão é um dos maiores do planeta. Sites de relacionamento como o Orkut, invenção de um turco, são o maior sucesso especialmente por aqui. Quem não tem uma página no Orkut é considerado alienado tecnológico, desconectado da realidade inevitável, enfim, alguém completamente “por fora”. Quer dizer. Nós ficamos muito mais tempo na Internet do que eles, mas o distúrbio parece que é maior por lá. Deve haver razão suficiente para isso acontecer. Será que o problema é a tecnologia? A culpa é de quem teve a infeliz idéia de querer conectar todo mundo encurtando distâncias (pelo menos algumas), agilizando soluções e economizando meios físicos de comunicação e informação?
Minha intuição diz que não. O problema, da China e nosso, é que temos a ilusão de que o inovador substitui o simples. Em vez de dialogarmos em casa, na escola, no trabalho, na padaria, na igreja, vamos falar pelo MSN. Mande um e-mail, mas não dê um abraço. É o lema dos cidadãos do futuro. E sabe o que mais diz o lema? Não diga oi, deixe um scrap na página de Orkut de alguém. Não vá à loja conversar com os vendedores. Compre tudo através de uma página de alguém que tenha negócios no ambiente do Second Life. Ao invés de conversar com uma moça e flertar com ela, prefira o namoro “internético” horas a fio nas madrugadas. Não seja otário. Seja um otário tecnologicamente correto. É isso que nos dizem. E nós acreditamos. Nós, os brasileiros. E os chineses também. E eles ainda por cima morrem por isso. Nós ainda não (por enquanto).
Enquanto o simples for rejeitado como antiquado, obsoleto e retrógrado, vamos assistir a jovens morrendo e matando pela Internet. Um aviso a todos: a vida não é virtual. É real. Feita por pessoas de carne, osso, sentimentos e pensamentos. Não por emoctions, downloads, podcasts, etc. Tudo isso é interessante e importante até certo ponto. Mas não tem a mesma intensidade das relações humanas, cheias de complexidades que nem um micro super moderno vai imitar. Portanto, vou sair da frente desse micro e sugiro o mesmo a você. Afinal de contas, não somos nem chineses e apenas brasileiros. Somos seres humanos.

FRANCÊS INVENTA SENSOR QUE CONVERTE TEXTOS EM BRAILLE

0 comentários

Agência Estado, 09.07.2007.

O engenheiro francês Raoul Parienti, de Nice, inventou o primeiro sensor portátil que converte o texto dos livros em linguagem braile. A tecnologia, chamada Top Braille, demorou dez anos para ser aperfeiçoada. O aparelho tem o tamanho de um mouse, pesa 120 gramas e pode ser levado no bolso. Passando o sensor no texto, uma micro-câmera digital lê os caracteres, que são transmitidos a um processador. O texto é instantaneamente traduzido na linguagem para cegos e pode ser impresso ou ser ouvido com um fone.
Até hoje, os cegos só tinham acesso às obras com edições especiais em braile.
"Graças a esse dispositivo poderemos permitir a 42 milhões de cegos de todo o mundo ler normalmente", explica Pariente que criou a sociedade Vision junto com Marc Lassus, ex-presidente da Gemplus, líder mundial do chip. Uma primeira série de 50 aparelhos, ao custo de 3 mil euros (cerca de R$ 9 mil), já foi encomendada por uma associação. As línguas disponíveis até o momento são o francês, o italiano e o inglês. Parienti anunciou que em três meses estarão prontas as versões em alemão e espanhol.

Resolvi incluir essa notícia no blog, porque, além de ser uma iniciativa interessante em termos de inclusão social, mostra que o saber pode ser usado para o bem da humanidade. Aliás, inclusão é algo que deveria estar na ordem do dia de muitas igrejas. Infelizmente são poucas as ações, da parte das denominações religiosas, que eliminam barreiras em relação a pessoas com deficiência. As ações vão além da construção de rampa para cadeirantes em templos religiosos e envolvem, também, a produção de material específico para facilitar a vida de quem possui algum tipo de deficiência.

MÉXICO SEDIA CONGRESSO DE PADRES EXORCISTAS

0 comentários

UOL Notícias, 09.07.2007.

A arquidiocese do México realizará o 3º Congresso Nacional de Exorcistas de 16 a 20 de julho, com a finalidade de que a Igreja Católica tenha "sacerdotes preparados" para enfrentar qualquer caso de "influencia ou possessão demoníaca" e evitar erros no momento de diferenciar casos reais de outros atos.No Congresso estarão presente os especialistas italianos Gian Carlo Gramolazzo, Francesco Bamonte e Gabrielle Nanni.Outros especialistas do mundo inteiro aprofundarão temas como demonologia, satanismo e espiritualidade exorcista.Os especialistas Francesco Bamonte, Franciscois Dermine e Gabrielle Nanni são professores da Universidad Pontifícia Regina Apostolorum de Roma e autores de vários livros sobre o tema, e Gian Carlo Gramolazzo é presidente da Associação Internacional de Exorcistas.
O congresso é organizado pela Coordenação Geral Geral de Exorcistas da Arquidiocese do México e esta direcionado a exorcistas, padres e auxiliares da Pastoral de Libertação de todas as dioceses do país.Os especialistas também pretendem abordar assuntos como ação extraordinária e ordinária do demônio, enfermidades físicas e mentais, aspectos litúrgicos e canônicos que se devem observar no Exorcismo Maior ou na Oração de Libertação (Exorcismo Menor). O coordenador Geral de Exorcistas, padre Pedro Mendoza Pantoja, explicou que atualmente muitas enfermidades mentais são confundidas com "possessões demoníacas", por isso este encontro deve estabelecer critérios para evitar que os sacerdotes caiam em erros ou exageros.

MISSA EM LATIM PODE SER PROBLEMA PARA PADRES

1 comentários

Portal Terra, 08.07.2007.

A decisão do papa Bento 16 de promover a velha missa latina é a realização de um sonho para os tradicionalistas católicos romanos e uma dor de cabeça para os padres que deverão celebrá-la.
Com seu decreto de sábado, dia 7, o papa tenta acabar com 40 anos de "guerra de culturas" entre a grande maioria da Igreja, que tem 1,1 bilhão de fiéis, e uma pequena minoria que nunca aceitou as reformas de modernização do Segundo Concílio do Vaticano. Sua solução foi permitir que os tradicionalistas, que por muito tempo ficaram afastados, peçam para os padres locais realizarem a liturgia de 16 séculos e protestarem ao Vaticano se houver recusa.
Sua carta aos bispos explicando a medida provocou alguns problemas práticos. Poucos padres sabem celebrar a missa antiga e muitos mantiveram o modelo atual no último domingo, dia 08.07. Muitos clérigos também estão preocupados com a teimosia dos tradicionalistas, que passaram décadas criticando a fórmula e que agora deverão demonstrar força na promoção da missa latina.
"Onde houver um grupo que quer isso, será realmente um problema para o padre", disse o padre Tom Reese S.J., do Woodstock Theological Center, na Universidade Georgetown, em Washington. "Ele será pressionado a fazer isso." O cardeal Jean-Pierre Ricard, chefe da Conferência dos Bispos da França, disse que a proposta de fazer a transição usando os dois rituais pode não ser algo fácil. "Vai haver um pouco de confusão", disse ele a jornalistas em Paris. Mistério Antes do Segundo Concílio do Vaticano (1962-1965), a missa católica era um ritual elaborado, feito em latim por um padre com as costas para a congregação. O encontro reduziu a formalidade e colocou o padre de frente para os fiéis, no idioma local.
Tradicionalistas rejeitaram o novo estilo, com hinos cantados e música de violão. Muitos sentiam falta do sentido de mistério e temor do rito em latim e do centenário canto gregoriano que acompanhava a missa. Alguns foram além, denunciando as reformas, incluindo o respeito por judeus e a cooperação com outras fés. Líderes do maior grupo, a Fraternidade São Pio X (SSPX), de 600 mil membros, foram excomungados em 1988 por desafiarem o Vaticano.

O que a celebração da missa em latim significava antigamente? Que o entendimento sobre Deus, teologia e religiosidade era privilégio de poucos "divinamente" escolhidos enquanto a maioria, leiga, deveria se contentar em agradecer pelos líderes "espirituais" que tinha. Além disso, o acesso à Bíblia era restrito apenas aos que detinham conhecimento acerca do idioma. A intenção da tradição católica apostólica romana nunca foi a de popularizar o acesso à Bíblia, o que ocorreu efetivamente apenas após os movimentos protestantes na Europa. Querem, agora, reeditar essa prática já superada no passado?

CONTRATOS DE NAMORO "SUBSTITUEM "CASAMENTO

0 comentários

Revista IstoÉ, Semana de 09.07.2007.

Igor Corteletti Leite, comissário de bordo (...) e Julia Guimarães Silva Costa (...) declaram de livre e espontânea vontade, sem presão ou qualquer coação, o que reconhecem como pacto de relacionamento afetivo." Foi exatamente nesses termos que os cariocas Júlia, 23 anos, e Igor, 28, assinaram um documento para, simplesmente, deixar claro que o que existe entre eles, há três anos, é um namoro. Há no País, hoje, uma corrida de casais a escritórios de advocacia para fazer o mesmo: firmar, na frente de testemunhas, um "contrato de namoro" - também chamado de "contrato de convivência", "declaração de namoro" e "pacto de relacionamento". O motivo principal é evitar que um eventual fim do amor vire uma disputa por dinheiro. "Isso pode ocorrer porque o namoro tem características de união estável", explica o professor de direito de família da Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG), Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDF-AM).Reconhecida na Constituição de 1988 como uma entidade familiar assim como o casamento, a união estável dá direito aos companheiros à pensão alimentícia, herança e partilha de bens adquiridos no curso do relacionamento. "O Igor vai comprar um apartamento na Barra da Tijuca. E ele é muito certinho. Para deixá-lo tranqüilo de que eu não estou interessada em uma parte do imóvel, assinei no mês passado o contrato de namoro", conta a estudante Júlia. "E eu entendo, porque podemos casar ou não. A vida é assim: hoje você ama, amanhã..." Pela legislação atual, não é mais necessário ter convivência superior a cinco anos e morar sob o mesmo teto para se configurar uma união estável. Basta, segundo a lei, uma "convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família". "Freqüentar os parentes do companheiro, as festas, convites comuns (do tipo fulana e fulano convidam para o jantar), viagem juntos, pagar a conta do supermercado da parceira podem ser provas de que a relação é mais do que um namoro", diz Tânia da Silva Pereira, advogada de família do Rio de Janeiro.
DIVÓRCIO ACELERADO
No ano em que se completam três décadas da liberação do divórcio no Brasil, o processo para voltar a ser solteiro está saindo em tempo recorde. Em janeiro, entrou em vigor a Lei nº 11.411/07, que permite a realização de separações e divórcios em cartórios, sem a necessidade de um fórum judicial. "Houve um aumento de 30% a 40% nos cartórios em busca dessas escrituras. Os separados de fato querem ser separados de direito", afirma Rogério Bacelar, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), entidade que congrega os cartórios no País.
Dependendo do Estado, o prazo para obter o divórcio caiu pela metade. Para tanto, é preciso que a decisão seja consensual e não envolva menores de 18 anos ou filhos considerados incapazes (caso de portadores de deficiências). Dentro dessas condições, um casal pode ingressar com o pedido e obter o divórcio em questão de horas. A presença de um advogado no ato é necessária e a escritura é lavrada por um tabelião. Para esclarecer esses pontos, a Anoreg preparou uma cartilha que ensina como fazer o divórcio ou a separação no cartório. Ela será distribuída no fim deste mês em cartórios e associações de moradores.

Mais um instrumento jurídico e socialmente aceito para acabar com a relevância e autoridade do casamento assim como instituído pela Bíblia. Trata-se de um estímulo às relações fugazes, descompromissadas e que certamente vão desaparecer com rapidez.

USO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE AUMENTOU 80% ENTRE JOVENS BRASILEIRAS

terça-feira, 3 de julho de 2007 0 comentários

Revista IstoÉ, Semana de 1° de julho de 2007.

A pílula do dia seguinte chegou há oito anos às farmácias brasileiras – e em 2004 começou a ser distribuída na rede pública. Trata-se de uma cartela de dois comprimidos com hormônios que têm a missão de dificultar a fecundação e, conseqüentemente, a gravidez. Bem antes disso, ginecologistas já receitavam combinações de anticoncepcionais com efeito idêntico às clientes inseguras com as conseqüências de uma relação sexual sem proteção ou marcada por incidentes como o estouro da camisinha. Ou seja, um recurso de emergência para situações de risco.
E haja emergência! A mais recente pesquisa sobre a sexualidade e a saúde das nossas meninas mostrou um aumento de 80% no uso do remédio em três anos. O estudo foi feito com 178 garotas com menos de 20 anos, atendidas nos serviços de referência para adolescentes paulistas. “Das 120 que já tinham vida sexual, 35,8% usaram a pílula de emergência pelo menos uma vez. Em 2004, esse número era menor: 20% recorreram ao método”, diz a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, responsável pelo estudo e coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente de São Paulo.
O crescimento do uso da pílula revela que as garotas estão preocupadas em evitar a gravidez indesejada, mas, ao mesmo tempo, não estão tomando as devidas precauções para que isso não aconteça. Resumindo: não se valem de anticoncepcionais e, mais grave, não exigem que o parceiro use camisinha, expondo-se assim às doenças sexualmente transmissíveis. Em 60,5% dos casos avaliados pelo trabalho, as jovens que tomaram a pílula do dia seguinte fizeram sexo sem preservativo e não estavam usando nenhum outro método anticoncepcional. As demais usaram preservativos que teriam se rompido, segundo elas, durante a relação sexual.
A pesquisa também mostrou que a maioria das jovens conhece o método de última hora, mas isso não quer dizer que saibam como usá-lo. “Elas ignoram que pode falhar em 10% a 15% dos casos e o vêem como uma espécie de pílula mágica”, diz Albertina. A estudante paulista Carla, 16 anos, descobriu isso na prática. “Esqueci da camisinha e meu namorado comprou a pílula do dia seguinte. Tomei certo, mas mesmo assim fiquei grávida”, conta a garota, enquanto embala no colo a filha Mercedes, de sete meses. Agora ela usa um dispositivo intra-uterino para evitar nova gravidez. “Aproveitamos esse momento para uma ação educativa sobre a importância da proteção com anticoncepcionais e com a camisinha, por causa das doenças sexualmente transmissíveis”, diz Albertina
Outro comportamento desaconselhável é o uso constante da pílula. Cerca de 46% das garotas avaliadas tomaram mais de uma vez. “Isso diminui a eficácia, mas elas desconhecem”, explica a ginecologista Mônica Moreira, de São Paulo. A estudante de fisioterapia Júlia Salvatti, 21 anos, acredita que uma das explicações para o consumo repetido, até mais de uma vez por mês, é que algumas jovens tomam a pílula como se fosse mais um anticoncepcional. “Não é. Deveria haver mais campanhas para esclarecer como funciona de fato e sobre a prevenção da gravidez”, afirma. Júlia tomou uma única vez, aos 19 anos, durante a fase em que interrompeu o uso regular de comprimidos anticoncepcionais por recomendação médica. “Deu certo, mas até minha menstruação chegar, dez dias depois do remédio, fiquei muito ansiosa. Não quero passar por isso de novo”, diz.

Essa reportagem apenas confirma o que já se imaginava. Que boa parte da juventude não tem qualquer preocupação quanto ao sexo livre. E, em muitos casos, nem com os cuidados para não engravidar ou contrair doenças venéreas. Se lermos a Bíblia, vamos compreender que o foco de Jesus estava correto ao dizer que "qualquer que olhar uma mulher com intenção impura, no seu coração já cometeu adultério com ela" (Mateus 5:28). O foco está na mente. A questão principal não é usar ou deixar de usar métodos contraceptivos, no caso de pessoas não casadas, mas tratar o sexo como algo que pertence à relação matrimonial exclusivamente. Algo que não pode ser banalizado. A motivação tem sido o medo de engravidar ou adquirir doenças, mas o assunto é mais abrangente. Envolve a felicidade das pessoas. A sexualidade livre tem criado relações vazias, passageiras e frágeis. É esse o foco do qual Jesus falava.

XEROX NA BERLINDA

domingo, 1 de julho de 2007 0 comentários

IstoÉ, Semana de 1º de julho de 2007.

A prática de xerocar livros na faculdade pode estar com seus dias contados. Mais: pode virar crime que prevê pagamento de multa e até quatro anos de reclusão. Está em análise na Comissão de Educação e Cultura da Câmara um projeto de lei apresentado pelo deputado Bilac Pinto (PR-MG) que proíbe o funcionamento, dentro dos estabelecimentos de ensino superior, de máquinas fotocopiadoras destinadas à reprodução de obras literárias. A proposta gera controvérsias. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) imediatamente repudiou a iniciativa por entender que, caso aprovado, o projeto impedirá formas de reprodução permitidas pela lei. “Esse projeto tem de ser rejeitado. É melhor a lei do jeito que está do que essa que viria a criminalizar outra conduta. Isso empurra todo mundo para a ilegalidade”, diz Luiz Fernando Moncau, advogado do Idec. A atual Lei de Direitos Autorais permite a reprodução de pequenos trechos de livros para uso privado e sem intuito de lucro.
O novo projeto reacende duas questões polêmicas: a restrição do acesso ao conhecimento e a violação de direitos autorais. Uma pesquisa do Idec, realizada em oito cursos de quatro universidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, constatou que o número de exemplares disponíveis nas bibliotecas, por alunos, está bem abaixo do razoável. Enquanto padrões internacionais estabelecem a proporção de um livro para cada cinco alunos, há bibliotecas no País que oferecem apenas um exemplar para cada 100 estudantes.
Até quem apóia o projeto do deputado Bilac Pinto reconhece as dificuldades enfrentadas pelos alunos para cumprir a bibliografia dos cursos. “O perfil médio do estudante, hoje, é o de uma pessoa que trabalha durante o dia para poder estudar à noite em uma instituição particular e não tem condição de pagar outra coisa senão a mensalidade da faculdade”, diz Dalton Morato, consultor jurídico da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). “Ao não encontrar o exemplar indicado na biblioteca, onde o acesso é gratuito, ele recorre ao xerox”, completa o advogado.
A venda de conteúdo fracionado de livros é apontada como uma das soluções para o caso. Com o apoio de dez grandes grupos editoriais (que detêm os direitos de cerca de 70% dos livros universitários em uso), a ABDR criou um sistema de comercialização de conteúdo fragmentado de obras literárias, chamado de “Pasta do Professor”.
No processo, as editoras disponibilizarão virtualmente os conteúdos das obras requeridas pelas universidades. Os professores montarão suas bibliografias e os alunos comprarão apenas os capítulos específicos que os interessem, com preços próximos aos pagos pelas cópias, sem a necessidade de adquirir o livro todo. “É uma ferramenta tecnológica que busca garantir acesso ao conhecimento, sem deixar de lado a justa remuneração do autor”, defende Morato. Em fase de testes, a “Pasta do Professor” virtual será implantada de forma definitiva em duas universidades brasileiras no segundo semestre.
A cola está liberada. Desde que seja eletrônica. Em dois julgamentos, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a legislação brasileira não tem mecanismos para punir a chamada “cola eletrônica”, usada por clientes de quadrilhas especializadas em fraudar vestibulares e concursos públicos. Daí, pelo entendimento da mais alta corte do País, a prática não configura crime algum. Trata-se de uma sofisticação da tradicional cola escolar. Os candidatos que concordam em pagar pelo “serviço” ganham um aparelho eletrônico, geralmente discreto, e por meio dele recebem durante a prova o gabarito com as respostas certas.
O primeiro julgamento que abriu caminho para a liberalização desse artifício foi em dezembro de 2006. Os ministros entenderam que não há punição prevista no Código Penal para esse tipo de fraude. Em outra decisão, o tribunal livrou do crime de estelionato um homem acusado de fraudar 32 vestibulares. No Congresso, há projetos sobre o assunto desde 1999. Mas até hoje nenhum deu em nada.

O número de estudantes dobrou...Alunos matriculados em Instituições de ensino superior1995 – 1.760.0002003 – 3.887.000
...mas o de livros caiu à metadeNúmero de exemplares de livros técnicos e científicos1995 – 30.636.0002004 – 16.875.000

O mais grave não é o caso de alunos que fazem cópia de trechos de livros para estudar. O maior crime que se comete é o de estudantes que não lêem, não demonstram interesse algum em estudar e ainda copiam trabalhos prontos da Internet, pagam para terceiros realizarem ou ainda praticam algum tipo de fraude nesse caso. Vamos punir quem não tem dinheiro para comprar livros, mas faz xerox? Não sei se uma legislação desse tipo vai melhorar a educação. O que eu sei é que há muitos jovens e adultos, que trabalham o dia inteiro, e precisam estudar à noite. Para boa parte dessas pessoas, assistir às aulas em uma faculdade é um desafio constante. Muitos se esmeram para aprender e ocasionalmente fazem cópias de livros porque não têm recursos para comprar a literatura solicitada e necessária. O que precisa ocorrer é estímulo ao ingresso na faculdade e programas de estímulo à leitura desde cedo. E que os pais façam sua parte e criem o gosto pela leitura na vida dos filhos.

 
Realidade em Foco © 2011 | Template de RumahDijual, adaptado por Elkeane Aragão.