MAIORIA DOS CATÓLICOS ITALIANOS DESCONHECE A BÍBLIA, APONTA PESQUISA

terça-feira, 29 de abril de 2008 2 comentários

Site BBC Brasil, 29.04.2008.

Os italianos estão entre os católicos que mais desconhecem a Bíblia, segundo uma pesquisa realizada em nove países a pedido da Federação Bíblica Católica.

Entre os entrevistados na Itália, 88% disseram que se consideram católicos, mas apenas 27% deles disseram ter lido parte da Bíblia no último mês, e apenas um em três disse ir regularmente à igreja.

Além disso, apenas um em dez conseguiu responder corretamente a todas as perguntas religiosas feitas pelos entrevistadores.

Entre as assuntos que pareciam confundir os entrevistados estavam se Jesus ajudou a escrever a Bíblia e se Moisés e Paulo aparecem no Velho Testamento.

A pesquisa - realizada pelo instituto de pesquisa italiano Eurisko - entrevistou 13 mil pessoas nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, na Holanda, na Alemanha, na Espanha, na Polônia, na Rússia, na Itália e na França.

Interesse

De acordo com os resultados, os americanos são os que mais rezam - 87% dos entrevistados. E os franceses, os que menos rezam - 49% dos entrevistados.

Americanos, britânicos, holandeses, alemães, espanhóis, poloneses e russos tendem a rezar com as próprias palavras, enquanto italianos e franceses tendem a usar orações que memorizaram.

Segundo o correspondente da BBC em Roma, Christian Fraser, apesar de demonstrar pouco conhecimento da Bíblia, os italianos não parecem desencantados com a religião.

A pesquisa revelou que eles têm muito interesse em aprender porque a maioria parece convencida de que Deus está tomando conta deles. A pesquisa será utilizada em uma reunião de bispos católicos que será realizada no Vaticano em outubro.

A pesquisa retrata a realidade de uma sociedade que, embora se considere religiosa, demonstra pouco interesse e consideração pela Bíblia ou pela oração. Se folhearmos a própria Bíblia e analisarmos a vida de Jesus Cristo, poderemos perceber que a oração era uma atividade constante nas madrugadas durante Sua vida aqui neste mundo. No evangelho de Mateus, no capítulo 4, Jesus refutou as tentações de Satanás simplesmente com citações bíblicas. O modelo de religião, calcado nos ensinamentos bíblicos e na comunhão através da oração, está expresso no Antigo e Novo Testamentos e deveria permear a vida dos cristãos. Se há um tempo em que se pode aprender sobre a Bíblia é hoje quando o livro é amplamente difundido, comercializado e estudado nesse mundo. Sugiro um bom site para acesso que é o www.biblia.com.br.

MOVIMENTO QUER PROIBIR COMÉRCIO AOS DOMINGOS EM PORTUGAL

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Agência Lusa, 22.04.2008.

O Movimento Cívico pelo Encerramento do Comércio ao Domingo anunciou hoje, no Porto, o lançamento de uma nova campanha nacional de recolha de assinaturas e o envio de pedidos de audiências ao Presidente da República, Governo e partidos.

Em conferência de imprensa, a Comissão Executiva do Movimento salientou que se mantêm actualizadas as premissas constantes na petição apresentada na Assembleia da República em Julho de 2005 e que resultou em dois projectos de lei (do PCP e do BE) que aguardam agendamento.

O objectivo do movimento é conseguir "pelo menos 100 mil assinaturas", ultrapassando largamente as 15 mil obtidas em 2005.

Neste três anos, segundo o Movimento, registou-se um "agravamento das condições de trabalho no comércio em geral, designadamente com a perda de postos de trabalho nas grandes superfícies", e acentuou-se a "degradação económica e social do comércio tradicional".

O movimento criticou a "recente ofensiva da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) junto do poder político, no sentido da total liberalização dos horários do comércio", argumentando que foi fundamentada em "critérios retrógrados".

Para o Movimento, as 250 mil assinaturas da petição da APED pela liberalização de horários foram "recolhidas junto das 'caixas', sendo os trabalhadores pressionados a 'convencer' os clientes a fazê-lo".

A conferência de imprensa contou com a presença de Jorge Pinto, Jorge Magalhães, Laura Rodrigues (presidente da Associação dos Comerciantes do Porto), Padre Milheiro e Adão Pinto.


Curioso o interesse da sociedade civil e religiosa (porque se perceberem há um padre também diretamente envolvido no movimento) em ressaltar o domingo como dia para não se trabalhar (portanto, de descanso) enquanto a Bíblia enfatiza o sábado como dia sagrado. Essa movimentação, de certa forma, ocorre em outros países também com maior ou menor intensidade, mas acontece sistematicamente. Aqui no Brasil, continua valendo, por força de Medida Provisória, trabalho em alguns domingos, especialmente do comércio, mas não se sabe até quando. É prudente lembrar que, há alguns anos, o Vaticano lançou documento oficial declarando que o domingo deveria ser reservado à família e ao descanso e não necessariamente ao trabalho.

AUSTRÍACO DIZ QUE PRENDE FILHA PARA LIVRÁ-LA DE DROGAS

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Site G1, 28.04.2008.

Polícia continua interrogando homem que abusou da filha durante 24 anos. O austríaco Josef Fritzl, que admitiu ter abusado sexualmente da filha Elisabeth durante os 24 anos em que a manteve dentro de um porão, disse nesta terça-feira à polícia que a prendeu para livrá-la das drogas.

"Ela era uma menina difícil", disse ele à polícia.

No segundo dia de depoimentos à polícia, Fritzl começou a dar mais detalhes sobre sua maneira de agir e sobre os motivos que o levaram a cometer os crimes.

Ele contou à polícia que o destino de três dos sete filhos que teve com a filha foi traçado logo após o parto.

Como as crianças choravam muito, ele optou por retirá-los do cativeiro e levá-los para o andar de cima onde morava com a mulher - e avó - das crianças.

Ainda segundo a polícia, o austríaco disse que levava roupas e comida às quatro pessoas que moravam no porão de sua casa durante a noite.

Abalo

Josef trabalhava como agente imobiliário e viajava muito para cidades vizinhas, onde fazia todas as compras para a família que mantinha no porão. Elisabeth, hoje com 42 anos, cinco de seus seis filhos, e sua mãe Rosemarie estão sendo tratados na clínica psiquiátrica Amstetten-Mauer e mantidos juntos numa ala isolada do local.

"Eles passam relativamente bem, mas estão naturalmente abalados com o que aconteceu", afirmou o chefe da clínica Berthold Kepplinger. Ainda segundo ele, colocar toda a família no mesmo recinto é o melhor caminho.

"Assim eles terão a oportunidade de se conhecer melhor. Eles já estão conversando entre si", afirmou. De acordo com a investigação policial, Rosemarie Fritzl e as três crianças que moravam na casa não sabiam do que acontecia no porão.

Kerstin Fritzl, a filha mais velha de Elisabeth, continua sendo tratada no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Amstetten.

Seu estado de saúde, após viver 19 anos trancafiada em um porão, ainda é considerado crítico pelos médicos.

"Ela nunca teve contato com diversas bactérias, seu sistema imunológico ainda está completamente aberto", afirmou o chefe da pediatria do hospital, Arnold Pollak.

Natascha Kampusch, que também viveu em cativeiro durante oito anos em outro caso que chocou a Áustria, disse estar disposta a ajudar Elisabeth e sua família, inclusive financeiramente.

"Temos de lembrar que eles cresceram em um porão e terão dificuldades no contato social. Um pouco de dinheiro sempre ajuda".

Sem falar em questões psicológicas, mas é o tipo de caso que evidencia a falta de algum tipo de freio moral ou espiritual capaz de evitar uma tragédia dessa natureza. Catástrofe familiar que, diga-se de passagem, abalará todas essas pessoas pelo resto de suas vidas. Somente o poder divino para restaurar as mentes de crianças e da jovem violentada. Sinal claro que de que não estamos assistindo a uma significativa elevação da moral das pessoas e, sim, ao fim da piedade, conforme a própria Bíblia assinala no primeiro livro de Timóteo.

CAPITALISTAS SE ADAPTAM PARA ATENDER CONSUMIDORES ISLÂMICOS

terça-feira, 8 de abril de 2008 0 comentários

Revista Exame, 09.08.2008.

No mês passado, o Wal-Mart inaugurou na cidade de Dearborn, nos Estados Unidos, sua primeira loja concebida inteiramente para atender o público muçulmano. O novo supermercado possui 550 tipos de artigos sob medida para esses clientes, como CDs de música árabe, cosméticos cuja fórmula não contém ingredientes proibidos pela religião (como gordura de porco) e carnes de animais que foram sacrificados segundo as regras sagradas do Corão. Na equipe de funcionários há 35 atendentes com fluência no idioma árabe. Ao inaugurar sua unidade islâmica, o Wal-Mart, empresa profundamente identificada com o modo de vida americano, tenta responder a uma expectativa de mercado. Dearborn, com 100 000 habitantes, está localizada em Michigan, estado que reúne uma comunidade de 500 000 seguidores do islamismo, uma das maiores concentrações de fiéis fora do Oriente Médio. A operação faz parte de um plano do Wal-Mart de criar pontos-de-venda que sejam capazes de estabelecer uma forte identificação com a comunidade onde suas lojas estão inseridas. "A orientação de marketing da empresa era muito padronizada. Isso não funciona mais", afirmou Bill Bartell, gerente da loja de Dearborn, em entrevista recente à revista americana Newsweek.

A estratégia é também a aceitação de uma realidade demográfica e cultural, com reflexos óbvios para negócios como o varejo. A comunidade islâmica -- com toda a sua particularidade de preceitos e comportamentos -- é uma das que mais crescem no mundo, e as empresas não podem ignorar isso. O McDonald's possui hoje no cardápio, em algumas de suas lojas nos Estados Unidos, vários itens especiais, como o McNuggets de frango halal, como são chamados os pro dutos permitidos pelo código muçulmano. Em sua loja localizada na cidade de Detroit, a rede de móveis Ikea mantém um restaurante típico, distribui catálogos em árabe e produz peças de decoração para o Ramadã, o principal feriado religioso do islamismo. Os serviços foram criados com a consultoria da Câmara de Comércio Árabe-Americana. Em 2005, a inglesa Tesco, segunda maior rede varejista do planeta (atrás apenas do Wal-Mart), introduziu produtos halal em 6% de suas lojas. Hoje, cerca de 30% de seus pontos-de-venda espalhados pelo mundo já oferecem esses artigos.

Um estudo recente da consultoria A.T. Kearney estimou que as vendas de produtos e serviços para esse público já movimentem 2 trilhões de dólares por ano (veja quadro). A alta de preços do petróleo multiplicou o poder de consumo da população do Oriente Médio e a comunidade cresce rapidamente não apenas nos países muçulmanos. Estados Unidos, França e Alemanha são exemplos de nações onde há um grande contingente de seguidores da religião. O número de muçulmanos está estimado hoje em 1,5 bilhão de pessoas -- o equivalente a 20% da população mundial. No ritmo atual de evolução demográfica, essa proporção deve chegar a 30% até 2025. "É um mercado com grande potencial, mas ainda pouco explorado", afirma Martin Walker, um dos autores da pesquisa da A.T. Kearney.

Negócio emergente
O mercado voltado para os consumidores muçulmanos é um dos que mais crescem no mundo atualmente. Conheça algumas de suas características:
Existem 1,5 bilhão de muçulmanos no mundo, o equivalente a um quinto da população mundial. Desse total, a parcela que mora em países mais desenvolvidos e que possui alta renda per capita cresce rapidamente
As vendas de produtos e serviços que seguem os preceitos do Corão totalizam em média 2 trilhões de dólares por ano
O mercado mundial para serviços financeiros que respeitam as regras do islamismo é estimado em 400 bilhões de dólares e cresce a uma taxa de 15% ao ano
Fonte: A.T. Kearney

A CONSOLIDAÇÃO DOS MULÇUMANOS como um mercado relevante está diretamente ligada à globalização. O fenômeno faz com que parcelas cada vez maiores dessa população passem a consumir produtos e serviços ocidentais -- desde que isso não implique desrespeitar os preceitos do Corão. Por causa dessa situação, as companhias são obrigadas a realizar uma série de adaptações. Um dos mercados mais complexos de atuação é o financeiro. Nos bancos voltados para muçulmanos há processos especiais de leasing, empréstimos e hipotecas, já que a cobrança de juros configura, no islamismo, o grave pecado da usura. Para não ferir o preceito, as instituições financeiras combinam com os clientes a margem de lucro que receberão por essas operações. Perdas e ganhos também devem ser compartilhados. Se uma empresa toma um empréstimo e tem lucro, os resultados são divididos entre as partes, e vice-versa. Por fim, é vetado investir em companhias envolvidas nos mercados de bebidas, fumo e jogos de azar.

O mercado mundial para serviços financeiros que respeitam as regras do Corão é estimado atualmente em 400 bilhões de dólares -- e cresce a uma taxa de 15% ao ano. Na carteira de serviços de instituições como HSBC, Citi, Barclays e American International Group já existem uma série de serviços voltados para clientes mulçumanos. De acordo com especialistas da JWT, quarta maior agência de publicidade do mundo, as empresas estão diante do mais promissor e inexplorado segmento de consumo. "Ignorar um mercado que representa 7 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos é um erro tão grave quanto foi o de voltar as costas para os hispânicos, que só receberam a devida atenção das companhias americanas a partir dos anos 90", diz Marian Salzman, vice-presidente executiva da JWT.

Interessante a reportagem, porque demonstra claramente que a indústria do consumismo não encontra limites para atuar. Até os islâmicos, conhecidos pela rigidez de seu apego a normas (algumas, inclusive, com fundamentação bíblica), aderem em bloco ao regime consumista.

 
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