EVANGÉLICOS DENUNCIAM DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NA REPÚBLICA DOMINICANA

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Os principais dirigentes da comunidade evangélica dominicana, que se declararam em sessão permanente desde a quinta-feira última, manifestaram-se preocupados e condenaram o tratamento discriminatório que recebem por parte do governo, do congresso e de diferentes instâncias oficiais.
“Rechaçamos a alarmante falta de eqüidade religiosa dos poderes do Estado”, disseram. Tal comportamento é contrário à Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao pacto internacional dos direitos civis e à declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a eliminação de toda a forma de intolerância e discriminação fundada na religião, apontaram em pronunciamento.
Se for necessário, os evangélicos da República Dominicana prometem comparecer diante de foros internacionais para demandar seus direitos, advertiram.
Os líderes religiosos destacaram que os evangélicos, que somam cerca de 1,5 milhão de dominicanos, representam 20% da população nacional, distribuído em mais de sete mil igrejas.
Os evangélicos denunciaram o Senado da República por demorar na aprovação da lei que facultaria aos pastores oficiar matrimônios e designar capelães nas forças armadas e polícia nacional. Também queixaram-se das dificuldades em conseguir benefícios fiscais e a falta de recursos para iniciativas de instituições evangélicas.
“Lamentamos que estejamos frente a um regime de privilégios, excepcionais a um setor religioso, enquanto os projetos sociais e educacionais de nossa comunidade são deixados de fora do orçamento nacional, que é executado com os impostos que todos nós pagamos”, argumentaram.
Parece que para o Estado a única coisa que interessa são “nossos votos e os milhões de impostos que pagamos”, afirmaram os evangélicos, que qualificaram a situação como um retrocesso no fortalecimento da democracia.
Entre os que assinaram o documento aparecem Reynaldo Franco Aquino, do Conselho Dominicano de Unidade Evangélica; Rafael Montalvo, da Confraternidade Evangélica Dominicana; Braulio Portes, do Conselho Nacional de Igrejas, Elías Samuel Peña, bispo da Igreja Metodista; Lorenzo Mota King, do Serviço Social de Igrejas Dominicanas; George Reynoso, da Rede Pastoral; Ramón H. Corniell, da Sociedade Bíblica; Manuel López, do Conselho de Fraternidades, e Moisés A. Mateo, da Igreja de Deus Pentecostal.

Notícia de 13.01.2006
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

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