REPORTAGEM MOSTRA A MORTE DE JESUS SOB O PONTO DE VISTA MÉDICO

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Revista IstoÉ, Semana de 17.02.2008.
Reportagem na íntegra veja site www.istoe.com.br

Fala-se sempre das dores físicas de Jesus, mas o seu tormento e sofrimento mental, segundo o autor, não costumam ser lembrados e reconhecidos pelos cristãos: “Ele foi vítima de extrema angústia mental e isso drenou e debilitou a sua força física até a exaustão total.” Zugibe cita um trecho das escrituras em que um apóstolo escreve: “Jesus caiu no chão e orou.” Ele observa que isso é uma indicação de sua extrema fraqueza física, já que era incomum um judeu ajoelhar-se durante a oração. A palidez com que Cristo é retratado enquanto está no Jardim das Oliveiras é um reflexo médico de seu medo e angústia: em situações de perigo, o sistema nervoso central é acionado e o fluxo sangüíneo é desviado das regiões periféricas para o cérebro, a fim de aguçar a percepção e permitir maior força aos músculos. É esse desvio do sangue que causa a palidez facial característica associada ao medo. Mas esse era ainda somente o começo das 18 horas de tortura. Após a condenação, Jesus é violentamente açoitado por soldados romanos por ordem de Pôncio Pilatos, o prefeito de Judéia. Para descrever com precisão os ferimentos causados pelo açoite, Zugibe pesquisou os tipos de chicotes que eram usados no flagelo dos condenados. Em geral, eles tinham três tiras e cada uma possuía na ponta pedaços de ossos de carneiro ou outros objetos pontiagudos. A conclusão é que Jesus Cristo recebeu 39 chibatadas (o previsto na chamada Lei Mosaica), o que equivale na prática a 117 golpes, já que o chicote tinha três pontas. As conseqüências médicas de uma surra tão violenta são hemorragias, acúmulo de sangue e líquidos nos pulmões e possível laceração no baço e no fígado. A vítima também sofre tremores e desmaios. “A vítima era reduzida a uma massa de carne, exaurida e destroçada, ansiando por água”, diz o legista.

De duas, uma: sempre que a ciência se dispõe a estudar as circunstâncias da morte de Jesus Cristo, ou os pesquisadores enveredam pelo ateísmo e repetem conclusões preconcebidas ou se baseiam exclusivamente nos fundamentos teóricos dos textos bíblicos e não chegam a resultados práticos. O médico legista americano Frederick Zugibe, um dos mais conceituados peritos criminais em todo o mundo e professor da Universidade de Columbia, acaba de quebrar essa regra. Ele dissecou a morte de Jesus com a objetividade científica da medicina, o que lhe assegurou a imparcialidade do estudo. Temente a Deus e católico fervoroso, manteve ao longo do trabalho o amor, a devoção e o respeito que Cristo lhe inspira. Zugibe, 76 anos, juntou ciência e fé e atravessou meio século de sua vida debruçado sobre a questão da verdadeira causa mortis de Jesus. Escreveu três livros e mais de dois mil artigos sobre esse tema, todos publicados em revistas especializadas, nos quais revela como foi a crucificação e quais as conseqüências físicas, do ponto de vista médico, dos flagelos sofridos por Cristo durante as torturantes 18 horas de seu calvário. O interesse pelo assunto surgiu em 1948 quando ele estudava biologia e discordou de um artigo sobre as causas da morte de Jesus. Desde então, não mais deixou de pesquisar e foi reconstituindo com o máximo de fidelidade possível a crucificação de Cristo. Nunca faltaram, através dos séculos, hipóteses sobre a causa clínica de sua morte. Jesus morreu antes de ser suspenso na cruz? Morreu no momento em que lhe cravaram uma lança no coração? Morreu de infarto? O médico legista Zugibe é categórico em responder “não”. E atesta a causa mortis: Jesus morreu de parada cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de fluidos corpóreos (choque hipovolêmico), isso combinado com choque traumático decorrente dos castigos físicos a ele infligidos. Para se chegar a esse ponto é preciso, no entanto, que antes se descreva e se explique cada etapa de seu sofrimento.

Zugibe trabalhou empiricamente. Ele utilizou uma cruz de madeira construída nas medidas que correspondem às informações históricas sobre a cruz de Jesus (2,34 metros por 2 metros), selecionou voluntários para serem suspensos, monitorou eletronicamente cada detalhe – tudo com olhos e sentidos treinados de quem foi patologista-chefe do Instituto Médico Legal de Nova York durante 35 anos. As suas conclusões a partir dessa minuciosa investigação são agora reveladas no livro A crucificação de Jesus – as conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal, recém-lançado no Brasil (Editora Idéia e Ação, 455 págs., R$ 49,90). “Foi como se eu estivesse conduzindo uma autópsia ao longo dos séculos”, escreve o autor na introdução da obra. Trata-se de uma viagem pela qual ninguém passa incólume – sendo religioso, agnóstico ou ateu. O ponto de partida é o Jardim das Oliveiras, quando Jesus se dá conta do sofrimento que se avizinha: condenação, açoitamento e crucificação. Relatos bíblicos revelam que nesse momento “o seu suor se transformou em gotas de sangue que caíram ao chão”. A descrição (feita pelo apóstolo Lucas, que era médico) condiz, segundo o legista, com o fenômeno da hematidrose, raro na literatura médica, mas que pode ocorrer em indivíduos que estão sob forte stress mental, medo e sensação de pânico. As veias das glândulas sudoríparas se comprimem e depois se rompem, e o sangue mistura-se então ao suor que é expelido pelo corpo.

Essas questões fisiológicas e psicológicas realmente nos ajudam a entender, sob o ponto de vista humano, o que significou a crucificação de Jesus. Mas, lendo um texto da escritora cristã Ellen White, conseguimos entender, melhor, a dimensão espiritual da crucificação de Jesus. Ela afirma, no livro O Desejado de todas as nações, às páginas 753 e 754 que "não era o temor da morte que O oprimia. Nem a dor e a ignomínia da cruz Lhe causavam a inexpremível angústia. Cristo foi o príncipe dos sofredores; mas Seu sofrimento provinha do senso da malignidade do pecado, o conhecimento de que, mediante a familiaridade com o mal, o homem se tornara cego à enormidade do mesmo. Cristo viu quão profundo é o domínio do pecado no coração humano, quão poucos estariam dispostos a romper com seu poder". É interessante a reportagem, que se completa com esse texto que impressiona porque vai além das dores e humilhações físicas.

2 comentários:

  1. Luiz Gustavo disse...:

    que bom saber que um médico com profunda experiência e cristão resolveu investigar sob um olhar científico este que com certeza foi o maior sacrifício de todos os tempos: a morte de Jesus. Certamente quando tiver a oportunidade comprarei o livro.
    Para terminar, realmente Cristo era o próprio Deus encarnado em um corpo como o nosso. E sendo assim, Ele poderia ter descido da cruz ou terminar com tudo aquilo na hora que bem entendesse. Mas ele tinha uma missão a cumprir: salvar a humanidade. Foi o peso de todos os pecados que caíram sobre Ele ao mesmo tempo e de todas as pessoas que já haviam vivido antes D'Ele, durante o seu ministério e também todas aquelas que viriam a nascer ainda, muitos milênios depois. Era muito pecado. As consequências foram o stress mental e angústia profunda, conforme relata o médico legista que escreveu o livro. Isso do ponto de vista científico. Mas o profeta Isaías já havia escrito através de uma revelação da parte de Deus: "Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si..." Is. 53:4
    "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Is. 53:5
    "...justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si." Is. 53:11
    "...porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu." Is. 53:12

  1. Sempre tive muita curiosidade a respeito da morte de cristo....
    muitos falam q ele morreu com o entrar da lança no seu lado..

    outros afirmam que a causa da morte foi falta derespiração..

    afinal achei aqui uma vasta informação sobre o assunto..
    mais venho afrmar q realmente a causa da morte de CRISTO foi o pecado do homem..
    e me diz:como um homem igual a mim e a vc .. foi capaz de aguentar tanta dor para naum ver o fim da raça humana...!

    gentem vammus nos render a soberania do todo poderoso ... por ninguém nesse mundo é capaz de dar sua vida pela vida do próximo..


    Paulo escrvendo para Timóteo diz que..

    Nem o olho pode ver, nem o ouvido ouvir, nem capaz de subir ao coração do homem as coisas que Deus preparou para nós..




    Desdee ja obrigado


    por favor continuem postando mais comentarios... ta ?


    tchaw

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