REPRESENTANTE DO VATICANO NA ONU DEIXA CLARO: CRISTÃOS PRECISAM SE UNIR CONTRA PROBLEMAS INTERNACIONAIS

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Rádio Vaticano, 23.08.2008.

Nestes dias, a Rússia comunicou formalmente às cúpulas da NATO a suspensão de todas as actividades de cooperação militar com a Aliança Atlântica. Esta tomada de posição de Moscovo vem na sequência do conflito com a Geórgia e teve lugar logo depois da assinatura do acordo entre Varsóvia e Washington para a instalação em território polaco dum escudo espacial.
Sempre mais tensas as relações entre a Rússia e o Ocidente, com o Conselho da Europa que definiu “inaceitáveis” as violações da Rússia em território georgiano. Pela sua parte, a Secretário de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, reafirmou que os Estados Unidos não consideram a Rússia como inimigo e que “não nos encontramos perante uma nova Guerra Fria. Sobre esta complexa situação internacional, a Rádio Vaticano entrevistou o arcebispo D. Silvano Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé junto da ONU, em Genebra, o qual sublinhou nomeadamente que “o sistema multilateral se encontra numa espécie de crise, e isso em prejuízo dos países mais pobres.”

“Este distanciamento da parte da Rússia em relação à NATO é um dos sinais desta dificuldade. Outro sinal foi, há quatro semanas atrás, o malogro da chamada “Ronda de Doha para o Desenvolvimento”. São sinais de que existe uma certa inquietação e uma dificuldade em trabalhar conjuntamente no campo internacional. Neste momento, devemos fazer mesmo um salto de qualidade – sermos propositivos, especialmente nós, cristãos, para reforçar esta unidade da família humana, que se deve exprimir também através das organizações e das estruturas que fazem um passo mais – de solidariedade – a favor dos mais carecidos”.

- Mons. Tomasi, será talvez excessivo falar de retorno à Guerra Fria, Em todo o caso cresce a preocupação por uma nova corrida aos armamentos. Que passos dar para sair desta crise?


“O receio é devido à ineficácia e à falta de resultados nas discussões havidas nos últimos anos no que diz respeito ao desarmamento, sobretudo ao desarmamento nuclear. Isso mostra que existem reticências em querer enfrentar de modo decidido a questão fundamental do desarmamento atómico…… Existe um preço que acabará por ser pago se se continua por este caminho. A falta de comunicação, de intercâmbio… Se esta globalização que penetra um pouco por toda a parte se limita de novo ao nacionalismo e ao proteccionismo, corre-se o risco de novos problemas para a família humana.

- Que papel pode desempenhar a Santa Sé?

“A nossa inspiração cristã leva-nos a ver a família humana como unida, como una. Não nos refugiamos numa abstracção intelectual, mas devemos enfrentar as situações concretas e transmitir esta nossa mensagem de unidade, de solidariedade com responsabilidade. E é por este caminho, com paciência, apresentando argumentos de interesse comum – que não é só uma questão ética, mas também uma questão de interesse – que podemos contribuir com algo de muito precioso e desbloquear de alguma maneira – pelo menos tentar fazê-lo – a situação de tensão que se foi criando nas últimas semanas”.

- No próximo ano celebram-se os 20 anos da queda do Muro de Berlim. Que votos faz, a propósito desta ocorrência, que agora assume um significado particular?

“O Muro de Berlim era uma tentativa de dividir e isolar as populações. Na história os Muros nunca ajudaram nada e o mesmo se diga neste momento. Existem muros construídos entre palestinianos e israelitas, entre americanos e mexicanos… São o oposto à perspectiva de solidariedade e de comunhão, de participação, que nasce do facto de sermos todos filhos de Deus”.

Significativas demais as palavras do monsenhor D. Silvana Tomasi, que é o representante da Santa Sé junto à Organização das Nações Unidas. Ele conclama os cristãos a se unirem para que as desigualdades sociais acabem e, é claro, ponham fim a guerras como a que recentemente o mundo assistiu entre Rússia e Geórgia.
Parece tão belo esse cenário, porém algumas questões nos convidam à reflexão:
- União dos cristãos em torno de doutrinas bíblicas ou do Vaticano, que hoje lidera o processo de ecumenismo e diálogo entre as religiões?
- Que práticas efetivas ONU e Vaticano adotam para evitar desigualdade social ou guerras pelo mundo? Afinal de contas, quem intervém nas guerras são os EUA sempre com interesses financeiros. Que medidas toma o Vaticano para distribuir a riqueza de maneira equilibrada no mundo? Divide suas riquezas com as nações mais pobres, por exemplo?

A Bíblia diz, em I Tessalonicenses 5:2 e 3, que "quando vos disserem paz e segurança, então de repente sobrevirá a ruína". Ora, o discurso é exatamente esse: paz e segurança para o mundo, ainda que artificialmente. Mera retórica da ONU, Vaticano e do Conselho Mundial das Igrejas.
Jesus afirmou, claramente, que "nem todo o que me diz, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai...". O registro está no evangelho de Mateus, capítulo 7.
Sugiro a leitura do livro Preparação da igreja para a crise final, do pastor Fernando Chaij, que expõe textos bíblicos e da escritora Ellen White sobre a relação do Vaticano com movimentos de união das igrejas com o objetivo de distorcer a Palavra de Deus e não promovê-la.

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