Época On-Line, 12.03.2009.
Os indicadores negativos das economias em todo o mundo têm um efeito real na vida das pessoas: aumentar o medo do desemprego. Em um período de recessão, você teria coragem de mentir ou dar em cima de seu chefe para garantir seu emprego? Pode parecer imoral, mas uma pesquisa com 1200 trabalhadores americanos mostrou que muitos estão dispostos a ser imorais para não ficar sem seu ganha-pão.
A empresa de consultoria Adecco foi a autora da pesquisa, realizada em fevereiro. O objetivo era saber como a recessão que atingiu o país está afetando a carreira e a atitude profissional dos cidadãos. O resultado surpreendeu os pesquisadores. Será que no Brasil, onde a situação econômica é melhor do que a dos Estados Unidos, os funcionários pensariam mais antes de tomar uma atitude imoral?
Dos entrevistados, 28% disseram que, para garantir sua vaga, teriam atitudes questionáveis como mentir ou prejudicar um colega de trabalho. 13% deles, além de mentir, exagerariam informações. Cerca de 2% disseram ser capazes de assumir a autoria de uma tarefa feita por outra pessoa ou dariam em cima do chefe. Outros 4% inventariam interesses em comum com um superior para ficar mais próximo dele.
“As respostas negativas foram surpreendentemente altas. As pessoas estão com muito medo de perder seus empregos, e se tornaram mais ameaçadoras”, disse Bernadette Kenny, chefe de carreira da Adecco, à revista americana Time.
Para os empregadores, a pesquisa serve para lembrar que as políticas de ética de uma empresa devem ser avaliadas e discutidas frequentemente, como uma forma de assegurar que todos concordam com elas e as respeitam.
Nota: É triste constatar que os mais jovens é que apresentam a maior tendência de serem imorais ou desonestos para garantir seu emprego. Difere bastante de homens de caráter firme como José, personagem bíblico que não aceitou adulterar com a mulher de seu superior (Potifar), mesmo sendo posteriormente preso com risco de condenação à morte. O segredo de José não consistia em ter um ambiente propício para isso, pois ele era escravo egípcio e teria todos os motivos plausíveis para aceitar a proposta indecente da mulher do governador. O que o relato bíblico afirma é que ele mantinha uma fé inabalável em Deus, ou seja, uma crença fundamentada e não superficial.
Ínfelismente já era uma realidade a imoralidade no trabalho mesmo antes dessa crise economica, imagine agora..É preciso entender também que isso passou a ser uma conduta normal em muitas empresas do Brasil...
Isso pode soar escandaloso pra uma pequena minoria mas é fato...