Livro trata do consumismo e do evangelho

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Site Notícias Gospel

Luiz Alexandre Solano Rossi acaba de relançar o livro “Jesus vai ao McDonald’s: teologia e sociedade de consumo” que fala sobre as transformações que o evangelho sofreu com influências da sociedade consumista que transformou Jesus em um produto.
O autor, que é professor do mestrado em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, comparou alguns tipos de teologia praticadas nas igrejas, tanto protestantes quanto católicas e chegou a conclusão de que a vivência cristã acaba se equiparando a uma loja de fast-food, na qual o cliente “escolhe” o que bem entende, nos moldes da chamada Teologia da Prosperidade.
Rossi explica que esse novo pensamento tem impactos fortes na Igreja, primeiro negando a coletividade virando um instrumento individual. E em segundo lugar o consumismo faz como que o fiel pense mais no seu sucesso e bem estar do que nos outros e se não conseguir o que deseja muda de comunidade, como se as igrejas fossem lanchonetes de fast-food.
“Se a pessoa percebe que igreja tal tem uma certa eficiência, se ouve que lá dá resultado, então se muda. Desaparece o compromisso com uma doutrina, uma história, uma tradição”, diz o autor em uma entrevista ao jornal Gazeta do Povo.
Outro aspecto que o teólogo relata diz respeito ás consequências negativas que essa inversão de valores traz, tornando a fé uma coisa superficial. “A superficialidade gera mediocridade. Diria que muitos pregadores jogam para suas plateias, dominicalmente, pílulas religiosas revestidas de Prozac, alienando o povo do mundo real. Isso é antiteologia.”
A solução para impedir que esse evangelho individualista e comercial se espalhe seria voltar aos pontos essenciais do cristianismo que é seguir a Cristo. Outra forma, de acordo com Rossi, seria superar a promessa da Teologia da Prosperidade com a “Teologia do Suficiente”. “A religião pode nos ajudar a pensar o que é o bastante, o necessário para que possamos viver com dignidade, sem explorar de forma ilimitada o nosso planeta,” diz.
Original: http://noticias.gospelprime.com.br/jesus-vai-ao-mcdonald%E2%80%99s-livro-faz-critica-ao-evangelho-fast-food/

Nota: Interessante este tipo de análise feita em torno da transformação de Jesus Cristo em um produto à venda e disponível para todos os gostos e bolsos. Fica claro, quando se analisa um pouco o que difundem muitas igrejas, seja qual for a orientação, e fica visível que a intenção é oferecer ajuda rápida e imediata para que o número de fiéis aumente, a arrecadação também, mas sem preocupação com  princípios consistentes e duradouros. O individualismo e o desejo de bem-estar pessoal apenas em alguma das igrejas estão se tornando regra e não exceção. O consumismo não é amparado na Bíblia como alguns podem imaginar. Como disse o autor da pesquisa, a solução é seguir a Cristo. E o que significa seguir a Cristo? É, no mínimo, considerar Seus ensinamentos e Seu modo de falar e agir. 
Jesus teve todas as oportunidades possíveis de praticar a autopromoção e se tornar um líder forte de oposição ao poder romano vigente e à influência dos líderes farisaicos junto à população. Mas, em vez de agir pensando em si e em Seu potencial, resolveu abrir mão e trabalhou para que, de maneira silenciosa, o reino de Deus, eterno e não perecível, fosse algo verdadeiro nos corações. Hoje o consumismo é muito forte, inclusive a comercialização da fé. O apóstolo Pedro deixou uma mensagem muito interessante sobre esta comercialização espiritual que hoje dá a tônica em muitas denominações religiosas. Referindo-se aos espertalhões que adotam esta prática, o texto bíblico afirma que "também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" II Pedro 2:3. 

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