Caráter deformado

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quer deformar o caráter de alguém? Simples. Dê um péssimo exemplo. Ainda mais quando se trata de uma criança. Pois foi exatamente essa a notícia que eu li no site do Correio 24 Horas, da Bahia. Fato que, sejamos coerentes, poderia ter ocorrido em qualquer lugar.
A notícia diz que uma criança de apenas oito anos foi incentivada por dois adultos a furtar um telefone celular que ficou sobre uma mesa em uma lanchonete. Os motivadores da barbaridade foram um tio, que é soldado do Exército, e a própria mãe. Sim. Você não está entendendo errado. A mãe mesmo, a que gerou essa criança e tem o dever de orientá-la e ajudá-la a formar um caráter digno.
Fiz questão de ver o vídeo postado no YouTube com imagens de uma câmera de segurança da lanchonete ocorreu. É possível perceber que, logo depois de a criança colocar o celular dentro do seu short, os adultos deram um jeito de ir embora do estabelecimento comercial. Depois, segundo soube, eles se entregaram à Polícia com medo de represálias. A advogada do grupo disse que foi tudo um mal entendido.
Na verdade, segundo a Bíblia, isso que os adultos praticaram pode ser bem compreendido como uma enorme contribuição para a deformação do caráter da criança. Em Provérbios 22:6, há um conselho bastante prudente da parte de Deus onde diz que "instrui o menino no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele". Claro que o futuro de uma criança vai depender das decisões que tomar mais tarde, mas a parte que cabe a uma mãe ou pai é efetivamente ensiná-lo no caminho em que deve andar. O ensino, não apenas o formal mas o familiar, é responsabilidade dos pais. E responsabilidade espiritual. Não é à toa que Deus deixou uma mensagem clara em termos de ensino. Moisés, certamente inspirado divinamente, declarou ao povo de Israel, como está registrado em Deuteronômio 6:6 e 7, que "estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração. Tu as inculcarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, deitando-te e levantando-te". Isso nada mais é do que uma ordem para que os pais transmitam ensinamentos espirituais aos filhos e assim sucessivamente. O verbo inculcar indica, entre outras coisas, a ideia de repetir uma ideia ou conceito seguidamente.
O papel dos pais, portanto, não se limita a manter uma criança fisicamente viva. Vai além. É algo com consequências espirituais. E não pode ser substituído por ninguém, nem mesmo a escola. No caso sobre o qual falei no início, o dano não é apenas psicológico para essa criança, mas moral e espiritual. Que princípio ela está aprendendo pelo exemplo da própria mãe? Não vou aqui massacrar a mulher, mas chamo a atenção para a necessidade de reflexão. Queremos um país mais honesto, dizemos que detestamos líderes corruptos, mas, muitas vezes, ensinamos o que mesmo para as crianças? O deplorável comportamento de furtar um celular alheio? Isso é criar uma escola criminosa silenciosamente. É grave. Deus permite a pais e mães terem filhos sob seus cuidados para que realmente sejam encaminhados para serem mais do que bons cidadãos. Mas pessoas que vivem de acordo com os princípios que Deus estabeleceu para a felicidade humana.

Vamos ficar com o argumento coerente do apóstolo Paulo. Ele aconselhou, com muita propriedade, em I Coríntios 11:1 "sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo". Só podemos esperar boas atitudes, especialmente das futuras gerações, se dermos o nosso exemplo primeiro. E então precisamos ter uma referência segura, nesse caso, Cristo.

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