JEJUM E NÃO GREVE DE FOME

segunda-feira, 8 de maio de 2006


O médico Abdu Neme, que vem acompanhando a greve de fome do pré-candidato do PMDB à Presidência da República, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, afirmou no início dessa semana que o político só agüentará por mais dois ou três dias ingerindo apenas água, porque seu nível de glicose está caindo e seu organismo -por falta de alimentação- tem rejeitado o soro, que poderia hidratá-lo. O médico está preocupado com a possibilidade de um problema cardíaco de Garotinho, que tem sentido alterações cardíacas, tonteiras e cãibras. O ex-governador também tem tido problemas gástricos por causa da falta de alimentação. Ele já perdeu 5 quilos e 700 gramas. O ex-governador do Rio de Janeiro está fazendo greve de forme há quase uma semana para protestar contra o que ele considera uma oposição organizada para impedir sua candidatura à presidência pelo PMDB. É a primeira vez na história da política brasileira que um pré-candidato faz greve de fome antes de começar a disputa oficial das eleições. Mas, na história do mundo, não é a primeira vez que o jejum é utilizado para finalidades políticas. O líder indiano Mahatma Gandhi ficou célebre por seu jejum e resistência pacífica que pediam o fim do domínio inglês sobre a Índia. Quando eu leio sobre esse jejum de Garotinho fico pensando no sentido bíblico desse ato e nos objetivos que Deus espera que as pessoas tenham ao realizar uma prática tão significativa como essa. No livro do profeta Isaías, no capítulo 58:6 e 7, está a importância do jejum: “não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaça as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados e despedaces todo jugo? Não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras, e não te escondas do teu próximo?”. Deus está falando aqui de vivermos o altruísmo, a solidariedade, o amor ao próximo de maneira prática, de nos esvaziarmos não somente de alimentos, mas do próprio eu, do egoísmo, do individualismo, da ganância, da avareza. O jejum existe para que, deixando de comer e beber possamos volver nossa mente de maneira mais lúcida e clara para Deus e entender Seus planos para nossa vida. É diferente de greve de fome que tem relação com protesto e crítica aos sistemas humanos. O jejum bíblico está ligado à busca de forças Naquele que promete ser “a força na fraqueza” e em quem se cumpre os dizeres de Paulo, em Filipenses 4:13, onde ele afirma que “tudo posso Naquele que me fortalece”.

Felipe Lemos

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