Por Bill O'Reilly, apresentador do programa “The O'Reilly Factor” no canal Fox News (EUA).
'Deve ser dado crédito aos media de esquerda: eles são implacáveis e fanáticos – muito mais que os ligados à direita que actualmente ocupam as redacções americanas. A última táctica esquerdista é colocar o rótulo de ‘hipócrita’ em qualquer candidato presidencial republicano que ouse mencionar a sua ‘fé’.
Liderando a iniciativa está o ‘The Washington Post’, um jornal densamente povoado por progressistas seculares. O seu líder executor anti-religião é o colunista Harold Meyerson, um auto-proclamado ‘não-crente’, que frequentemente destroça figuras públicas que demonstrem espiritualidade.
Este mês, Meyerson escreveu uma coluna intitulada ‘Linha dura por Jesus’, que foi uma pérola. O parágrafo inicial dizia assim: ‘Como os cristãos ao redor do mundo se preparam para celebrar o nascimento de Jesus, este é um momento oportuno para contemplar a montanha de moral, e mortal, hipocrisia que é o nosso cristianizado Partido Republicano’.
Mas este foi apenas o aquecimento de Meyerson. Mais á frente, ele assassina as figuras do Partido Republicano, incluindo o Presidente: ‘Bush, cujo catecismo é uma mistura fictícia de tortura e piedade…’
Derramando sangue desde o seu teclado, Meyerson finalizou a sua brutal denúncia com: ‘A coisa mais deprimente acerca da corrida presidencial republicana é que a estrutura do partido exige que o seu candidato perca importância a cada semana que passa. E agora, inconvenientemente, sem consideração, aparece o Natal, uma época festiva que não poderia ser melhor para calibrar e expor a fétida hipocrisia da estrutura republicana.
Alegria para o mundo, Harold. Certo?
A estratégia aqui é óbvia. Qualquer republicano que ouse pronunciar Deus ou fé no desenrolar da campanha será difamado como estando cheio de ‘fétida hipocrisia’, caso não tenha ele feito algo de errado durante a sua vida. Usando esta táctica, os seculares media americanos esperam afastar da campanha qualquer assunto relacionado com fé.
Isso seriam, com certeza, boas notícias para os democratas, uma vez que uma pesquisa do Pew Research Center mostrou que apenas 29% dos americanos acreditam que o Partido Democrata é tolerante de religião.Assim, as discussões sobre fé e valores não irão ajudar muito os democratas.
Mas existe um assunto mais importante em jogo para o ‘The Washington Post’, o ‘The New York Times’ e outras publicações comprometidas com a esquerda.
Contra os casamentos homossexuais, a legalização de drogas, o aborto livre e outras causas liberais, estão as pessoas de fé. Elas são a principal oposição à liberal agenda social fervorosamente abraçada pela imprensa esquerdista. Se conseguirmos demonizar (peço desculpa) as pessoas de fé, se as conseguirmos calar jogando a carta da hipocrisia, então podemos dizer bem-vindo ao sistema social sueco.
Ah, Suécia, um país de nove milhões de pessoas desfrutando, talvez, do mais progressivo sistema político do mundo. O governo quase socialista providencia benefícios governamentais desde o berço ate à sepultura; a maioria das pessoas nunca se casa e vale quase tudo do ponto de vista social. A propósito, cerca de 85% dos suecos não acredita em Deus…
Harold Meyerson amaria a Suécia. O ‘The Washigton Post’ deveria ser publicado lá. Que país! Nada destas tretas de Deus, nada desta vil ‘fétida hipocrisia’. Apenas uma enorme taxa de suicídios, enquanto cada um continua a tratar da sua vida.
De volta aos EUA. Nos próximos meses cada um verá e ouvirá comentários jornalísticos acerca da hipocrisia moral do Partido Republicano. Os seculares media esquerdistas irão massacrar Giuliani, Romney, Huckabee, enquanto os Senadores Clinton e Obama serão poupados. A não ser, claro, que eles comecem com estas histórias de Deus. Aí, todas as apostas estarão fechadas.
Uma palavra para os atentos: a próxima eleição presidencial não será apenas sobre assuntos importantes na América. Também será um teste à fé.'
Acredito que precisamos analisar sob dois aspectos esse comentário. Em primeiro lugar, os esquerdistas têm razão ao dizer que existe hipocrisia em relação aos políticos da fé e de todo o tipo de cristão que prega, mas não vive o que prega. Sei que esse comportamento se perpetuará por muitos anos até a volta de Jesus (conforme creio), mas não podemos deixar de admitir que, em nome de Deus, façam-se coisas horríveis e deploráveis (como é o caso da administração Bush) e nem que se use o manto do cristianismo para encobrir corrupções.
Por outro lado, concordo plenamente contigo na medida em que os esquerdistas, apoiados em grande parte pela mídia impressa norte-americana, aproveitam-se dessa real hipocrisia para fazer valer o liberalismo que inclui tudo aquilo que vai ferir os princípios bíblicos. Ou seja, o raciocínio maniqueísta é sutil e diz que se os cristãos são hipócritas, sobretudo os que governam o país (no caso, EUA), devemos nos volver para o oposto, ou seja, liberação do homossexualismo, das drogas, enfim, nada de regras e nem de princípios morais e religiosos. É um caminho absolutamente perigoso, mas que se coloca a nossa frente quando se parte para outro extremo. Sou contra o extremismo religioso e anti-religioso e sim a favor do equilíbrio cristão. A partidarização da religião é um problema nos EUA, pois são adotadas medidas arbitrárias em alguns estados norte-americanos, por exemplo, onde ocorre o ensino obrigatório do criacionismo em detrimento do evolucionismo. Não sou a favor do evolucionismo, mas a liberdade de expressão vale nesse caso também. Os estudantes devem aprender as duas teorias e tomar suas decisões a partir daí, mas que fique claro que criacionismo e evolucionismo devem ter o mesmo espaço e as mesmas oportunidades.
Agora, voltando ao cerne da sua questão, culpar a fé por causa da hipocrisia de grupos políticos ou mesmo por causa de muitos cristãos, e partir para o extremo da liberalidade é periogos realmente. Não faz bem a nenhuma sociedade.
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