Transexual participante de reality show diz que não tem limites

sexta-feira, 25 de março de 2011

Veja On Line, 25.03.2011, às 19h45min.

Com uma hora de atraso, a ex-BBB11 Ariadna iniciou nesta sexta-feira a entrevista coletiva de lançamento da edição especial da revista Playboy de que é capa. Vestida com um microvestido azul, Ariadna, nomeada pela Playboy como “o segredo mais bem guardado do BBB”, se mostrou desenvolta e bem humorada com as perguntas. Segundo ela, foi desse mesmo modo que agiu durante as fotos. “Não sou inibida, não tenho vergonha, limites e nenhum tabu, foi bem fácil tirar a roupa”, disse, rindo.

A primeira transexual a participar do Big Brother Brasil falou que só desce do salto quando é vítima de preconceito. “Desde que saí da casa, tenho sido bem recebida. Só uma artista conhecida – que não vou dizer nome – me destratou. Mas aí teve de agüentar meu xingamento”, se defendeu.

Medo e alívio - Sobre a mudança de sexo, feita por meios cirúrgicos na Tailândia, em 2009, a ex-BBB disse que “não quer que isso seja uma placa" na sua cara. "Eu sou uma mulher, reconhecida pela lei e quero ser chamada assim. Ninguém identifica as pessoas como heterossexual, não faz sentido me chamar por outra coisa que não mulher.”

Segundo ela, o momento mais dramático que viveu foi antes da cirurgia. “Tinha muitas dúvidas, medo de sofrer e de nunca mais ter orgasmos”, contou, mais uma vez rindo, antes de relatar um drama. “Principalmente, depois de perder uma amiga que teve parada cardíaca na mesa de cirurgia, no Equador.”


Nota: Este é o tipo de personagens que alguns apresentadores têm a coragem de chamar de heróis. Não consigo enxergar nesses atos e informações qualquer evidência de heróismo a não ser oportunismo e vontade de se promover. Infelizmente a sociedade moderna enfatiza a vida sem limites e sem responsabilidade. Há tempos atrás, eu li um livro de um filósofo norte-americano chamado Richard Rorty em que ele sustentava, entre outras ideias, que cada um tem sua verdade, ou seja, não há verdade absoluta. Isso tem relação com o conceito de que cada um pode fazer o que bem entende dentro de seu próprio pensamento. Inclusive ultrapassar os limites morais e espirituais. A afirmação da transexual vai neste sentido ao comentar que não está preocupada com o que faz ou deixa de fazer. A vida cristã, conforme a Bíblia, realmente não é simplesmente uma questão de comportamento, mas de relacionamento. E relacionamento com Deus. Se lermos João 15, por exemplo, percebemos que, ao nos mantermos ligados ou conectados à Videira Verdadeira (Jesus) teremos a vida transformada. E então os limites que teremos serão aqueles profundamente impressionados pela ação do Espírito Santo. Isso resultará em respeito próprio e respeito aos outros. E consequentemente uma vida de relação com Deus implica comprometimento com Seus ensinamentos.

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