Animação traz protagonista que fala com zumbis

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Estadão, 06.09.2012.


A famosa frase "I see dead people" (Eu vejo gente morta), de O Sexto Sentido ainda ecoa em ParaNorman, animação stopmotion (com marionetes) que estreia na sexta-feira, somente em cópias dubladas, dirigida por Chris Butler e Sam Fell (de O Corajoso Ratinho Desperaux). A animação tem como protagonista uma figurinha interessante: Norman (voz de Ícaro Amado), garoto vítima de zombaria na escola e incompreensão em casa - tudo porque ele vê gente morta, conversa e, mais do que isso, se diverte com eles.
Esse estranhamento de Norman - especialmente na escola - há um quê de "Carrie", sofrendo na mão dos valentões, mal compreendido e que um dia poderá dar o troco. No caso dessa animação infantil, claro, a vingança não vem num banho de sangue, mas no despertar de um grupo de zumbis que se levantam por conta de uma centenária maldição da qual o garoto tenta livrar sua pequena cidade.
ParaNorman, de forma sutil, é um filme que levanta bandeiras e ataca preconceitos - há uma piada no final, com uma polêmica em potencial, mas, deve se saudar a ousadia dela existir, especialmente num filme infantil. Seu discurso é o da tolerância e aceitação, fazendo uma ponte entre passado - quando mulheres eram acusadas de bruxaria e queimadas ou enforcadas - e o presente, quando minorias sofrem preconceitos.
Na cidade onde Norman mora, uma bruxa foi enforcada e, antes de morrer, lançou uma praga sobre aqueles que a condenaram. Agora, essas pessoas levantam do túmulo e voltam para assombrar os moradores - que, na verdade, nem se assustam tanto, mas tomam as medidas mais drásticas contra os zumbis, instaurando o caos. Apenas Nornam, com seus poderes, é capaz de compreender o que está acontecendo e tentar ajudar vivos e mortos.

Restante da notícia em http://emais.estadao.com.br/noticias/cinema,animacao-paranorman-traz-protagonista-que-fala-com-zumbis-,2898,0.htm

Meu comentário: Vi alguns comentaristas de cinema dizendo que essa animação é permitida a crianças a partir de oito anos de idade. Isso me preocupa, especialmente sob o ponto de vista bíblico. Primeiro, porque conta a história de zumbis e uma guerra contra a maldição de uma bruxa. Enredo que fere frontalmente os ensinos bíblicos de mortos que aguardam a ressurreição e que só há esperança verdadeira no retorno de Jesus Cristo a esse mundo, alguém que mereceria ser mais conhecido da parte dos pequenos.  Outro ponto grave, na perspectiva cristã, é o ensino antibíblico de que as pessoas podem se comunicar com esses mortos livremente e que essa é uma prática normal. 
Crianças e adolescentes têm mais contato com esse tipo de conceito de reencarnação travestido de animação singela e inocente do que com ensinamentos da Bíblia Sagrada, livro escrito há milênios e que contém ensinamentos de grande valor para a vida atualmente. Respeito quem crê no conceito da manutenção da vida após a morte, porém me preocupa o fato de os filmes atualmente somente trazerem um lado dessa explicação e ignorarem completamente o que já foi escrito acerca disso muito tempo antes. A quem interessa incutir na mente infanto-juvenil esse tipo de conceito? 
Tipo de animação para deixar pais e educadores responsáveis e que se dizem crédulos em relação aos ensinos da Bíblia alertas quanto ao que seus filhos veem. 

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