Idoso vive mais em SP, mas com menos saúde

domingo, 2 de junho de 2013

Folha de São Paulo, 02.06.2013.


Os idosos de São Paulo estão vivendo mais, mas em piores condições de saúde. Na última década, a taxa de de incapacidade por doenças cresceu 78,5% entre os homens e 39,2% entre as mulheres acima de 60 anos.
Entre 2000 e 2010, essa população ganhou, em média, dois anos a mais de expectativa de vida, mas perdeu até três de vida saudável.



Os dados vêm de um estudo inédito obtido pela Folha feito a partir de um projeto da Faculdade de Saúde Pública da USP que acompanha diferentes gerações de idosos desde 2000.
A expectativa de vida de homens de 60 a 64 anos passou de 17,7 para 19,7 anos. No mesmo período, o número de anos de incapacidade pulou de 4,4 para 7,2. Entre as mulheres da mesma faixa etária, os anos de incapacidade passaram de 9,4 para 13,2.
Esse descompasso entre a vida longa e a vida saudável também vem sendo observado em outros países. No ano passado, um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard comparou as condições de saúde entre 1990 e 2010 em 187 países.
A conclusão foi que a expectativa de vida cresceu, em média, cinco anos, mas pelo menos um ano foi de vida com incapacidade.
"Saúde significa mais do que retardar a morte ou elevar a expectativa de vida ao nascer. Precisamos entender melhor como ajudar as pessoas a viver os anos extras em boas condições de saúde", afirma Joshua Salomon, professor de Harvard e um dos autores do estudo.
PREVENÇÃO
A boa notícia é que, segundo o estudo da USP, vale a pena investir em prevenção mesmo na velhice, seja incentivando a prática de atividades físicas e dieta equilibrada seja mantendo sob controle as doenças já instaladas.
"Isso quebra preconceitos. As pessoas pensam que prevenção só cabe aos jovens, mas ela deve ser incentivada para que os idosos tenham mais qualidade de vida independentemente das doenças que já tenham", diz o geriatra Alessandro Campolina, autor do estudo da USP.
O médico também fez projeções sobre o impacto das doenças que mais afetam os idosos. Se a hipertensão e a diabetes fossem controladas, por exemplo, os homens ganhariam até seis anos de expectativa de vida livre de incapacidade.
O aposentado Juan Gimenez Torres, 76, aposta nisso. Controla a pressão alta com remédios, e nem a prótese que tem no joelho é desculpa para fugir da academia.
Praticando atividade física três vezes por semana, perdeu oito quilos e atingiu a marca que desejava: 80 kg.
"Muito idosos acham que estão velhos para começar qualquer coisa. É um erro. Nunca é tarde. Tem que parar de ficar só reclamando."


Meu comentário - Esses dados só comprovam a necessidade de se observar uma mudança de comportamento na vida no que diz respeito a hábitos saudáveis de maneira integral. Finalmente é divulgada uma pesquisa que trata o assunto de maneira mais séria e não apenas em torno do aumento da expectativa de vida sem levar a conta a qualidade dessa vida. 
Interessante é que o ideal bíblico é justamente o de se preservar a saúde de maneira integral como um conduto melhor e mais qualificado para o contato com Deus. Ou seja, mais do que viver por muitos anos, o que Deus deseja é que as pessoas vivam melhor não para se exibirem umas para as outras. A longevidade permitida com saúde é uma necessidade para honrar e glorificar a Deus durante esse tempo com o máximo das faculdades mentais e da capacidade física. 
Basta ler o relato de Daniel e seus amigos, perante a corte babilônica, que resolveram não se contaminar com alimentos e com um estilo de vida contrário ao que Deus preconizava. Estiveram mais aptos para compreender, inclusive, a vontade de Deus para suas vidas. Uma decisão leva inevitavelmente à outra.

Entenda mais nessa entrevista com Dr. Helnio Nogueira

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