CORTE JULGA EM FAVOR DE FUNCIONÁRIO GUARDADOR DO SÁBADO

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Agência Adventista Sul-Americana de Notícias, 10.07.2006

O Tribunal Federal de Justiça do distrito de Fayetteville, Arkansas, EUA, julgou a favor de um adventista do sétimo dia que procurou a justiça por causa de suas convicções quanto à guarda do Sábado. O trabalhador recebeu US$ 311,166,75 por perdas e danos. Crê-se ser este um dos poucos casos em que recompensa por perdas e danos com o fim de “emendar ou deter o acusado”, como foi definido, tenha sido concedida a um guardador do Sábado. Todd Sturgill, 41, e residente em Springdale, Arkansas, era há 19 anos motorista da “United Parcel Service” quando se uniu à Igreja Adventista do Sétimo dia em maio de 2004. Em julho daquele ano, Sturgill pediu ao empregador uma acomodação no seu tempo de trabalho no final das tarde de sextas-feiras, durante o próximo período de entregas. Depois de três meses, disseram a Sturgill que não haveria nenhum acerto. Embora Sturgill estivesse feliz em realizar seu trabalho, sua convicção a respeito da observância do Sábado bíblico no sétimo dia da semana – que começa com o pôr-do-sol de sexta-feira e termina no pôr-d—sol de Sábado – não lhe permitia que ele trabalhasse nesse período. Tentou fazer arranjos com colegas de trabalho para poder guardar o Sábado até a sexta-feira 17 de dezembro de 2005. Nesse dia, apesar de repetidos pedidos de acordo, os administradores não fizeram nada para que Sturgill terminasse seu trabalho antes do pôr-do-sol e ele retornou à firma com 35 encomendas por entregar. Na segunda-feira, ele foi despedido por “abandono ao trabalho”. As dificuldades resultantes atingiram Sturgill, sua esposa e dois filhos diretamente. Encontrou um trabalho como corretor de hipotecas, mas seu salário foi reduzido em dois terços do que ganhava antes. No entanto, ele acrescentou, os acontecimentos não diminuíram suas convicções de obedecer a Deus. “Mesmo com tudo isso, minha fé cresceu... Ainda que não tivesse ganhado no julgamento de hoje, eu estaria agradecido pelo que fiz, ficando firme no que acredito”, disse à ANN em entrevista telefônica. “Estamos gratos pelos acontecimentos de hoje, mas algo fica muito claro”, disse um dos associados do departamento jurídico da Igreja Adventista mundial, Todd McFarland: “os Estados Unidos precisam legalizar o documento de Liberdade Religiosa no Local de Trabalho para salvaguardar os direitos de trabalho das pessoas”. Desde que foi fundada em 1863, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem procurado defender vigorosamente a liberdade religiosa para todas as pessoas, inclusive para os guardadores do Sábado. Hoje, a Igreja trabalha em âmbito global para proteger esses direitos.

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