SOLTANDO O VERBO

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007


Felipe Lemos, mantenedor desse blog.


Sempre às vésperas do Carnaval, o Ministério da Saúde dá sua, vamos dizer assim, “contribuição” para tentar reduzir possíveis casos de contaminação por AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis através da distribuição de camisinhas. Esse ano, não foi diferente. Mais de 10 milhões devem ser entregues às pessoas que vão passar pelo menos quatro dias como se não houvesse limites.
Pois bem. A novidade, que já foi amplamente noticiada, é a tal da máquina de distribuição de camisinhas que deverá ser colocada em alguns colégios públicos. Máquina para orientar? Não, nada disso! Máquina para tapear o problema da falta de educação sexual eficaz nos lares e nas escolas. Perguntaram aos estudantes o que eles pensavam a respeito da idéia. É claro que aprovaram, pois é mais fácil pegar uma camisinha como se pega uma lata de refrigerante a escutar orientações seguras dos pais em casa ou do professor em sala de aula.
Definitivamente pais e educadores agora têm ajuda de uma máquina para se eximir das responsabilidades de orientar crianças, adolescentes e jovens. Para que explicar aos alunos as conseqüências da sexualidade sem compromisso se tem um equipamento que oferece o produto que permite teoricamente sexo sem riscos? Com os adultos, já sabemos que uma conscientização não existe mais. Ao menos, no entanto, pensava que o governo se preocupava um pouco mais com os seus adolescentes e jovens. Não há legítima preocupação alguma. O negócio é fazer funcionar um equipamento que dê a falsa sensação de que está tudo resolvido. Camisinha na mão de jovens sem parâmetros, sem exemplos em casa, sem noção do que é a sexualidade e sem limites. É como um carro para um motorista que não sabe dirigir....

2 comentários:

  1. Severo Furtado disse...:

    Prezado Felipe:

    A bíblia diz que o cidadão deve obedecer às autoridades. Portanto, se as nossas autoridades decidiram que os jovens nas escolas devem ter acesso aos preservativos de graça, é dever dos pais obedecer, se não eles é que estão errados. Aliás, na mmaioria dos casos, os pais não estão realmente preparados para fornecer educação sexual aos seus filhos, pois a vida sexual deles própria não é lá muito satisfatória - principalemnte para as mães. A maioria das mulheres que se casaram sem experiência, tendo sua sexualidade reprimida ao longo de todo o período da puberdade, passam a vida inteira sem conseguir ter prazer na relação sexual com seus companheiros - às vezes até, sem ter nem mesmo um orgasmo - e algumas suportam dores terríveis ao longo de suas vidas, permanecendo sempre caladas para não ofender seus maridos. Foram criadas pelas próprias mães pra serem como bonecas infláveis, sobre as quais estes descarregam a tensão acumulada do dia-a-dia. Diga-me uma coisa: como é que gente assim pode ensinar sobre sexo a alguém? Afinal de contas, como é que a pessoa vai ensinar aquilo que ela não sabe? Não é à toa que as escolas assumem esta função!

  1. Felipe Lemos disse...:

    Caro Severo!
    Obrigado pelo comentário.
    Em primeiro lugar, a questão principal aí não é obediência às autoridades e sim o fato de não haver diálogo entre pais e filhos sobre sexualidade sadia. Na Bíblia e em vários livros cristãos existe literatura suficiente para nos ajudar a compreender qual o objetivo do sexo, segundo a vontade de Deus, e como proceder.
    Os pais têm um papel, sim, importantíssimo em relação à educação de seus filhos. Deixar essa tarefa à escola é um erro. Raciocine comigo: será que um professor, que passa horas por dia com até 50 alunos vai conseguir dar orientação eficaz para um filho seu? Será? Não seria o caso de você, que é o legítimo pai, fornecer a educação necessária não somente em relação ao sexo, mas em relação a outras áreas?
    Provérbios 22:6 diz que "instrui o menino no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele".
    Um grande abraço amigo e continue comentando no blog.

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