Felipe Lemos, mantenedor deste blog.
Passei quase 15 dias na cidade sulista norte-americana de Atlanta, na Georgia, por conta da cobertura da Assembleia Mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em 1864, a cidade foi destruída pela Guerra Civil dos Estados Unidos, ou Guerra da Secessão, entre os estados do norte do país e do sul. E acabou reconstruída, chegando ao ponto de sediar, em 1996, as Olimpíadas de Verão. A população negra predomina e chama a atenção para quem é estrangeiro, especialmente de regiões com muitos imigrantes europeus.
Andando pelas ruas e conversando e observando um pouco a população, é possível ficar com algumas impressões. Claro que são percepções superficiais, pois não moro em Atlanta e nem sou profundo estudioso da história da região.
Atlanta sedia muitos locais considerados importantes. É o caso do centro de resgate histórico de Martin Luther King, famoso ativista negro que lutou pela igualdade racial no país. Mas também é sede da AT&T, grande operadora de celulares, a Coca-Cola, multinacional com uma das marcas mais consolidadas na mente humana e a CNN, uma das maiores empresas de comunicação do planeta. Tem um dos maiores crescimentos industriais e é caracterizada como mola propulsora da economia do sul estadunidense.
Mas é uma cidade de vários graus, principalmente na época em que visitei. Altas temperaturas somadas a uma alta umidade fazem da caminhada nos belos parques um exercício cansativo e extenuante. Suar é fácil nesta cidade no verão com, seguramente, dias longos até 21 horas com sol e talvez mais de 35 graus centígrados. Mas é uma cidade de várias religiões. Não estou me referindo às dezenas de igrejas protestantes tradicionais espalhadas por todos os quarteirões ou pelos templos católicos. Estou me referindo às religiões criadas pelas pessoas e que possuem adeptos fiéis.
Um dos passeios tradicionais é o Mundo da Coca-Cola. Interessante sob o ponto de vista de conhecimentos gerais, é, na verdade, um “templo” onde muitos “seguidores” contemplam a história da marca e, é claro, ao final tentam se deliciar com os refrigerantes e seus gostos exóticos de várias partes do mundo. A forma como o passeio é conduzido faz com que imediatamente você pense em uma religião própria. Óbvio. Tem um templo, seguidores e rituais. O grupo que faz o passeio assiste a vários vídeos que confirmam que a marca é sinônimo de felicidade. Mais do que consolidação da marca. É fortalecimento de conceito além do simples consumo. Vai ao âmago.
Outra religião pode ser a CNN. Por todos os lugares em que passamos, dentro das instalações cuidadosamente vigiadas, enormes fotos demonstravam a força do canal de jornalismo mais famoso do mundo. Ali encontrei o conceito da onipresença. Vendem para os turistas a ideia de que a CNN é tal como Deus, presente em todos os lugares, atenta a tudo e todos, promovendo o bem-estar do planeta. A guia chega a pedir silêncio para quem ousa cochichar algo enquanto ouve as explicações burocráticas. Silêncio na “igreja”.
E tem a religião do consumismo. E eu não fugi disso infelizmente. Como tantos outros, comprei. Não tanto, mas o suficiente para estar entre os consumistas. E aí são diferentes templos, com preços convidativos, próximos das “mecas” dos fast foods, dos reis da gordura saturada, dos profissionais da comida de baixíssimo conteúdo saudável e altíssimo conteúdo destrutivo. Infelizmente não é só em Atlanta que tem disso. E nem digo que a cidade é pior ou melhor por causa disso. São minhas percepções, equivocadas para um, acertadas para outros. Ainda fico com a religião da Bíblia, mas simples do que queremos acreditar. E muito mais vantajoso do que podemos acreditar.
Atlanta, vários graus e várias religiões
Felipe Lemos
domingo, 4 de julho de 2010
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