Senado da Argentina aprova casamento gay

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Do site da Rede TV,15.07.2010, 7 horas.

Com 33 votos a favor, 27 contra e três abstenções, o Senado da Argentina aprovou na madrugada de hoje (15) o projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O resultado da votação é considerado histórico porque reforma o Código Civil e pode transformar a Argentina no primeiro país de toda a América Latina a permitir o casamento homossexual.
A sessão do Senado durou 14 horas e envolveu intensos debates entre parlamentares ligados ao governo de Cristina Kirchner, que já sinalizara sua aprovação ao projeto, e da oposição. Os debates mostraram senadores contrários e favoráveis ao projeto tanto no bloco governista quanto na oposição. A presidente deverá sancionar o projeto assim que retornar de viagem que faz à China.
Logo após o resultado da votação, o líder dos senadores governistas, Miguel Angel Pichetto, mostrou-se satisfeito com a aprovação do projeto e comentou que o Congresso argentino deu um "passo significativo no caminho da igualdade. Os acalorados debates que aqui se registraram fazem parte da dinâmica da Casa".
A legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo repercutiu fora do prédio do Congresso argentino, onde manifestantes contrários e favoráveis estavam concentrados desde as primeiras horas da tarde de ontem (14). No começo da noite, eles trocaram insultos e quase entraram em choque diante do prédio do Congresso.
Claudio Morgado, diretor do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), que assistia aos debates entre os senadores, deixou o prédio e dirigiu-se aos manifestantes pedindo que defendessem seus pontos de vista "da melhor maneira possível e com argumentos sólidos", mas evitando confrontos.
Diante do Congresso argentino, 60 mil pessoas convocadas por organizações católicas e evangélicas realizaram ontem uma das maiores manifestações já vistas em Buenos Aires, mostrando repúdio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e pedindo que os senadores mantivessem a solidez da família tradicional. Caravanas com autoridades e famílias da maioria das províncias argentinas concentraram-se diante do Congresso com bandeiras de cor laranja – que simbolizavam os manifestantes contrários ao casamento homossexual –, faixas e estandartes com motivos religiosos.

Nota: A Argentina é o primeiro país latino-americano a definir o que vários países da Europa já fizeram: legalizar o casamento entre homossexuais e fazer o que muitos consideram ação de igualdade. Pois bem, respeito toda e qualquer iniciativa de promover igualdade, porém isso não significa que tenhamos de deixar de ver os outros lados de uma aprovação como essa. 
É óbvio que todo o tipo de aprovação tem mais de uma repercussão. A família tradicional, que já sofre com o estímulo à imoralidade (com ajuda importante de vários programas nos meios de comunicação de massa), facilitação do divórcio e conceitos de liberdade sem responsabilidade para filhos, agora recebe mais um golpe. Sim, porque esta aprovação não apenas regulamenta uma prática para quem já é homossexual, porém  incentiva a prática em si e declara que a família convencional vai perdendo seu espaço e importância.
O que se espera é que haja liberdade de expressão para os dois lados. Os grupos pró e contra este tipo de legislação precisam continuar sendo respeitados e podem se manifestar. Não importa se as decisões são baseadas em estratégias meramente politiqueiras ou não, é preciso que as pessoas entendam que há gente que não apoia o homossexualismo e nem o estimula. E que merece consideração assim como os que o apoiam.

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