DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA COLOCA EM XEQUE CADEIA DA EVOLUÇÃO HUMANA

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Revista Veja, Semana de 13.08.2007.

As teorias mais aceitas sobre a evolução dos hominídeos ensinam que o Homo habilis precedeu o Homo erectus. Ambos seriam ancestrais do homem moderno. A análise de dois fósseis encontrados na mesma região do Quênia, divulgada na semana passada, provoca uma reviravolta nessa linha evolucionária. Um dos fósseis é um crânio de Homo erectus, que viveu há 1,5 milhão de anos. O outro é um pedaço de mandíbula superior, que, pelas características, pertenceu a um Homo habilis. Para surpresa dos arqueólogos, os exames da mandíbula revelaram que ela data de 1,4 milhão de anos atrás. Todos os fósseis de Homo habilis encontrados até hoje tinham entre 1,7 e 1,9 milhão de anos. A óbvia conclusão é que o Homo habilis não deu origem ao Homo erectus – ambos coexistiram no mesmo período por pelo menos 500.000 anos.
"A descoberta tira o Homo habilis da árvore genealógica do homem moderno. Já foram encontrados fósseis que indicam a transição do Homo erectus para o Homo sapiens", disse a VEJA o paleontólogo Fred Spoor, diretor da pesquisa. Os cientistas afirmam que, para conviverem por tanto tempo na mesma região e se conservarem como espécies distintas, o Homo habilis e o Homo erectus deviam se abrigar em locais diferentes e manter hábitos alimentares diversos. Conviviam como os gorilas e os chimpanzés de hoje nas selvas africanas. A análise do crânio encontrado no Quênia põe em xeque outra teoria paleontológica: a de que o Homo erectus tinha mais características humanas do que símias. O crânio é muito menor do que os demais da mesma espécie descobertos até hoje. Isso indicaria que ele pertenceu a uma fêmea e os outros crânios, a machos. A grande diferença de volume corporal entre machos e fêmeas é uma característica de símios, não de seres humanos.

O que me chama a atenção nesta notícia é que, em primeiro lugar, apesar de ter sido publicada em sites e na revista Veja, ela não mereceu destaque que certamente muita importância. Afinal de contas, coloca em dúvida idéias defendidas pelos evolucionistas, maioria no mundo científico e, uma boa parte deles, que acredita estar acima do bem e do mal, do erro e do acerto. É interessante como a cadeia desenvolvida para falar da suposta evolução humana parece perder, de vez em quando, seus elos. E poucos se preocupam em enfatizar essa contradição, os equívocos. Claro que, dirão os mais espertos, qualquer teoria está sujeita a falhas, por isso é uma teoria. Mas por que o criacionismo, quando colocado em xeque, costuma receber maior atenção negativa na mídia e nos meios científicos? A ironia faz parte de muitos comentários evolucionistas sobre o que eles supõem ser incoerências da tese criacionista. Mas são obrigados, muitas vezes, a levantar depois de seus tropeços e mostrar humildade. E quem garante que novas descobertas não irão colocar abaixo o restante da cadeia? Quem garante?

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