Portal Adventista, 12.08.2009.
O centro de São José dos Campos, SP, ficou ainda mais movimentado na manhã do sábado, 8 de agosto. Centenas de pessoas caminharam juntas em prol do amor e contra o abuso e a violência cometidos com crianças, mulheres e idosos. A ação faz parte do projeto “Quebrando o Silêncio”, promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia para o Vale do Paraíba. O objetivo do evento foi oferecer informações a fim de reduzir os abusos contra essas classes mais sensíveis da sociedade.
“Amor, solução para a violência doméstica. Diga não a violência. Denuncie”. Uma grande faixa levava as palavras de advertência à sociedade local. A fanfarra do Clube dos Desbravadores Luzeiros do Vale, com seus bumbos, surdos e cornetas, deu o tom das passadas, chamando a atenção das pessoas que passavam pelo local. No alto dos prédios, acenos positivos aprovavam a manifestação dos adventistas. Cartazes com os dizeres “Amai uns aos outros” sintetizavam o objetivo.
No final do pequeno percurso, um palco aguardava os participantes. A praça Afonso Pena serviu de platéia para a movimentação que agitou o centro da cidade. Autoridades do município compareceram para confirmar publicamente a preocupação com o tema. Estiveram presentes os vereadores Macedo Bastos e Cristóvão Gonçalves; a presidente do Conselho Tutelar Circunscrição Sul, Irandi de Oliveira Santos; a conselheira fiscal da mesma entidade, Edna Gomes; o advogado Brígido Cruz; a socióloga do SOS Mulher, Ana Maria Braga, entre outros.
A liderança administrativa da Igreja Adventista para o Vale do Paraíba esteve presente, além de líderes de departamentos e de pastores distritais da região. Todas as congregações adventistas da cidade terminaram as suas programações locais mais cedo para acompanhar de perto o evento na praça.
Apresentações musicais também fizeram parte da programação. O grupo “Nosso Amiginho” e os cantores Rogério Reis e Maricéu chamaram a atenção dos adultos e principalmente das crianças com canções que falavam de paz, amor e de esperança.
Milhares de folhetos e revistas sobre a campanha foram distribuídos. O impresso voltado às crianças dá dicas práticas, por exemplo, para que os pequenos se afastem de possíveis agressores e pedófilos. Indica, entre diversas recomendações, que ninguém tem o direito de tocar as partes íntimas do seu corpo.
De acordo com a diretora do Ministério da Mulher para o Estado de São Paulo, Sônia Rigoli, que foi uma das convidadas especiais, todo o material desenvolvido e distribuído sobre a campanha “Quebrando o Silêncio” tem uma grande importância preventiva. “Ela é educativa, pois alerta os pais e instrui as crianças a respeito do problema e detecta possíveis casos. Além disto, a população e órgãos públicos podem conhecer um pouco mais a igreja adventista e, até mesmo, quebrar preconceitos em relação à mesma”.
A movimentação prendeu a atenção da dona-de-casa Cícera Aparecida dos Santos, que foi atraída pela música e pelas mensagens. “Sou evangélica e gosto muito das coisas de Deus. Esse assunto da violência e pedofilia é muito importante e grave. Tenho uma netinha e fico preocupada com essa questão. É preciso falar mais sobre isso. Parabéns pela iniciativa”.
Um concurso de redação sobre o tema da campanha foi promovido nos nove colégios da rede educacional adventista para o Vale do Paraíba. A divulgação dos vencedores foi feita no palco do evento. Os três primeiros colocados receberam prêmios especiais.
Uma das organizadoras do projeto, a diretora associada dos Ministérios da Criança, Adolescente e da Mulher para o Vale, Ellen Rossi, acredita que a Igreja Adventista, através da passeata, levou a mensagem de que através da solidariedade, do amor ao próximo, e da atitude de dizer não a violência, é possível se preparar para um Futuro com Esperança.
Nota: Em tempos de abuso infantil, maus tratos contra idosos e violência contra a mulher, a conscientização é fundamental. Claro que a Igreja Adventista do Sétimo Dia faz uma parte do processo que é mobilizar entidades e as próprias autoridades para a necessidade de uma ação eficaz contra o problema. Tem a parte da população que é denunciar esse crime que ocorre silenciosamente.
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