REFLEXOS DE UMA BOA IMAGEM

domingo, 18 de junho de 2006

Por Felipe Lemos

Em recente edição da revista Exame[1] foi publicada uma reportagem que tratou dos maiores riscos às corporações no mundo. Segundo pesquisa realizada pelo The Economist Intelligente Unit, com 269 executivos de grandes corporações globais, o maior risco que eles vêem atualmente para suas empresas é quanto à reputação, ou seja, ameaças à imagem de produtos ou marcas. Aspectos como desrespeito à legislação, escassez de talentos, falhas operacionais na tecnologia e inadimplência ficaram abaixo no ranking dos maiores riscos corporativos.
Quando falamos em imagem somos levados a pensar, espiritualmente, na imagem da igreja e em nossa imagem como cristãos. Será que nos preocupamos com a forma como os demais enxergam a igreja e a nós mesmos? Isso é uma ameaça ou, como se diz no meio empresarial, um risco seriamente considerado por nós? Evidentemente como a Bíblia diz, em I Coríntios 12:12, “assim como o corpo é um e tem muitos membros e todos os membros, sendo muitos, formam um só corpo, assim é Cristo também”. Isso significa que a imagem que se forma a respeito da igreja tem relação estreita com a imagem que nós mostramos aos outros. A imagem da igreja é feita, portanto, da imagem de seus membros e participantes.
Resgatando o conceito de imagem, na Palavra de Deus percebemos que o Senhor criou o homem a sua imagem (Gênesis 1:26) e, por ser criador, proibiu que tivéssemos outras imagens criadas humanamente para adoração (Êxodo 20:4). Ainda tratando disso, a Bíblia assegura, através do escrito do apóstolo Paulo, que Cristo é a imagem de Deus de acordo com o que se registra em Colossenses 1:15, onde é afirmado que “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”. Fica claro, então, que Deus quer que a nossa vida seja um reflexo da Sua imagem, a mesma que Cristo refletia enquanto aqui viveu nesse mundo[2].
Sérios abalos, no entanto, podem “arranhar” essa imagem desejada por Deus para o ser humano. Primeiramente, a imagem da marca ou de um produto de determinada empresa é prejudicada por passar algo falso aos consumidores. É a mesma coisa conosco. Se afirmamos ser cristãos, isso deve ser uma realidade em nossos pensamentos, atos e no relacionamento diário com as pessoas ao nosso redor. Não podemos ser religiosos apenas dentro da igreja, mas na família, no trabalho, na universidade, na escola e em todos os lugares. Essa falsificação é chamada de venda enganosa no mundo corporativo. Precisamos “vender” cristianismo original e não imitações grosseiras.
Além disso, certos produtos ou marcas são afetados pelo que se fala a respeito deles. Se um consumidor compra determinado eletrodoméstico que dá problemas no primeiro dia de uso, vai para o conserto, volta e continua dando “dor de cabeça”, ele certamente não recomendará esse produto aos amigos. Assim é a imagem do cristão e, conseqüentemente, da igreja. Um mau testemunho constante dos que se consideram cristãos pode afastar pessoas que desejam conhecer mais a respeito de Cristo. A propaganda boca-a-boca funciona muito bem no meio comercial e religioso também. A imagem do cristianismo depende de seus representantes. Cristo chamou a cada um para receber poder e ser testemunha Sua (Atos 1:8). O chamado divino é para sermos vitoriosos através da fé (I João 5:4), ou seja, a mensagem que se propaga é que o cristianismo funciona na prática. Não é somente teoria.
Enquanto o empresariado se preocupa com a imagem de suas empresas, marcas e produtos, a receita bíblica para ter uma boa imagem está em I Coríntios 3:18, onde Paulo afirma que “mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”. Precisamos, diariamente, refletir a imagem do ser perfeito que é Deus e esse relacionamento garantirá uma bela imagem a ser vista pelo mundo.

[1] Revista Exame, 10/maio/2006.
[2] Bíblia Sagrada – Edição Contemporânea – Editora VIDA

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