SIKBERTO MARKS VÊ PROCESSO DE PAZ ARTIFICIAL NA UNIÃO DAS RELIGIÕES - ÚLTIMA PARTE

Essa é a segunda e última parte da entrevista com o estudioso da Bíblia, sobretudo de profecias bíblicas, professor Sikberto Renaldo Marks. Aqui, ele fala especificamente da questão de paz e segurança artificiais criadas em nossos dias e que relação isso tem com algumas profecias bíblicas.


RF - Qual sua análise a respeito do episódio dos ataques do PCC na maior cidade da América Latina, São Paulo, que demonstram o poderio da criminalidade?
Sikberto - Em primeiro lugar, isto é produto do desleixo das autoridades responsáveis pela condução do país e de seus estados e municípios. Por um lado, há péssima administração desses presídios, bem como uma legislação incoerente com um sistema prisional decente incapaz de reabilitar as pessoas. Por outro lado, constata-se o fracasso do sistema educacional do país. Não temos mais uma cultura de valores, senão de tomar o que é do outro, de levar vantagem em tudo, de dar um jeito para ganhar mais, quase sempre à margem da lei. Assim étanto entre os legisladores, nos demais poderes, como em relação ao povo em geral, passando pelas empresas também. Todos querem ganhar muito mais que o viável e necessário. Então, o ganhar fácil alcançou as drogas, o tráfico de armas e o tráfico de pessoas, os três mais lucrativos negócios ilícitos do mundo. Naqueles governos em que há seriedade na condução das variáveis sociais, a situação tem melhorado, mas não é o caso do Brasil. No mundo, em geral, a situação da paz e da segurança está piorando e rapidamente. Não é só no Brasil que vemos esses conflitos. A situação, em síntese, se deteriora globalmente. Isso requer que seja tomada uma atitude por parte dos grandes líderes globais, antes que o grande projeto da Globalização (negócios, comunicação, desenvolvimento tecnológico internacionais) seja inviabilizado pelo terrorismo e criminalidade. É nesse contexto que o estado se unirá com as igrejas, para tentar buscar a famosa “paz e segurança” de I Tessalonicenses 5:3. É mais um indicativo da proximidade do fim de uma sociedade que mais degenera que evolui.

RF - A luta contra o terrorismo, liderada pelos EUA e aliados como a Inglaterra, deve produzir a paz que a humanidade tanto espera e prega? Ou pode surtir o efeito contrário? Explique-nos.

Sikberto - A segunda hipótese é a única possibilidade que se tornará realidade. Pelas profecias da Bíblia, dessa vez não alcançaremos mais um período de paz, nem de segurança. Estamos nitidamente no contexto global que vai em direção ao desfecho do grande drama do pecado. Por que podemos crer assim? Basta para isso lembrar de alguns poucos fatores que definem o fim do atual modo de vida no mundo. Um deles é a controvertida questão de que dia deve ser santificado, se o sábado ou o domingo. Essa questão já está aos poucos se tornando num debate global. Ainda é um debate um tanto tímido, mas ganha importância notável de um ano para outro. Pois quando essa questão se tornar a grande evidência, então estaremos pertíssimos do fim. Ora, o assunto já estando em pauta, é de se entender que não teremos mais períodos de calmaria política nesse mundo. Outra questão importante são as catástrofes naturais. Cada ano elas se mostram mais violentas. Por exemplo, o degelo das grandes geleiras se acelera rapidamente. A produção de alimentos, por outro lado, torna-se cada vez mais dificultosa. São os tempos difíceis que antecederiam o fim de tudo por aqui. Esse combate ao terrorismo, com a bandeira da democracia por trás, não é outra coisa senão a preparação do mundo para que aceite sem grandes contestações a liderança que os Estados Unidos formará com o Vaticano para tentar impor, pela força da lei e das armas, um esquema de “Paz e Segurança”, como fizeram os romanos no tempo de Jesus com a “Pax Romana”. No entanto, dessa vez, como estamos em outros tempos, unindo poderes político-militares com poderes religiosos, e para tentar impor um sistema de adoração anti-cristã, veremos formado o pacto para a queda definitiva de babilônia (ver Apoc. 14:8 e cap 18, todo ele). O terrorismo, a violência, a criminalidade, a imoralidade, a corrupção, fazem parte de um mesmo cenário profético para os dias de hoje e estão em coerência entre si. Eles apontam para a necessidade de uma grande intervenção na sociedade global. É preciso que algo grandioso e de alcance mundial seja feito. E são dois poderes que se preparam para interferir neste planeta, um da parte das grandes autoridades mundiais, movidas por poderes milenares e misteriosos, e outro por parte de Jesus, o Salvador. Segundo a Bíblia, quando esses poderes estiverem no auge de sua tentativa em dominar tudo nesse planeta, em especial o modo de adoração, é exatamente nesse momento que o verdadeiro Senhor, Deus de amor, Se manifestará e retornará a este mundo. É com Ele que está a solução para o que estamos enfrentando, seja terrorismo, seja meramente desemprego, ou qualquer outra coisa. Quando Ele retornar, então, para aqueles que O aceitaram, e eles demonstrarão isso pelo modo como O adoram, haverá solução para todas as suas perplexidades, incluindo o recebimento da condição da vida eterna. Estamos, a olhos vistos, muito próximos dos eventos finais. É hora de considerarmos com seriedade o que faremos de nossa vida, se optamos pela vida eterna, ou morrer por aqui, para sempre.