PAPA DISCUTIRÁ ENSINO DE RELIGIÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS COM LULA

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Revista Época, Semana de 23 de abril.
Coluna Janela Indiscreta (Thomas Traumann)

A conversa que o papa Bento XVI terá com o presidente Lula no mês que vem vai reabrir as negociações de uma "concordata" (tratado) entre o Vaticano e o Brasil. Esse tipo de acordo define as regras de separação entre Estado e Igreja, incluindo cobrança de impostos, mas há dois temas polêmicos em discussão: a CNBB quer autorização para que escolas públicas ofereçam ensino religioso e garantias na Constituiçãoa favor da vida, o que, na prática, dificultaria a aprovação do aborto.

Resta saber se esse ensino será obrigatório ou não para os alunos. E, caso seja, será um ensino ministrado por católicos? Ou será sobre a história das religiões? Em instituições privadas, o ensino religioso pode ser perfeitamente de acordo com a orientação da escola porque é pago. Agora, em escolas públicas a história é outra. Tratam-se de instituições mantidas pelos impostos de toda a população. Não pode haver a possibilidade da predominância de determinadas religiões em relação a esse assunto.

2 comentários:

  1. Francis disse...:

    Olá Felipe! Será que vc pode me passar seu email? O meu é francisvalle@yahoo.fr

  1. Pr. Douglas Reis disse...:

    Atualmente, o PCER (parâmetro curricular do Ensino Religioso) regulamenta que algumas áreas podem ser trabalhadas dentro da matéria: história das religiões, a parte ética, o estudo de livros sagrados e ordenanças sagradas.

    Se forem definidos novos parâmetros, devemos, como adventistas, "usar a cabeça": temos de participar das discuções e trabalhar para que as alterações, caso sejam feitas, permitam que haja maleabilidade suficiente para continuarmos ensinando dentro dos valores bíblicos.

    Vale lembrar-nos de que o PCER vale tanto para escolas públicas, como para escolas confessionais, não há diferenças (teóricas) entre a fundamentação para rede pública e particular. Há, isto sim, diferenças quanto à abordagem,e, por uma esmagadora influência das doutrinas católicas, tanto em um tipo de escola como na outra; afinal, se um padre cobra de seus educandos participação na missa, ninguém veria este fato sob o prisma negativo como quando um pastor, por exemplo, convida um aluno para estudar a Bíblia!

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